Lost in Love escrita por hummingbird
Notas iniciais do capítulo
Especial Matthews continua.
Amber gritava muito, era possível ouvir sua voz estridente por todos os cômodos. Minha mãe e eu decidimos ir ver o que estava acontecendo.
— Esta ciente da minha resposta. Não vou lhe dar um centavo para pegar um avião e ir correndo para os braços da sua mãe... – Era a voz de Robert e parecia um tanto arrastada. Como se ele estivesse cuspindo as palavras.
— QUE TIPO DE HOMEM VOCÊ É? QUAL É O SEU PROBLEMA? ELE É SEU FILHO... – Porque você não me deixa ir vê-lo?Pai... Por favor, por favor... É o Ted... – as ultimas palavras saíram da boca de Amber como um suspiro.
— EU JÁ DISSE QUE NÃO. ENTENDA ISSO DE UMA VEZ POR TODAS – gritou Robert.
Neste instante, eu e minha mãe entramos na sala. Amber estava de um lado da sala com um olhar distante e a expressão em sua face completamente incrédula. Quando notou nossa presença, seus olhos transbordaram- se em lágrimas e ela passou correndo por nós.
— O que está acontecendo, Robert? – indaguei.
—Porque ela está chorando? – minha mãe questionou.
— O irmão dela está no hospital e ela quer ir pra nova York hoje. Para vê-lo. Acredita nisso? – ele bufava.
— E qual o problema com isso? – perguntei. Jogando desdém em sua cara.
— Como assim qual é o problema? Se amber for visitar Natalie ou Ted e seus amigos ela nunca mais voltará pra cá. Acha mesmo que ela gosta de viver aqui? Está sendo um sacrifício fazê-la aceitar nossa relação, Rachel. Você sabe...
Minha mãe assentiu. Embora estivesse com uma expressão pensativa.
— E só por causa disso você vai privá-la de ver seu irmão? E se algo grave acontecer com ele e ela te culpar o resto da vida por não estar presente?
— Matthews, não começa. Já tomei minha decisão. E ela não vai.
— Não. Ela vai sim. Eu perdi minha irmã por um deslize do destino e eu teria feito qualquer coisa para estar com ela em um momento que ela realmente precisasse. Não posso deixar acontecer o mesmo com Amber – saquei meu telefone do bolso, digitei um número que utilizava com frequência e iniciei a chamada. Após o segundo toque, uma voz atendeu e eu sorri – Ei, pai. Sou eu, Matt. Poderia me fazer um favor?
— Ora, ora se não é meu filho favorito. O que seu velho pai poderia fazer por você? – pelo som ecoando no fundo, ele provavelmente estava com algumas mulheres risonhas.
Robert e minha mãe me olharam incrédulos e eu sorri de novo. Expliquei metade da situação para o meu pai e ele me pediu para aguardar na linha.
— Então, mãe. São quantas passagens para NY?
Ela olhava pensativa de mim para Robert, provavelmente estava cogitando a hipótese de Robert a largar por causa disso.
Após uma pequena pausa ela respondeu:
— Três.
— RACHEL! – Robert gritou.
— Me desculpe, querido. Ela vai sim. Avise seu pai que eu não irei em classe econômica – ela respondeu e cruzou os braços em frente ao corpo.
— Perfeito – sorri. Ah, o doce sabor da vitória. Toma essa, Robert.— São três passagens, pai.
— Grande garoto! Escute, essa garota que esta com os problemas com o irmão... é sua amiga não é? Será que ouso dizer que meu garanhão foi fisgado?
— Bom, é mais ou menos isso. Queria poder dizer que dizer que não fui, mas você sabe... Não existem Finlay’s mentirosos.
— Pois é, essa vantagem é da parte da família da sua mãe. Ficaria orgulhoso em saber que você está namorando. Me mande notícias e um olá para sua mãe.
— Eu não estou. Nunca... Não com ela. Pai, preciso desligar. Me mande as passagens por email, está bem? Falou – desliguei o telefone.
— Vocês não são parte da família dela. Matthews você nem gosta da minha filha - Robert começou.
Fiquei em silêncio. Ah, se você soubesse o que realmente sinto, Robert. Se alguém soubesse.
Apenas o encarei e me retirei da sala, acompanhado da minha mãe. Fomos em direção ao quarto de Amber, batemos na porta e entramos.
— Vai embora. Me deixa sozinha, por favor.
— Não, não posso... Quero te perguntar uma coisa... – eu falei. Fiquei em silêncio esperando ela se pronunciar – Você quer ir comigo para Nova York ver seu irmão?
— O que? - ela levantou a cabeça e olhou para mim. Depois seu olhar foi até minha mãe, que tinha um pequeno sorriso no rosto. A pouca luz que havia no ambiente me fez perceber que os olhos de Amber estavam tão pesados com a maquiagem borrada e mesmo assim, ela estava linda.
— Oh, por favor. Não diga que não quer. Eu acabei de comprar as passagens. Mas... Se você não quiser, acho que vou chamar o Gerald para ir conosco ver o Central Park. O que acha, mãe? – eu sorri e a ajudei a levantar.
— Matt – ela sorria sem jeito e pulou em meus braços, chorando novamente – obrigada.
— Vamos logo, nosso voo é logo logo – eu dei um beijo em sua testa.
Ela foi ao banheiro para se trocar e eu fiz o mesmo. Minutos depois, recebi um sms do meu pai informando que tinha conseguido comprar as passagens. ÓTIMO. Coloquei uma blusa em gola V cor vinho, com a jaqueta de couro por cima.
Vamos lá, Matt. Vamos conhecer a família da sua irmã.
Chegamos ao aeroporto de Anchorage por volta das 16 horas e pegamos o voo mais rápido para Nova York, estaríamos chegando lá por volta de 23 horas. Antes de embarcar no avião, pedi para Amber avisar a mãe que estava indo e informar o endereço para que pudéssemos chegar no hospital e ela o fez. Estava tudo indo certo.
No avião, ela parecia exausta. Peguei seu rosto com a mão esquerda e coloquei sua cabeça em meu ombro. Ela dormiu. Depois de quase 6 horas de voo, pegamos um táxi rapidamente que nos levaria em instantes para o hospital. Minha mãe mal falara durante a viagem, porém eu sabia que estava tudo ok. Ou pelo menos achei que estivesse.
Chegamos ao estacionamento do estabelecimento e enquanto caminhavamos até a entrada havia uma figura esguia com cabelos emaranhados parado perto da porta.
— Taylor – Amber gritou e se jogou em seus braços.
— AI meu Deus, Amber. Que saudade – ele disse enquanto a beijava na bochecha intercalando as falas. – Como você está?
Senti meu estomago se revirar e fiz uma careta.
— Matthews Finlay está com ciúmes? Uau – minha mãe sussurrou.
Eu arregalei os olhos, ela por sua vez sorria.
— Taylor, esta é Rachel, a nova mulher do meu pai e seu filho Mathews. – Amber nos apresentou
— Muito prazer, sou o Taylor. O melhor amigo dela... – ele sorriu e ajeitou seus óculos de forma desastrada.
— Oh, muito prazer – disse minha mãe.
— Oi – cumprimentei- o estendendo a mão, Taylor a apertou firme e levantou as sobrancelhas.
— O que está fazendo aqui? – Amber perguntou.
— Bom, fui eu quem achou Ted dessa vez. Ele estava ruas acima da minha casa e eu estava voltando da casa de Stacy.
— Cadê ela? Onde está minha mãe? E o meu irmão? Como ele está? – ela parecia tão aflita fazendo tantas perguntas que meu coração doía ao lembrar que me senti igual a ela quando não encontrei Anna no dia de sua morte.
—Amber, vá devagar. Não sou uma máquina – ele sorriu - Stacy está em casa, sua mãe está lá dentro descansando, seu irmão ainda está em coma. Ele está... Muito mal. Lamento muito.
— Tudo bem. Vamos entrar.
Todos nós assentimos E caminhamos até a sala de espera que era reservada para os pacientes cujo estado era crítico.
Chegamos à sala de estar e notei que havia um homem deitado totalmente torto em um dos bancos, ele estava com uma manta cobrindo parte dos ombros e Amber o notou também. Parecia reconhecer o homem de algum lugar, pois ficou encarando- o durante vários segundos. Minutos depois, entrou na sala um ser de cabelos dourados. A mulher tinha os cabelos soltos que caiam até o ombro e trajava um vestido azul claro de verão. Senti meu corpo se agitar, ela era EXTREMAMENTE LINDA e se parecia muito com a garota que eu julgo amar.
Era Natalie, mãe de Amber.
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Espero que gostem do nosso querido Finlay contando um pouco sob sua perspectiva.
XOXO :*