Shinigami Yoroi One-Shot teste escrita por Kasu251


Capítulo 2
Extra Story


Notas iniciais do capítulo

Aqui está a história extra de que falei antes, espero que gostem



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Numa pequena vila no interior, uma jovem garota de cabelo negro, que lhe apenas chegava aos ombros, limpava a entrada de um bar com uma vassoura desgastada, ela vestia um simples kimono roxo sem qualquer desenho, o mesmo estava remendado em vários lugares e aparentava ser um pouco velho.

–Hanako. – Chamou um homem de meia-idade que vestia um avental, também remendado, e que tinha uma barba rígida, lhe estendendo uma carteira. – Vai buscar mais arroz, está acabando.

–Certo. – Respondeu ela pousando a vassoura e pegando a carteira. – Eu serei rápida, chefe.

A garota então saiu correndo, porém tropeçou num gato de passava, caindo contra uma casa, onde bateu com a cabeça, sendo depois pisada acidentalmente por um grupo de crianças que passou correndo

–Aquela garota é atrapalhada demais. – Murmurou o homem fumando no seu cachimbo.

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No caminho de volta para o bar, Hanako trazia um grande saco de arroz que lhe cortava parte da visão.

–Isto é bem mais pesado do que parece. – Suspirou ela andando de forma desequilibrada.

Foi então que acidentalmente encostou num homem que ia na direção contrária.

–Ah, desculpe.

Sem resposta, o homem caiu de repente no chão, sem se mover mais.

–KYAAHH! – Gritou ela assustada, largando o saco. – E-eu o matei?

–Comida… - Murmurou o homem, assustando novamente a garota. - Alguém… Por favor… Me alimente!

–O senhor está bem? – Questionou ela suando frio.

–Você! – Gritou o homem ainda deitado no chão, agarrando o kimono dela, fazendo um olhar intimidador. – Você cheira a comida!

Dito isto, o homem desmaiou.

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–Chefe, cheguei. – Anunciou Hanako entrando no bar, carregando o inconsciente homem às suas costas.

–Você demorou, Ha-… - Falou o proprietário até avistar o homem nas costas da sua empregada. – Então finalmente aconteceu… Ela acabou matando alguém devido à sua falta de jeito.

–Não é nada disso! – Reclamou ela exaltada, deitando o homem no banco, o mesmo se vestia com uma roupa de monge, porém portava duas katanas embainhadas, presas em cada lado da sua cintura, o seu cabelo era castanho claro. – Parece que ele desmaiou de fome, deve ser um viajante.

–E onde está o arroz? – Perguntou o chefe.

–Ah… Deixei-o na rua. – Apercebeu-se Hanako, saindo imediatamente. – Vou buscá-lo já!

–É impossível existir alguém tão despistado. – Murmurou o chefe com a mão no rosto.

Alguns minutos depois, Hanako apareceu de novo no bar, com o cabelo todo desarrumado e com o saco de arroz nos braços.

–Voltei.

“Melhor nem perguntar o que aconteceu com ela.” Pensou o chefe.

–Ele ainda não acordou? – Perguntou ela olhando para o viajante inconsciente.

–Não deu sinal nenhum, mas ainda respira.

–Espere um pouco, chefe, já sei o que fazer. – Falou Hanako correndo para a cozinha, pouco tempo depois, saiu com alguns Onigiris (bolinhos de arroz). – Ta~rã! Meus Onigiris especiais.

–E como isso vai acordá-lo? – Questionou o chefe não a entendo.

–Isto está muito bom. – Comentou o viajante já comendo vários Onigiris de uma vez. – Já estava vendo os portões do paraíso.

“Foi rápido.” Pensaram Hanako e seu chefe impressionados.

–Foi mal, ainda não me apresentei. – Ele mesmo reparou, fazendo uma leve vénia. – Meu nome é Fang, estou viajando por este país, muito obrigado pela refeição.

–Se ele já está bem, vou voltar para o meu trabalho na cozinha. – Falou o chefe se retirando.

–Que nome estranho, você não é de Tayou-Kuni? – Perguntou Hanako curiosa.

–Bem, pode dizer-se que venho de bem longe. – Respondeu ele enquanto comia mais Onigiris. – Estou muito grato, não comia há 3 dias!

–Deve ter sido difícil para você. – Comentou ela com um olhar de pena. – O meu nome é Hanako e aquele senhor era o Yamada-san, o meu chefe e dono deste bar.

–Oh, então você trabalha aqui.

–Bem, sim, na verdade estou trabalhando para pagar as minhas dívidas.

–Uma garota da sua idade já está endividada? – Questionou Fang impressionado.

–É que um dia… Eu estava procurando pelo banheiro e acabei destruindo a cozinha acidentalmente. – Respondeu ela meio envergonhada.

–Como?! – Indagou ele quase se engasgando com os Onigiris.

–Sou um pouco sem jeito. – Respondeu ela dando um risinho inocente.

–Acho que tem um limite para o quão sem jeito uma pessoa pode ser. – Comentou Fang perplexo. – Tem certeza que não foi amaldiçoada por uma alma vingativa.

–Você é engraçado, Fang-san. – Riu Hanako achando piada.

–Bem, vamos mudar de assunto. – Falou o viajante terminando os Onigiris. – Você tem mesmo um belo corpo, Hanako-chan.

–Hum?

–Um rosto lindo e inocente, uma bunda firme e peitos, que a pesar de não serem muito grandes, parecem bem fofos e apetitosos, como um par de Nikumans (bolinhos de carne).

–N-Nikumans? – Murmurou Hanako ficando completamente vermelha, enquanto pensava. “O-o que ele está falando? I-isto é assédio sexual? Ou será que é uma forma de elogio estrangeira?”

–Este nível de culinária apetitosa, esse belo corpo. Hanako-chan, você quer casar comigo? – Pediu Fang com os seus olhos verdes brilhando.

–M-mas F-F-Fang-san, v-você não é um monge? – Questionou ela toda atrapalhada com o constrangimento.

–Por você, eu abandonaria os Céus e a minha religião. – Respondeu ele firmemente.

–Q-Queeeeeeeeeeê? – Indagou ela mais vermelha que um tomate, com o olhar em espiral e quase expelindo fumo pelas orelhas.

–Brincadeira. – Falou Fang com um sorriso amistoso. – Adorei as suas reacções, Hanako-chan.

–Você é muito cruel, Fang-san. – Reclamou Hanako de forma infantil. – Esse comportamento me assustou.

–Mas eu falei a verdade quanto ao belo corpo. – Comentou Fang com um sorriso perverso.

–Fang-san, por favor pare com isso. - Pediu Hanako envergonhada.

–Ajuda! – Gritou um aldeão em pânico, entrando no Bar.

–Oh, o Tanaka-san. – Reconheceu Hanako preocupada.

–Passa-se alguma coisa, Tanaka? – Perguntou Yamada saindo da cozinha.

–E-Eu estou em perigo! – Falou ele assustado.

–Fale logo o motivo, homem. – Respondeu Yamada duramente.

–Tanaka-san, saía logo. – Uma voz surgiu do lado de fora, acompanhada de ruído de multidão.

Então, Yamada, com Hanako e Tanaka atrás, saiu para ver o que se passava. Assim que afastou as cortinas da porta, viu o seu Bar completamente rodeado por homens armados com facas e espadas, todos tinham tatuagens de cobra.

–Tch, a gangue Hebi. – Murmurou Yamada virando-se para Tanaka. – Você voltou a ir à casa de apostas deles, não foi? Eu bem te disse para te manteres longe.

–Eu não tive escolha! A minha família está quase morrendo de fome, pensei que pudesse finalmente ganhar algum dinheiro. – Respondeu Tanaka frustradamente. – Mas tudo o que fiz foi me endividar cada vez mais.

–Tanaka-san… - Murmurou Hanako com um olhar de pena.

–Cale a boca e nos pague o que deve. – Falou um homem de grande porte, que devia medir quase 2 metros, com várias cicatrizes no peito e uma grande barba que compensava a falta de cabelo. – Não tenho muita paciência para estas coisas.

–Você não sabia? Casas de apostas geridas por bandidos de montanhas usam truques para que os visitantes nunca vençam. – Comentou Fang aparecendo repentinamente no centro o círculo formado por todos aqueles bandidos. – Por outras palavras, são apenas roubo.

–O que você está falando, Monge caipira? – Questionou o grande homem irritado. – Está acusando a minha casa de apostas de roubar?

–Oh, então você está admitindo que são bandidos das montanhas? – Interrogou o monge com um sorriso amistoso e um olhar afiado.

–Desgraçado. – Murmurou o homem cada vez mais irritado. – Por acaso faz ideia de quem sou?

–3º líder da gangue Hebi, o seu nome é Fuji, se não me engano. – Respondeu Fang calmamente, surpreendendo o bandido.

–Fang-san, não irrite os bandidos, por favor. – Pediu Hanako preocupada.

–Quem é aquele homem? – Questionou Tanaka.

–Apenas um viajante esfomeado que veio parar no meu bar. – Respondeu Yamada com os seus olhos postos no monge.

–Sabe, hoje sinto-me de bom humor, se você implorar pela sua vida, talvez eu lhe deixe ir apenas com ferimentos leves. – Propôs Fuji com um ar superior, enquanto Fang juntava a suas mãos e murmurava várias palavras. – O que você está fazendo?

–Rezando pelas almas de vocês. – Respondeu ele simplesmente, com um sorriso amigável. – Mas duvido que os Céus vão aceitar lixos como vocês.

–Matem-no. – Ordenou Fuji perdendo a paciência.

Um grupo de 6 bandidos partiu então para o ataque, porém, numa fracção de segundos as suas cabeças saltaram, tornando os seus corpos em chafarizes de sangue.

–Seis já foram. – Falou Fang no meio da breve chuva de sangue segurando uma afiada e resplandecente katana, que havia retirado da sua bainha esquerda, cuja lâmina tinha uma inscrição dizendo “Fuujin” (Deus do Vento). – Quem vem a seguir?

–O quê? Indagou Fuji surpreendido, assim como todos os que assistiam à cena.

Vários bandidos atacaram o monge armado, porém o mesmo os cortava como se fossem feitos de manteiga, os seus movimentos eram rápidos demais para que os bandidos pudessem acompanharem com o olhar e a sua espada era tão afiada que nada se entrepunha no seu refinado corte.

–Quem é você? – Perguntou Fuji suando frio.

–Eu? Sou apenas um aliado da justiça. – Respondeu Fang manchado com o sangue dos bandidos e sorrindo normalmente. – E meu trabalho é erradicar o mal.

–Este é o Fang-san? – Questionou Hanako levemente assustada.

–Não faço a mínima ideia do que você está falando, mas você me irrita bastante. – Declarou Fuji pegando numa enorme clava de ferro que levava às costas. – Ataquem todos de uma vez!

Os restantes bandidos atacaram em conjunto para aumentarem as suas hipóteses contra o temível adversário. O resultado continuava o mesmo, morriam um apôs outro, no entanto, um dos bandidos preparava-se para atacar Hanako pelas costas.

Apercebendo-se do movimento inimigo, Fang lançou a sua katana, que perfurou o coração do bandido, antes que o mesmo tocasse na garota.

–Um samurai não devia jogar a sua arma fora. – Comentou Fuji atacando Fang pelas costas, usando a sua pesada clava.

Hanako e Tanaka fecharam os olhos para não presenciarem uma morte tão violenta, porém, em vez do som de ossos quebrando, um som de choque entre metais ressoou nos seus ouvidos, fazendo-os abrir os olhos por curiosidade.

Fang havia retirado a espada da sua bainha direita no último segundo e usou-a para bloquear o potente ataque.

“Este baixinho bloqueou esta pesada clava, usando apenas um braço… Quanta força ele tem?” Pensou Fuji suando frio, até reparar noutro ponto inacreditável. “E-Ele está usando apenas o braço esquerdo!”

–Um ambidestro, que coisa rara. – Comentou Yamada fumando no seu cachimbo. – Faz sentido ele carregar duas espadas.

–Mas aquela espada não é um pouco estranha? – Questionou Hanako.

–Como assim? – Indagou Tanaka confuso.

Fang repeliu a clava de seu adversário, fazendo o grande bandido recuar alguns passos, isso permitiu dar um melhor vislumbre da sua espada. Ao contrário da reluzente Fuujin, esta estava bastante suja e com marcas de sangue, também tinha uma inscrição de dizia “Raijin” (Deus do Trovão), porém, o que mais estranhava era a lâmina da katana que em vez de ser continua, era serrada.

–Ora, ora, você não tem sorte nenhuma. – Murmurou Fang soltando um pequeno riso e com um olhar sanguinário. – Você me fez desembainhar esta espada.

“O que se passa com este louco?” Pensou Fuji recuando mais alguns passos.

Os restantes bandidos atacaram, enquanto o seu líder estava intimidado. O resultado se repetiu mais uma vez, mas com uma diferença, em vez de serem cortados com facilidade como antes, os bandidos foram espancados pela lâmina, enquanto a sua pele era rasgada pela serra, dando um ar bem mais brutal à cena sanguinária.

–Ela não é tão comportada como a Fuujin que corta de forma rápida e indolor. – Falou Fang balançando a sua espada serrada. – A Raijin rasga e destroça tudo, fazendo o alvo sofrer bastante até morrer.

–Que espada cruel. – Comentou Hanako ainda mais assustada, o homem à sua frente parecia alguém completamente diferente do monge viajante que conhecera há uns minutos atrás.

–Parece que as almas dos seus seguidores já foram todas liberadas. – Disse o monge com um sorriso pacífico, observando a carnificina que havia feito. – Agora é a sua vez.

–Maldito! – Gritou Fuji furioso atacando com a sua clava.

No entanto, no momento que a clava atingiu o local onde o monge estava, este já havia desaparecido. Fuji olhou em todas as direções preocupado.

–Para onde você está olhando? – Perguntou Fang sorridente, em cima da clava o bandido. – Yo!

–Como? – Questionou Fuji espantado .

–Se despeça desta vida terrena. – Falou o monge passando a serra da sua lâmina no pescoço do bandido, fazendo ele berrar de dor. – E desapareça, Mal.

Dito isto, a cabeça do líder da gangue Hebi foi cortada fora, seguindo-se da queda do seu enorme corpo.

–Esse cara parece um demónio. – Murmurou Yamada aterrorizado.

Fang sentou-se no corpo decapitado de Fuji e retirou uns papeis que guardava nas suas vestes. Começou a folheá-los até que achou um cartaz de procurado com o rosto de Fuji.

–Mas que droga… Ele só vale 3 mil Rens. – Suspirou Fang desiludido. – Não admira que ele só tivesse retardados ao seu comando.

–Um caçador de recompensas? – Questionou Yamada impressionado, de todos os que assistiram o confronto, ele fora o único que se manteve calmo.

–Yamada-san, você pode ficar com a recompensa dele. – Ofereceu o monge retirando a sua Fuujin do cadáver de um dos bandidos e embainhando-a de novo, junto com Raijin. – Use-a para pagar os Onigiris e para a dívida da Hanako-chan.

–Ele foi assustador. – Comentou Tanaka ainda tremendo.

“Mesmo com aquela faceta intimidadora, o Fang-san parece ser uma pessoa gentil.” Pensou Hanako intrigada. “Ele é um homem bem misterioso.”

–Agradeço então a sua oferta. – Respondeu Yamada guardando o seu cachimbo. – Podemos fazer algo mais por você, Aliado da Justiça-san?

–Hahahaha! Não precisa me vangloriar. – O monge riu descontraidamente. – Ah, sim! Estou procurando por uma garota bonita de cabelo prateado e olhos castanhos. Ela chama-se Fuyuki-chan.

–Não vi nenhuma garota assim. – Respondeu Yamada.

–Porque você a procura, Fang-san? – Perguntou Hanako curiosa.

–Para matá-la. – Respondeu Fang com um calmo sorriso.


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Notas finais do capítulo

Nota: Ren é a moeda usada neste mundo
E acabou. O que acharam?
Espero que vos tenha agradado para poder depois "serializar" da história kkkkk
Até à próxima!



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