Sos, presente! escrita por beckyfiuza
Notas iniciais do capítulo
Olá, queridos e queridas, perdoem-me o sumiço, era pra fic ter acabado no sábado dia 16 de abril, porque era o aniversário da Eadlyn, mas fiquei atolada com uns trabalhos que tive que fazer e não consegui postar nada, mas estou de volta!
KILE
Estava posicionado na lateral do salão de festas há 15 minutos com Osten, Kaden e tio Maxon, enquanto Ahren esperava ao lado das altíssimas portas de madeira.
Eu podia sentir minhas mãos tremendo e tinha quase certeza de que estava suando frio, cada segundo passado era um motivo para aumentar minha aflição, não só pela valsa com a Eadlyn, mas também pelo presente, em breve, a festa acabaria e eu colocaria o resto do meu plano em ação.
- Ei, Kile! – disse Osten puxando o mais discretamente que podia a manga do meu terno. –Tudo bem? Você está meio branco...
Ri baixinho numa tentativa (falha) de disfarçar meu nervosismo.
- Ela está demorando muito.
Osten franziu as sobrancelhas e olhou para o seu relógio, ligeiramente grande para seu pulso infantil, provavelmente era mais uma coisa que Ahren tinha perdido para ele numa aposta.
- Ela está só 5 minutos atrasada!
- Jura?
Em resposta, ele estendeu o pulso para que eu mesmo pudesse checar o horário e constatar que, de fato, Eadlyn só estava atrasada 5 minutos.
- Nervoso? – disse em Osten tentando conter uma risada diante de minha cara de perplexidade.
Passei uma das mãos pelo cabelo e suspirei, deixando a tensão aparecer por poucos segundos.
- Um pouco...
Ele abriu a boca para responder, mas, antes que falasse alguma coisa, os instrumentos de sopro entoaram a marcha da família real, era a deixa para o início da valsa.
Então, as enormes portas duplas do salão abriram-se, e eu tive que fazer um certo esforço para lembrar-me de respirar, Eadlyn estava simplesmente deslumbrante, não teria conseguido desviar meu olhar dela se quisesse e eu não queria.
Ahren tomou-a pela mão e a conduziu até o centro do salão para que valsassem, a marcha real cessou e uma melodia clássica e leve a substitiu, essa era a deixa para os gêmeos começarem a valsar.
Eu mal conseguia ouvir a música de tão alto que meu coração batia, Eadlyn estava linda, usava um vestido dourado longo com renda e todo bordado, cada giro que ela dava era como se ela própria fosse toda feita de luz; seus lindos cabelos castanhos estavam parcialmente soltos, ornamentados apenas pela bela e delicada coroa que eu sabia ser a sua favorita; porém, sua joia mais bonita naquela noite era o seu sorriso. Singelo, bonito, misterioso e arrebatador.
Uma leve pausa da banda e uma onda de aplausos trouxeram-me novamente à realidade, tio Maxon e tia Meri dirigiram-se aos gêmeos e novamente valsaram, os quatro rodopiaram pelo salão em perfeita sincronia, fazendo passos complexos parecerem simples e trocando algumas vezes de par para que o casal real também dançasse entre si.
A música mudou novamente e Kaden aproximou-se de Eadlyn, tirando-a dos braços do pai que se voltou para dançar com sua esposa. Usualmente, Ahren chamaria sua tia May para dança, mas, para surpresa de todos e contentamento eterno da minha irmã, ele estendeu sua mão para Josie, fazendo-a enrubescer antes de aceitar o convite para dançar.
Agora, três casais dançavam pelo salão e Osten era a única pessoa além de mim que esperava para dançar.
- Osten, - sussurrei – por que Ahren chamou Josie para valsar?
- Espere e olhe, - ele respondeu no mesmo tom e olhou para mim antes de continuar – foi ideia minha.
Olhei para frente e vi Ahren rodopiar Josie para perto de Kaden e Eadlyn, fazendo com que eles trocassem de par, Ahren agora dançava novamente com Eadlyn, que se segurava para não rir, e Kaden dançava com Josie, ambos surpresos e com as bochechas coradas de vergonha.
Então, novamente a música foi trocada, Kaden e Josie, assim como tia Meri e tio Maxon, sentaram-se, Osten sussurrou-me um “boa sorte” antes de correr até Eadlyn e tirá-las das mãos de Ahren que dessa vez seguiu o protocolo e convidou madame May para dançar.
Enquanto isso, eu ficava cada vez mais tenso e nervoso, tinha sido ensinado a dançar pouco depois de ter aprendido a andar, mas mesmo assim sentia como se fosse errar cada passo e estragar a valsa, cada nota da música parecia ser a última e cada passo dos casais fazia meu coração falhar uma batida.
Até que a música, de fato, acabou, era minha vez. Andei até Eadlyn o mais descontraído que pude – o que não era muito, considerando meu nervosismo – e fiz uma reverência, Eadlyn também fez um leve cumprimento com a cabeça e sorriu.
- Só um segundo. – sussurrou ela.
Ela virou-se para Ahren e impediu que ele saísse da pista de dança, depois, ignorando a confusão e a vergonha de seu irmão, andou em passos rápidos até a mesa da família francesa e estendeu a mão para a Camile, o gesto imitava um convite para dançar, mas tecnicamente não era permitido que alguém além do dançarino fizesse isso, mas mesmo assim Camile pôs a própria mão em cima da de Eadlyn, que a conduziu até Ahren.
Eadlyn não disse nada, apenas voltou a minha frente, uniu nossas mãos e delicadamente tocou um de meus ombros, avisando discretamente a banda de que poderiam começar a tocar.
Levei a outra mão até sua cintura fina e a pressionei um pouco mais do que o recomendado, trazendo-a para mais perto de mim.
- Você está linda.
- Obrigada. Neena esforçou-se bastante hoje.
- Tenho certeza que ela não teve muito trabalho.
Suas bochechas adquiriram um leve tom rosado e ela desviou o olhar, visivelmente pega de surpresa.
Kile, um. Eadlyn, zero.
- Obrigada. – ela repetiu, sorrindo. – Quase não vi você hoje...
- Acho que posso resolver isso.
- Como assim?
- Que tal compensar minha ausência com um encontro depois da festa? Ainda não entreguei seu presente.
- Mas o colar... – disse ela franzindo as sobrancelhas e involuntariamente olhando para o pescoço, fazendo-me notar pela primeira vez que ela estava usando a chave.
- Isso é só uma parte do presente, lembra do que eu disse quando dei o colar?
- Você fez a maior descoberta da sua vida dizendo que chaves abrem portas. – disse com a voz pingando de sarcasmo.
Kile, um. Eadlyn, um.
- Eu também disse que achava que você abriria muitas portas em breve.
- O que quis dizer com isso?
Como se tivesse sido programado, a banda parou de tocar, nossa valsa tinha acabado e o barulho dos aplausos encobriram parte da minha voz.
- Depois da festa, vou te levar para abrir uma porta, passo no seu quarto.
Dei um leve beijo em sua bochecha e me afastei, seus olhos praticamente brilhavam de ansiedade, mas, por ora, a pista de dança se enchia e todos queriam um pouquinho da minha princesa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E, por hoje é só, pessoal! Até a próxima sexta!