Perdida? escrita por Romantica10


Capítulo 5
Capitulo Cinco


Notas iniciais do capítulo

NÃO DEIXE DE LER:

Pessoal, eu sei que essa fanfic está concorrendo o desafio do Nyah, mas é provável que ela não esteja terminada até lá, de qualquer maneira continuarei postando. Eu quero esclarecer porque possivelmente não acaberei a fanfic a tempo. Quando descobri o tema do desafio, já era muito tarde. Eu demoro um pouco a escrever e tem uma regra que no minimo toda a fanfic tem que ter 10.000 palavras. Cada capitulo meu, é, no minimo, 1.000 palavras, então... Espero que continuem lendo e gostando. Notei que há pessoas que leem, mas não comentam. Por favor comentem, porque me ajuda a saber o que vocês querem. Bjs.



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CAPITULO CINCO

“Espero que tenha um bom motivo ou, pelo menos, uma boa desculpa por me colocar nessa”. Cruzei os braços, enquanto andava ao lado dele. A diretora estava na nossa frente.

“Tudo fica mais legal com companhia”. Sorriu de maneira sexy. Merda. “Isso é tudo”.

Paramos de conversar quando a diretora nos chamou para conhecermos as crianças. Eu moro aqui há quinze anos, mas eu não estava acostumada a vir ver as crianças, na verdade eu só ia ao segundo andar. A diretora nos mostrou as crianças. Apontou e deu os nomes em ordem alfabética. Quinze crianças e Jonas teria que propor um projeto que ajudasse ou, no mínimo, divertisse as crianças de alguma maneira. As crianças tinham de quatro a oito anos. Não seria fácil. Educar nunca é fácil.

“É campeão… boa sorte”. Digo de deboche.

 “Para nós, já que não estou sozinho nessa”. Disse.

“Não está sozinho porque me meteu essa enrascada”.

“Você podia recusar, Luiza, mas qualquer chance de me ter por perto é valida, não?” Depois do que ele falou, eu não disse mais nada. Ele sabia aonde estava se metendo. Ele sabia que eu estava ansiosa para vê-lo. Será que ele sentia o mesmo?

Depois de todas as crianças serem devidamente apresentadas, a Diretora praticamente empurrou Jonas para o meio da sala. Ele não parecia nervoso, na verdade ele não estava lindo para nada ali mesmo.

“Bom, sou Jonas. Não sei como vocês querem me chamar, mas… Deixa, okay… Estou aqui para criar m trabalho que envolva a diverso e a educação ao mesmo tempo”. Crianças estavam mudas. Era raro elas receberem alguém diferente. “Eu pensei em ouvir as idéias de você já que vocês que vão participar”.

Talvez para você que está lendo isso, pode parecer que Jonas estava tentando se comunicar com a turma, mas não Eu via claramente que: (1º) ele não tinha nenhuma idéia e (2º) ele estava tentando achar uma idéia pela cabeça das crianças. E eu sabia que ele queria algo pratico e rápido. Não vou negar que ele era um cafajeste de primeira mão, mas se passou pela minha cabeça que, talvez, ele não fosse tão ruim assim.

Uma menina pequena levantou a mão.

“Que tal uma peça?” Ela perguntou.

Jonas ficou quieto.

“Uma peça que vocês representariam para nós. Ajudaríamos com o cenário e poderíamos ter algumas aulas de encenação”;

Eu olhei para aquela pessoinha minúscula. Era inteligente eu não podia negar.

“A que peça se refere então?” Me pronunciei e todos me notaram. Nem todos sabiam que eu tinha AIDS.

“Eu jamais pensaria em Romeu e Julieta, mas espero que seja algo romântico. Poderia fazer uma encenação de algum conto de fada”. Coçou o queixo como se fosse uma grande critica. “Eu voto em Cinderela”.

Um grupo de crianças se pronunciou junto com ela.

“Nada haver! Acho muito melhor algo com ação e aventura!” Um garoto gordinho gritou e os outros meninos o apoiaram. Meninas e meninos discutiam entre si nesse momento. Elas, por algo romântico e eles, por aventura. Isso seria complicado.

 “Crianças”. Falei baixo. “Crianças!” Gritei por cima da gritaria infantil. Todos olharam para mim, incluindo a Diretora e Jonas. Ele sorriu de canto. Ignorei-o. “Okay…” Peguei uma folha de papel e um pedaço de giz de cera que achei no chão. “Vamos fazer o seguinte… Escutem”. Levantei a folha. “Vamos atender todos os pedidos de vocês, tanto meninas, quanto meninos. Todos sabem escrever?” Todos assentiram. “Cada um vai escrever uma ou duas palavras. Essas palavras têm que ser o que vocês querem na peça. Depois que todos escreverem eu e Jonas vamos escolher um conto que tenha tudo que vocês quiserem, está bem?” Digo. Um menino levanta a mão. “Sim?”.

“Qual é o seu nome?”.

“Luiza”. Jonas pegou o papel e o giz da minha mão e começou a distribuir pelas crianças.

“Você também é voluntária?”.

“Não. Eu moro aqui”.

“Mas você já é grande”. Todos os olhares vieram em minha direção. Eu nunca tive uma vergonha dessas na minha vida. Jonas olhou para mim. Ele olhou para as crianças. A Diretora se pronunciou.

“Acho que você deveria pedir descul…” Ela começou.

“Não tem problema”. Todas elas abaixaram as cabeças. “A questão é que nem todos têm sorte”. Depois disso todos ficaram quietos. “Mas não parem de acreditar” Eles levantaram as cabeças. “não parem de acreditar por minha causa, okay?”.

Todos assentiram. Saímos da sala depois de todos escreverem alguma coisa. A Diretora avisou que tinha assunto serio a tratar e saiu. Eu e Jonas sentamos em uma das mesas de piquenique do jardim. Ele fingia que estava lendo aquela folha.

“Não precisa me tratar diferente por causa do que aconteceu lá dentro, okay?”. Ele tirou o rosto da folha.

“Eu não sou uma pessoa que sabe consolar, mas se você quiser…” Olhou para mim.

“Eu só quero ler o que tem ai”. Ele me passou o papel. Como eu previa dois gêneros. Romance e Aventura.

“Eu pensei…” Disse. “Em um conto”. Sorri.

“Não sabia que você pensava em contos”. Ele riu.

“Está bem isso é meio gay, mas que tal Peter Pan?”. Ri alto.

“Okay, primeiro, por que Peter Pan?”.

“Ação nas brigas com Capitão Gancho e romance com Wendy. Tem mais alguma pergunta?”.

“Nossa… Está bem. Você venceu”. Gostei. “Teremos Peter Pan”. Ele olhou para mim sugestivamente.

“E uma Wendy”. Sorriu em minha direção. Um sorriso um tanto… suspeito. “Eu sempre gostei da cor dos seus olhos. Eles são misteriosos e há algo neles que eu não conheço”.

“Se não te contei, não é para contar”. Tentei mudar de assunto. “Pensou em mais alguma coisa?”.

“Sim. Pensei em fazer um pequeno cenário, nos trabalharíamos isso com as crianças. Podemos atuar e atuar com as crianças. Se realmente for Peter Pan veremos o numero de personagens e as roupas… mas temos pouco tempo. Eu realmente vou usar a ideia daquela menina”.

“Você é responsável, mas você não aparenta, sabia?”. Ele sorri em minha direção, arqueando as sobrancelhas.

“Se não te contei, não é para contar”. Repetiu minha frase.

“Que falta de criatividade a sua”. Dei um soco de leve em seu ombro.

“Acho que a usei completamente com o Peter Pan”. Passou a mão por cima de onde eu havia batido. “Acho que não agradeci por você me ajudar. Obrigado”. Sorri.

“De nada. Você não é tão rebelde quanto eu imaginava. Eu não sei se isso é um elogio para você ou não, então…”. Nós rimos.

"Vai ser legal trabalhar em alguma coisa pela primeira vez”.

“Pensei que fosse um rebelde que odiasse os vizinhos e o trabalho”. Ele penteou os cabelos com os dedos. Ela fazia aquilo com muita freqüência quando ficava comigo.

“Isso é uma meia verdade, mas todo fica melhor em boa companhia, não acha?”.

“Você sabe que essa é a cantada mais ridícula da historia, não sabe?” Sorri em sua direção. Ele se aproximou e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Seu hálito bateu no meu rosto, menta. Pensei que ele tentaria fazer algo, como me dar um beijo, mas…

“Eu sei… mas não custa tentar, não é?”. Ele levantou do banco e estendeu a mão para me ajudar. “Agora levante e me leve a um lugar que tenha comida. Eu não vivo sem comida, sabe? E já está na hora do almoço."


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