A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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James correu até ao irmão que se encontrava inanimado. Bateu de leve na sua cara à espera de alguma reação mas nada aconteceu. A única solução era levá-lo à enfermaria.

Colocou Albus de pé, em esforço, e passou um dos braços por volta do seu pescoço. Como não tinha ajuda, aquela era a única maneira de o carregar.

Para James, os corredores nunca foram tão longos como naquele dia. Transportar o seu irmão estava a ser uma tarefa complicada, não pelo seu peso mas sim por causa da preocupação que ele sentia para com ele.

Felizmente conseguiu chegar à enfermaria. Madame Pomfrey cuidava de uma aluna da Hufflepuff do segundo ano quando James entrou com o seu irmão inconsciente. A atenção da enfermeira logo foi para aqueles dois vultos que tinham acabado de entrar na sua enfermaria. Ajudou James a colocar o irmão numa das muitas camas vagas e logo perguntou o que se passou.

James contou que ele levara com um Stupefy. Em dúvida, ele acabou por não contar quem tinha lançado o feitiço ao seu irmão. Ele não sabia o que se tinha passado entre o irmão e a morena que estava com ele. Ele não sabia se aquilo fora puro divertimento por parte dessa garota ou se o seu irmão tinha feito alguma coisa.

Madame Pomfrey cuidou de Albus e informou James que ele acordaria dentro de algumas horas.

James acabou por se retirar. Mais tarde voltaria à enfermaria. Antes de ir para a sua aula, James seguiu até às masmorras. O seu irmão estava a ter Poções e James achou por bem informar o professor sobre o que se passou.

Bateu de leve na porta chamando a atenção de Horace Slughorn e dos alunos de sexto ano que estavam a ter aquela aula.

—Desculpe interromper professor mas será que lhe podia dar uma palavrinha? – pediu James educadamente. Slughorn, ao ver a cara sério do Potter, aproximou-se dele curioso para saber o que se tinha passado ao ponto de a sua aula ser interrompida.

James contou a mesma história que relatou à Madame Pomfrey. 

No interior da sala todos os alunos tentavam ouvir a conversa. Mas era praticamente impossível, visto que ambos estavam a sussurrar.

A única pessoa que conseguiu ouvir a conversa foi Scorpius. Este, devido aos acontecimentos da manhã, acabou por ficar numa mesa do fundo, afastado de todos os seus colegas. Ele não queria falar com ninguém. Scorpius ouvia James relatar que Albus estava na enfermaria. Apesar de estarem chateados, Scorpius continuava a preocupar-se com Albus afinal ele era o seu melhor amigo. Por isso, Scorpius decidiu que no fim do dia visitaria Albus.

—----//-----

O dia correra normal para Rose. As aulas de Poções, Aritmância e Defesa Contra a Magia Negra tinham passado normalmente. Como sempre, Rose apontara o mínimo detalhe de tudo que era dito nas aulas. Outro hábito de Rose Weasley.

Agora, Rose encontrava-se na biblioteca como normalmente fazia. Mas, diferente das outras vezes, Rose estava acompanhada. Roxanne Weasley encontrava-se à sua frente. Rose explicava-lhe Runas Antigas da melhor maneira que conseguia. Ela tentava dizer tudo o que era necessário e da forma mais simples possível para que a prima entendesse bem a matéria.

Por incrível que pareça, Roxanne estava a entender tudo. Aquilo que Roxanne achava uma dor de cabeça finalmente começava a decifrar-se. Rose realmente explicava bem e ela tinha a certeza que a melhor decisão que tomara na vida fora pedir ajudar a Rose.

Elas encontravam-se entretidas no meio de runas e feitiços quando James chegou.

—O que é que as minha priminhas lindas estão a fazer? – perguntou James sentando-se ao lado de Rose.

—Estamos a estudar Runas. – respondeu Roxanne – Finalmente isto não parece chinês. – todos riram com o comentário de Roxanne.

—Eu sempre soube que a Rose daria uma boa professora. – comentou James – Por acaso também não queres começar a pensar em dar-me explicações.

—Sirius, tu estás no sétimo ano.

—Como se tu já não tivesses lido algum livro sobre a matéria de sétimo ano. – James encarou a prima para ver se ela negava e, como ele pensava, ela não negou – Estás a ver? Poderias começar a pensar nisso. Pensa que é o teu primo lindo que te está a pedir.

—Lindo e convencido. – respondeu Rose arrancando risadas de Roxanne.

—Mas de certeza que não foi por causa dos estudos que vieste cá, não é James? – perguntou Roxanne com aquela cara inocente.

—Óbvio que não. – respondeu James como se fosse óbvio – É assim nós estamos a preparar uma festa surpresa para o Hugo. – contou James baixando o tom de voz.

—Uma festa? Yeh! – festejou Roxanne recebendo logo em seguida uma bronca da Madame Pince.

—Roxanne é suposto ser segredo. – reclamou James.

—Desculpa.

—O aniversário é daqui a dois dias e eu estive a falar com a Dominique e o Fred e tivemos a ideia de fazer uma festa para o nosso querido primo. Não é todos os dias que se faz quinze anos. Pensamos em fazer a festa na sala das Necessidades.

—E se a diretora McGonagall descobre? – perguntou Rose.

—Rose, tu sabes quantas festas eu já organizei? – a prima apenas acenou que não – Foram tantas que eu já não sei ao certo. E posso-te dizer que nunca fui apanhado.

—Se o dizes…

—Claro que digo. Nós não vamos ser apanhados. Eu, a Dominique e o Fred tratamos de tudo. A Lily vai distraí-lo durante o dia. Vocês só têm de aparecer às dez da noite na sala das Necessidades.

—Mas… - começou Rose.

—Rose não te vais cortar. É o aniversário do teu irmão. De certeza que ele quer a tua presença num momento tão importante.

—Está bem. – concordou Rose arrancando um sorriso do primo. Ela não acreditava que tinha acabado de concordar em ir a uma festa clandestina.

James preparava-se para sair quando Roxanne o impediu.

—Como é que está o Albus? – aquela pergunta chamou a atenção de Rose. Ela não sabia o que se passava com o primo. Realmente notara que ele não fora às aulas naquele dia. Mas não ligou muito afinal não era a primeira vez que ele faltava.

—A Madame Pomfrey disse-me que ele estava bem e que acordaria dentro de algumas horas. Aliás, vou para a enfermaria agora. Ele já deve ter acordado.

—Eu vou contigo. – disse Roxanne começando a arrumar as suas coisas. – Rose também vens?

—Mas nós estávamos…

—Anda lá Rose, ele é nosso primo. – interrompeu Roxanne.

Reticente, Rose concordou em ir. Sinceramente ela não queria estar perto de Albus mas a curiosidade falara mais alto. Ela queria saber o que se tinha passado com o primo porque, apesar de já não se falarem, ela ainda se preocupava com ele.

James, Rose e Roxanne seguiram até à enfermaria. Quando chegaram lá encontraram todos os outros Weasley’s

Rose deixou-se ficar mais para trás. Ela não queria ser vista por Albus. Ela achava que se ele a visse, ele não a deixaria em paz.

A algazarra estava instalada na enfermaria. Todos queriam saber o que exatamente tinha acontecido a Albus. Eles falavam uns por cima dos outros que nem o deixavam falar. Foi preciso a intervenção e ameaça por parte da Madame Pomfrey para que o ambiente acalmasse.

Pelo que Rose entendera, Albus levara com um Stupefy de uma Slytherin do quinto ano. Octavia Bale ouvira.

—A Octavia fez isso sem mais nem menos? – perguntou Molly – Eu e a Roxanne temos aulas com ela e ela parece ser calma. Não parece ser uma daquelas pessoas que ataca a outra por pura diversão.

—Aquela garota é louca. – afirmou Albus.

E a algazarra voltou a instalar-se. Todos queriam tentar entender o motivo de Octavia Bale ter feito aquilo com Albus. Seria por causa da rivalidade entre Slytherin e Gryffindor? Seria porque Albus tinha feito alguma coisa? Muitas questões estavam a ser levantadas por todos os primos Weasley.

Rose observava a cena e também ela tentava criar uma teoria. Pelo que entendeu, não havia nenhum antecedente entre Albus e Octavia. Além do mais, Octavia era um ano mais nova que Albus e Rose acreditava que, mesmo ela sendo da Slytherin, não se meteria com alunos mais velhos sem motivos. Por isso sobrava a hipótese de que Albus tivesse feito alguma coisa.  

Madame Pomfrey acabou por expulsar todos da enfermaria. Ela não permitia que o seu lugar de trabalho fosse uma feira.

Todos se despediam de Albus e desejavam-lhe as melhoras enquanto saíam. Mas a meio, Albus deixara de ouvir. Deixara de ouvir quando avistara Rose ao lado de James. Ela tinha ido até à enfermaria. Ela tinha ido ver como é que ele estava. Ela ainda se preocupava consigo, foi a conclusão de Albus. E foi com um sorriso de orelha a orelha que Scorpius encontrou o melhor amigo.

—Quem te vir diz que não acabaste de levar com um feitiço. – comentou Scorpius aproximando-se da cama de Albus.

—Ela estava aqui. – Scorpius olhou para Albus sem entender de quem é que ele falava – A Rose. Ela estava aqui.

Scorpius preferiu não comentar nada sobre o assunto porque sabia que aquilo acabaria em discussão e isso era a última coisa que queria.

—O que aconteceu? – perguntou Scorpius tentando desviar o assunto Rose.

—A Bale atacou-me.

—O que é que tu fizeste Al? – perguntou Scorpius. Albus fez a sua melhor cara de inocente mas aquilo não funcionava com Scorpius. Ele conhecia-o bem demais – A verdade Albus.

—Ontem à noite, eu e a Bale tivemos um conflito. Um conflito que acabou mal para o meu lado. E hoje, eu queria assusta-la e mostrar-lhe que não se deve meter com alunos mais velhos. Mas mais uma vez, correu mal para mim.

—Então tiveste culpa no que aconteceu. – concluiu Scorpius.

—Pode dizer-se que sim. Mas aquela pirralha não se devia ter metido comigo.

Scorpius preferiu não comentar mais nada. Ele sabia como Albus era. Ele iria sempre culpar a Bale pelo que aconteceu.

Permaneceram em silêncio por algum tempo. Naquele dia, Scorpius não estava muito para conversas. Os seus pensamentos sempre viajam até à sua avó. Ele queria vê-la, saber como ela está, falar com ela.

—Scorpius. – chamou Albus. Scorpius olhou para ele e viu que o amigo o olhava com receio – Eu soube o que se passou com a tua avó. Eu lamento. Sabes que se precisares de alguma coisa é só dizeres.

—Eu sei Albus. Obrigado. – agradeceu Scorpius. Mal Albus sabia que Scorpius já tinha arranjado ajuda e nada mais nada menos que Rose Weasley. Claro que Scorpius não comentou nada acerca das suas poucas conversas com Rose. Ele não queria o amigo ainda mais obcecado. Se Albus soubesse que ele, Scorpius Malfoy, estava a falar e a ser ajudado por Rose Weasley, ele nem sabia o que Albus faria. – Bem, eu vou andando.

Scorpius despediu-se do amigo. Dirigiu-se ao salão Principal onde as pessoas começavam a reunir-se para jantar.

Scorpius colocou-se num dos extremos da mesa da Gryffindor. Ele queria ficar sozinho. Não queria que ninguém lhe viesse perguntar e falar sobre o que acontecera à sua avó. Já era doloroso pensar naquele assunto quanto mais ter pessoas sempre a perguntar.

Na mesa ao lado, sem que Scorpius percebesse, Rose observava-o. Ela reparou que Scorpius mal tocara na comida. Ele mexia a comida com os talheres sem realmente a pegar e comer.

Scorpius sentiu que alguém o observava e levantou o olhar. Acabou por apanhar Rose a observá-lo. Esta, quando se apercebeu que tinha sido apanhada, desviou o olhar, corada. Scorpius apenas riu com a sua atitude. Aquele tinha sido o primeiro sorriso depois de saber a notícia da sua avó.

Depois de jantar, Scorpius subiu até à torre da Gryffindor e esperou que o toque de recolher chegasse.

Este não demorou muito a chegar. Quando Scorpius deu por si já estava a subir as escadas da torre de Astronomia. Sabia que no topo encontraria a rapariga de cabelos flamejantes que ocupava os seus pensamentos e curiosidades nos últimos tempos.

Rose viu Scorpius chegar e aproximou-se dele, rapidamente.

—Scorpius tive uma ideia para tu veres a tua avó.


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Notas finais do capítulo

O Albus está bem, não há motivo para alarme. Agora o que vocês acham que ele vai fazer com a Octavia? Ou será que não vai fazer nada?
E a festa de anos de Hugo, como será que vai correr?
Acham que o Scorpius fez bem em não contar ao amigo que se encontra secretamente com Rose?
Que ideia terá tido Rose?
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