Especial de Ano Novo escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 7
Jelsa/Krisanna


Notas iniciais do capítulo

Espero que estejam gostando tanto quanto estou gostando de escrever. Vejo vocês lá embaixo. Beijos com gosto de cupcakes azuis



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/668810/chapter/7

— Vamos Anna, Kristoff e Jack já estão esperando. – bati pela quinta vez na porta do quarto de minha irmã.

Acho melhor entrar para ver o que está acontecendo, sei que as vezes ela pode se atrasar por ter se enrolado na hora de colocar o vestido ou por ter borrado a maquiagem. E sempre tem uma grande chance de estar dormindo, que é o que ela está fazendo, por isso não abriu a porta antes. Anna tinha esse dom desde pequena, dormia em qualquer lugar e a qualquer momento.

– Acorda, seu marido e meu namorado já estão nos esperando. Acho que não quer fazer eles ficarem te esperando por uma eternidade, quer? – disse puxando as cobertas de cima dela.

— Claro que não. – levantou da cama e começou a correr pelo quarto se arrumando.

Eu já estou pronta, estou usando um vestido branco com brilho e uma espécie de capa transparente por cima. Meu cabelo está preso em uma trança lateral. O vestido de Anna é branco também, mas tem a saia armada e rodada, tem um decote em V, seu cabelo está preso em um coque e ambas estão de salto.

Seguimos juntas para a praça central, onde toda a população já está reunida e nosso companheiros já estão nos esperando. Nos acomodamos ao lado deles, Jack passa seu braço por trás de minhas costas e me abraça. Kristoff está abraçando Anna por trás e ela está com a cabeça encostado no ombro dele. Encosto minha cabeça na de Jack.

Nos conhecemos quando fugi do castelo, estava no castelo de gelo que havia construído e comecei a me sentir meio solitária, quando achei que estivesse começando a ficar louca, vi que havia mais uma pessoa ali. Resolvi conversar com ele na tentativa de descobrir se era real ou fruto de minha imaginação.

— Quem é você e por que está aqui? – indaguei com curiosidade.

— Meu nome é Jack, sou um guardião. Estou aqui, porque o homem da lua me deu essa missão. Eu devo cuidar de você e te proteger até que te encontrem. – falou e eu me assustei.

— Então vai ter que ficar aqui até eu morrer, porque não vou ser encontrada tão cedo e mesmo que me achem eu não vou voltar para Arendelle, eu não posso voltar. – senti as lágrimas rolando por meu rosto.

O tempo foi passando e eu comecei a aceitar melhor a presença daquele garoto em minha vida, era mais velho do que imaginava, porém não iria envelhecer. Havia morrido e o Homem da lua o transformou em um guardião. Descobri isso em uma de nossas conversas.

— Daria uma ótima guardiã sabia? – indagou brincando com meu cabelo.

— Sério? Eu seria guardiã do abandono ou da traição? – falei com raiva.

Não conseguia me perdoar por ter me afastado por tanto tempo de Anna e tinha medo de não ser aceita se voltasse para casa, hoje percebo que não deveria ter sido grossa com ele. Era a única pessoa que me ouvia e que parecia gostar verdadeiramente de mim.

— Não, guardiã do amor fraternal e da lealdade. – tentou me fazer melhorar.

— Eu sou uma idiota, me desculpe. Pensando por esse lado seria legal ser uma guardiã, mas eu não aguentaria ser imortal e ver todos que eu amo me deixando. – me abri.

— Eu não veria, se você se tornasse uma guardiã, eu perderia quase todos que amo, pois você seria imortal e estaria ao meu lado sempre. – disse num tom sonhador, porém firme.

— Não vamos dar certo, eu não vou me tornar imortal e eu não vou mudar só porque um moleque do gelo se declarou para mim. Eu gosto de você, é verdade, mas não vou abrir mão da minha vida e de quem sou por causa de um homem, nunca. – fui firme também.

Comecei a ficar mais solidaria a ele e tentei ser menos pessimista, mas na minha mente aquilo se chamava ser realista, ele me mostrou a verdade. Só estava agindo daquele modo por medo de perde-lo e feri-lo, o acidente com minha irmã ainda me assombrava. Tinha medo de magoar ele e só percebi que o magoava ainda mais quando o tratava de forma fria e grossa.

— Eu entendo que se sente mal pelo o que aconteceu com sua irmã, mas não me afaste. Eu sei que é fria sem querer, é seu mecanismo de defesa, mas por favor me deixa tentar ser seu amigo pelo menos. Eu prometo que não vai me machucar. – implorou pela quarta vez no dia.

— Tudo bem, mas saiba que se algo acontecer com você e a responsabilidade for minha eu nunca vou me perdoar. – cedi e atendi a seu pedido.

Quando Anna chegou junto com Kristoff e Olaf tive que me segurar para não dizer nada ao Jack, sabia que ele estava vendo e sabia também que não era todo mundo que podia vê-lo. Em uma de nossas conversas disse que ia abrir mão de ser um guardião para poder ficar comigo, disse que nunca desejou se tornar um guardião e que já estava cansado de ser ignorado.

Eu não permiti que fizesse isso, voltei para Arendelle e ele teve que ir deter o Breu, mais conhecido como Bicho Papão. Quando foi me visitar novamente todos podiam vê-lo, Jack Frost o guardião da infância e diversão. Espalhava a neve por onde passava. Fazia as crianças felizes e as divertia. Quando Frost estava presente ninguém ficava triste.

— Sabe que vai ser nosso último ano novo juntos, não sabe? – Jack sussurra em meu ouvido.

— Sei, muita coisa mudou desde que nos conhecemos. Como disse da primeira vez, eu não vou deixar de ser quem eu sou e agora sei que não deixará de ser um guardião, quis acreditar no começo que mudaria por mim, mas percebi que tanto eu como você temos uma opinião forte sobre ser quem somos. – sussurro de volta.

Anna e Kristoff também estão conversando, talvez estejam pensando em sair para mais uma aventura ou finalmente tenham decidir viver a maior delas que é construir uma família. Não posso espera para ser tia e quero conhecer logo os filhos deles. É pedir muito para que minha irmã fique grávida logo para que eu possa me divertir com as crianças? Balaço minha cabeça e vivo o presente, odiando o momento em que o dia nascer, porque quando isso acontecer Jack vai embora e eu vou seguir minha vida. Hoje posso afirmar que o que temos é um amor de inverno.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, a opinião de vocês é muito importante para mim. Vejo vocês no próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Especial de Ano Novo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.