Guardians of Tomorrow escrita por Aurora Boreal, Duki, Ponciano


Capítulo 4
BÔNUS - “[…] E tem o seu fim… Mas o fim é na verdade um novo começo...”


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, todos bem? Estou vivo, não morri ainda xD kkkk... E Deadpool é um filme lindo demais ♥ ... E esse trailer da Guerra Civil com a aparição do Cabeça de Teia ♥ ... Enfim, vamos ao que interessa :D

Já peço desculpas antecipadamente por não ter aparecido e nem respondido os reviews ainda, o meu horário e o de todos aqui estão bem difíceis de se encontrar, mas ainda assim, sempre daremos um jeito de escrever. E pensando nisso, pensamos em escrever justamente um capítulo bônus para vocês :D ... O capítulo 3 vai ser postado amanhã logo em seguida, e esse aqui é um capítulo que tem algumas funções:
Primeiro, apresentar todos os personagens das fichas, para que vocês se já se conheçam. Uma coisa que fizemos propositalmente, foi não colocar os nomes de heróis dos seus personagens, porque a ideia é que vocês vejam esse desenvolvimento ocorrendo xD
O segundo é mostrar a vocês as ligações dos personagens com os Vingadores e o universo Marvel e como Blaire e Diego envolveram vocês nisso . Escolhemos escrever esse capítulo num período mais a frente da história, justamente para vocês saberem o que queremos fazer com os personagens e vocês tenham uma noção de como eles vão ser. Pensamos em ir mostrando, de maneira comparativa, como vai ser o desenvolvimento dos personagens de vocês e assim criar uma dimensão maior dos próprios personagens que vocês fizeram :D ...

Então, sem mais delongas, abaixo estão todos os personagens feitos por vocês, em ordem cronológica de aparição aqui neste capítulo. Os que não tiveram muito destaque agora, não se preocupem, pois como falei anteriormente, como a ideia é escrevermos alguns caps bônus nesse estilo, todos vão ter o seu momento. E além disso, os que não foram detalhados agora, é porque aparecerão em breve ^^

— Zachary Joshua Rogers Romanoff, russo, 21 anos. Ator escolhido: Zac Efron. Criado por Ponciano: http://img2.wikia.nocookie.net/__cb20130222103919/vampirediaries/images/b/bd/Zac-Efron-zac-efron-17011468-967-1450.jpg

— Alexander Blood, norte-americano, 18 anos. Ator escolhido: Robbie Amell. Criado por Sr D Black: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/7c/3d/61/7c3d619045d4e684ca4c13ee454be111.jpg

— Margô Felicia Smith, inglesa, 19 anos. Atriz escolhida: Holland Roden. Criada por Drama Queen: http://41.media.tumblr.com/0b3c0b57bcb824e1a7e2605bd8f76b5a/tumblr_n56m9iAvhX1rg3a8zo1_500.png

— Sarah O'connell, norte-americana,19 anos, Atriz escolhida: Teresa Palmer. Criada por: Alice Swann: http://cdn.movieweb.com/img.site/PHoTerruiX6Ysp_1_m.jpg

— Thomas Alexander Jackson, norte-americano, 18 anos. Ator Escolhido: Evan Peters. Criado por Mike: http://i.imgur.com/91aooim.gifv

— Katerina Anne Evans, inglesa, 19 anos. Atriz escolhida: Sophia Turner. Criada por Julie Somerhalder Evans: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcQz2rYgR1DUKWka-PrsUv8quJwMXDilwwU92tLpcla_mgXwZ9-c7Z35b0M7xg

— Kenai Nimble, brasileiro, 20 anos Ator escolhido: Shemar Moore. Criado por: Sayume N: http://cdn.sptndigital.com/sites/br.axn/files/season-7-promo-shemar-moore-25507192-1200-1600.jpg

— Andrew Brooks, canadense, 22 anos. Ator escolhido: Hayden Crhistensen. Criado por: Ed Stark: http://www.polyvore.com/cgi/img-thing?.out=jpg&size=l&tid=19126249

— Marcus Dias, brasileiro, 27 anos. Ator escolhido: Matthew Lewis. Criado por Death Kid: https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcROmF1OjlJICYPEj9BsIKN1iP7t2m7qauRx8nh7ITsYKWdBr6Rj9fKuZvOtbg

— Traje de Blaire como heroína: http://40.media.tumblr.com/9bde5e24dcc451ec189814961261f85c/tumblr_o3xq5vQIAP1uk47kko1_540.jpg

O capítulo a seguir vai se passar alguns anos no futuro. Boa leitura a todos ^^



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Base da Shield - Nova York (USA) - 2 anos depois

03:36 P.M.

 

Uma moça andava pelo prédio da organização conhecida por supervisionar os assuntos que eram considerados secretos para as pessoas normais. Ela usava um traje tecnológico constituído de um macacão cinza de couro fosco ajustado em todo o seu corpo, com detalhes em preto que cobriam seu tórax e seus braços formando uma espécie de armadura, e sabia muito bem para onde deveria ir ali dentro.

 

A medida que andava com pressa e passos duros, indicando que não estava no seu melhor estado de humor, ela sentia que se aproximava de seu objetivo pessoal. Ela observou um grupo de pessoas que lhe esperava. Eram os Vingadores, mas não a formação tradicional conhecida pela presença dos líderes, Capitão América e Homem de Ferro. A versão do grupo que estava ali era formada por novos heróis, que aos poucos estavam sendo reconhecidos pela opinião pública, pela mídia e até mesmo pela equipe clássica. O que os diferenciava da primeira equipe era que esses novos Vingadores agiam muito mais próximo da população, o que gerava por parte das pessoas, um senso de identificação ainda maior por eles.

 

“Você não precisa fazer isso se não quiser Blaire...“ O rapaz que falava e estava ali com a equipe era um membro honorário dos Vingadores. Ele não era o do tipo que ia para as ações com o time. Ele dava um apoio mais tático a todos. O jovem era o filho da maior especialista na área de genética e amiga de Tony Stark, Helena Cho. O nome do rapaz era Amadeus Cho. Ele tentava inutilmente acalmar a sua namorada, mas não houve nenhum resultado.

 

“Eu preciso e eu farei isso. Preciso encarar esse monstro de uma vez por todas! Nem pense em me impedir Cho…” Amadeus odiava quando ela o chamava pelo seu sobrenome. Sempre ela que fazia isso, era porque estava com muita raiva. E naquele momento, a hacker mataria qualquer um.

 

“Ele tem razão Blaire.” Uma voz calma e centrada se direcionava a ela. O dono da voz era um jovem loiro caucasiano e olhos azuis, com 1,89 de altura. Ele tinha um topete bem arrumado e um corpo malhado e definido e uma queimadura que atravessava o seu peito, possível de ser vista parcialmente por estar usando uma camisa branca em V por baixo de uma jaqueta de couro marrom, junto com uma calça jeans de cor azul e um par de coturnos na cor preta. “Deveríamos primeiro tomar uma decisão em equipe para vermos o que faremos.” Blaire olhou para o líder do grupo, que estava a sua frente, com um olhar de desprezo e indiferença.

 

“Você realmente acredita que essa é a solução Zac?” Ela cruzou seus braços o encarando e continuou seu ataque verbal. “Sabe que não pode lidar com ele de forma branda. Isso é só charme do sobrenome. Eu preciso fazer isso, então como eu já disse: não tente me impedir.”

 

“Blaire… Ele está certo. Deveríamos agir com calma dessa vez.” A voz rouca vinha agora de um rapaz alto, de 1,90, que tinha olhos negros, também de corpo musculoso, mas sem qualquer exagero. Ele tinha uma pose forte, decidida e confiante, e na maioria das vezes tinha uma expressão de deboche em seu rosto ou um sorriso safado. Mas desta vez, ele estava estranhamente tranquilo e suas feições eram calmas.

 

“Sério… de todos aqui, você era o único de quem eu não esperava ouvir isso Alex. Qual é a tua? Está tentando me cantar de novo ou conseguir algo comigo a essa altura? Sabemos muito bem que isso não deu certo na primeira vez e nunca dará.” A morena batia os pés, demonstrando toda a sua impaciência com aquela enrolação que o seu grupo estava fazendo.

 

“Hunf… Sabe muito bem que não preciso disso garota. Já tenho a minha oficial… e mais algumas por aí…” O comentário de Alex fez todas as moças ali revirarem os olhos, por acharem o seu comentário tipicamente rude e machista. Em seguida, ignorando a reação de todas ali, ele então olhou para o seu lado direito focando-se numa moça de longos cabelos alaranjados e olhos verdes que tinha lábios bem desenhados, com cerca de 1,65m de altura e um peso de aproximadamente 57 quilos, além de uma cintura mediana sem ser exagerada e seios médios, o que fazia seu corpo ser bem equilibrado em relação as suas medidas.  Ele lhe deu um sorriso sacana (ao qual a mesma fingiu não perceber), e depois continuou a falar como se nada tivesse acontecido. “Agora quanto a vocês dois, eu não sei se isso vai acabar bem. Deveria pensar antes de agir primeiro.” Ele foi interrompido ao escutar a garota pegar a pistola automática de 44 mm, que estava guardada num coldre atrás de seu cinto, e fazer um pequeno teste do objeto, destravando e travando o mesmo, e guardando-o novamente.

 

“Eu já disse… Nenhum de vocês irá me impedir. Eu terei essa conversa, querendo vocês ou não. E diferente do que vocês e ele pensa, eu estou preparada sim. Eu não vou ser surpreendida. Tenho a situação totalmente sobre controle.” Blaire iria avançar até a sala de interrogatório, mas o seu grupo fez um semicírculo, dificultando parcialmente a sua passagem.

 

“Odeio concordar com o Alex, mas ele tem razão” Falava a ruiva natural que havia sido encarada a alguns instantes e fingira não notar isso. “Você sabe muito bem que não pode mentir para mim” Ela tinha como vantagem o seu poder de leitura e controle de mente para isso, o que fez a morena revirar os olhos por não ter opção. “Ele ainda pode tentar te manipular, assim como fez com todos nós. Você de todos aqui, é quem deveria estar com a guarda mais alta.”

 

“Margô, sabemos muito bem que você não deveria dar opiniões sobre relações complicadas aqui.” A hacker então encarou ela e Alex, que agiram como se não soubessem que o comentário se referia aos dois. Mesmo que todos ali do grupo soubessem o quão complexa fosse a relação da dupla, ainda assim eles continuavam o teatro de estarem totalmente alheios a isso. “Mais algum de vocês quer tentar me dar uma lição de moral ou ensinamento de vida que tente me convencer a não entrar lá dentro?” Com braços cruzados novamente, Blaire agora batia os pés com pressa, deixando claro o quanto estava odiando ser atrapalhada.

 

“A escolha é sua, na verdade. Não podemos interferir. Só tenha cuidado com o que vai fazer.” A loira que até então permanecia calada mediante a pequena confusão formada, tentava ver o lado de Blaire, por mais que a mesma se mostrasse inconsequente. Ela tinha pele e olhos claros, e exibia seriedade no olhar a medida que falava com a morena a sua frente. “Ele sabe como manipular você. Se ele realmente não estiver do nosso lado, vai usar tudo o que está no seu alcance para atingir seus objetivos.”

 

“Mantenha o controle. Todos nós sabemos que você vai entrar lá de qualquer forma, mas esteja preparada para o que vai enfrentar.” Outro loiro, mais novo que o Zac, encara a morena e assim como Sara, apoiava a decisão que a mesma tomara, embora também acreditasse que ela estivesse sendo imprudente. Ele tinha olhos negros, e possuía uma longa cicatriz na lateral de seu rosto. Era algo que ela deveria enfrentar, e Thomas sabia bem disso.

 

“Boa sorte.” Katerina diz. A ruiva então abre espaço para que Blaire consiga atravessar o grupo, e deixa que a mesma alcance a porta da entrada da sala. “Estaremos aqui se precisar de qualquer coisa.” 

•••▽•••

O grupo então, sem opção, acaba indo para a outra porta que dava para a parte de trás da sala de interrogatório, na qual Blaire havia entrado. Lá dentro já estavam três pessoas: Kenai, Andrew e Marcus. Os três conversavam entre si sobre o que poderia vir a acontecer. Os três haviam concordado entre si que tentar falar com Blaire a respeito seria inútil. O trio tentou convencer a todos. Zac, como qualquer líder faria, reuniu o grupo e fez uma breve reunião momentos antes da morena chegar a base. A maioria decidiu que a equipe deveria tentar conversar com ela, para tentar lhe colocar algum juízo, mas a cabeça quente da hacker não permitiu isso, como o trio previu.

 

Todos estavam agora reunidos, e observavam o prisioneiro olhando para alguma parte da parede na cela. Contudo, dava para notar-se o seu olhar era distante. Como se estivesse lembrando de algo bem importante. A sala que a equipe observavam o preso era um local composto por uma parede que tinha uma grande quantidade de chumbo grosso concentrado, podendo conter até mesmo super seres e por um vidro temperado que havia sido construído com resquícios de vibranium, fazendo o objeto ser à prova de balas, fogo, choque e fortes impactos. Além disso, eles poderiam ouvir o que a dupla conversaria, mas eles não escutariam nada do conversassem ali dentro da sala protegida. O clima de tensão ali entre o grupo era evidente.

 

“Eu deveria ter insistido mais para que ela não entrasse ali.” Falava Amadeus, preocupado com o que o prisioneiro pudesse dizer a ela.

 

“Não adiantaria Amadeus. Você viu a forma como ela reagiu quando tentamos convencê-la do contrário.” Zac tentava consolar o jovem gênio, mas suas palavras não tiveram efeito animador nele.

 

“Tudo o que nos restar é esperar e observá-los de perto.” Concluía Sara, que já procurava um lugar para poder se sentar e observar os dois.

 

“Será que não deveríamos fazer alguma coisa? Tenho certeza que deve haver uma explicação para que ele tenha feito tudo isso...” Kenai tentava entender o lado do condenado, tendo o apoio de Thomas que o encarava silenciosamente, mas dava apoio as suas palavras.

 

“Vamos esperar… Se algo sair de nosso controle, agiremos.” Disse Alex, se encostando na parede, mantendo a sua pose firme. No começo, muitos ali discordariam ou até mesmo se negariam a ouví-lo, mas o que ele passou junto com o grupo lhe fez amadurecer bastante, ganhando assim o respeito de todos.

 

Katerina, Margô, Thomas e Kenai decidiram fazer o mesmo que Sara, e procuraram um lugar para se sentar. Enquanto  Marcus, por causa a sua anatomia diferente de todos ali, graças as suas asas, preferiu ficar de pé, assim como o líder e o ‘segundo’ em comando, já apoiado na parede.

 

Aquela conversa marcaria a todos profundamente, além do rumo da equipe. Eles só não sabiam disso ainda...

•••▽•••

Ao adentrar na sala, Blaire pôde observá-lo de longe, ainda na entrada do ambiente. Diego Brando a encarava. Cada um de seus movimentos, com o rosto completamente desprovido de emoções. Estava da mesma forma que se lembrava, os cabelos bem cortados e bem arrumados, a barba por fazer, o início de um sorriso irônico no rosto. Só que o que mais se destacava em tudo era suas mãos algemadas na mesa, e usando a roupa de detenção da S.H.I.E.L.D., o macacão de cor cinza e sem mangas, destacando seu corpo trabalhado. Aquela com certeza era uma cena que a mulher jamais imaginou presenciar algum dia, nem nos seus piores pesadelos.

 

“Quanto tempo…” O tom sério de Blaire arranca um sorriso maior do rosto do homem, que não se importava em desafiá-la abertamente. “Parece que finalmente te pegamos.”

 

“Me pegaram? Desde quando?” Diego sorria de forma arrogante pelo jeito da morena falar dele, achando que a sua captura e sua prisão fosse o fim de tudo. “E quanta frieza vindo de você… Até parece que sou um demônio.” Sua voz calma demonstrava zombaria. “Não sentiu minha falta? Eu estava relembrando os nossos momentos juntos, quando nos conhecemos e fomos atrás de um por um para formamos o nosso grupo. Se lembra de quando conhecemos, quase que praticamente no mesmo dia, o Kenai, o Marcus, o Andrew e a Margô?”

 

“Aonde quer chegar com esse assunto, Diego?” Não houve espaço para uma resposta a pergunta do homem com o corte da garota. Ela o encarava séria, e aquilo o indicava que a mesma queria respostas.

 

“Quero apenas relembrar os bons momentos que tivemos. Porque tanta desconfiança agora? Até parece que você não me conhece.” Ele exibia um sorriso torto e hipócrita, como se aquilo que estivesse ocorrendo não fosse nada demais.

 

“Não aja como se eu não tivesse motivos para isso. Me responda você: porque eu devo continuar a confiar em você?” A mulher não estava para brincadeira. Ela puxa uma cadeira, e a coloca de frente para Diego, o encarando. “E sabe qual é a ironia de todo este momento? Você agiu exatamente como o Ward...” Ela o alfinetou com o comentário, querendo vê-lo expor  alguma reação. Queria vê-lo demonstrar todo o seu desprezo ou qualquer vírgula de sentimento ao citar o antigo traidor da organização secreta, ao qual sabia que ele tinha um forte ressentimento. Só que Diego simplesmente continuou lhe observando de maneira indiferente e em silêncio, como se ela não houvesse dito nada.  “Vamos, estou ansiosa para escutar seus argumentos.”

 

“Interessante… Em todo esse tempo, você nunca quis me ouvir e agora, de repente, tenho toda a sua atenção. Você deseja mesmo saber porque fiz tudo o que fiz?” Diego não conteve uma risada sarcástica e finalizou. “Você não está preparada para ouvir o que irei dizer, pois não aceita a realidade que está na sua frente... Muito pelo contrário, você sempre tentou e ainda tenta se desviar dela de todas as maneiras possíveis.”

 

“Eu tenho o direito de saber. Se eu não quisesse, não teria me dado ao trabalho de vir até aqui. Eu quero respostas, e só você pode dar elas.” Ela se inclina sobre a mesa, e depois volta para sua posição inicial, sentada ereta.

 

“Já parou para pensar que você tem as respostas, mas não procurou da maneira certa? O grupo está unido ainda não é? Por tudo que passamos, você já deveria saber o porquê de eu ter feito tudo” O ex-agente falava como se aquilo tudo fosse óbvio.

 

“Acha que eu vim aqui a toa? Eu já busquei de todas as formas essas respostas. Estou apenas poupando meu tempo vindo perguntar diretamente a você. Então será que pode ser mais específico? Não estou com paciência para mais um de seus discursos.” E a impaciência era evidente em seu olhar, assim como a cautela em estar frente a frente com Diego.

 

“Ansiedade… Eu já te disse que a pressa é inimiga da perfeição. E isso me faz deduzir que você não procurou direito e por não ter conseguido fazer isso, você está tentando arrancar respostas de mim, mesmo que eu ‘queira ou não’, imagino. Mas sinto lhe dizer que não será assim que conseguirá o que quer. Terá que se esforçar mais.” Ele a encarava sem qualquer expressão de sentimento, esperando pacientemente por sua reação.

 

“Então o que você quer? Devo lembrar que quem está preso aqui é você e não eu.” O tom de desafio na voz dele a fez cerrar o punho de forma que suas unhas perfuraram violentamente a palma de sua mão, só não chegando a se ferir pela proteção das luvas que usava, parte de seu equipamento.

 

“Está errada novamente, e o pior, duplamente. É você quem quer as respostas e não eu. E depois, é você quem está presa comigo e não eu. Não é você que está no controle, você nunca esteve.” Ele decidiu ser mais agressivo com as palavras, ao mesmo tempo que demonstrava uma calma sobrenatural, mesmo com o clima tenso. “Todo o time deve ter te alertado a não estar aqui, mas ainda assim, você veio me ver. Pare para pensar quem realmente está no centro de tudo isto e verá que não é você...” O silêncio da garota permitiu que o prisioneiro continuasse com a palavra.

 

“Diga-me Blair…” Ele a chamou propositalmente pelo seu apelido, pois queria mexer com as suas emoções. “Você se lembra do principal objetivo que estabelecido ao formarmos essa equipe?” Ele fazia questão de querer testá-la, para ver o que ela faria.

 

“Lutaríamos por algo a mais. Não foi por isso que todos aceitamos estar aonde estamos? Ajudaríamos outras pessoas.” Blaire não entendia o ponto que Diego queria chegar, gerando um clima de desconfiança no local.

 

“Como imaginei… você não entendeu ainda. O nosso objetivo é lutarmos porque somos necessários. Não temos nenhuma nação, nenhuma filosofia, nenhuma ideologia. Nós vamos onde somos necessários, lutando não para um país, não para um governo, mas por nós mesmos. Somos a barreira que protege aqueles com nenhum outro recurso. Somos guerreiros sem fronteiras e nosso propósito é definido pela era em que vivemos… E na era que vivemos há os mais diversos tipos de perigos e situações que os Vingadores originais e nem a S.H.I.E.L.D. conseguiram dar conta, além das ameaças super humanas que continuam surgindo. Iremos proteger a todos, não importa o preço que paguemos.” Ele a olhava seriamente e com determinação. “E ainda sim, você insiste em me julgar como um ‘vilão’ aqui e me comparar ao lixo do Ward... Desta forma, você nunca conseguirá entender o motivo pelas minhas ações.”

 

“Porque se arriscar tanto? Tenho que admitir que seus objetivos são bem enigmáticos. Sabia que eu poderia descobrir…. Sabia que a Paz poderia descobrir da pior forma possível, e…” Finalmente, depois de uma raciocínio rápido, a ficha caiu. “Você fez isso pela equipe. Fez isso pelos membros dela. Então porque causar tanto mal para fazer algo bom?”

 

“A Maya não disse nada a vocês?” Indagava o prisioneiro curioso, mesmo sabendo a resposta.

 

“A sua 'amiga' não foi muito clara. Eu quero escutar da sua boca que em todo esse tempo... Você se ofereceu como objeto de sacrifício da equipe. Estou certa, não estou?” Um sorriso em parte orgulhoso nasce dos lábios da morena, não permanecendo ali por mais de dois segundos.

 

“Agora está começando a entender as coisas…” Brotava de Diego um sorriso de satisfação. Mas ele não estava disposto a entregar a resposta de bandeja. “Que tal relembrarmos um pouco mais tudo o que passamos para criarmos a nossa equipe? Todas as respostas que deseja estão nos momentos que tivemos juntos.”

 

“Porque está fazendo esse joguinho? O que quer com ele? Poderia muito bem ir diretamente ao ponto, mas você ainda insiste em estar aqui…” Ela não termina a frase. Não é necessário que ela o faça.

 

“Estou apreciando a sua companhia assim como se aprecia um bom vinho... Sem qualquer pressa. Por mim, continuaríamos a conversar por horas e horas” Diego pretendia testar a garota até o seu limite. “E pode falar a verdade… eu sei que no fundo, você não quer sair daqui, pois quer apreciar a minha companhia também. Mas se quiser, posso falar tudo o que você não quer ouvir e que negará ser verdade com todas as suas forças.”

 

“Temos tempo, mas não posso dizer o mesmo da minha paciência. Pode começar, que eu vou escutar.” A hacker estava determinada a cumprir o que viera fazer ali. A seriedade com que tratava a situação provava isso, e a mesma se esforçava para passar essa impressão.

 

“O problema é que eu não estou com a mínima vontade de dizer a resposta. E eu lembro de ter dito que não se deve desafiar a vontade de ninguém, a não ser a sua própria vontade. Você terá que me convencer a fazer isso. E não venha com argumentos 'de que serei liberto depois disso' ou algo do tipo, porque como eu já te disse, é você quem está presa comigo e não o contrário.”

 

A expressão de Blaire demonstrava que a mesma já começara a perder a paciência. Ela inspira profundamente e depois expira, deixando com que seu corpo relaxe.

 

“Quer que eu implore? Diego, não vou me rebaixar a esse nível...” Antes mesmo que ela volte a falar, é cortada pelo comentário do homem.

 

“Não, você já esta fazendo isso. Só não claro, de maneira oficial, e isso é o que acho mais engraçado... O seu desespero em relação a mim é notável.” Diego viu a garota tirar a arma do coldre e colocar na mesa, a sua frente, indicando que não suportaria mais suas brincadeiras.

 

“Não brinque com os meus limites. Eles podem te machucar, Diego.” Ela não queria pensar na possibilidade, mas uma parte de si, a irracional, implorava para que ela segurasse aquela arma em direção ao prisioneiro.

 

“Você acha mesmo que está me assustando assim Blair? Se sim, está completamente enganada. E novamente, está errada duplamente. Seu jogo de ‘heroína má’ não está funcionando e nem funcionará. E depois, você não consegue me machucar porque é completamente incapaz disso” Ele a provocava abertamente, a arma na sua frente não o intimidava.

 

“Eu não duvidaria. Estava pronta para fazer uma vez, posso fazer de novo. Admito, eu não estou preparada para atirar em você, mas acredite, quando eu estar, e eu não terei pena em apertar o gatilho.” O tom usado por ela evidenciava seu descontrole crescente com a conversa. Ela fitava o chão, apertando a borda da cadeira com força.

 

“Estou bastante ansioso para ver você fazendo isso. Não desviarei o meu olhar de você em nenhum momento, pois quero que sinta essa sensação e depois pare para pensar como é tirar uma vida, por pior que ela tenha sido contigo.” O arqueiro retrucava em tom desafiador, pois ele sabia que tirar uma vida pela primeira vez era algo muito difícil de se fazer, pois muitos padrões morais estabelecidos socialmente deveriam ser quebrados.

 

A hacker abre a boca para responder, mas logo a fecha em seguida. Seu olhar alternava entre Diego e a arma disposta a sua frente, e ela se controlava para não ter que desafiar cada palavra dita por ele.

 

“O que foi Blair… Ficou sem palavras?” Sorriu irônico. “Você demorou mais para ficar muda dessa vez, isso é um belo avanço. Ainda quer continuar tentando arrancar inutilmente a verdade pela força? Ou vai parar para fazer como eu disse e relembrarmos tudo o que passamos com a equipe e assim encontrar a sua tão desejada resposta?” Diego se ajeitou na cadeira, para ficar mais confortável e continuar encarando-a sem qualquer remorso.

 

“Okay então.” Ela tremia de raiva mediante as constantes provocações de Diego, mas seu ego a forçou a permanecer firme. “Vamos em frente. Eu não tenho escolha.” Ao pronunciar tais palavras, Blaire lembra do momento em que Diego citou que ela quem estava presa a ele.

 

“Ótimo. Finalmente vamos alcançar a sua resposta que tanto deseja. Com isso, todos que estão do lado de fora também poderão entender todo o contexto que nos encontramos nesse instante.” Diego fala olhando para a janela de vidro temperado, na qual todos a equipe de Vingadores o observava, e ele encarou o vidro por  segundos, como se estivesse vendo realmente cada um deles na sua frente, deixando alguns ali bem desconfortáveis. Depois ele voltou a encarar a sua ex-companheira de time.

 

“Antes de você chegar aqui, eu estava me relembrando que a tensão entre o time original dos Vingadores estava começando a ser gerada a dois anos atrás e que Coulson me deu o comando de ir atrás de você para que criássemos um time. Eu estava relembrando o nosso primeiro membro recrutado, o Kenai. Logo depois, fomos atrás do Marcus e do Andrew, mas acabamos encontrando a Margô durante isso. Se lembra de tudo o que passamos em tão pouco tempo? E quem imaginaria que a explosão do reator Arc a dois anos atrás faria com que Tony Stark e Steve Rogers começassem a dividir cada vez mais os Vingadores ao ponto de criar uma Guerra Civil com consequências que também nos afetariam? Bem, vamos por partes… Como eu disse antes, temos muito tempo para tudo isso…”

 

Diego tinha a atenção de Blaire, que estava ali contra a sua vontade, ou assim acreditava pensar. Já ele, apesar de sério, mostrava a sua típica empolgação contida em sua voz e começou a fazer com que a garota também revivesse os acontecimentos que todos enfrentaram dois anos atrás.


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Notas finais do capítulo

Espero que todos tenham gostado deste capítulo especial. Este é o primeiro de alguns que pretendemos fazer. E como eu mencionei, amanhã já postaremos o cap. 3 que se passa logo depois do cap. 2. Até amanhã ^^



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