CAPÍTULO 3.

— Gale!- o chamo. Quero que ele olhe para mim, depois de tanto gritar por sua atenção.- Gale!

— Katniss?- Finalmente o moreno de olhos castanhos me observa ali. Gale, sabendo que eu continuaria a gritar por ali, vem até mim pela trave pergunta novamente.- O que faz aqui?

— Vim te chamar para irmos embora.- resmungo.

— Ah não vai dar, Katniss.- ele faz uma pausa dando um tchauzinho para um dos garotos do time.- Tenho treino até tarde, e, depois, sairei com os meus amigos.- Explica voltando parte de sua atenção para meus olhos.

— É quinta-feira.- suspiro pesadamente sem acreditar que Gale me deixaria de novo.

— Vou na casa de Cato. Relaxa.- mordo o lábio inferior.- Tudo bem para você?- pergunta já prevendo uma briga. Contudo, não posso priva-lo de sair com seus amigos. Eu também não quero ser aquela namorada chata que apenas pensa em prender o marido a si. 

— Não né.- digo com um meio sorriso falso. Ele ri em deboche e vai embora. Claro querido, vou muito querer ficar sozinha na Casa dos Ecos. E eu ficarei sozinha com o Loiro De Olhos Gélidos, pensando em como ele conseguiu chegar a tanto. Em como ele conseguiu adquirir esses olhos azuis. São tantas perguntas para tantas respostas que no caminho, fazem-me estremecer. 

— Ótimo, Katniss. A sorte está a seu favor hoje.- Sou sarcástica comigo mesma. Também, o que resta se não brincar com a situação constrangedora? Era para eu e Gale estarmos tentando, pelo menos. 

Hoje seria uma noite fria.

~

Chego na Casa dos Ecos, girando a maçaneta e entrando em silêncio absoluto. Gale deu-me a chave no segundo dia em que estava aqui, portanto, é só girar o pequeno aço com duas pedras de cristais. Negando que está casa seja algo como ostentação, ou feita para esbanjar a riqueza que o dono tem. Acho que fora algo inevitável. 

— Gale?- ouço a voz fria e rouca de Peeta, bem longe. Como ele ouviu a porta sendo fechada, se eu mal o escuto daqui?

— Katniss.- corrijo quase a gritar, procurando-o pela casa. O ambiente frio e escuro, faz-me escolher.

— Ah, sim.- ele sai de um lugar escuro.

Sem camisa. Apenas com um calção da Nike e uma cueca da Calvin Klein — esta eu posso ver, já que está três centímetros acima do calção. Peeta Mellark não é um homem, é o homem. O homem que toda mulher sonha em deitar-se pelo menos uma vez na sua vida. O homem de 1,85 cm de altura, musculoso - 4 gominhos perfeitos e o “V” da felicidade - peitoral super malhado, costas largas e muito bem definidas,- até demais para a sanidade de qualquer um-, pernas bem torneadas e panturrilha tão definidas quanto o esto de seu corpo. O qual tenho prazer de admirar nesse momento. 

Já disse musculoso? Pois é, ele é.

Tiro meus olhos de seu corpo, parece um vício. Entretanto, eu consigo tirar depois de quase chorar para minha consciência. Porém, era melhor seguir meus olhos pelo seu corpo a encará-lo nos lindos olhos perfeitos. Azuis cristais, como oceanos. Quase dá para ver as ondas leves e suaves, por mais que estejamos a 5 metros de distância.

— Não vai me responder?- ele indaga com as sobrancelhas franzidas. Esperando claramente uma resposta rápido e objetiva. 

— Ah sim. É.- respondo. Mas o que ele perguntou, meu Deus? Provavelmente se eu já cheguei, ou algo relacionado a isso. Eu realmente preciso olhar para qualquer outro lugar que não seja em relação a ele.

— Eu perguntei se...- que músculos lindos. Essas ondas no corpo dele. O suor. Oh Yeah, que suor.- Pare de me olhar assim. Pelo amor de Deus.

Cubro meus olhos.- Então ponha uma blusa, uma toalha, sei lá.- respondo no mesmo tom. Replicando seu tom de escárnio. Eu não preciso receber uma repreensão de Peeta Mellark, meu futuro sogro, agora.

— Te incomoda?- diz ele pondo uma regata já. Mas tinha que ser tão cavada? Esse homem quer que eu olhe, ou o admire? Ele até poderia escolher, mas sinto-me mal por estar tendo pensamentos tão errados.

Esse cara tem mesmo 35 anos? Com esses músculos e esses olhos, daria 25 anos no máximo. Para, Katniss. Choramingo a fim de espantar isso que sobe dentro de mim.

— Ok, eu vou andando. Gale provavelmente não durmira aqui hoje.- passo por ele, na direção da escada. Quando tropeço em um degrau e quase caio.

Por sorte estava na frente dele e ele segurou. Uma mão em minha cintura e a outra em minha coxa. Engulo em seco.- Desculpa, estou meio desastrada hoje.

— Uhum.- diz ele um pouco atordoado.- Tudo bem?- mas é a primeira vez que o vejo perguntar algo assim.

— Provavelmente.- respondo vagamente e ele assente da mesma forma.

Meus olhos cinzentos, sem graça, devem estar expressando confusão já que ele passa a mão por minha cintura a fim de dar-me a sustentação e o impulso necessário para subir ao próximo degrau sem mais cair.

Quando chego ao último degrau não sei como e o que falar, então penso no papai. Eu só quero a aprovação dele uma vez na vida.

Então, sem mais delongas:- Obrigada.

Ele ignora e vai para o seu quarto tirando a regata branca. Detenho-me no olhar sedutor e vou para o "meu" quarto.

~

Reviro de um lado a outro. Mas não consigo dormir. Não é do meu feitio ter insônias, mas hoje especialmente estou tendo.

Já são mais de duas da manhã. Não acredito muito que tenha alguém lá embaixo.

Desco os degraus da Escada da Perdição. Estou apelidando cada coisa desta casa que fique em minha memória. Para começar, a Casa dos Ecos tem um Loiro Quente de Olhos Gélidos, que fez a Escada da Perdição parecer totalmente meu canto de apoio.

Eu poderia ser uma poetiza se quisesse. Ok, Katniss sem mais exageros de sua parte.

— Katniss, de novo?- posso até ver o sorriso de escárnio do homem de 35 anos.

— Vejo que tem insônia crônica.- sorrio mas ele não retribui. Então fico séria como ele, respirando fundo para encara-lo melhor.- E uma paixão adorável por cafés.

— Digamos que quase sem escrúpulos.- essa ele devolve.- A procura de bolachas e leite?- ele não sorri, apenas me encara com uma pitada de divertimento especial. Uma pitada que pensei que nem em cem anos veria. Uma pitada, que com certeza deveria transformar-se em poesia. Mas não consigo pensar em nada no momento, apenas em tentar respondê-lo de forma nítida. 

— Sim.- coro lentamente, posso sentir começar a ferver as maçãs de meu rosto. Porém, o mesmo vai até o balcão de cima e pega o pacote da mesma marca que comi ha três dias. Ele lembrou. Isso faz surgir um pequeno sorriso no canto de meus lábios. 

— Valeu. Sabe, a minha altura não é muito favorável.- ele franze o cenho. Uma pergunta silenciosa em relação à quando eu meço.- 1,59. Nada muito alto.- rio, e mais uma vez ele não acompanha. Paro de rir, mais uma vez, pela vontade dele. Ou a falta dela. 

Mas sorri de lado.- Tudo bem, já que está com suas bolachas e eu já tomei café. Já vou. E é melhor você ir dormir, já está tarde.- isso me faz sentir um aperto no coração. 

Ele me vê apenas como a nora pequena e adolescente, que tem a obrigação de cuidar e ficar de olho. Apenas para fechar um negócio com o pai dela, e depois se livrar de vez a moda antiga. 

— Claro, até mais Senhor Mellark.- faço meu melhor sorriso, não vou me abalar. Eu não posso me abalar por algo que nunca aconteceu e o mais improvável. Não. Nao. Nao. Eu devo a Gale, eu preciso de Gale.

— Até mais Katniss Everdeen.- ele se vira não esboçando nenhuma reação.

~

— Você está com tesão, pelo pai de Gale?- diz Glimmer alto. Johanna e Clove gargalham no mesmo tom. Chamando a atenção de todos a nossa volta, me fazendo chorar gradativamente. 

— Cala a boca, Johanna!- repreendo-a e ela sorri pervertida.- Não estou não!- respondo.

Estava contando a elas sobre a noite anterior que tive próximo ao meu sogro. Ou futuro sogro, como preferir. Ainda não me acostumei com essa denominação repentina, observando que mal o conheço. Falo a elas desde quando entrei em casa, até quando eu consegui dormir as 5:00 da manhã. Com um sorriso sacana no rosto. Ocultando a última frase.

— Gente! E eu pensando que Katniss Everdeen era certinha.- todas nós rimos. Elas sabem que eu não sou assim.- bem, não sou aquela jovem de pouca idade que vive para a vida é esta no estágio de vender toda a mobília para comprar drogas. Tudo há um limite.- Enfim, Loiro Quentes de Olhos Gélidos, e? Eu nunca o vi.- Johanna entristece. Por que eu contei sobre meus pensamentos a elas? Eu fiz muito errando em falar isso.

— Como eu te falei, ele não é muito social.- dou os ombros, explicando novamente o que mais me intriga. 

— Sim, mas existem essas Festas de Empresas. Não acredito que nunca o vimos lá.- Clove fala estranhando a situação. 

— Ele pode ficar em uma parte mais VIP.- penso alto. É uma possibilidade, já que sempre tem a parte reservada para tratar de negócios e, meio a festas. 

— Katniss, Festas de Empresas já são VIPs.- Glimmer ajuda Clove a me contradizer. Tudo isso é uma possibilidade. 

— Mas existem os mais...- procuro a palavra, defendendo minha hipótese repentina.

— Fodões?- Johanna abre um grande sorriso e bato na mão dela.- Acho que você não deve ir muito fundo nisso, Katniss. E nao passar de Tesao Reprimido.

— Não é como se eu não me controlasse!- me ofendo.- Voves não sabem o quanto eu sei que devo tentar deixar de lado. Mas chega a ser impossível às vezes. 

— Sim, Kat. Mas, sei lá, ele provavelmente aparecerá na sua frente, sem roupas de cima, mais vezes durante esses...- Clove parece fazer uma conta.- 26 dias de pura Chatice.

— Do que falam, Garotas?- pergunta Cato abraçando Clove e depois Eu.

Faço sinal para elas não falarem a ele.- De como Katniss Ta com tesao pelo gostoso do pai do Gale.- fala de uma vez Glimmer e eu bato minha mão na minha testa, fecho os olhos. Eu com certeza não deveria ter dito nada. Mas a mania de quer desabafar falou mais alto. Era para eu ter continuado com os pensamentos infames, mas se eles continuarem eu irei explodir. 

— Wow! Mas ele tem... Quantos anos? 37?! Ainda sobe, Katniss?- Cato pergunta divertido e eu estapeio seu braço, com raiva dessa brincadeira de mal gosto. Como se Peeta já houvesse ... Tocado em mim. Ele só me vê como uma menina. 

— Me fale você, já que tem mais experiência.- respondo a altura. Não vou me entristecer.

— Porra, depois dessa eu ia embora olha.- Johanna fala e Clove assente. Glimmer gargalha alto.

— Haha, inclusive foi com seu Pai Kat.- desfaço meu sorriso para uma careta de puro nojo e ele ri.

O sinal bate, nos avisando que a conversa estranha acaba naquele momento. Nos despedimos e vou para a sala pensando no Loiro Quente de Olhos gélidos.

~

•Uma semana depois•

— Pai, eu não vou beber. Eu juro.- minto ao telefone. pedindo a Deus que ele uma vez na vida, me deixe sair em paz. Ainda mais estando na casa do meu provável novo e sogro.

— Nem por um milhão de dólares.- Mas ele pode me fazer casar a própria filha com um estranho por uma simples parceria, não é mesmo?

— Por favor, Pai.- avisto Peeta vindo a cozinha.- E só uma festa, não tem como acontecer nada demais.- Ele abre um sorrisinho e pede o celular.

Balanço a cabeça em negativa e ele toma o celular de mim.- Com licença, Senhor Everdeen. Ah sim, sei. Vai muito bem, obrigado. Claro, entendo. Eu gostaria de saber se Katniss pode ir a uma festa? Asseguro desde já que não terá algum desfalque. Sim. Como quiser, obrigado. Até mais,
Everdeen.- ele desliga e me encara com escárnio.- Eu sou o adulto aqui, quando eu pedir é só me dar o celular.

Bufo.- Como fizera isso?

Ele chega perto sussurando em meu ouvido.- Digamos que seu pai não seja a pessoa menos gananciosa do planeta.- satisfeita, me afasto e vou me vestir. Era para eu ter ficado abalada pela proximidade e pelo que foi dito de meu pai, porém é a mais pura verdade é a errada teria sido eu se desmentisse. 

Ligo para as meninas falando que eu iria sim a Festa. Um conhecido de um amigo, que é melhor amigo do primo do meio irmão de Madge estava organizando uma Mega-Festa de 18 anos. Peeta já havia deixado Gale ir, na verdade, o moreno nem precisa de permissão para essas coisas. Peeta o deixa ir sem delongas, mas meu pai... Quase nunca consigo ir a uma Festa.

Se fui em duas, foi muito.

Visto um vestido básico, que eu diria ser curto demais até para Johanna mas não me importo. Meu pai não vai mandar-me voltar mais de cinco vezes somente para trocar por uma calça apertada e uma blusa. Ponho o salto cravejado de brilhantes e uma bolsa preta. Ao menos, estou do jeito que quero. 

Pronta, deixo os cabelos castanho-escuros soltos em meus cachos com mechas mais claras e mais perfeitos.

— Está linda.- diz a voz de Gale e eu sorrio para encará-lo.

— Você também.

Vou para a escada e me seguro bem no corrimão para não cair. Observo o olhar de Peeta do sofá e detenho-me em não pensar besteiras.

Esta foi uma semana difícil. Como Johanna disse, ele apareceria mais vezes sem camisa mesmo tendo a classe que há dentro de si. Afinal, é a casa do Loiro. Mas eu me recuso a ficar mais de meia hora olhando para ele. O final de semana foi bom, na verdade. Johanna me fez dormir em sua casa no sábado. E, no domingo, houve um domingo no Club Arrow com todos da Escola.

Algo de alta classe, já que apenas espumante em bandejas de bonitas eram bem-vindos. Portanto, Cato não foi. Não por não querer. Mas sim, por não poder. Por ser alguém de baixo nível, as pessoas da minha sala estabelecem certos preconceitos em relação a ele.

E Cato faz o seu melhor para pelo menos aparentar ser algo “melhor”. Como vestir suas melhores roupas, e ser muito mais educado que a maioria dos garotos de nossa turma. É muito mais inteligente.

Mas está Festa de hoje estaria aberta a ele. Como não é oficialmente lá da Escola, e não o conhecem, tudo será bom.

Contudo, os outros quatro dias da semana foram monótonos. Pesquisas, alguns trabalhos, tarefas de casa, regularidade na academia sendo seguido por alguns treinos nas fitas circenses. Algo que aprendi vendo minha mãe, e meu pai não aprovava. Então, quando soube que ele deixaria eu participar, corri para inscrever-me na aula. E nunca mais parei. Bom, agora menos do que praticava na infância. 

E cá estou eu na sexta-feira.- Não está curto demais esse vestido não, Katniss?- ele indaga como se fosse “Você vai a uma Festa pura ou a um Putero?”.

— Não, ué.- viro-me para Gale, sorrindo com certa felicidade.-  Vamos nos atrasar.- Cantarolo e ele assente.

— Tchau, Pai.

— Tome cuidado com ela.- diz Peeta a Gale, acho que é mais para não acontecer nada e perder o ótimo negócio com meu pai. Claro, se Peeta me apresentar com um arranhão se quer meu pai brigará com Peeta. Mas eu tenho certeza que não será meu pai que sairá perdendo.  O moreno sorri solidário e põe a mão em minha cintura. Peeta rapidamente fecha um pouco a cara.

— Vamos.- puxo a manga de sua blusa azul e Armani.

— Ah sim.- ele me acompanha até a porta e a abre. Rio por alguns dois segundos de seu cavalheirismo.

O caminho até a Festa foi silencioso. Sem muitas palavras, chegamos ao local.

Com certeza está mais para uma casa de prostitutas. Gente beijando-se em todos os lugares. A decoração não é muito criativa. Já que é apenas um palco improvisando uma balada, e luz negra correndo por todos os lados com mais duas luzes coloridas.

O DJ mexe as mãos freneticamente e existem várias pessoas na pista. Alguns solitarios, porém muitos dançando sensual,ente de corpos suados e ofeguentos apenas sentindo o calor da música e das palavras nada convencionais sussurradas em seus ouvidos. 

Algumas competições de quem bebe mais, e alguns caras comendo a mesma menina. Isso me faz virar o rosto rindo. 

— Uma Vodka com bastante açúcar e morango.- Aviso e o barman pisca para mim. Não sou uma garota que bebe. É envenenamento, para esquecer os vários problemas que circulam em minha vida monótona. 

Há apenas dois barmans, o resto seria "bargirls" com decotes que vão até o meio da barriga.- Perfeito.- respondo com um sorrisinho malicioso.

Depois de uns cinco copos, pois sou fraca para bebidas, e tomar duas pílulas de êxtase, já estou mais do que feliz. E elétrica. Então passo por Gale falando emboladamente:- Sabia que seu Pai é muito gostoso?

— Você bebeu?- ele ri junto com a menina. Mas não me importo.

— Só você que esta um borrão.

— Consegue andar?

— Claro, eu vou... E volto.- Minto pois se eu for. Eu ficarei lá.

— Ta bom.- sorrio e continuo minha caminhada.

Encontro uma garota e ela me ataca.- Sim, querida?

E a garota continua a me beijar. Não sei se foi pelo álcool, ou a droga, mas eu acabo cedendo. A garota que eu mal conheço põe uma mão em minha coxa e eu retribuo mordendo seu lábio inferior.

— Oh Deus. Vamos, Katniss.- sinto-me sendo puxada. Gale.

— Ah não, tava legal.

— Percebi, me contive em pedir para entrar na Festa.

— Acho que ia ser legal, também.- falo simplesmente e ele me olha confuso.

— Você bebeu quanto hein?- diz ele entrando no Táxi e eu entro junto.

Por instinto já que ele entrou.- Sei lá.- dou os ombros e o carro acelera.

— Se meu pai estiver acordado ele me Matará profundamente.

— Mas bem que antes ele podia me dar um trato, né?- digo como uma criança é o taxista tosse freneticamente como uma forma de dizer “OPA!”.

— Claro, Katniss.- ele revira os olhos.- Vamos, logo.- ele paga o carinha e eu saio do carro.

A porta já está aberta então só faço ligar a luz e jogar meus sapatos fazendo barulho.- Cala a boca, Katniss.

— Foi mal.- peço desculpas e ele bufa frustrado.

— Chegaram?- ouço a voz do Loiro.

— Ah não.- Gale bate a mão na testa.- Eu já vou indo, porque né.- Então mal pisco os olhos e Gale já esta lá em cima.

— Peeta!- digo e o abraço. Mas ele não retribui.- Sabia que você é um cara muito fechado? Mas muito gostoso, você podia - dou um soluço. Isso me faz rir.- Falando em foder, sabia que eu fiquei com uma garota? Na verdade, isso já tinha acontecido mas todas eu estava um pouco alucinada.

— Como agora.- ele suspira.- Cadê Gale?

— Não sei. Ele fugiu quando ouviu sua voz rouca e sexy.- ele faz uma careta de reprovação.- Mas é sim!

— Claro, vamos subir.

— Pro seu quarto? Sabe quantas vezes eu já tive sonhos com aquele quarto? E devo te dizer que nenhuma foi para conversar.- pisco para ele.- Está calor aqui né?- começo a tirar o vestido.

— Não está não. Vamos logo.- ele segura minhas mãos, abaixando meu vestido novamente.

— Eu não quero não.- choramingo. 

— Eu sou o adulto aqui, Katniss. E estou mandando.- Diz Peeta e eu recuso. Então ele me pega em seu colo no estilo saco de batatas, e tenho quase certeza que mais do que minha bunda aparece.

— Nossa sabia que sua bunda é enorme? Malha quantas vezes no dia hein? Porque... Nossa.- digo abismada com tamanha beleza dorsal.

— Você, com certeza, bebeu muito. Nunca mais te deixarei ir a uma Festa em que eu não esteja presente.

— Então vamos começar nossa própria festa.- mordo sua bunda e ele me puxa mais para cima dando um leve tapa em minha própria bunda.- Isso é assédio.- rio.

— E não é assédio você ter me mordido?

Não falo nada. Acho que vou vomitar. Ele percebe e corre para o banheiro, sentando-me no chão e segurando meus cabelos. Inclino minha cabeça e boto a fora tudo o que bebi e comi.- Você precisa de um banho.

— Você acha?

Ele revira os olhos como uma criança e me conduz até embaixo do registro do chuveiro. A água começa a cair lentamente pelo meu corpo, e, sem pensar, tiro o vestido. Ouço Peeta arfar, e pela visão turva contrair as mãos em punho fechado.

— Meu Deus.- diz ele e só ouço a porta ser fechada um tempo depois.

Assim que termino o banho, já estou um pouco mais sóbria e calma. Porém com uma pequena dor de cabeça. Observo o pequeno pijama de renda rosa coral em cima da cama e a calcinha branca de mesma cor. Os pego, e visto-o sem pensar duas vezes.

Acabo dormindo por ali mesmo, sem secar os cabelos. Sem pensar em nada e nem nas consequencias de meus atos sobre hoje. Provavelmente, amanhã eu serei uma garota morta por Peeta Mellark.