Quebrando Barreiras escrita por samurai girl


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Oi povo!!!

Bem tenho a fanfic um pouco adiantada, isso me permite postar com mais frequência.
Notei que o numero de leitores tem subido, mas ao que parece são fantasminhas.
Saiam do armário fantasminhas!!

Boa leitura!



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Hiroshi ajudou Elisabeth a retirar a bagagem do carro, o jovem de descendência oriental carregou a mala até junto da porta da casa. Lançou um olhar compassivo para a jovem Mason e sem muita delonga se despediu.

– Espero poder voltar a vê-la, mas até lá te desejo sorte com Lea. – Sorriu para a jovem que o encarava um pouco desconfiada e sem aguardar algum tipo de resposta rapidamente entrou no carro e seguiu viagem. Era óbvio que não queria encontrar com Lea.

Elisabeth suspirou. A noite já ia longa e não queria ficar nem mais um segundo assim desprotegida no meio de uma rua desconhecida. Rapidamente bateu audivelmente na porta de metal que a separava do interior da casa. Aguardou alguns minutos até que por fim um barulho foi audível, o identificou com sendo o tacão de sapatos batendo no solo. Isso a levou a observar os seus pés e lembrou-se que nunca na vida havia calçado uns sapatos de tacão.

No meio do seu pensamento a porta finalmente foi aberta dando a plena visão de uma mulher de meia-idade simplesmente deslumbrante aos olhos de Elisabeth. A mulher observava a jovem de cima a baixo como que se a estivesse descodificando. Um olhar de desdém esbarrado no rosto. Por fim virou costas e murmurou quase inaudivelmente.

– Entra logo.

Elisabeth assentiu em silêncio e seguiu a tia. Claro que não tinha gostado nem um pouco da receção pouco calorosa. Mas, não podia pedir mais do que isso a alguém que nunca tinha visto na vida.

Lea já estava sentada num dos seus pequenos sofás. Observava a sobrinha quieta no centro da sala aguardando alguma ordem. Não podia negar que aquela menina era filha de Charles, porque os traços dele estavam presentes nela. Claro que isso só a fazia lembrar a raiva que sentia de vez em quando do irmão por ter esquecido de toda a família. Especialmente de si.

– Vai garota senta logo ou quer um convite por escrito? – Cuspiu as palavas amargamente.

Elisabeth sentiu vontade de mandar a mulher se foder, mas repreendeu o sentimento. E quietamente se sentou num outro sofá também ele pequeno de frente ao de Lea. Observou-a discretamente e agora sobe a luz de casa a mulher deslumbrante de antes já não lhe parecia tão deslumbrante. Partilhavam a mesma cor de cabelo, mas, o rosto da tia não era assim tão belo quanto lhe pareceu antes. Além de que as rugas vincadas lhe roubavam alguma da beleza que anteriormente tivera. Mas, ainda assim não deixava de ser uma mulher bela e aparentemente bem formada. Certamente mais bela que si mesma, afinal não passava de uma criança que mal sabia o que fazer da vida.

– Que idade você tem mesmo? – Lea quebrou o silêncio.

– Dezasseis. – Apressadamente a jovem respondeu. No fundo ansiava por manter algum tipo de contato com aquela mulher.

– Quero que saiba que não faço intenção de pagar os seus estudos, isto caso queira continuar a estudar. – Observava atentamente a sobrinha enquanto lhe estabelecia as regras que havia resolvido impor. – Também espero que saiba que não faço intenção de lhe emprestar um único centavo. Lhe darei uma cama e alguma comida. Mas trate de arrumar um emprego o quanto antes. - Fez uma pequena pausa, suspirou e continuou. – Ou então arrume um cara rico que te sustente, certamente não será difícil arrumar um velho cheio de grana que te queira foder a troco de algum dinheiro. – Um sorriso sínico no rosto.

Aquilo tinha doido. Elisabeth observava espantada aquela mulher. Não imaginou que palavras tão maldosas pudessem sair daquela pessoa que aparentava ser tão bem formada.

– Onde poderei dormir? – Questionou tentando ignorar as palavras pronunciadas anteriormente.

Lea sorriu sínica e apontou para o fundo do corredor.

Elisabeth observou e constatou que havia uma porta no fundo. Pegou na sua mala e a custo caminhou para perto do seu quarto. Abriu a porta do mesmo e antes de entrar sorriu.

– Tia. – Chamou pedindo pela atenção de Lea. – Espero que me possa apresentar algum desses senhores que trocam favores sexuais a troco de dinheiro. – Sorriu.- Estou certa que conhece imensos.

E antes que Lea lhe respondesse entrou no quarto fechando a porta logo em seguida. Ainda conseguiu ouvi-la resmungar alguma coisa mas não deu importância. Suspirou profundamente tentando digerir todas as emoções daquele dia. Certamente era o dia mais longo da sua vida. Encostou as costas na porta e lentamente foi descendo o corpo até se encontrar com o chão. Encolheu os joelhos encostando o rosto contra os mesmos. Mil e um pensamentos lhe passavam pela mente.

Fugir. Matar. Morrer.

Todos eles pensamentos inúteis. O verdadeiro propósito era procurar uma vida melhor. Tentar ainda dar um pouco de vida a sua mãe, apesar de vida ser o que de menos Maria possuía. Sem que conseguisse conter lágrimas fugiram de seus olhos. Sempre foi forte, sempre havia sido uma menina extremamente forte. Mas agora ali sozinha, longe de quem amava. Percebeu por fim, que a força dela sempre tinha sido a sua mãe. Agora, era apenas uma menina amedrontada jogada num mundo de lobos cruéis.

– Ho mãe! – Sussurrou entre lágrimas e soluços, que se tornavam mais e mais fortes. Chorar a tornava mais forte.

Longe dali

Uma jovem menina corria pelos corredores que separavam a porta do quarto onde pretendia chegar. Atrás de si corria um senhor grisalho de alguma idade, mas ainda assim capaz de correr atrás de alguém com tamanha energia. A menina simplesmente não tinha sono, e para alguém de apenas doze anos ficar pressa no quarto quando se tem uma imensa mansão por onde correr é simplesmente desperdício.

– Menina Annie! – O Senhor a chamou em vão. – Vai acabar acordando o Senhor seu irmão. – Advertiu o mais velho com um pouco de receio.

– Chris não me fará mal. – A menina gritou sorridente. Gostava de chamar Christopher de Chris, claro que apenas ela possuía tamanha intimidade para tal coisa. – Chris é bobão! – A menina gritava cada vez mais alto. Propositadamente.

– Menina… - O senhor advertiu. Não tinha folego para correr mais. Ofegante descansava encostado na parede do imenso corredor.

– O que se passa aqui Robert? – Uma voz grave que fez o velho senhor se colocar direito como uma tabua.

– Senhor Blake, é sua irmã. – O senhor respondeu o mais rápido que conseguiu. – Menina Annie está novamente num dia daqueles. – Um pequeno sorriso carinhoso nos lábios do velho senhor.

– Pode ir, eu trato disso. – Christopher respondeu serenamente e fez sinal com a cabeça para que o senhor se retirasse. Ato que foi de imediato executado.

Calmamente após a saída do empregado, Christopher assumiu uma postura mais relaxada e serenamente caminhou pelo restante corredor que o separava da próxima porta. Sabia que Annie estaria lá, sempre estava. Na verdade, quem não o conhecesse pensava que quando Annie se comportava assim que era castigada. Claro que tal não acontecia. A pequena era a luz de Christopher. Apenas com ela ele se permitia baixar a guarda e quebrar algumas das barreiras que ele mesmo mantinha em torno de si mesmo.

– Ann? – Christopher chamou ao entrar dentro do quarto. Logo em seguida fechou a porta e se jogou na pequena cama que estava no centro do também pequeno quarto. Fechou os olhos e segundos depois sentiu umas mãos suaves envolverem o seu peito. - Tudo bem, eu já estou aqui. – Murmurou acariciando o cabelo da sua pequena irmã. Sabia bem que nessas noites em que ela apresentava esse comportamento, era uma chamada de atenção.

Por alguns minutos os irmãos permaneceram assim, Annie deitada sobre o peito do mais velho. Ele era tudo o que a pequena tinha. Sabia que ambos os seus pais tinham falecido num trágico acidente de avião quando ela ainda apenas tinha dois anos de idade. Desde então eram apenas eles. Christopher e Annie. Apesar da tenra idade a pequena sabia que por vezes o irmão tinha que manter uma fachada, uma falsa aparência. Mas em momentos como aquele que partilhavam agora, sabia que aquele era o seu verdadeiro irmão.

– Chris… - A jovem chamou pedindo atenção.

– O que foi?

A menina fez uma pausa para pensar e continuou.

– Você tem mesmo que trazer aquela mulher cá a casa? – Uma careta se seguiu.

O mais velho sorriu.

– Ela te salvou, é justo eu a receber aqui em casa como moeda de troca. – Murmurou suavemente. – Você entende? – Questionou e recebeu um aceno positivo.

– Mas Chris… - A jovem retrucou ainda não totalmente contente. – Eu não gostei dela. – Fez um bico de amuo. – Você está proibido de casar com ela. – Advertiu beliscando o braço do irmão.

– Está combinado, eu não casarei com ela. – Prometeu e apertou mais a irmã. Claro que a promessa que fez não o impediria de ter umas noites de prazer. Isso caso a mulher fosse do seu agrado.


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Notas finais do capítulo

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Não gostou. Comente e me diga onde errei.
Leu? Comente.

Até breve povo!



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