Quebrando Barreiras escrita por samurai girl


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Oi povo! Como tenho alguns capítulos prontos, resolvi soltar o segundo.
Espero que gostem, e não esqueça de comentar.



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Los Angels

Não tardaria muito o dia estaria terminando. Ali naquela cidade a noite era bem maior que o dia, de certo modo muitas pessoas começam a trabalhar ainda de noite e terminavam também de noite. Claro que a mulher de quase meia-idade que esperava impaciente o celular tocar não se enquadrava na lista desse tipo de pessoas. Na verdade, Lea sempre sonhou em casar com um homem rico que lhe desse todos os luxos com que sempre sonhou. Claro que ela nunca lutou para concretizar os sonhos, achava mais fácil consegui-lo através de um casamento por interesse. Na verdade ao fim de quarenta e cinco anos ainda não havia conseguido realizar o que pretendia. Mas, agora finalmente estava mais perto do que nunca.

Ter conhecimentos com pessoas importantes na sociedade é sempre de valor, e recentemente Lea havia feito uma amizade muito promissora. Por acaso algumas semanas atrás tinha feito uma boa ação ao socorrer uma garota que tinha passado mal na rua. A menina ao que parecia sofria de ataques epiléticos e naquela hora teve um desses benditos ataques. Lea fez de boa samaritana e socorreu a moça. Claro que nunca imaginou que a boa ação rendesse frutos. Mas a verdade é que a sorte dela estava mudando.

Poucos dias após ter socorrido a garota e ter acompanhando-a até ao hospital, recebeu a notícia por telefonema que o irmão da menina a queria agradecer pessoalmente num jantar. A menina era apenas uma Blake. Annie Blake a única irmã de Christopher Blake. Lea sabia perfeitamente o peso que o nome Blake carregava. Mason era um nome apenas conhecido em França, mas os Blake, precisamente Christopher Blake era o fundador da Blake Company. Ele não apenas criou uma marca como fez questão de colocar o seu nome nela.

Blake Company começou como uma marca de relógios, que rapidamente chegou aos quatro cantos do mundo. Em poucos anos a simples marca de relógios subiu para a comercialização de roupas, quem procurasse chegar em algum evento marcando posição sabia que na Blake Company era sempre garantido o que procurava. Claro que o império de Christopher não foi só sucesso porque na moda teve que lutar contra grandes marcas mundiais, mas assim como a Chanel e a Prada entre outras, também ele tinha a sua posição afirmada e plantada solidamente. Agora mais recentemente a Blake Company também era associada de algumas empresas de restauração. Quem quisesse abrir um restaurante ou em negócio na área alimentar com o nome já o podia fazer, claro que não antes de ser selado um contrato, por si só abrir uma cadeia alimentar com o nome Blake era sinonimo de sucesso, então claro que quarenta por cento dos lucros seriam para si.

E era por isso que Lea estava tão ansiosa observando o ecrã do celular, aguardava a confirmação do prometido jantar, a sorte realmente estava mudando. Christopher Blake não era um homem propriamente fácil. Pouco se conhecia a respeito da sua vida pessoal, mas ela sabia que também ele era solteiro, e isso era tudo o que precisava saber. Juntando o fato de ser alguém extremamente rico, que poderia dar-lhe todos os luxos que sempre desejou, ainda era bonito e partilhavam sensivelmente a mesma idade. Usaria todos os seus atributos para garantir que tal oportunidade não escaparia por entre os dedos. Claro que agora, também teria que lidar com o encontro iminente e também a prestes chegada da sua sobrinha.

A mulher de cabelos castanhos suspirou e se jogou num dos pequenos sofás da sua sala. Não esperou mais de dois minutos e o seu aparelho começou finalmente a vibrar. Sem nem olhar o visor apressou-se a responder a chamada.

– Estou sim! – Exclamou manhosa arrastando a voz.

– É a Lea Mason certo? – Uma voz feminina respondeu do outro lado.

Lea reconheceu a voz e respondeu visivelmente contrariada.

– Sim sou eu Elisabeth.

– Só queria avisar que acabei de descer do avião e bem eu não sei como chegar até a sua casa. – A voz da jovem mostrava alguma hesitação. Afinal tudo aquilo era algo novo. Um mundo novo.

Um suspiro foi audível entre uma pequena pausa e logo foi dado a resposta.

– Vou pedir para um amigo te pegar no aeroporto. Não se perca e nem o faça esperar. – Lea não esperou uma resposta da sobrinha e desligou imediatamente o celular. Não era aquela chamada que ansiava.

Resmungou algo para si mesma e se dirigiu até a pequena garrafeira que possuía num dos cantos da sala, abriu uma garrafa de um licor de café e o bebeu diretamente da garrafa. Estava ficando desesperada. Fez uma pausa e caminhou de volta ao sofá, se jogou nele e voltou a beber outro gole do licor. E Naquele instante o celular voltou a vibrar. Quase se engasgou a engolir de uma vez só todo o líquido que possuía na boca.

– Estou sim! – Voltou a exclamar tão manhosa quanto antes.

– Senhorita Mason? – Uma voz grave questionou educadamente.

Um sorriso brotou nos lábios carnudos e apressadamente respondeu.

– A própria!

– O Senhor Blake gostaria de confirmar para amanhã as vinte e uma hora o jantar de agradecimento. – Uma pausa e a voz grave continuou. – Espero que esteja de acordo.

Para Lea nem que fosse as seis da manhã, qualquer hora estaria boa.

– Está mais do que perfeito. – Confirmou e logo fez uma pausa. Elisabeth. Não lhe agradava deixar a garota sozinha em casa pronta para espionar o que quisesse. – Desculpe, mas, minha sobrinha chega hoje. Haveria problema em eu a levar junto comigo para o restaurante? – Questionou um pouco receosa, não queria de forma alguma estragar a oportunidade da sua vida.

O silêncio reinou nos segundos seguintes e em pouco tempo a mesma voz grave voltou a ecoar.

– Senhor Blake consentiu a presença da sua sobrinha, mas informou que o jantar não será num restaurante. Estejam prontas amanhã, e não se atrasem eu mesmo irei buscar as Senhoritas. – E sem aguardar resposta ou mais questões a chamada foi desligada.

Lea suspirou profundamente. Cada vez estava mais próximo o realizar do seu sonho. Tinha que ter a certeza que estaria no seu melhor para pegar de jeito o seu alvo.

Aeroporto

Elisabeth já estava do lado de fora do aeroporto, esperava pacientemente a chegada do tal amigo da sua tia, mas não sabia como iria o identificar e vice-versa uma vez que Lea nem se deu ao trabalho de dizer em que carro chegaria o cara. Além de que aquele aeroporto deveria ser o maior lugar onde já havia estado em toda a sua vida. Londres era grande, mas em comparação com a nova cidade… sentia o quão pequena era.

Suspirou e olhou o visor do celular, já havia passado mais de uma hora desde que tinha feito o telefonema para Lea. Não queria admitir, mas estava a começar a entrar em desespero. Além de que ainda existia a constante preocupação de como estaria a sua mãe em Londres.

Por fim notou que um veículo vermelho visivelmente desgastado pelo tempo já tinha passado duas vezes em frente a zona de saídas, por momentos pensou que talvez fosse a sua boleia e resolveu acenar ao condutor. O mesmo imobilizou o carro perto dela e questionou.

– Elisabeth Mason? – Um sorriso estampado no rosto.

Ela retribuiu o sorriso gentilmente.

– A própria.

O jovem rapaz pulou fora do veículo e rapidamente ajudou-a a colocar a mala dentro do carro e sem muitas delongas estavam saindo do aeroporto. Elisabeth sentiu o corpo tremer, a casa metro que se afastava se sentia cada vez mais longe de sua mãe.

A viajem decorria em silêncio, de vez em quando Elisabeth observava que o jovem condutor a olhava pelo canto do olho curioso. Mas na verdade, ela é que estava curiosa. Questionava-se sobre quem seria o rapaz que gentilmente aceitou vir buscar uma estranha. Não podia deixar de notar que ele possuía origens orientais, os olhos puxados era mais que obvio, na pele morena do rosto tinha uma pequena camada de barba que lhe dava um ar mais velho. Os cabelos escuros e longos amarrados num laço apertado davam-lhe um ar sensual, não podia negar que ele era muito bonito.

O rapaz notou que também ele estava sendo observado e resolveu quebrar o silêncio.

– Lamento não me ter apresentado ainda, sou o Hiroshi. – Um sorriso no rosto que trasbordava sinceridade.

Elisabeth mais uma vez retribuiu o sorriso e antes que pudesse fazer alguma questão o rapaz foi mais rápido.

– Olhe pelo que pude perceber você ainda não conhece a Lea, certo? – Aguardou um aceno positivo e após o obter continuou. – Mas eu a conheço melhor do que desejava conhecer e por favor tome cuidado com ela. – A preocupação arrastada na voz.

Elisabeth mostrou um olhar visivelmente confuso e Hiroshi continuou.

– É serio, eu conheço sua tia o suficiente para saber que o maior erro que alguém pode cometer é confiar nela.

Durante alguns segundos o silêncio perdurou e Elisabeth o quebrou.

– Você também cometeu esse erro? – Sempre havia sido uma menina curiosa, e não conseguia deixar de o ser.

O Jovem esboçou um pequeno sorriso.

– Claro, tal como todos que não a conhecem.

Elisabeth podia jurar que sentia alguma dor naquelas palavras mas foi mais forte que o seu bicho da curiosidade e decidiu ficar quieta o resto da viagem. Além de que se questionava até que ponto poderia realmente Hiroshi ser confiável, conhecia-o tanto quanto conhecia Lea.

Por fim a viagem terminou, o carro parou em frente a uma casa modesta, muito maior do que a de Londres, mas ainda assim modesta em comparação as que havia observado pelo caminho. Elisabeth não esperava uma receção calorosa mas Lea podia ao menos vir abrir a porta, de certeza que já tinha notado a sua chegada. Engoliu em seco. Ali sim começava a sua nova jornada.


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Notas finais do capítulo

Oi pessoas!
Se leu comente.
Se gostou comente.
Se não gostou, comente na mesma e me diga no que errei.

Até breve gafanhotos!!



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