Quebrando Barreiras escrita por samurai girl


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!!
Pois é, essa é minha primeira original desde há muitooo tempo. Então espero que gostem.

Boa leitura!



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Londres

Londres por si mesma era uma cidade cinzenta, onde raramente, muito raramente o sol surgia nos céus londrinos.

Elisabeth já estava mais do que habituada a todo aquele clima mórbido, tão habituada que o fato de estar prestes a mudar de cidade não a deixava nada entusiasmada. Claro que não era por si só a mudança de casa que a perturbava, adorava Londres mas estava disposta a mudar. O que realmente a perturbava era as circunstâncias da mudança e claro o lugar para onde estava prestes a transitar.

Havia nascido ali, Londres sempre fora a sua casa, nunca tinha conhecido outro lugar que não fosse aquela cidade, até porque a sua família não possuía dinheiro para poder viajar. Aliás por vezes mal conseguiam chegar ao final do mês com algum rendimento, quanto mais imaginar conhecer outro lugar que não fosse aquele.

A sua mãe até algum tempo atrás trabalhava na cozinha de um restaurante, fazia mais de doze horas de trabalho e recebia uma miséria no final do mês, apesar de se arrastar para conseguir manter a casa e a comida na mesa, a jornada havia chegado ao fim. Maria Mason apôs adoecer subitamente tinha sido diagnosticada com um câncer nos pulmões em estado avançado. Assim foi obrigada a pedir demissão do restaurante e atualmente o Hospital era a sua nova residência. Com a doença a progredir rapidamente não havia como ser mantida em casa. Necessitava de cuidados e vigilância permanente.

Assim Elisabeth chegou a uma encruzilhada, foi obrigada a trocar os estudos por um trabalho part-time numa lanchonete que não lhe rendia rendimentos suficientes para manter a casa e ainda conseguir suportar as suas despesas pessoais. Na última visita que tinha feito a sua mãe, ouviu uma súplica que não conseguia ignorar. Porque apesar de ainda não ser oficialmente uma adulta, sabia perfeitamente que não poderia mais contar com a mãe, o estado de saúde de Maria piorava a cada minuto. O desfecho era previsível apesar de doloroso. E Elisabeth sabia tão bem quanto a sua mãe que se não fizessem alguma coisa em breve seria uma moradora de rua.

Assim aceder ao pedido feito por sua mãe era algo que não lhe agradava, mas que parecia ser a única solução de momento. Elisabeth nunca conheceu o pai, apenas sabia o seu nome, Charles Mason. Parece que depois de dois anos casados Maria havia ficado grávida e Charles abandonou a esposa com a filha de dois meses nos braços, tinha-os abandonado para ir abrir uma empresa de restauração em França. Segundo a sua mãe Charles era um homem rico agora, preferiu a riqueza em vez da família. Claro que Elisabeth nunca tinha tentado encontrar o pai, sempre se havia virado sem ele, não precisava da compaixão de alguém como ele.

Mas apesar de não querer ter contacto com o pai, Elisabeth havia sabido na última visita que fez a Maria, que possuía uma tia paterna em Los Angels. E esse era o pedido da sua mãe, que contactasse essa tia e fosse a procura de uma vida melhor, porque Londres já não possuía nada para lhe oferecer… apenas morte.

Claro que Elisabeth não queria ir embora, não queira ir para tão longe e largar a única pessoa que nunca a abandonou. Sabia que dificilmente a sua mãe sobreviria a batalha que travava e isso ainda a deixava mais desconsolada, Maria não merecia passar os últimos momentos de vida sozinha.

Apesar de tudo, apesar da doença, Maria ainda conseguiu afirmar a sua vontade. E estava decidido, no final do dia Elisabeth viajaria para Los Angels, Lea Mason a irmã mais nova de Charles, sabia que o irmão tinha sido casado mas nunca foi referido em conversa que havia deixado uma filha em Londres. Mesmo assim havia concordado em receber a sobrinha, apenas sobe a condição que Elisabeth teria que procurar imediatamente um trabalho mal pousasse um pé sobre o solo de Los Angels.

Assim Elisabeth acabava de arrumar a mala que levaria consigo, não conseguia nem poderia levar tudo o que possuía consigo. Assim apenas algumas roupas e fotografias faziam parte do que levaria para a nova jornada da sua vida. Sabia que em pouco tempo a casa que partilhou com a mãe por anos estaria nas mãos de outra família. Esperava que os residentes a seguir, tivessem mais sorte que ela.

Elisabeth se olhou no espelho uma última vez antes de ir esperar o táxi que estaria a chegar a qualquer momento. Sabia que possuía os cabelos acastanhados da parte do pai, Maria era loira e possuía olhos azuis. Já a jovem tinha herdado também a cor dos olhos do pai, castanho claro. Ao que parece, apesar de ser um canalha, era um canalha com os genes forte. Sorriu com o próprio pensamento e isso sim era da sua mãe. Ambas conseguiam esboçar um sorriso único e encantador. Um sorriso pessoal, que só a elas pertencia. Também o corpo elegante que possuía podia agradecer a Maria, ao que parecia era natural na família dela as mulheres possuírem silhuetas elegantes e seios redondos.

Por sim cerrou as mãos e engoliu em seco. Era hora de mudar, o seu corpo iria para longe. Mas o coração ficava em Londres.

Los Angels

Los Angels era para muitos o lugar mais do que perfeito para viver. Quem procurava luxo, aparências e riqueza ali era um local maravilhoso. Claro que nem só de perfeição era feita a cidade, e da mesma forma que existia uma sociedade sedenta por luxo também existia uma outra sociedade que para muitos era inexistente como que invisível aos olhos dos que não viam mais do que dinheiro, a sociedade sedenta por um pouco de pão.

Lea Mason não se enquadrava em nenhuma das duas, vivia razoavelmente bem. Mas, não possuía nenhum dos luxos que ansiava. Sempre fora uma mulher que ambicionava mais do tinha. E ver o irmão mais velho Charles subir na vida de forma tão grandiosa apenas aguçou mais o sede por uma vida de glamour. O seu irmão assim como ela também houve uma altura em que não possuía grande coisa, mas numa jogada de sorte o destino mudou. Ali em Los Angels o nome Mason não significava nada, mas em França era sinonimo de riqueza. Claro que Charles nunca se importou em ajudar a família, não fosse ele o homem que trocou a mulher e a filha por uma vida de riqueza. Mas na verdade não o culpava pela troca que fez, ela mesma se via pronta a fazer qualquer coisa para subir na vida. Apenas culpava o irmão por não a ter ajudado em momento algum.

A vida era irónica, a filha do irmão que a esqueceu, estava viajando para sua casa a procura de ajuda. Claro que não podia ser tão falsa ao ponto de dizer que tinha aceitado ajudar a garota por afeto, porque não a conhecia logo não podia nutrir sentimentos por alguém que não conhecia. Na verdade, apenas havia aceitado receber Elisabeth porque viu ali uma hipótese de mudar o rumo do jogo.

Afinal as pessoas fazem de tudo para manter as aparências…

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Bem se leu comente.
Se gostou comente.
Se não gostou, comente também e me diga o que errei.
Em todo o caso comentar é a chave, e não a fanfic não é movida a reviwes. Mas, receber reviwes ajuda muito.

Até a próxima pessoas!!



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