A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada escrita por Liz Rider


Capítulo 21
Capítulo 21 - Meu incrível pai


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas, estou postando! Ê, milagre! É, eu sei que não estou postando, mas acho que agora acabaram minhas desculpas, a não ser as provas. Ô bichas f*didas, essas bixiguentas. Na verdade, meu plano original era postar esse capítulo no dia do meu aniversário, dia 26 do mês passado, mas acabei não fazendo-o, porque o dia foi bem lotado. No domingo seguinte, eu estava doente. Ainda estou, mas acho que dá para postar.
Então, pessoas. Como eu acredito que todas as história merecem um começo, meio e fim, venho dar-lhes uma triste notícia. Eu não sei se vocês se importam – por que deveriam se importar? –, mas eu me importo, e como eu comecei essa história, acho que vocês merecem saber o seu fim.
Vocês sabem que minha avó estava internada na UTI, né? E que esse foi um dos principais motivos para eu ter me afastado – além, é claro, dos meus bloqueios quase semanais. Então... no dia 14 de fevereiro, menos de duas semanas antes do meu aniversário, ela faleceu. Pareço fria? Espero que não. A verdade, é que ainda é meio surreal, eu não consigo lidar bem com o fato de que ela nunca mais virá me visitar e ficará fazendo coisas bobas e às vezes irritantes de avó, ou brincando comigo, ou cantando sempre as mesmas canções. Mesmo ao vê-la no caixão, ou quando fecharam a sepultura, ainda não parecia real, ainda não parecia que era a minha vó. Sei que parece triste, mas distante para vocês, mas é por isso que venho “conversar”.
Vai soar clichê? Sim, vai. Vai soar todo-mundo-já-me-disse-isso-antes? Com certeza, mas agora eu meio que me sinto na obrigação de fazê-lo.
Pessoas, valorizem seus pais, avós, tios e tias. Valorizem as pessoas que vocês amam. Tratem-nas bem, com amor, por mais que sejam irritantes ou inconvenientes, apenas amem-nas como se não tivesse amanhã, porque, francamente e sem nenhuma vontade de citar Renato Russo, de fato, não há. Você nunca sabe quando sua vó (ou alguém que você ama) vai estar com você num dia e no seguinte sofrerá um AVC e acabará numa UTI. Sei lá, só pensem bem nas besteiras que dizem.
Liz.



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P.O.V America

— O que mais você aprendeu? – pergunta meu pai.

Ele podia não ter nenhum traço, nem do mais longínquo com os deuses gregos, mas, se fosse o caso, ele certamente seria parente de Atena... era tão estudioso, apesar de tudo. Mesmo trabalhando bastante e estando cansado, papai sempre se esforçava para nos ajudar com a lição e depois ainda tirava um pouco de seu tempo para estudar ele mesmo Zeus sabe o que em seu escritório. Além, é claro, da pintura que ele tanto amava, mas isso era mais ligado a Apolo, então eu ignorava.

Ás vezes eu me sentia triste pelo meu pai, acho que ele abandonou seus sonhos e seus dons por nós, pela nossa família, pela praticidade do dia-a-dia. Eu vejo suas pinturas e sei que ele poderia ter ganhado muito com elas, mas, ao invés disso, é só um hobbie. Era um sonho que se perdera em vista da triste realidade... isso só me fazia amar mais papai.

Passo meu braço pelo dele, ainda desacostumada com seu terno. Mesmo que papai fosse todos os dias trabalhar de terno, ele sempre o tirava, assim que chegava em casa. De qualquer forma, seu terno qualquer de ir trabalhar era muito diferente daquele, que era chique e feito sob medida.

Ele parecia jovem e bonitão naquelas roupas chiques. Estava até mais alto.

— Acho que já lhe contei tudo o que ensinaram sobre a nossa história.

— Mas foi só isso? – ele parecia quase decepcionado.

Fiz que sim com a cabeça, chateado em desapontá-lo.

— Você viu muito os Olimpianos nesse seu tempo de estadia aqui? Soube de pelo menos duas visitas.

Olho para ele, tanto encabulada por ele ter tocado no assunto, quanto chocada por ele saber.

— Você sabe, andam enviando do Acampamento, todo mês uma nova edição da revista Afrodite. Ela nos mantêm informados.

Eu sorri. Já deveria saber.

— Você... – ele parece desconfortável. – Você viu Apolo?

— Pai...

— Você pode me responder isso, não é? Sabe que eu não vou ficar chateado.

Eu sabia que ele ficaria, mas, mesmo assim, senti-me obrigada a contar-lhe a verdade.

— Sim. Algumas vezes. Mais do que gostaria, na verdade. – asseguro.

Não estava a fim de discutir esse assunto com meu pai; sabia que ele ficaria chateado. Ele deveria se senti mal por Apolo, aquele pai de meia tigela, ter acesso 24h por dia a mim e esta ter sido a primeira vez que ele me viu desde o começo do verão. Eu não tirava a sua razão. Mas aquela era uma visita alegre e não queria desperdiçá-la em conversas sobre coisas que não poderíamos mudar.

— Sabe – começo, mudando bruscamente de assunto. –, a maior parte das aulas é de etiqueta. Temos estudado um pouco mais de mitologia agora. Acho que em breve vamos usá-la para alguma coisa. Eles estão forçando bastante a matéria. Bem, vai ser útil para as garotas que ficarem, em todo o caso.

— Ficar?

— Acontece que uma das garotas voltará para casa com a família. Maxon e Asher devem eliminar alguém depois de conhecer todos os pais.

— Você não parece muito feliz com isso. Acha que eles vão mandar você para casa?

Dou de ombros.

— Vamos, filha. A essa altura você já deve saber se algum deles gosta de você ou não. Se gosta, você não tem com que se preocupar. Se não gosta, por que vai querer ficar?

— Acho que você está certo.

Ele para de andar.

— E qual das duas opções é a certa?

É meio vergonhoso falar disso com meu pai, mas também não pretendo falar disso com minha mãe.

— Acho que Maxon gosta de mim. Ele diz que gosta.

Meu pai ri.

— Então você está indo bem.

— Mas ele tem estado um pouco... distante esta semana.

— America, querida, ele é um deus. Provavelmente ele esteve ocupado decidindo que mortais devem morrer e quais não devem.

Eu solto uma pequena risada. Sei que meu pai está brincando, mas não deixa de ser uma possibilidade.

Mesmo assim, eu não sei como explicar que Maxon parecia ter tempo para todas, menos para mim. Seria humilhante demais.

— Acho que sim...

— E o outro?

Levanto meus olhos de volta para meu pai.

— Que outro?

— O outro rapaz, o outro deus, Asher?

— Ah... – penso em Asher. – Ele é legal.

— Só isso? – meu pai questiona.

— Não sei, pai. O que mais eu poderia dizer?

— Você teve muito a dizer sobre Maxon.

Ele me pegou naquele instante. A verdade é que, por mais que Asher fosse cativante e adorável, meus olhos normalmente se mantinham em Maxon. Talvez seja porque eu e Asher mal construímos nenhum tipo de relação, então não há muito o que pensar sobre ele.

Lembro da noite da véspera da viagem fracassada, quando Asher pediu-me para dar-lhe uma chance. Eu estava tentando, não estava? Mas a verdade era que, mesmo que tudo o que eu tivesse com Maxon fosse apenas amizade, ainda era alguma coisa. O que eu tinha com Asher?

— Ele também gosta de mim. Acho. Talvez não como Maxon, mas ele... ele sempre tenta aproximações comigo. E quando não está sendo um completo imbecil, ele até que é muito charmoso. – admito, envergonhada por meus pensamentos.

Há alguns segundos de silêncio desconfortável. Papai certamente não estava esperando por isso. Sinceramente? Nem eu.

— Então há uma sala escondida em algum lugar por aqui? – disse, enquanto observava as paredes de um modo todo novo.

— Pai, este lugar é maluco. Há portas e painéis por toda parte. Pelo que sei, se eu empurrar este vaso, poderíamos cair em um alçapão. – digo, animada. É realmente um alívio mudarmos para um assunto mais leve.

— Hmm, então serei cuidadoso ao fazer o caminho de volta para o meu quarto – ele conclui, maravilhado.

— O que você provavelmente precisa fazer logo. Tenho que me aprontar para o chá com as mães dos anfitriões. – dou uma risadinha, mas penso que, se May estivesse aqui, esse convite se estenderia a ela e eu passaria mais algum tempo com a minha irmãzinha. Sinto tanta saudades dela. – Passarei no quarto de vocês para pegar a mamãe, antes de ir.

— Ah, sim, você e seus chás com as divindidades. – brinca. – Tudo bem, gatinha. Vejo você à noite no jantar. Agora... qual é o melhor jeito de evitar uma portinhola secreta? – ele pergunta e sai com os braços esticados, para se proteger.

Dou uma risada.

Assim que meu pai chega à escadaria, apoia-se no corrimão, bem devagar.

— Só para você saber, este é seguro.

Rio mais um pouco. Como eu senti a falta dele.

— Obrigada, pai.

Aceno com a cabeça e tomo o caminho do quarto. É quase impossível não dar pulos de alegria pelos corredores: estava tão feliz de ter minha família aqui que mal podia me conter. Se Maxon e Asher não me mandarem embora, seria mais difícil do que nunca me separar deles.


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Notas finais do capítulo

Sei que ficou curtinho, mas se eu não cortasse aí, eu meio que não saberia onde cortar. Vou tentar manter uma regularidade, okay? Uma ou duas semanas.



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