A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda Temporada escrita por Liz Rider


Capítulo 20
Capítulo 20 - Iminente


Notas iniciais do capítulo

Então gente, eu sei que eu prometi um capítulo antes do domingo retrasado (10/12), mas aconteceu algo fora do meu alcance de ser resolvido. Sinto muito, mas acredito que terei de estar distante por mais tempo, sendo que algo que eu realmente não posso controlar.
Minha vó tá doente, na UTI, teve um derrame e tá em coma. Provavelmente ela não vai mais acordar, então eu e minha família estamos muito tristes - não parece algo que realmente pudesse acontecer, sabe? Ela era tão ativa e viva, mesmo com sua idade avançada -, então talvez não venham tantos capítulos nessas férias como eu estava pretendendo.
Só postei esse capítulo porque tinha prometido.
Vou postar mais capítulos assim que der, mas acho que vou estar frequentemente em Recife, então é bastante improvável que sejam muito frequentes.
Beijos gente. Espero que aproveitem.



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P.O.V America

Maxon, logo da minha família, passou à de Elise, de longe a maior, porém a mais refinada do grupo. Seus dois irmãos pareciam mais rígidos que os guardas, mesmo o pequeno, e seu pai e quem presumo ser sua madrasta fizeram uma reverência quando Maxon se aproximou, apesar de, novamente, eu não fazer ideia de como esses adultos sabem como nós tratamos Maxon e Asher – Será que lhes deram instruções durante o voo?—, talvez Elise só tivesse pedido a eles para que agissem assim. Mas sua família era interessante, eles davam a impressão de ser tão polidos, com seus cabelos negros, os rostos parecidos entre si que se sobressaíam em relação às roupas bonitas.

Ao lado deles, Natalie e sua lindíssima irmã mais nova cochichavam com Kriss enquanto seus pais se cumprimentavam. O foyer inteiro estava repleto de uma energia entusiasmada.

Olhei ao redor e vi Asher conversando com uma Celeste sozinha... onde estariam os seus pais? Será que estavam apertados da viagem e foram ao banheiro? Isso não parece algo que Celeste deixaria que fizessem.

— Você não gritou mais com ele em seus encontros, não é, America? Ele é um moço tão educado, não merece ser tratado assim. Também, sendo filho de Zeus, não poderia se esperar algo diferente. – minha mãe começa a tagarelar. Mesmo tendo começado com uma bronca, era incrível como ela pôde passar o assunto para Apolo facilmente, mesmo que seu nome não tivesse sido mencionado.

Olho pro meu pai, de maneira desconfiada.

Solto um suspiro, vendo que ele não fez tal ligação, apenas nos encara com uma expressão confusa.

— Na verdade, mãe, a gente discute quase sempre.

— O quê? – ela pergunta, de queixo caído. – Pois pare com isso!

— Ah, e eu dei uma joelhada nas partes dele uma vez.

Ficamos em silêncio por uma fração de segundo, até papai começar a fazer caretas para não rir. Cubro a mão com a boca para não rir da expressão ele, apertando os lábios e tentando conter as gargalhadas. Tento parar, mas as risadas continuam a sair, fazendo uns sons estranhos e agudos que me deixam com vergonha.

Minha mãe está mais branca que a neve.

— America, me diga que isso é piada. Me diga que você não atacou um deus.

Não sei por que, mas a palavra “ataque” foi a gota d’água e meu pai também começa a rir, minha barriga doendo e minha mãe nos encarando com uma cara de poucos amigos.

— Desculpe, mãe. – falo, conseguindo finalmente me controlar.

— Ai, meu Deus.

E, de repente, minha mãe parece superanimada em conhecer os pais de Marlee, e eu não a impeço.

— Então ele gosta de mulheres que não baixam a cabeça. – diz meu pai, enquanto observamos mamãe se afastar. – Já passei a gostar mais dele.

Sorri para ele, mas meu sorriso sumiu quando quase bate contra Asher.

— Senhora Singer! – ele a saúda, com sua voz bem humorada e cativante. Nos aproximamos deles, um pouco tímidos, certamente. – Senhor Singer! – ele parece espontaneamente alegre em nos ver. – É um prazer finalmente conhecer as pessoas que criaram a nossa querida senhorita America.

Percebo que ele tomou o cuidado de falar criar ao invés de qualquer outra coisa que eu provavelmente falaria para uma pessoa que não é filho de um deus grego, tipo produzir, exatamente como James falou para nossos pais quando Kenna o apresentou a eles: “Acho que devo agradecer-lhes por terem produzido o amor de minha vida.” Pelo menos ela não era bastarda.

— Alteza... – minha mãe para lentamente e faz uma reverência.

Será que ela havia se esquecido de Asher? Improvável, mas é exatamente isso que está acontecendo.

Meu pai o cumprimenta com a cabeça, mudo.

Também não sei como reagir; Asher é uma caixinha de surpresas, prestes a mostrar sua nova ação inesperada.

Mas ele age com uma naturalidade que me espanta; e ao mesmo tempo me maravilha.

— Como foi sua viagem? Foi confortável? Espero que sim, dizem que esses aviões comerciais são muito agradáveis, eu deveria tentar alguma vez. Foi uma viagem de Primeira Classe, imagino?

Minha mãe é quem fala, naturalmente. Meu pai é mais familiar e quieto para os estranhos, mesmo assim, não o chamaria de antissocial ou incapaz de ser uma pessoa incrivelmente cativante se ele assim quiser.

— Oh, sim, foi maravilhoso. Nós nunca viajamos de Primeira Classe. – ela fala numa voz baixa, como se fosse um segredo, e depois dá uma pequena risada. – Mas foi muito confortável. É muita gentileza de sua parte perguntar. – ela dá um sorriso.

— Já percebi de quem America herdou a beleza. – diz Asher, todo galanteador. Mamãe cora. Ele volta-se para meu pai. – Mas, senhor Singer, diga-me o senhor, você gosta de futebol?

Era incrível como Asher conseguia pegar um tema comum e monótono e transformá-lo em algo interessante. Mesmo não sabendo muito sobre futebol ou Copas do Mundo, senti-me compelida a participar da conversa, mesmo que fosse apenas com alguns acenos de cabeça afirmativos.

— Bom, senhor e senhora Singer, infelizmente, tenho que ir receber os outros convidados. Fiquem à vontade. Sintam-se em casa. Daqui a pouco alguma criada aparecerá e os conduzirão ao seu quarto.

Asher se afastou, não sem antes dar uma piscada para mim, e foi ver Natalie, enquanto percebi Maxon perto deles, conversando com a mãe de Kriss, com sua animação contida habitual.

— Bem... – minha mãe parecia desconsertada. Isso era adorável. – Acho que... acho que vou ver a Rebecca.

Eu não sabia quem era Rebecca, mas levando em conta que minha mãe foi até a família de Marlee e começou a conversar animadamente com sua tia, seu embaraço sendo encoberto pela sua necessidade de interação social.

Meu pai corre os olhos pelo lugar, contemplando o palácio; eu permaneço ao seu lado, apenas aceitando e aproveitando sua presença ali. Silenciosamente, apenas contemplando. Era bom tê-lo perto. Por um instante, penso em Noah. Quantas vezes meu pai e Noah não estiveram na mesma sala durante o nosso namoro secreto? Uma dúzia pelo menos. Talvez mais. E nunca imaginei que ele não fosse aprovar Aspen. Sabia que seria difícil  para ele ver sua menininha indo embora, mas sempre pensei que teria sua permissão, caso o nosso “dirty little secret” evoluísse para algo a mais.

Por algum motivo, me senti mil vezes mais estressada. Apesar de Maxon e Asher deuses, de repente percebi que existia a possibilidade de meu pai não gostar de nenhum deles. Eram dois caras, afinal. Além do mais, eles estavam fazendo a mim e a outras cinco meninas competirem por seu amor e atenção. Isso não parecia correto nem para mim que, apesar da rejeição inicial, já havia me conformado com a ideia.

Meu pai poderia não pensar como eu, mas eu sabia que ele não gostava do jeito como as coisas estavam sendo feitas.

E então, um arrepio gelado percorre a minha espinha, assim como um pensamento indesejado. Antes do fim da noite, Apolo e todos os outros deuses com filhas nesse lugar estarão aqui.

Antes de eu me perder em pensamentos, Maxon e Asher sobem alguns degraus na escada para poderem ver todos nós.

— Gostaria de agradecer a todos por terem vindo. Estamos muito contentes de recebê-los na Mansão, não apenas para comemorar o Halloween, mas também para nos conhecermos. Sinto muito por meus pais não terem podido cumprimentá-los também. Vocês os conhecerão em breve.

Asher revira os olhos, ao seu lado, certamente do modo sempre tão formal de Maxon. Então, como se estivesse lendo um papel invisível e entediado por fazê-lo, ele começa a falar num tom monótono.

— As mães, irmãs e meninas da Elite estão convidadas a tomar chá com minha mãe e Tiquê— há um tom de profundo desgosto na voz de Asher quando ele diz o nome da mãe de Maxon – esta tarde, na Sala das Selecionadas. Suas filhas saberão conduzi-las até lá. Já os cavalheiros poderão fumar charutos com nosso pai e comigo. Pediremos a um mordomo que os levem, de modo que ninguém precisa ter receio de se perder.

— As criadas os acompanharão aos quartos que vocês ocuparão durante a estadia. Elas também vestirão vocês adequadamente para a visita e a festa de amanhã à noite. – completa Maxon.

— Os deuses chegam em duas horas e se juntarão a nós para jantar. – Asher dá um sorrisinho travesso. – É isso por hoje, pessoal. Obrigada pela atenção, agora podem circular, cambada.

Vejo quando Maxon dá um pisão em seu pé, certamente chateado com sua total indiscrição ou seja lá como se chama o que Asher acabou de fazer. Maxon dá um aceno, parecendo contrariado e sai.

Uma criada surgiu ao nosso lado quase que imediatamente.

— Senhor e senhora Singer? Estou aqui para acompanhá-los com sua filha até seus aposentos.


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