Just Another Game - Jogos Vorazes escrita por Brooklyn Baby


Capítulo 16
O ataque surpresa


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/664409/chapter/16

— Sério, Kay. Durma. Por favor  — Emmett pediu pela terceira vez.

Não fazia ideia de que horas eram. Só sabia que deveríamos estar no meio ou no quase final da madrugada e, apesar de sentir as pálpebras pesarem, não conseguia cerrar os olhos. Emmett havia assumido a patrulha havia um tempo. Ele ainda sentia dor. A ferida na perna ainda estava lá. Porém, o tempo de sono ininterrupto lhe fez maravilhas. Parecia o garoto que eu encontrei no trem pela primeira vez. Forte e bonito.

— Quando eu olhar de novo, quero que esteja sonhando com os anjos.

— Não posso nem contar carneirinhos antes?

Ele sorriu, divertindo-se. Piscou os olhos demoradamente em sinal de cansaço. Na lateral esquerda, perto da maçã de seu rosto, a bandagem adesiva que eu colocara no corte mínimo e superficial que a garota do 02 havia causado. Na hora, com todo sangue, havia parecido muito mais grave.

— Certo, Emmett Ryver. Você está no comando agora.

Puxei uma manta sob o corpo, com a ajuda breve das mãos de Emmett. Meu cabelo impressionantemente macio até ali, além da grama, servia como um travesseiro razoável.

Tinha tomado um comprimido analgésico, mas creio que o efeito havia se esvaído. Só agora, com o sangue na temperatura normal e com o tempo para reação, sentia as dores da minha luta com Luke. Não podia respirar tão fundo, ou sentia que uma das costelas podiam se romper ao meio como se fossem um graveto. Por vezes sentia uma pressão invisível resultado de suas mãos pesadas apertando o meu pescoço. E, pelos céus, como a minha cabeça latejava e doía... Mal podia acreditar que estava viva depois daquele confronto. Outra vez penso em Stellmaryah. Faço uma prece silenciosa por ela. Por sua mãe que agora, suponho, me vê como filha. Pensar naquilo me da um conforto leve mas eficaz.  

Pisquei os olhos. Quando acordei para o mundo novamente, o sol intenso batia no meu rosto e eu já não precisava da manta. Estava suada, precisava de água imediatamente. Tirei a jaqueta e joguei no mesmo canto em que havia abandonado a manta. Me virei e percebi Emmett observar cada um dos meus movimentos.

— Nada?

— Nada. Ainda.

Ele me estendeu um pacote de biscoitos. Era bom que não tivessem gosto algum - nem doces, nem salgados -, ajudava. No entanto, mastigar e engolir aquela coisa seca era um desperdício de saliva, que já estava sendo usada para compensar a falta de água.

— Vou dormir — Meu parceiro anunciou, seguido de um bocejo. —  Uns vinte minutos. Quando acordar, podemos começar a arrumar nossas mochilas.

— Quando partimos?

Ele sacudiu os ombros.

— Quando a sorte estiver ao nosso favor — Disse, sarcástico. Caiu na grama atrás de si e cravou os olhos na minha figura, acima dele.

Me agachei a seu lado, afastando os cabelos castanhos de sua testa. Nós sorrimos um para o outro. Queria que ele estivesse pensando o mesmo que eu. Já era uma vantagem imensa estarmos vivos, nós dois, e juntos. Depositei um beijo em sua testa, voltando a me levantar. Parecia que Emmett só estava esperando por aquilo. Mergulhou no sono no instante seguinte.

Joguei a aljava nas costas e peguei o arco. Sai até alguns metros depois da entrada da Cornucópia. O sol, apesar de quente, estava baixo. Soube que não passava das dez da manhã.

Era terrificante aquela sensação, de que num giro de 360 graus, alguém certamente estava ali a nos observar, pronto para atacar. Para meu alívio, eu era a única tributo portadora de uma arma de longa distância que poderia realmente surtir um efeito razoável. Qualquer outro tributo que estivesse com lanças, por exemplo, teria de se expor e sair do meio das árvores para tentar um arremesso. E, se isso acontecesse, estava confiante de que seria mais rápida mandando uma flecha em resposta.

Pensei sobre os tributos que não queriam nos atacar. Só estavam morrendo de fome, com a única refeição matutina do dia anterior na barriga. A espreita, talvez apenas se contentassem em surrupiar um pacote daqueles biscoitos horríveis, uma maçã ou duas. Havia uma pequena caixa com esses suprimentos que divididos entre mim e Emmett, e os outros oito tributos restantes - tirando os Carreiristas, é claro, aos quais eu jamais pensaria em fornecer qualquer tipo de ajuda -, poderia nos sustentar de forma cautelosa pelo prazo de talvez uma semana.

Mas eu não podia pensar daquela forma. Quanto menos suprimentos, mais mortes. Tudo seria tão mais fácil. Já devia parecer fácil aos expectadores. Metade mortos no primeiro dia. Metade ainda vivos. Cinco mais cinco. Dez. Dez mortes me separavam da passagem de volta para o 04.

Foi quando percebi que não estava contando com Emmett e nem queria. Como poderia?

Olhei por cima do ombro, para seu corpo esparramado no chão da estrutura, completamente imerso no sono. Meus olhos marejaram. Uma lágrima solitária e quase invisível escorregou pela minha bochecha. Eu o amava. Pensar em deixar Emmett morrer era como pensar em deixar Kriss ou Matt morrerem. Errado, insano, impossível.

Um medo sem precedentes e agoniante tomou meu psicológico.

“E se...”

E se na ânsia por sobreviver, eu machucasse Emmett? Se eu trocasse de lado tão rapidamente assim? Afinal, ele já tinha dado pistas de que preferia minha sobrevivência sobre a dele. Seria assim tão mal? Fechar meus olhos para os meus sentimentos e esquecer por um segundo o meu caráter em troca de toda uma vida de volta... Seria assim tão repulsivo?

Abracei meu próprio corpo. Como se o mesmo respondesse aqueles pensamentos, rejeitando-os por completo, me vi curvando-me sob meus braços e vomitando os biscoitos do café. Aquela sensação horrível que há quando tudo é despejado para fora, unido pela vergonha e ódio de mim mesma por ter deixado aqueles pensamentos me seduzirem, nem que tivesse sido por poucos segundos.

Permaneci curvada, cuspindo para fora os últimos resquícios do meu auto desprezo. Sentindo com prazer aquela sensação desagradável e desgastante - eu a merecia.

Depois de um tempo, minha cabeça se ergueu bruscamente. Meus olhos captaram o sinal. Um farfalhar de folhas na parte da floresta bem diante a mim. Não era o vento. Era humano. Eu não tinha dúvida nenhuma.

Tirei a flecha, colocando sob o arco. Mesmo quando a luz dos raios refletiu no aço prateado e incomodou meus olhos, mantive-os extremamente abertos e alertas. Andava até lá determinada a caçar o espião. O arbusto era pequeno. O vislumbre de um único rosto feminino irreconhecível entre os galhos e folhas. Olhos saltados de medo. Ela estava amedrontada comigo. Era difícil acreditar.

Aquilo quase me parou, mas eu precisava continuar. Dez. Nove. Quanto menos, melhor. Deveria atirar de onde estava? Eu a acertaria. Mas eu nem havia visto seu rosto. Eu a mataria sem nem sequer saber quem era antes...

Imaginei que a garota havia se encolhido, paralisada em desespero. Correr não seria mesmo uma boa opção.

Armei o arco.

— KAYLEE!

Era o ataque surpresa do qual comentávamos na noite anterior. Mas não por Trent ou Amethyst.

Imediatamente, disparei de volta até a Cornucópia. Pelo simples som do grito de Emmett. Sem sequer enxergar de fato o que havia acontecido. Havia mais alguém lá. Havia mais alguém em luta corporal com Emmett. Mas quem?

Os dois rolaram para fora da estrutura. Socos, apertos no pescoço e chacoalhares.

“Só um tiro. É tudo o que eu preciso. Livre-se dele, Emmett. Se afaste. Se afaste!”

Eu era incapaz de atirar. A movimentação era intensa demais. Podia facilmente atingir Emmett se não o garoto. Não havia brecha. Um leve tremor na ponta dos dedos que puxavam a flecha anunciava que eu já beirava o desespero.

Meu coração doeu quando o oponente percebeu o machucado na perna de meu parceiro. Estava debaixo dele e eu ainda era incapaz de atirar certeira. Arrancou o esparadrapo com violência e rasgou os pontos que eu dera com igual brutalidade. Emmett soltou o mais doloroso dos gemidos.

 Ao menos, a chance surgiu. Emmett se contorcia de dor e o garoto o empurrou com facilidade. O corpo do meu parceiro, porém, continuava na frente do dele como um escudo. Num movimento veloz, o outro tributo tateou a grama em busca de algo. Um punhal que, com uma expressão frustrada, percebeu estar longe demais.

Mesmo que estivesse perto, porém, nunca teria sucesso depois de meu ataque. Seu antebraço esquerdo fora inutilizado, com a  flecha que a atravessou do mesmo lado. De onde eu estava, era o golpe mais certeiro que poderia arriscar.

Puxei a próxima flecha, mas nada me prepararia para o que viria a seguir. Foi muito rápido. Não havia percebido o quão envolta e o quão perto eu estava de toda a ação. “Burra!”, uma voz gritava repetidamente em minha mente.

Num pulo seguido de um bote violento, o garoto estava sob mim. Como Luke fizera, ele estava com os dedos da mão boa agarradas a meu pescoço já dolorido. Meu arco havia se perdido em algum lugar. Usando toda força do corpo, rolei com ele pela grama. Demandava certo esforço, mas, ao menos, não era tão pesado quanto Luke. Além de que a luta com Emmett o havia deixado visivelmente cansado e ferido, com um olho inchado e fechado.

O braço outrora atingido pela flecha também tentava ser usado contra mim, exercendo quase força nenhuma. Ele não queria soltar o meu pescoço. E eu já estava farta daquela sensação que havia conhecido ainda ontem. Quase sem fôlego, mas usando uma fúria da qual jamais tinha tomado conhecimento de ser capaz de sentir, joguei a cabeça para frente e lhe dei uma cabeçada extremamente forte na têmpora. O garoto grunhiu de dor e eu sorri. Rolei mais uma vez e enfiei o dedo em seu olho bom. Outro grunhido de dor. Satisfeita, sai de cima dele, sentindo um forte chute nas costas durante o processo. Quase agradeci. O arco estava mais próximo agora. Levantei-me com mais dificuldade do que esperava. Olhei para seu rosto. Os olhos cerrados de dor não me impediram de reconhecer. Sua foto brilhante havia preenchido o céu na noite anterior. Ao lado da morta, apagada e pequena Judy.

Meu ódio ferveu nas veias.

Dei as costas e percebi que havia algo mais perto de mim do que meu arco. Caminhei até sua preciosa arma. O punhal. O punhal que havia usado para rasgar o pescoço de Judy. Decidi que ele seria morto pela mesma arma. Eu o pesquei e o olhei por um momento.

Me levantei para cair logo em seguida. O corpo dele estava sob mim de novo. Consegui me virar para encará-lo. “Como era possível?” Com toda sua determinação, o garoto do 09 havia se rastejado até mim e me colocado mais uma vez no chão, mas eu não sentia como se fosse um grande problema terminar com ele... Não fosse o brilho de uma nova lâmina pequena mas aparentemente bastante letal, erguida na minha direção.

Meus antebraços reterão todos os golpes e a dor jamais fora tão ignorada. Não tinha tempo para sentir. Não podia revidar usando o punhal. Seus ataques eram frenéticos, se abrisse espaço na minha defesa acabaria como Judy acabou. Como aquilo aconteceu? Deixei o ódio me cegar e dei espaço para uma ideia idiota de vingança. Agora ia morrer. Ia morrer por tão pouco. Eu estava perdida. Eu...

O corpo despencou sob minha figura. Nossos rostos lado a lado na grama. O menino me encarava, piscava lentamente e o som de sua respiração parecia fantasmagórico. Um fantasma vivo. Era o que ele era nos seus últimos momentos.

Um filete de sangue desceu de sua boca e contornou seu queixo. Seu rosto se contorce e eu estou apavorada. Há um sorriso grande e aterrorizante em sua face, e estou olhando bem para seus olhos. Não pensei que fosse capaz de fazer qualquer outra coisa que não fosse parar de respirar e morrer, mas ele era obstinado. Ele conseguiu falar. Com as últimas forças, desejou:

— Que a sorte esteja com você, 04.

Meus lábios se separam para uma resposta, mas percebo, não há nada a dizer. Um meio sorriso pequeno se congela enquanto o maior ainda estava sendo desfeito. Os olhos dele estão vidrados na direção dos meus. Ouço o canhão.

Empurro o resto do cadáver para longe de mim e lá está Emmett, de pé, com a espada pingando sangue e uma ligeira expressão de decepção no rosto.

Ele viu tudo. Deduziu o que eu queria fazer. O rubor inundou meu rosto. Estava tão envergonhada...

— Emmett!  — Saltei do chão, larguei o punhal e o segurei de lado. Ele mancou, quase caindo para trás com o solavanco do meu corpo contra o seu.

— Seus braços...  — Comentou.

Brevemente, observei os cortes que começavam a arder. Percebi um dos coturnos do garoto do 09 sobre a grama. De imediato deduzi que fora dali que ele pescou a faca de arremesso com a qual me atacara.

— Não é nada, venha. Vamos ver essa perna.

Abaixei rapidamente para recuperar meu arco que jazia no nosso caminho.

No fim das contas, o garoto não tinha feito um estrago tão grande. Mas estava feio. Ele tinha desfeito o nó e rasgado algumas linhas. Avisei que teria de refazer o processo. Pensei que Emmett gostaria de ter morrido ali.

No entanto, quando apareci com o material de primeiros socorros, seu olhar não parecia vacilante, nem parecia disposto a deixar a inconsciência vencer. O grunhido de dor com o álcool foi inevitável.

— Então... Ele matou aquela garotinha do 10...   — Comentou.

— Sim. Com aquela droga de punhal  — Respondi, com a voz carregada de ressentimento e ódio quase palpável. Alguns segundos depois, me sentia realmente ridícula. — Sinto muito. Não vou mais agir dessa forma. Não deveria ter deixado aquela emoção tão nojenta me dominar daquela forma.

— Shhh...  — Fez ele. — Você está aqui. Conseguimos. Não se culpe.

Dei um meio sorriso.

Emmett havia arranjado um pedaço de pano e tinha enfiado na boca, de modo que seus gritos eram abafados durante o procedimento de reinstalação dos pontos.

— Pronto.

O abracei quando terminei o curativo. Ele suava frio. Levou os braços meio molengas até minhas costas.

— Fique comigo  — Pediu.

— Eu vou.

Suas mãos começaram a me inclinar para seu colo.

— Emmett, nós...

— Shhh... Temos tempo.

Ele terminou de me deitar. Nada fiz além de suspirar e olhar para seu rosto acima. Suas mãos deslizaram pelos meus cabelos, agora já embaraçados. Cuidadosa e pacientemente, ele começou a desfazer os nós com os dedos.

Enquanto isso, eu pensava. O que havia acontecido comigo? Meus olhos se enxeram d’água. Fui tão impulsiva. Tão estúpida… Se tivesse ignorado o punhal e usado logo o arco para atingi-lo de modo letal, o garoto do 09 teria morrido ali. Indolor, rápido, sem provocar os meus ferimentos. Mas eu deixei que as minhas emoções tomassem conta de mim.

Só sabia pensar no corpo sem vida de Judy, em sua solitária mãe diante daquela morte tão violenta… Mal me permiti pensar sobre o garoto do 09 cujo nome eu nem sabia. Não tive a lucidez de pensar que sua culpa por estar ali era como a minha e como a de Judy, zero. Não pensei sobre a família dele ou sobre seus amigos, ou sobre qualquer pessoa que o amasse…

E quando ele me atacou com aquela faca... Pensei em Kriss. Novamente, como no primeiro ataque. Todavia, era pior. Porque foi um erro idiota meu. Minha irmã mais nova assistiria sua única irmã ser destroçada como uma boneca velha e frágil, por uma arma branca.

Por culpa de um impulso ridículo. Por culpa da Capital... Que naquele momento... Me ganhou.

— Emmett, sinto muito.

— Kaylee... Tudo bem. Você me disse que isso não se repetirá, e eu acredito em você. Acredito mesmo. São os Jogos. Eles mexem comigo também. Mexem com todos nós. Precisa se acalmar, ta legal?

Seus polegares afastaram a umidade das minhas bochechas. Fiz que sim.

— Durma.

— ... Mas...

— Você esteve acordada praticamente a noite inteira. Precisa descansar mais. Confie em mim, se qualquer coisa acontecer, eu te acordo. Mas antes, me deixa cuidar desses cortes nos seus braços.

E ele o fez. Limpou os ferimentos e os envolveu com bandagens. A dor foi suportável. Por sorte eram bem superficiais, apesar de alguns cortes serem extensos e se unirem a outros. Cuidadosamente, colocou-me sob seu casaco que servia de travesseiro e me deu um beijo na testa. Exatamente como eu fizera antes.

O que seria de mim sem ele?

Enquanto procuro pelo sono, tenho pensamentos densos, envolvendo todas as coisas importantes para mim. A arena era como o purgatório, ou algo do tipo, e eu tentava manter minha alma intacta. Obviamente, me sentia um fracasso. Dali, o destino seria o inferno ou uma chance de viver de novo. Mas todos nós já tínhamos de lidar com a sentença de morte.

Imagino que estou em casa, na transição do sonho e a realidade. Estou entre os lençóis de minha cama, e não preciso abrir os olhos para saber que Kriss está lá. Sinto sua respiração muito próxima, quente e reconfortante. A garotinha de olhos azuis que está me esperando em casa. O maior motivo pelo qual sigo lutando.

Tenho evitado pensar muito nela. Mas talvez esse seja justamente o combustível necessário para continuar a me lembrar de quem eu sou sem desistir de lutar. Para continuar jogando, sem necessariamente pertencer a Capital.

Sorri em pensamento. “Eu te amo, Kriss”.  

Talvez tivesse pensado alto, mas o murmúrio fora muito baixo.

Adormeci, tranquila. Não vou morrer. Não hoje.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O próximo capítulo está tão legal, mal posso esperar pra finalizar e colocar aqui. Fica a dica de que mais uma pessoa se juntará a aliança de Emmett e Kaylee. Até a proxima! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Just Another Game - Jogos Vorazes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.