Procurando por Você escrita por vanessa_56


Capítulo 5
Capítulo 5 - O dia seguinte


Notas iniciais do capítulo

N/A:

Gente,

Eu queria muito agradecer a todos os leitores da minha humilde fic. Saber que vocês acompanham essa minha loucura é d+. Fico Tão feliz *dando pulinhos de alegria* que até me emociono *.*

Agora sim, meu presente para vocês! Espero que curtam!



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PROCURANDO POR VOCÊ

 

Capítulo V – O dia seguinte

 

P.O.V. Bella

 

Eu deveria saber que beber daquele jeito iria me trazer consequências que eu teria que enfrentar mais cedo ou mais tarde. Não que eu me arrependa do que eu tenha feito ontem, porque eu definitivamente não me arrependo – sou adulta e queria aquilo, então não há nada de errado –, mas a dor de cabeça que eu sentia agora... Não era algo que eu queria encarar, definitivamente. Eu devia ter pensado um pouco na ressaca antes de beber... Quantos copos eu bebi mesmo? Sei lá! Só sei que perdi a conta depois do quarto. Eu deveria ter imaginado que a dor de cabeça não valeria a pena, por melhor que a bebida fosse. Que isso sirva de lição, Bella!

 

Putz! Que horas eram? Abri meus olhos atrás do meu celular para ver as horas, mas imediatamente os fechei. Quem deixou a porra da cortina aberta? Uma claridade forte entrava pela janela do quarto desconhecido e me lembrei imediatamente do que havia acontecido ontem. Flashs da melhor noite que eu poderia ter tido passaram ante meus olhos e senti meu corpo reagir às lembranças. Rapidamente afastei esses pensamentos antes que começasse a ficar excitada.

 

Concentre-se, Bella! Onde você está mesmo? Ah! Sim. Eu estava num quarto de hotel onde o... o... Qual o nome mesmo? Edward! Isso! Esse era o nome dele. Num quarto de hotel onde Edward estava hospedado. Que merda! Eu já sou lenta quando acordo, mas a bebida parece ter deixado o funcionamento do meu cérebro ainda mais debilitado do que o normal.

 

E por falar nele... Edward estava com a cabeça apoiada entre o vão dos meus seios e com cara de quem não acordaria tão cedo. Ele estava uma gracinha assim. Fiquei com pena de acorda-lo; ele parecia até uma criança com os traços de seu rosto suavizados pelo sono tranquilo. Criança! Há! Ele não parecia nem um pouco com uma ontem a noite.

 

Com cuidado, levantei sua cabeça do meu peito, pondo rapidamente um travesseiro no lugar para repousar seu rosto ali sem que ele acordasse. Quando me vi livre, pude levantar da cama para procurar minha bolsa e pegar meu celular e ver as horas. Assim que o abri, ele começou a fazer barulhos indicando que haviam me ligado.

 

– Merda! – praguejei baixinho, pressionando o celular contra o corpo numa tentativa idiota de evitar que Edward acordasse com aquele barulho estridente e irritante.

 

Como eu disse antes, eu não me arrependo nem um pouco do que rolou entre nós, mas a situação é um tanto quanto estranha para mim. Não tenho prática com sexo casual para saber como se deve agir no dia seguinte. Porra! Até ontem eu era virgem! O que eu devo fazer agora? Quero dizer, eu não o conheço e ele também não me conhece, não dá para olhar um para o outro como se fossemos velhos amigos, mas também não consigo enxergá-lo como um estranho – apesar dele ser isso mesmo. Como as pessoas conseguem lidar com isso de forma tão tranquila? É tudo muito estranho!

 

Edward se mexeu na cama e eu congelei por completo, mas ele continuou dormindo – para meu alívio – e eu soltei o ar que nem havia percebido que tinha prendido. Bom, eu não estava pronta para encará-lo, então eu só via uma saída: ir embora dali o mais rápido possível.

 

Comecei a pegar do chão as minhas coisas. Viemos tão afobados para fazermos... Er. Bom, enfim, acabamos deixando nossas roupas largadas no chão do quarto como uma trilha onde o ponto final era a cama. Corei com as lembranças que invadiram minha mente e observei novamente Edward. Ele estava deitado de bruços com a cara amassada e afundada no travesseiro e um fino lençol cobrindo sua bunda. Notei que suas costas tinham linhas vermelhas marcadas. Aproximei-me da cama na ponta dos pés para olhar mais de perto e ofeguei...

 

O.o

 

As linhas vermelhas em suas costas e nos ombros também – só que estes eram mais fracos – nada mais eram que arranhões. Eu fiz aquilo?! Mordi meus lábios, me sentindo culpada. Devia estar doendo... Esqueça, Bella! Você tem que sair daqui logo!, lembrei a mim mesma.

 

Concentrei-me novamente em minhas roupas, já ficando incomodada com o fato de estar nua na presença de um estranho – eu sei, o estranho em questão transou comigo e eu tô com vergonha que ele me veja sem roupa ¬¬' Sou esquisita, assumo.

 

Peguei minhas roupas no chão, mas... Merda! Cadê a minha calcinha?! Comecei a procurar pelo quarto a maldita peça de renda preta desaparecida, mas não a achei em lugar nenhum. Inferno! Onde essa maldita foi parar?! Depois de alguns minutos acabei por desistir. Suspirei frustrada. Eu gostava daquela calcinha :/

 

Depois de um quase tombo ao desequilibrar pondo a calça, eu estava pronta para sair, mas não conseguia passar pela porta. Era estranho sair dali sem falar com ele da mesma forma que seria estranho se eu ficasse para falar com ele. Depois de meditar por uns minutos como uma doida com a mão na maçaneta, eu voltei para dentro do quarto e peguei um bloco de papel e uma caneta com o nome do hotel que estava na mesinha de cabeceira ao lado do telefone. Não sabia ao certo o que escrever. Acho que escrevi uns cinco ou seis bilhetes diferentes, mas nenhum agradou. Os recados estavam melosos demais para uma "transa casual". Acabei optando por um simples:

 

Obrigada pela noite maravilhosa

Bella.

 

Missão comprida. Fechei a porta do quarto, deixando o recado ao lado do telefone. Assim que ele acordasse o encontraria. Peguei o elevador e passei pelo saguão de cabeça baixa, envergonhada.

 

Na portaria estava chegando um casal, provavelmente para se hospedarem no hotel, considerando as malas e tal, e entrei no táxi que acabara de ficar vago. Dei o meu endereço ao taxista e recostei meu corpo no banco do carro, fechando os olhos. Imagens da loucura de ontem à noite passavam pela minha cabeça, fazendo-me sentir meu baixo ventre se contrair.

 

– Chegamos, senhorita – falou o taxista e eu notei que estava em frente ao prédio do meu apartamento. Paguei a corrida e sai do táxi.

 

Tudo o que eu mais desejava no momento era um delicioso banho de banheira. Com isso em mente passei pelo porteiro e peguei o elevador. Assim abri a porta do apartamento e entrei fui surpreendida por uma Alice desesperada.

 

– OMG! Bella! OMG! OMG!

 

– Tudo bem, Alice. Tá tudo bem – o que é que está acontecendo?

 

Fiquei quase dez minutos consolando Alice dizendo que estava tudo certo e já havia passado. Não fazia ideia do que estava acontecendo, mas a única pessoa que poderia me contar estava aos prantos e a única coisa que saia de suas bocas além de soluços eram "OMG!". Assim que as lágrimas cederam, Alice pareceu voltar ao normal.

 

– Bella! OMG! Você está bem? O que houve com você? Te fizeram alguma coisa? Já estava me preparando para receber a visita da polícia ou um pedido de resgate! Você tá machucada? Diz, Bella! Fala alguma coisa! – pus minha mão sobre sua boca e olhei séria para ela.

 

– Se você parar de falar talvez eu possa dizer alguma coisa.

 

Alice balançou a cabeça em sinal de concordância e eu recolhi minha mão ainda desconfiada de que ela fosse voltar a despejar perguntas e comentários sem sentidos. Assim que a soltei, Alice me deu abraço muito apertado, só perdendo para o abraço-esmaga-ossos de Emmet. De onde essa pequena criatura tirou tanta força?

 

– Nunca mais faça isso, ouviu?

 

– Oi? – Que parte da conversa eu perdi dessa vez?

 

– Não se faça de engraçadinha, Bella! Eu quase morri do coração! Como você se atreve a sumir desse jeito?

 

Pode voltar um pouquinho a fita que eu me perdi na história? Esse escândalo todo era porque ela não sabia onde eu estava?

 

– Desculpe, Allie. Não queria te deixar preocupada. Mas eu avisei a Any que estava saindo da boate ontem.

 

– Ela me avisou.

 

– Então, não era para você surtar desse jeito.

 

– "Não era para você surtar desse jeito"? Bella! Você sumiu a noite inteira! Porque não atendeu a droga do seu telefone? – disse Alice, já voltando a se descontrolar novamente.

 

Boa pergunta. Porque eu não ouvi o telefone tocar? Ele não estava no modo silencioso. Mesmo que na boate eu não tenha ouvido ele tocar, era para eu ter ouvido no quarto, não era? Acho que eu estava muito desligada do mundo para ouvir alguma coisa ontem – seja pela bebida ou por estar perdendo a cabeça nos braços de Edward.

 

Dei de ombros, sem querer entrar muito em detalhes com Alice e resolvi sair antes que ela começasse a fazer perguntas que eu não ia ficar nem um pouco à vontade em responder. Caminhei até meu quarto e assim que fechei a porta a ouvi gritar.

 

– Ahhhhhhh! Você dormiu fora de casa!

 

Passei as mãos pelo rosto, já imaginando o que viria a seguir. Uma Alice esbaforida entrou correndo em meu quarto, quase derrubando a porta no caminho.

 

– OMG! Você dormiu fora de casa! Você nunca fez isso antes! OMG! Você está bem?

 

– Tô ótima, Lice – disse tentando por um ponto final no assunto, mas, seu eu bem conhecia Alice, ela não pararia seu interrogatório tão cedo.

 

– Onde você passou a noite, Bella?

 

– Num hotel próximo a boate.

 

– Você tava transando, Bella?! – vai ser direta assim no inferno! Senti meu rosto pegar fogo e disfarcei o máximo que pude, virando de costas para ela e falando numa voz normal – ou o mais normal que eu pude.

 

– Você me conhece, Lice. Sabe que eu não sou assim. Eu não transei com um ano de namoro com Jacob! – desconversei.

 

– Ainda bem que não. Ele não prestava para você, Bella! Ele era um idiota que não merecia que você sequer olhasse na cara dele. Ele era repulsivo, canalha,... – e blá blá blá.

 

Suspirei aliviada ao perceber que Alice estava distraída o suficiente em ofender meu ex-namorado, que nem se deu conta que não respondi a sua pergunta. Sentei na beirada da cama tirando meus sapatos e murmurando em concordância com Alice, alimentando sua conversa ofensiva a Jacob.

 

Em um determinado momento, eu fui tirando a minha blusa enquanto caminhava para o closet a fim de pegar uma roupa nova para vestir após o banho. Com isso, fiquei de costas para Alice e esta imediatamente deu um grito estridente. Droga! Minha dor de cabeça voltou com força total depois disso. Virei para olha-la e ela berrou mais uma vez, agora ainda mais alto.

 

– Merda, Alice! Pare de gritar! - reclamei irritada.

 

– O que houve com você?! OMG! Isso aí é um chupão!

 

Hã? Olhei a direção em que Alice apontava freneticamente e vi algo que eu não gostaria de ver, algo que me incriminava e, com certeza, faria com que Alice grudasse no meu pé como chiclete gruda num sapato. Ali, bem acima do meu seio esquerdo havia uma marca muito vermelha: um chupão. Um maldito chupão. Minha pele sempre foi branquinha e sensível, tanto que qualquer coisa marcava, e o chupão que ele deu ali estava num tom de vermelho inacreditável, provavelmente ainda atingiria uma cor de roxo azulada até que pudesse desaparecer por completo. Antes que eu tivesse a oportunidade de ao menos reagir, Alice segurou meu cotovelo, e girou meu corpo, me fazendo ficar de costas para ela.

 

– OMG! OMG! OM...

 

– Para de falar OMG, Alice – interrompi. Já estava sem paciência com o vocabulário limitado dela.

 

– Você quer que eu diga o que?! Você transou ontem à noite, porra! – OBS: isso não foi uma pergunta.

 

– Não sei do que você tá falando – e se eu fingir que ela enlouqueceu de vez, será que eu me saio bem dessa?

 

– Ah, não? – perguntou ironicamente – Dá uma olhada nisso, Bella!

 

Ela me puxou até o espelho de corpo todo no meu quarto e apontou para pequenas marcas presentes abaixo da minha cintura. No início eu não entendi muito bem do que se tratava, mas aí eu percebi. Tinham dez marcas que circundavam minha cintura. Eram as marcas dos dez dedinhos do infeliz do Edward!

 

– Se você não transou, de onde vieram essas marcas? Hein, Bella?

 

Nem estava prestando atenção aos argumentos que Alice tanto gritava nos meus ouvidos para provar que eu tinha feito sexo com alguém e que ela estava certa. Minha atenção ainda estava focada nas malditas marcas que eu podia enxergar pelo meu corpo. Meu rosto ficou vermelho, mas dessa vez não de constrangimento e sim de raiva.

 

– Mas que FDP! Como eu não senti isso?! E eu ainda fiquei com pena das costas dele! Droga, olha isso! Eu tô toda marcada!

 

Estava irritada. Muito, muito irritada. Além de não escapar do interrogatório de Alice, ainda teria que tomar cuidado com que roupa fosse vestir para que não ficassem a mostra todas essas marcas. Bff! Puxei meu cabelo que estava caindo no rosto e prendi num coque frouxo, só para encontrar mais uma marca de chupão no pescoço.

 

– O canalha estava achando que ia marcar território?! – gritei furiosa.

 

Continuei xingando Edward até a décima geração e o amaldiçoando ao inferno durante alguns minutos até ser interrompida por um pigarro.

 

– O que é? – olhei irritada pelo espelho para Alice, que exibia um sorriso um tanto quanto... sacana.

 

– Ele te comeu de jeito, né?

 

– Cala a boca, Alice! – gritei com ela, mas, como ela não era culpada por me deixar nesse estado de raiva e irritação, respirei fundo e me obriguei a ficar calma – Me deixa sozinha, Lice.

 

– Nem pensar! – ela me olhou como se eu fosse louca por pedir isso – Pode me contando tudo! Quem é ele? Quando vocês se conheceram? Vocês estão namorando? Por que você não me contou que tinha conhecido ele?...

 

Ela praticamente metralhou as palavras, embolando-as de tal forma que parecia que ela estava falando um idioma completamente desconhecido.

 

– Alice, eu não prestei atenção em uma pergunta sequer – disse massageando as têmporas, sentindo minha cabeça preste a explodir.

 

– Pára tudo! – ela ergueu as mãos como se fosse um guarda de transito sinalizando para que os carros parassem – Você estava traindo o Jacob?!

 

Ela estava animada com essa possibilidade? Me recuso a responder isso. Será que ela não me conhece? Tudo bem que transar com alguém que eu nem conheço não é uma das minhas atitudes normais, mas trair? Por mais que aquele canalha merecesse isso depois do que ele me fez, eu não me imaginava traindo assim alguém.

 

– Por que você não me contou sobre ele? Eu achei que fosse sua amiga! – não acredito que ela tá fazendo cara de choro. Eu não mereço isso agora.

 

– Eu não traí o Jacob. E não te contei nada porque eu não o conhecia até ontem.

 

– Espera! Deixa eu ver se eu entendi – ela me olhava nos olhos com uma postura séria demais para ela – Você fez sexo selvagem com alguém que você só conheceu ontem?! – assenti com a cabeça – CA-CE-TE!!!

 

Suspirei pesadamente. É, agora tô ferrada!

 


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Notas finais do capítulo

N/A:

Diga para mim o que vocês acharam e deixem essa autora louca-varrida de cabelo em pé com muitos reviews.

(Nota para os leitores que não marcam presença: reviews são rápidos e não vão fazer os seus dedos cairem Sem falar que incentivam e muito o autor. Pensem nisso, valeu? Acho que digo por todos aqueles que postam nesse ou em qualquer outro site)

Bjinhos e até a próxima XD



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