Procurando por Você escrita por vanessa_56


Capítulo 6
Capítulo 6 - Volta ao lar


Notas iniciais do capítulo

N/A:

Gente,

He-he. Autora mais cara-de-pau da face da terra dando a cara a tapas. Foi mal (N/L: Não, foi péssimo!). Eu sei, eu sei. Fiquei muito tempo sem postar e não há perdão para isso :/

Fico muito triste em dizer que minha demora foi ocasionada por um bloqueio criativo para essa fic – sim, caras leitoras, essa fic, pois criei outras duas que em breve postarei aqui e que estão às mil maravilhas. Não posso dizer mais muita coisa além das minhas mais sinceras desculpas.

Sei que a demora desapontou alguns e me sinto frustada. E esse capítulo ainda nem compensou a demora *bufei irritada*.

Agora sim, o capítulo tão esperado *ironia pesada*.



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PROCURANDO POR VOCÊ

 

Capítulo VI – Volta ao lar

 

P.O.V. Edward

 

Não há nada como a sensação prazerosa de volta ao lar. Por mais clichê que isso possa parecer ao ser dito, não é nada mais que a verdade. Simples e pura. Londres é uma cidade linda, rica em cultura e rodeada de histórias por todos os lados, porém nunca foi meu lugar de verdade. Mesmo tendo me abrigado por quase oito anos, essa cidade encantadora jamais me faria sentir pleno como me sinto em Seattle.

 

A questão é: porque Seattle quando poderia comparar Londres com milhares de outros lugares mil vezes mais atrativos no mundo? Simples. Foi lá que eu cresci e é lá que vive minha família. E, um detalhe importante a ser pontuado, é para lá que esse avião está indo agora.

 

Talvez essa sensação de incompatibilidade que sinto tenha relação com a ausência de minha família, que mora do outro lado do mundo, a um oceano de distância de mim, mas não há como negar a realidade dos fatos: Londres não é meu lugar, nem nunca será.

 

No começo eu estava mais que empolgado com a possibilidade de morar fora do país, curtir minha recém-conquistada independência, coisas de jovem que acha demais morar longe dos pais. Tudo era uma festa, porém aquela euforia foi passando até sumir por completo com o passar dos anos. É lógico que não perdi contato com meus familiares. Todos os anos eles vinham me visitar no Natal e ano novo ou eu iria até eles. Telefones, e-mails e cartas também me mantiveram conectado com as pessoas mais importantes de minha vida, mas não era a mesma coisa. Se há uma coisa eu aprendi com isso é que a distância deixa um gosto amargo em nossas bocas e só desaparece no dia em que a saudade é, enfim, quebrada. E é exatamente isso que vou fazer.

 

Tenho certeza que meus pais vão adorar a "visita" que irei lhes fazer. Estive planejando tudo isso há algum tempo e quando percebi o que realmente queria, não pensei duas vezes. Em pouco mais de uma semana agendei minha volta para os EUA, vendendo meu pequeno, mas confortável, apartamento, me despedindo do emprego em que trabalhava quando fiz minha residência... Enfim, todos os preparativos foram realizados para meu regresso. A única coisa que faltava era avisar à minha família.

 

Fiquei pensando em como contaria isso por telefone, ou carta que estaria enfim voltando e achei estranho. Eu tinha convicção de que minha mãe ficaria radiante, pois, apesar de se orgulhar muito de seu filho, nunca escondeu em seus telefonemas a saudade que sentia – podia ouvi-la com a voz chorosa cada vez que conversávamos. Então, por que não fazer uma surpresa?

 

Com o pensamento focado na alegria que minha família sentiria, olhei pela minúscula janela do avião a cidade de Londres. Lembrando-me de tudo o que passei aqui... Não posso afirmar que adorei minha estadia, mas passei tempo suficiente para saber que sentiria saudade desse lugar mágico.

 

Minha vida mudou muito desde que mudara para essa cidade encantadora. Assim que completei o ensino médio, consegui uma vaga para realizar a faculdade de medicina em Londres, na universidade de Oxford. Nem preciso dizer que isso foi perfeito. Era uma oportunidade única. Eu não deixaria essa chance escapar por entre meus dedos tão facilmente.

 

Foram necessárias apenas poucas semanas para que eu arrumasse minhas coisas e estivesse acomodado no campus da universidade. Os primeiros dias de aula, apesar de já ser bem puxado, foram muito bem aproveitados com festas descoladas, bebidas alcoólicas em excesso, músicas ensurdecedoras e, claro, muitas mulheres deslumbrantes.

 

Apesar da forte fiscalização da instituição para evitar comportamentos inadequados dos alunos, sempre conseguíamos uma "rota de fuga", indo a festas fora da cidade para relaxarmos do estresse do campus.

 

Os anos foram se passando assim. É claro que depois do primeiro ano, eu passei a me focar apenas nos meus estudos, já que estava ficando cada vez mais complexo as matérias que eu deveria acompanhar. As festas e bares de sábado à noite foram aos poucos sendo trocadas por livros pegados na biblioteca e trabalhos e relatórios a serem entregues na semana seguinte.

 

Mesmo sendo muito difícil acompanhar o ritmo ditado pelos professores, nunca fiquei com uma nota baixa. E o esforço valera a pena. De mim, os mentores tinham apenas elogios e recomendações a passarem e, quando comecei minha residência no hospital St. Marie, eles ficaram mais que felizes de dizer que foram meus professores. A pouca idade nunca evitou que bons profissionais se destacassem em suas carreiras desde que tivessem sua oportunidade. E foi exatamente isso que aconteceu comigo.

 

Passei um pouco mais de um ano trabalhando como cardiologista – mesma profissão que meu pai escolhera para seguir – no hospital. Com essa adição ao meu currículo, não foi muito difícil conseguir a vaga em um dos grandes hospitais de Seattle. E agora, apenas poucas horas me separavam do meu verdadeiro lar.

 

[...]

 

Acordei com a voz de uma das aeromoças pedindo para que puséssemos nossas poltronas na vertical e apertássemos os cintos para a aterrissagem. Minhas costas estavam doendo e meu pescoço sofreu vários danos, mas isso não diminuiu minha empolgação inicial. Foi um vôo relativamente tranqüilo, apenas um pouco de turbulência no final da viagem devido à tempestade próxima a cidade.

 

Olhei para a pequena janela ao meu lado e reconheci a cidade imersa em luzes e iluminada por uma lua imponente. Um sorriso se espalhou por meu rosto ao constatar que estava de volta.

 

Logo após pegar minhas malas, chamei um táxi para me levar direto para o hotel que tinha feito reserva de um quarto há dias atrás. Eu poderia ir direto para a casa dos meus pais, mas decidi que o melhor seria encontrar todos reunidos e, como minha mãe jamais abandonara o hábito de juntar toda a família para um almoço no domingo à tarde, eu esperaria até lá no hotel.

 

[...]

 

– Chegamos, senhor – o taxista me informou e pude ver que estávamos estacionado em frente ao hotel.

 

Paguei-lhe pela corrida e ele saiu do automóvel para me ajudar a tirar a bagagem do porta-malas. Rapidamente, um dos funcionários apareceu com um carinho para bagagens e o carregou com meus pertences. Agradeci ao taxista dizendo-lhe que ficasse com o troco.

 

Segui meu caminho até a recepção do hotel, sendo seguido de perto pelo funcionário com minhas malas a espera de informações para que andar leva-las.

 

– Boa noite – disse, chamando a atenção da recepcionista que conversava distraidamente ao telefone.

 

– Bo-boa noite, senhor – ela respondeu, sem graça, pigarreando para fazer sua voz voltar ao normal.

 

– Cullen. Edward Cullen. Eu fiz reserva.

 

– Claro. Só um momento, senhor Cullen.

 

Ela sorriu, mostrando todos os dentes de sua boca, falando num tom baixo, provavelmente tentando ser sensual. Rolei os olhos mentalmente. Odiava quando isso acontecia. Era ótimo para meu ego, mas às vezes eu perdia a paciência com mulheres oferecidas assim. Poupa o tempo na conquista, certo, mas transmite desespero por um homem na maioria das vezes ao invés de poder e superioridade – o principal objetivo delas.

 

Esperei pacientemente, recostado no balcão assistindo a mulher morena de olhos verdes se mexer na cadeira, passando sua mão "distraidamente" pelo pequeno decote de seu uniforme. Reprimi a vontade de bufar diante da insinuação e olhei ao redor.

 

O ambiente era bem arrumado. Tons neutros misturando-se ao vermelho e vinho, tornando o ambiente mais caloroso e aconchegante. Poltronas de couro preto estavam organizadas em pequenos grupos onde alguns hóspedes se sentavam e conversavam de forma entrosada. O restaurante do hotel ficava um pouco além da recepção, do lado oposto ao grupo de elevadores. As paredes escuras de vidro que separavam a área revelavam um local repleto de mesas lotadas de pessoas.

 

No instante que meus olhos passaram pelas portas o restaurante, visualizei um casal que saiam abraçados de forma bem íntima. A mulher era um espetáculo, uma morena de cabelos bem escuros, quase negros, e um corpo muito... avantajado. O homem que agarrava sua cintura e sussurrava palavras em seu ouvido que a faziam sorrir maliciosamente era vagamente familiar. Quando passaram perto de mim e seu rosto tornou-se mais nítido, rapidamente reconheci a figura.

 

– James! – chamei por ele, acenando minimamente.

 

Ele olhou na direção que ouviu seu nome e me encarou. Por um momento seu rosto estava confuso e, no segundo seguinte, a compreensão se fez presente.

 

– Edward? – questionou, aproximando-se e estendendo as mãos para um cumprimento.

 

– Você não mudou nada! Como vão as coisas, cara? – apertei sua mão enquanto observava seus olhos azuis e cabelos loiros. Quase oito anos e ele continua com os mesmos traços fortes e o sorriso sacana que conquistava o sexo oposto.

 

Embora não fossemos muito próximos no colegial, onde o conheci, fomos a várias festas juntos já que ele também fazia parte do time de beisebol da escola. Passávamos a noite azarando as garotas, zoando os nerds e enchendo a cara a ponto de acordamos o dia seguinte sem lembrar de muita coisa.

 

– Eu vou bem, e você? Você sumiu, parceiro.

 

– Estava estudando fora do país – simplifiquei, sem querer entrar em detalhes da minha vida. Como já disse, não éramos melhores amigos, apenas um cara que curtia festas comigo.

 

– Tá de volta a cidade, então? – ele perguntou e eu assenti com a cabeça. – Que ótimo, cara. Se liga, eu to meio ocupado agora – ele lançou olhares sugestivos para a morena ao seu lado, que olhava para mim como se quisesse me despir ali mesmo –, então depois nós conversamos, valeu? – me entregou um cartão com seu telefone para entrar em contato com ele.

 

– Claro, curta a noite – dei um sorriso malicioso para eles, guardando o cartão no bolso da calça.

 

– Ah, e eu vou! – afirmou rindo, enquanto a beldade em seus braços acariciava seu peito.

 

Ele não mudou mesmo, pensei enquanto o observava se afastar. Mundo pequeno esse. Eu jamais imaginaria reencontrar ele.

 

– Senhor Cullen – a recepcionista chamou minha atenção, pronunciando meu nome de forma exageradamente rouca – O cartão do seu quarto. Número 806.

 

– Obrigada – disse e lhe dei um sorriso torto, ouvindo-a suspirar baixinho.

 

Sem mais palavras, virei as costas e caminhei em direção ao grupo de elevadores. Apertei o botão e esperei até que algum aparecesse. O funcionário que carregava minhas malas logo me acompanhou e, assim que o elevador apareceu, eu entrei com ele ao meu encalço.

 

Apertei o botão para o oitavo andar e aguardei. Uma daquelas musiquinhas que todos acreditam ser relaxantes, mas que eram extremamente irritante, tocava no elevador espaçoso, quebrando o silêncio do ambiente.

 

As portas se abriram e eu sai olhando para os dois lados a procura do meu quarto. Segundo a numeração do largo corredor, meu quarto era à esquerda, um pouco mais à frente. Passei o cartão magnético pela porta e girei a maçaneta, empurrando a porta e adentrando no cômodo.

 

Esse não era muito diferente da maioria dos quartos de hotel. Confortável, mas sem uma sensação de lar. Era sempre muito impessoal. As colchas em tons neutros e gélidos cobriam a cama de madeira simples e escura, a mobília também simples e sem nenhuma característica distinta combinando com a decoração do quarto. Poucos quadros sem vida espalhados pelas três paredes enquanto a quarta era ocupada por uma janela imensa, coberta pela cortina bege. Abajures colocados estrategicamente em mesas de cabeceira e um frigobar em um canto do quarto com algumas opções de bebidas.

 

Suspirei longamente, já contando os dias para sair dali e comprar meu apartamento, e dei espaço para que o funcionário entrasse e largasse as malas em algum canto do quarto. Fui até a porta na parede esquerda do quarto e abri. O banheiro era de um branco brilhante e bem amplo, com uma banheira espaçosa me convidando.

 

Assim que o funcionário do hotel realizou sua tarefa, abri minha carteira e dei-lhe uma gorjeta. Apertei sua mão e ele rapidamente saiu do quarto, sem dizer uma única palavra, fechando a porta atrás de si ao atravessa-la.

 

Nem me dei ao trabalho de desfazer minhas malas. Sabia que ficaria ali pouco tempo. Caminhei até a janela e abri as cortinas em um único movimento. A cidade de Seattle estendeu-se diante de meus olhos maravilhados e um sorriso surgiu em meu rosto.

 

– É bom estar de volta.

 


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Notas finais do capítulo

N/A:

Ainda não me perdoo pela demora para postar esse capítulo. E nem ficou muito bom *suspiro de derrota* Eu tentei realizar o pedido de algumas leitoras que desejavam ver a história por outra perspectiva e acho que acabei de desapontá-las. Mil desculpas.

Sobre o próximo capítulo: também será outro POV do Edward e trabalharei dia e noite para posta-lo semana que vem. E meu leitores queridos, se vocês puderem não guardar mágoa de mim, serei eternamente grata.

OBS.: Sobre as outras fics que eu citei anteriormente, em breve estarei postando nesse site. Eu estou lutando para terminar uma one-shot beeem grandinha e arrumando as ideias para outra long fic xD. Estou bastante empolgada com esses projetos.

Ahh! Não tenho o direito de pedir, mas se puderem deixar reviews (nem que seja para me dar um sacode e dizer que estão desapontados...) Qualquer coisa para saber que vocês ainda estão aí tá valendo.

Bjss amores e sinto muito :/

Até-até.



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