Rediscovering a Dream escrita por Loren


Capítulo 10
Capítulo Nove


Notas iniciais do capítulo

Notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662395/chapter/10

 

Lúcia tomou o café da manhã no quarto.

Acordou de uma maneira estranha, muito difícil de explicar mas que ocorre vez ou outra com as pessoas. Lúcia não teve pesadelos ou sonhos, ou até mesmo dormira mal. Na verdade dormira muito bem. Sua mente apenas lhe envolveu em um manto negro e esta foi a visão do seu sono a noite inteira. Até chegou a acordar mais tarde do que o comum, de tão pesado que foi seu sono. No momento que a luz do sol já não a permitia mais dormir, sentou-se na beira da cama, esticando-se. Tinha aquela sensação de quando o sono lhe suprira toda a falta de energia. Não estava cansada demais ou enérgica demais. Estava apenas bem.

Foi em direção a pequena mesa redonda, onde haviam algumas frutas e pegou uma das maçãs. Mordeu um pedaço, perguntando-se porque se sentira tão cansada ontem. Estava ainda tão sonolenta que mal se lembrava dos acontecimentos do dia anterior. Levou um par de segundos para que se recordasse de tudo e tivesse a sensação de seu estômago afundar outra vez. Engoliu a maçã, sentindo que em seguida seria capaz de mandá-la para fora. Por um momento apenas fitou a fruta vermelha em suas mãos e olhou ao redor, para o bem decorado e belo camarote do rei.

O que faria? Três minutos para decidir. Nada. Não faria nada. Pelo menos não de primeira. O assunto era de Irina e ela havia ido para com ela a pedir conselhos. Ela lhe deu um. Somente lhe restava esperar que a loira se decidisse e viesse lhe falar. Seria feita uma escolha e tudo ficaria bem, assim dando espaço para que todos focassem na missão de Nárnia, o qual era o maior objetivo de todos. Porém por que se sentia ansiosa e receosa da resposta?

 

 

 

Continuou a vestir calças e blusa, mas desta vez estavam limpas e sem rasgos.

O céu limpo animou seu humor. Lúcia sorriu ao aproximar-se da borda e admirar as águas brilharem com o reflexo do sol. Os marujos continuavam a fazer seus deveres, apesar de tudo parecer calmo. Nem mesmo falavam alto, apenas conversavam em um tom muito moderado para marujos. Lúcia não reclamou. Até onde sabia, seguiriam Leste, à procura dos Sete Fidalgos. Não sabia quantos dias levariam até acharem outra ilha, mas o clima parecia estar à ajudar. O calor seria terrível demais se não fosse pela suave brisa a acariciar as diversas peles.

Parecia que o dia seria tranquilo. Até mesmo os marujos conversavam em um tom pacífico demais, o que era incomum. Não sussurravam ou murmuravam, mas não gritavam. Apenas conversavam. Lúcia inspirou o maresia para dentro de seus pulmões e expirou, agradecida com o a calmaria que a rodeava. Seria um dia tranquilo, não?

—Lúcia!- mas seria pedir demais.

Virou-se, sorrindo suavemente para o irmão.

—Oi Ed.

—Onde estava? Não se levantou cedo.

Ela deu de ombros.

—Estava cansada de ontem.

—Sim. A batalha nas ilhas foi bastante cansativa.

Ilhas Solitárias. Claro. O que mais seria?

—Bem, aqui estou. O que queria conversar?

—Sobre Irina. Eu... preciso de seu conselho, Lú.- ela acenou com a cabeça.

Estava um pouco feliz por ver o irmão buscando a si para conselhos. Obviamente, só fora até ela porque a mais velha não estava presente. Susana era a psicóloga amorosa da família. Era ela que todos buscavam por soluções e questões sociais e do interior. Talvez ela fosse a única opção para o irmão ali, mas não se ateve muito a esse pensamento. Pois lembrar que já sabia o que seria o assunto, lhe tomou a mente com preocupação: deveria dizer ao irmão que sabia e poupá-lo ou deixá-lo falar? Suspirou e virou-se, apoiando os cotovelos na borda e esperando o irmão tomar à frente.

Edmundo imitou o ato da ruiva e fitou a linha do horizonte enquanto falava.

—Se alguém que tu tivesse muito apreço e muito carinho... Chegasse com a notícia que havia lhe... traído, de uma maneira que tu nem sabe como foi, mas o fez. Tu deixaria a pessoa se explicar?- perguntou, sem muitos detalhes, mas direto ao ponto.

Se Lúcia não estivesse enteirada dos detalhes, talvez não ajudasse muito o moreno. Ou talvez ficaria curiosa e só explicaria até que soubesse de tudo. Como já tinha parte de algumas informações, olhou para o irmão e sentiu um pouco de tristeza por ele. O mesmo tinha os olhos fios ao longe, o maxilar travado e os ombros tensos. Além das sobrancelhas juntas e enrugadas, demonstrando o nervosismo que passava.

Edmundo não era de expressar seus sentimentos em voz alta. Tampouco se diria que o fazia em ações. O Pevensie mais novo, se tivesse opção, preferia não expressar de maneira alguma. Poderia se saber se estava feliz ou triste, bravo ou animado, pelas expressões faciais, coisa natural a se fazer. No entanto, verbalizar cada caractere que sentia, não era seu hábito. Nem por isso sentia menos. Só Lúcia sabia como o irmão sofrera no último ano. Só Lúcia sabia como o rapaz tivera trabalho em voltar à normalidade das aulas, do dia a dia e de voltar a ser mais um plebeu no mundo deles. Só Lúcia sabia como ele tentara esconder os olhos vermelhos, resultados de noites chorosas. Só Lúcia sabia como ele havia se encrencado mais de uma vez no colégio por desenhar nas aulas um leão e uma loira.

Respirou fundo, sentindo-se de repente tão cansada.

—Não sei... Acho que depende da importância da pessoa na sua vida.- ele voltou-se para ela, com uma das sobrancelhas arqueadas.- Se essa pessoa saísse da sua vida, faria muita diferença? Tu sentiria muito sua falta?

—Sim.- respondeu, sorrindo de canto.- Infelizmente sim.

—Então tem sua resposta.- disse, dando o assunto por encerrado.

A ruiva girou os calcanhares e já mirava seu ponto, a proa, para afastar-se de toda aquela nuvem que parecia engolir-lhe e levar seu bom humor. Por mais que quisesse ajudar o irmão e a loira, toda aquela energia confusa parecia lhe sugar as suas forças e por um momento, ela só quis pular do barco e nadar para longe. Para Nárnia. Para Aslam.

Ó meu bom leão, em que estou metida?

—Lúcia, espera... Não é assim tão simples.

—O que não é simples, Edmundo?- grunhiu a ruiva para o moreno ao encará-lo.

O antigo rei levou um susto com a vermelhidão com o rosto da irmã.

—O que não é simples? Tu escutar Irina? Tu tentar conversar com Irina? Estes dias mesmo disseste que estavam aos beijos! Pelo amor do bom leão! Tu chorou por dois meses e meio a Alifalta dela! Escreviste poemas sobre o imenso “buraco negro que habita no peito” e em como “a falta da voz dos anjos obscurece a mais brilhante estrela”. Pelo amor do bom leão, deixe ela falar.- ela pediu em um suspiro.

Ele a fitou. Sem raiva ou sem mágoa. Apenas preocupação e um leve ar de curioso.

—Lúcia... tu está bem?

A ruiva baixou o olhar e fitou as pontas sujas das botas. Ela estava bem, há apenas alguns minutos atrás. O que era aquilo? O que era esse sentimento que lhe contorcia o peito e lhe retirava o controle e bom senso? Por que a grosseria com o irmão? Queria que ele e Irina se resolvessem, não? Queria que ficassem de bem novamente. Porque era o certo, não? Não havia nenhuma relação entre todo conselho que dava, era sempre pensado em um par de olhos negros, certo? Lúcia jamais havia se sentido tão perdida em si e tão sem controle sobre seus sentimentos. Isso, ela herdara da irmã mais velha e de seu reinado: sabia controlar o que sentia e pensava, consciente de qual devia ser o próximo passo. Em certas ocasiões, quando o senso se justiça em si gritava mais alto, ela não se reprimia de maneira alguma. Ali era uma situação curiosa: ela não conseguia se controlar, mesmo querendo e tentando.

O barulho de metal se chocando a vez levantar o rosto para o lado e deparou-se com a surpreendente imagem de seu primo, Eustáquio, e um dos soldados mais corajosos, Ripchip, duelando. Teria rido, um pouco divertida um pouco nervosa, se já não tivesse um duelo interior mais preocupante.

—Lúcia.- olhou para o moreno, que parecia cada vez mais preocupado.- O que houve?

Ela balançou a cabeça.

—Estou bem.- murmurou, mais baixo do que pretendia.- Não perca tempo, Edmundo.- ele semicerrou os olhos, confuso com a volta do primeiro assunto repentina.- Tu já esperaste muito tempo para que pudesse escrever poemas menos melancólicos. Ela também te esperou.- ele apertou os lábios, pronto a discordar, mas a ruiva não o deixou falar.- Eu sei que está com raiva, mas não deixe que isso te impeça de ao menos tentar do que era seu principal objetivo. Não espere perder, para saber o que tinha.- disse a última frase um pouco mais baixo, porém ele pôde ouvir. E pôde notar o olhar tristonho.- Se realmente não conseguir encarar essa... dor, ao menos tu terá tentado.

—Lúcia, mas do que tu está...

O grito agudo que cortou suas conversas, levando Edmundo a pôr a mão no cabo da espada e Lúcia em posição de defesa. Pela imagem à frente, Eustáquio havia caído. Nenhuma novidade até então, a não ser pela pequena mão que saíra do cesto que o primo derrubara. Uma menina, não mais do que doze anos, saíra de seu esconderijo e se pôs de pé, com a cabeça baixa mas os olhos correrem ao seu redor.

—Gael?- um dos marinheiros aproximou-se, um senhor de trinta e poucos anos, com os negros cabelos cacheados e os mesmos olhos avelã da menina.- Como veio parar aqui?

A menina não respondeu e esperou que o pai começasse com algum sermão. Entretanto o mesmo apenas a abraçou de lado e olhou para os superiores. Caspian o reconheceu como um dos voluntários a buscar pela névoa verde. Até onde sabia, sua mulher havia sido uma das oferendas para manter a névoa verde afastada das Ilhas Solitárias. Caspian olhou para seu capitão e sorriu, acenando com a cabeça e retirando-se em seguida. Drinian pegou uma das laranjas jazidas no chão (motivo do estúpido e curto duelo) e aproximou-se do pai e filha.

—Parece que temos mais uma tripulante a bordo.- disse, dando as boas vindas e estendendo a fruta.

A ruiva já se afastava do seu posto quando seu irmão a pegou pelo braço.

—Não terminamos!

—Eu terminei.- respondeu, fitando-o ferozmente e correndo para receber a assustada menina em seu novo hábitat.

 

 

 

Edmundo bufou, todavia insatisfeito. Os conselhos que até então tivera lhe levavam a uma decisão: dar a chance para a loira falar. Ainda sentia sua mente rejeitar aquela ideia. Logicamente não deveria fazê-lo. Sua mente lhe dizia que confiança era coisa de uma única vez e nada mais. Porém quando olhou para os céus, pedindo um conselho maior, percebeu o quão injusto estava sendo e envergonhou-se disso. Seu título era o Justo e naquele momento não o estava respeitando. Confiança uma única vez... Se eu pensar assim, não era nem mesmo para estar aqui, pensou, recordando de um dos seus erros do passado, se não o maior deles.

Lúcia estava certa. A raiva o estava cegando e até mesmo o impedindo de honrar a marca que lhe havia sido dada. De repente sentiu-se leve. A dor e frustração não haviam desaparecido, mas algo mais despertou em si ou talvez estes mesmos amenizaram sua força. Respirou fundo de olhos fechados, inalando o cheiro de sal e madeira, parecendo limpar seu interior. Deixaria que a loira falasse. Deixaria que ela viesse e explicasse o que quer que fosse. Como a ruiva havia dito, ao menos teria tentado.

Antes de juntar-se ao atual rei, o qual havia pedido por sua presença ao lado do timão, perguntou-se porque a irmã comportou-se de uma maneira incomum. A irmã não era do tipo que falava por entrelinhas, mas quando o fazia sempre tinha um bom motivo.

 

 

 

Irina observou os irmãos discutirem.

Escondida em uma das sombras, acerca da entrada para os camarotes, a loira escutou em silêncio toda a conversa dos Pevensies. Durante esse tempo, seu corpo foi de batidas aceleradas no peito até a pressão baixar. Após o fim ridículo do Pevensie de segunda mão, vulgo Eustáquio, e cada um seguir seu caminho, Irina retirou-se do escuro. A ruiva afastava-se em direção ao seu camarote emprestado, levando a menina em seu encalço, enquanto Edmundo subiu as escadas ao lado para discutir a trajetória do barco. Após alguns passos, virou-se e ergueu o olhar, encontrando os dois reis discutindo em tons comportados.

Caspian segurava o timão e apontava para além da proa. Tinha a expressão suave. Quando estava ao mar era assim: sua mente focava no infinito horizonte e nada mais. Era delicado, quase infantil o amor que aquele homem nutria pela navegação. Ali, era apenas ele e as águas. Encontrava paz e prazer. Poucas vezes ele saiu a velejar. Suas obrigações não permitiam, porém todas as vezes que necessitava sair do reino, caso pudesse optar pelas rotas marítimas, o fazia. Era um homem bom. Era dedicado e apaixonado pelo que fazia. Agradecia todos os dias ao bom leão pela vida que tinha. Até mesmo nos piores momentos, ela o viu fechar os olhos e agradecer pelo dia. Era otimista, responsável e benévolo. Era um bom homem. Era um bom rei.

Desviou o olhar para o rapaz. Prendeu a respiração por um segundo. Querendo ou não, essa reação seria repetida toda vez que o visse. Não que o telmarino próximo ao moreno não fosse bonito. De maneira alguma. Caspian arrancava suspiros de todas as moças que a loira já vira, desde narnianas a calormanas. O cabelo longo lhe dava charme e a barba lhe fazia parecer mais velho do que era. Os olhos negros eram igualmente atraentes, fazendo com que qualquer mulher quisesse se perder na profunda doçura que tal escuridão emanava. Mas Edmundo...

Edmundo tinha os cabelos negros igualmente porém curtos, bagunçados e lhe lembrando asas de um corvo selvagem. Edmundo tinha a pele branca, com aquelas poucas e claras sardas nas maçãs do rosto. A boca era rosada, uma fina e curta linha em meio a palidez. O maxilar quadrado e os ombros retos e fortes eram apenas mais uma das poucas vantagens, no entanto eram os olhos. Os olhos castanhos. Não eram avelã, não eram chocolate, não eram madeira. Eram castanhos. Os penetrantes olhos castanhos. Os olhos que na primeira vez que viu, soube o que era estar perdida dentro de si. Edmundo era charmoso, no jeito misterioso de ser. Era belo, era justo e era valente.

Percebeu que poderia sentar-se e desfiar sobre inúmeras qualidades ou detalhes que apreciava no antigo rei. Deixou um suspiro escapar e voltou para um dos lados do barco, antes que percebessem seu olhar fixo. Fechou os olhos e levou a mão para o meio das sobrancelhas, dando um leve beliscão.

—A senhorita devia relaxar.- abriu os olhos em um supetão e espantou-se com a presença do capitão.

—Drinian. Está tudo bem?

—Creio que seria eu a fazer tal pergunta, senhorita.

—O que quer dizer?- ele arqueou uma sobrancelha.- Se refere a minha mãe?- o capitão prendeu a respiração com a menção.- Larguei o luto. Estou bem.

—Não me refiria a isso, vossa graça.- respondeu, apontando discretamente com a cabeça um ponto atrás da loira.

Ela apertou os lábios, não se atrevando a virar-se e com o pressentimento de haver mais ali do que o capitão demonstrava saber.

—O que sabe?- indagou, sendo direta.

—Não muito.

Ele disse algo?- o capitão negou.

—Sua majestade é muito honroso para tal ato. Ele não a colocaria em uma posição como esta.

—Como...

—Olhares, vossa graça. Digo... tantas coisas ocorreram na época, que devo dizer que não se preocupe, pois não creio que alguém suspeite. Mas olhares podem ser delatadores.

Ela voltou-se ao mar e o capitão a acompanhou.

—Eu não sei o que fazer. Estou confusa.- admitiu.- Tudo parece um grande... drama desses que li na biblioteca de Cair Paravel. E no entanto não posso sair correndo disso. Há gente esperando por uma... resposta.- o homem assentiu, sem dizer nada.- Eu... não sei. Eu não acho que posso continuar com isso...

—Devo discordar.- ela o fitou desconcertada.- Existem heróis que possuem as características que tanto conhecemos.- falou, dando de ombros.- Coragem, força, confiança. As clássicas qualidades. A senhorita não tem nenhuma delas.- ela arregalou os olhos, um pouco surpresa com os dizeres. Não pelo o que foram, mas sim por terem sido do capitão.- Nem por isso deixa de ser especial.- ela arqueou as sobrancelhas, um pouco incrédula.

—Bem, ouvi uma conversa parecida estes dias. Não é necessário que termine.- ela pediu, mais como uma ordem, pois não se sentia com o humor de ser lembrada de seu nível.

—Não esperava que ficasse feliz com isso, vossa graça. Mas nem por isso a senhorita deixa de ter algo.- ela o mirou, um pouco confusa, um pouco curiosa.- Resiliência. A senhorita a tem. E apesar de não parecer grandioso, é uma qualidade que deve ser apreciada.

—Do que o senhor está falando?

—Resiliência. Resistência. Capacidade de aguentar más situações. Poucos são os capazes de manter a sanidade em momentos delicados ou difíceis. Ou paciência. Inúmeros heróis tem suas histórias com fins trágicos porque não tiveram um pouco de paciência. Porque, aparentemente, um herói deve ser tão forte quanto seus músculos.- ela fitou as mãos, com as bochechas enrusbecidas pela vergonha.

—Não é verdade. Eu falhei.

—Sua participação na batalha contra Calormânia diz outra coisa. A senhorita pode ter errado em certo ponto. Mas não somos perfeitos. Somos humanos.- ele lhe sorriu condenscendente sobre o julgamento próprio da loira.- Infelizmente ou não, temos sentimentos. Não se culpe por isso. Mas se culpe se não tentar ao menos reparar o erro.

Ela parou um momento e pensou nas palavras do capitão. Em seguida, sorriu de canto, um pouco divertida.

—Então... quer dizer que sou uma heroína?- perguntou, sem querer ser convencida. Apenas achou divertido. Drinian riu na garganta, pensando o mesmo.

—Não. Eles são.- respondeu e apontou para os reis.- Os Grandes Reis e Rainhas, igualmente. Heróis de Nárnia. Mas em cada vida, em cada particular e singular vida, só existe um herói: nós mesmos.- tocou o ombro da loira, apertando de leve.- Seja qual for a situação, não desista. Não apresse o tempo, mas não o procrastine. Haverá seu momento.

Ao se retirar, Irina indagou-se quanto tempo mais levaria.

—Terra à vista!

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá! Eu gostaria mais uma vez os comentários que recebi. Sendo poucos ou simples, sim ou não, eu apenas quero agradecer-lhes de todo coração. Todos são lindos e especiais! Muito obrigada!
De qualquer forma, só queria notificá-las que estou voltando a escrever como nunca e pretendo finalizar esta fic, sem grandes intervalos. No entanto, como ainda não tenho um ritmo veloz, pretendo postar um capítulo por semana. Tentarei postar todos os Sábados. Não sei se lhes parece muito tempo, mas não quero que seja qualquer coisa para vocês, leitoras. :)
Desculpe incomodá-las, mas queria deixá-las saber. Me pareceu justo. E Edmundo concorda. :)
Sobre o capítulo, eu espero que tenham gostado. Entendo que ainda está muito análise de "eu interior" dos personagens e pouca ação. Estou trabalhando nisso. De qualquer forma, espero que o capítulo as tenhas agradado! Se não, me deixem saber! :)
Qualquer erro gramatical, de concordância ou contexto, por favor, avisar.
Beijos e abraços apertados da Loren.