Naruto estava apenas com uma jaqueta aberta, seu peito estava enrolado a curativo, em sua mão um Rasengan e no rosto um sorriso maroto. Kazuhiko estava morrendo de ódio, seus dentes cerrados e apertava tanto o punho de sua Katana que até tremia.
Kazuhiko avançou contra Naruto, meu coração estava muito apertado, eu queria poder confia no loiro, mas a imagem dele no chão me angustiava, Naruto desviou da lâmina e rapidamente seus olhos mudaram de cor, havia entrado no modo Sennin, um clone seu tentou acertar Kazuhiko mas ele o derrotou com sua espada.
Aquele homem sombrio virou para o Naruto que já estava com mais dois clones, que ficavam sem embaralhando entre si e até mesmo eu não saberia dizer quem era o original, Kazuhiko assumiu uma expressão confusa e por fim sorriu me assustando, ele jogou sua Katana além dos três Narutos , e puxou sua espada de vez trazendo outro Uzumaki muito assutado, de repente os três clones explodiram e Kazuhiko sorriu satisfeito.
Meus olhos começaram a ficar marejados pelas lágrimas que escorriam, eu esperava no fundo de meu coração ver aquele Naruto que estava com uma lâmina atravessada em seu peito explodir e um verdadeiro aparecesse de meio dos arbustos dizendo que estava tudo bem.

– Você achou que um truque barato desses iria funcionar comigo? - Perguntou Kazuhiko a Naruto que parecia paralisado e não respondeu nada, Kazuhiko chutou seu rosto fazendo cair no chão sem reações assim como meu pesadelo, eu virei o rosto tentando conter as lágrimas. As cordas afrouxaram de meu corpo, e Kazuhiko que tinha um pé em cima das costas de Naruto começo a se afastar quando viu o loiro levantando com um sorriso no rosto. E apenas escutei:

– Rasenshuriken!

Kazuhiko foi arremessado para longe e escutei uma explosão.

Comecei a sacudir a cabeça para tentar entender, o Naruto que estava no chão desapareceu, deixando apenas aquela katana no chão, então o loiro apareceu mais a frente e pisou em cima da lâmina para evitar voltar para seu dono, mesmo sabendo que depois daquela explosão ele não iria mais porta-la.

– O que, o que?- Sentir ser liberada das cordas, havia dois Naruto em minha frente.

– Eu disse que era pra confiar em mim... - Disse por fim Naruto liberando o outro clone para sumir.
Ele tinha uma expressão de convencido.

Eu tentei falar alguma coisa mas nada saía de minha boca. O abracei apertado, ele segurou em minha cintura, parecia sem jeito, colocou o nariz perto de meu pescoço me arrancando um arrepio.

– Você sabe que eu não iria morrer antes de me virar Hogake... Ou de te convidar para comer um Rámen na minha casa!

Fiquei vermelha. - Duvido que se lembre de mim depois que voltarmos a Konoha!

~~~

Voltamos para Konoha e o que mais escutamos foi elogios, principalmente Naruto que ficou todo sem graça depois que Tsunade-sama disse que estava contente por saber que ele seria um ótimo Hogake.
Ele não parava de coçar a cabeça e suas bochechas ficavam levemente coradas, sem contar nos elogios de Kakashi e Gai-sensei.
Decidimos comer no Ichiraku para comemorar. Até a própria Tsunade-sama decidiu nos acompanhar.

–Naruto paga a conta! - Brincou Lee com Naruto que olhou para ele surpreso.

– Haha engraçadinho, por que eu?

– Por que você me vez ficar segurando vela... - Todo grupo virou para encarar Naruto e eu, estávamos absurdamente vermelhos.

– Eu estava brincando gente! - Disse Lee preocupado quando viu um Rasengan aparecer na mão de Naruto.

– Eu também apenas estava brincando... - Completou Naruto desfazendo seu Rasengan. Tsunade-sama sorriu descaradamente para mim me fazendo ficar constrangida.

Depois que Tsunade-sama ter demostrado um nível muito alto de embriaguez, decidimos que já estava na hora de voltar para casa, e a missão de levar a Hokage para a sua, foi nada mais nada menos minha e de Naruto já que a própria pediu.

– Você! Uzumaki Naruto... - Disse Tsunade-sama abraçando o pescoço de Naruto e ele fez um bico de descontamento me fazendo sorrir. - Voce ta de olho na Hyuuga né?

Parei instantaneamente de andar, minhas bochechas estavam ardendo e percebe que Naruto se encontrava na mesma situação. - Você está bêbada Vovó-Tsunade... Amanha nem ao menos vai lembrar que foi comer com nós...

– Não MUDE DE ASSUNTO! - Gritou ela dando um cascudo no loiro que cruzou os braços irritado. - Cuide bem dela ou eu mato você! Ta me OUVINDO?

–EU NÃO SOU SURDO! - respondeu Naruto dando os ombros.

– NÃO QUERO QUE FIQUE COMO O JIRAYA!

Naruto colocou as mãos nos bolso estava muito fofo com aquele bico de irritação, eu rir mais alto que deveria fazendo as bochecha dele corar. "Será que realmente ele está querendo alguma coisa comigo?".

– Ele é um bom garoto... - Disse por fim Tsunade-sama bagunçando o cabelo dele. - Só é muito teimoso... - Foi a última coisa que ela disse antes de entrar em sua casa.

–Eu tenho que ir agora... - Eu disse cabisbaixa.

– Eu vou te levar até seu Clã!

– Quê? - Perguntei constrangida. - Eu sei me cuidar Uzumaki! - me abracei com minhas próprias mãos, a noite estava fria. Naruto sorriu e tirou sua jaqueta colocando por cima de minhas costas, eu o devolve. - Você irá morrer de frio!

– Não se preocupe o chakra da Kurama me aquece...

– Então está bem, garoto das nove caudas... - Disse brincando, e ele sorriu docilmente.

Caminhamos em silêncio, mas aquele silêncio gostoso acompanhado por desvios de olhares, e sorrisos bobos. Logo que chegamos a porta do Clã nos encontramos com meu pai e Hanabi.

– Onee-chan! - Hanabi me abraçou forte e olhou para Naruto de um jeito sapeca e voltou o olhar para mim como se perguntasse "- Ta rolando alguma coisa aqui que não sei?".

– Depois a gente conversa sobre isso... - Eu disse sussurrando em seu ouvido.

– Otou-san! - Falei comprimentando meu pai que não tirava os olhos de Naruto.

–Oyasumi! - Disse Naruto esticando a mão para meu pai que parecia estudar a situação. - Estava muito tarde quando todos nos saímos do Ichiraku, e ainda tivemos que acompanhar Tsunade-sama até sua casa já que não estava em condições sóbrias...

Meu pai pareceu ter recebido a resposta que necessitava pois apertou a mão de Naruto sério e foi frio em sua palavras. - Arigatou! Hinata já está em casa, já pode voltar para sua...

Hanabi suspirou do meu lado como se estivesse pensando em alguma coisa sobre a situação.

– Oyasumi Hinata e Hanabi! - Disse ele por fim antes de desaparecer em meio a esquina.

Meu pai não parava de me encarar, então peguei a mochila de Hanabi e a ajudei levar suas coisas para seu quarto.

– Vocês dois estão juntos? - Perguntou Hanabi logo de cara me fazendo ficar constrangida, coloquei o rosto por baixo das cobertas.

– Não...

– Mas ele parecia tão bobo e... - Disse ela decepcionada, eu comecei a rir involuntariamente. - Você rir?

– Nos dois nos beijamos...

Hanabi ficou um tempo em silêncio e me bombardeio com várias perguntas me fazendo cócegas.
– Como foi o beijo? Ele beija bem? Foi em pé ? Sentados? Ele te beijou ou você beijou ele? Foi de repente?

– Hanabi! - Eu disse segurando em suas mãos, nos duas estávamos vermelhas de tanto rir.

– Estou tão contente Onee-chan!

– Imagine eu? - eu disse deitando novamente, fechei os olhos e ela começou a rir. - O que foi?

– Otou-san com aquela cara olhando para você e para o Naruto... Você com está jaqueta está uma graça!

– O que? Como assim? - Olhei para min mesma e percebe que estava vestida com a jaqueta do galego. - Eu não percebe... Então foi por isso que Otou-san... Por que não me avisou?!

Hanabi tanto se controlar mas não parava de gargalhar. Sentei na cama quando escutei alguns toques na porta.

– Hinata é melhor voltar para sei quarto, Hanabi precisa descansar...

– Não Otou-san, Hinata vai dormir comigo, estava morrendo de saudade dela! Além do mais Tsunade-sama a elogiou bastante sobre a missão... - Disse Hanabi descaradamente, meu pai olhou para mim um pouco sem graça.

– Eu apenas soube de um Hyuuga que utilizava o Byakugan e o Sharigan, desonra! - Disse papai socando a parede. - Você apenas fez o que era preciso...

– Hai! - Responde séria.

– Não Otou-san, ela realmente foi incrível...

– Chega Hanabi papai está cansado, você também, até amanhã Oyasumi!- Beijei a trata de Hanabi que parecia um pouco triste. Passei por meu apertando a jaqueta do loiro, me sentia protegida.
Me dirigir para meu quarto, nada poderia estragar o sorriso e o sentimento que eu sentia por estar com aquele casaco, seu cheiro emanava para meu nariz, dormir rapidamente sem ao menos tirar aquelas roupas de viagem, com um sorriso de orelha a orelha e aqueles olhos azuis em meus sonhos.