Ninguém é o que parece escrita por Emms


Capítulo 11
Capítulo 11




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POV EMMA

Levantei até mais cedo para me preparar psicologicamente para uma Regina possessiva. O QUE KILLIAN VEIO CAÇAR AQUI? Essa pergunta ecoava em minha cabeça repetidas vezes, eu estava pensando em conversar com ele no fim de semana, mas por telefone, não quero magoá-lo.

– Emma! – Minha mãe me gritou.

– Vamos lá. – Falei pegando minha mochila. Passei na cozinha, peguei uma maça e sai.

– Nossa que vontade de te matar! – Regina disse.

– Bom dia pra você também coisa delicada! –Brinquei e levei um tapa.

– Me conta logo. – Falou enquanto andávamos rumo à escola.

– Você sabe que eu tinha um rolo, né? – Perguntei.

– Usou bem as palavras, “tinha”. – Ela disse revirando os olhos.

– Ok. – Falei ignorando essa frase. – Killian está mudando para cá. – Falei atropelando as palavras.

– OI? – Ela disse parando de andar. – Acho que escutei errado.

– Não.. – Falei virando de frente para ela.

– Está me dizendo que vou ter que aguentar aquele projeto de garoto lá com você? Não não, me recuso Emma. – Ela disse andando a passos largos na minha frente.

– Hei! – Falei a fazendo parar. – Eu não posso controlar onde ele estuda!

– Eu sei! Mas e ai? Ele está se mudando para cá e eu fico como? Como alguém que você ficou uma pessoa e acabou? – Ele disse muito nervosa.

– Calma, mulher! Eu disse que Killian está se mudando, não que vou casar com ele. – Falei me aproximando dela. – Para de dar show na porta da escola. – Falei pegando sua mão. – Olha aqui, acima de tudo Killian é meu amigo. Não vou mais beijá-lo ou fazer qualquer coisa, ok? Você consegue confiar em mim?

– Em você? Sim. Nele? Jamais. – Disse soltando minha mão bruscamente e saindo.

E a paciência? Não tenho. Deixei ela ir, quando cansasse de fazer show, conversaríamos.

– Emma, minha loira favorita! – August disse pegando meu braço.

– E ai. – Falei andando com ele até a sala.

– Temos festa para ir e não aceito não como resposta. – Ele disse entrando na sala de aula comigo atrás. Regina estava sentada na cadeira ao lado da minha com cara de poucos amigos. Mexi em seus cabelos e sentei.

Não conversamos, nem nada. A aula passou, estávamos fazendo redação quando ouvi a porta abrir. Levantei os olhos para ver quem era e não pude deixar de rir.

– Classe esse é o novo aluno da escola. Killian Jones. – Regina levantou a cabeça o fuzilando.

– Só faltou o gancho pra eu enfiar no estomago. – Resmungou e a cutuquei.

– Falou alguma coisa, Regina? – A diretora disse e todos a olharam.

– Nada, falando para Emma que vai ser um prazer tê-lo aqui. – Disse sorrindo falsamente.

– Mente que nem sente. – Falei depois que a diretora saiu.

Killian se sentou junto com August, esse garoto ama novidades. O sinal bateu e teríamos aula de educação física. Esperei todos saírem até ficar só eu e Regina.

– Vem. – Falei a puxando para a sala de teatro.

– Temos aula Emma. – Ela disse séria. A ignorei e tranquei a porta.

– Vamos conversar, Regina. – Falei me colocando em sua frente. – Olha Killian é meu amigo há muito tempo, não temos uma história de amor, temos uma história de amizade.

– Ok, vai lá com seu amiguinho. – Falou se levantando.

– Se sair por essa porta com essa atitude infantil, nem pense em falar mais comigo. – Falei séria, ela esta passando dos limites do ciúme. Ela parou com a mão no trinco da porta e se virou.

– É assim, você simplesmente vai me ignorar? – Falou arqueando a sobrancelha.

– Se você for ME ignorar e ser ignorante pra sempre comigo, porque Killian está aqui. Sim, vai ser assim. – Respondi sem me mover. – Você acha que sou o que? Nós passamos um dia inteiro juntas, foi maravilhoso, foi inesquecível e você age como se aquilo tivesse ficado para trás e a única coisa que importa é Killian, como se eu fosse correndo para os braços dele agora.

– É difícil Emma! Vocês tem uma história, ele já te conhece, ele é bonito! E eu? Me fala! – Ela disse encostando-se à porta. Fiquei a analisando. Que mulher louca.

– Você é chata. Confusa. Louquinha. – Falei me aproximando dela até chegar perto o suficiente tocar seu rosto. – E você é linda, boba, ciumenta. – Cheguei mais perto roçando meus lábios nos seus vagarosamente. – E é quem eu quero. – Passei a mão entre seus cabelos a beijando. Suas mãos caíram até minha cintura me apertando contra si.

– Emma.. – Ela disse passando a mão por baixo na minha blusa.

– É só você.. Ok? – Falei quando o ar se fez necessário. Ela não se moveu, permanecemos próximas, seus olhos estavam me estudando.

– Ok. – Falou por fim.

Dei um beijo em sua testa e abri a porta. Porém ela não me deixou sair, me puxou contra si beijando-me novamente. Nossas línguas dançavam em nossas bocas enquanto ela correu as mãos me apertando. Seus lábios deslizaram por meu pescoço chupando. Tenho certeza que deixou marcas.

– Temos aula. – Falei soltando sua boca puxando com os dentes.

– Uma pena. – Ela disse em meu ouvido.

– Vem. – Falei pegando sua mão e saindo da sala.

Saímos e ela permaneceu segurando minha mão, olhei de relance e ela apertou. Algumas pessoas nos olharam, algumas vi comentando, mas nem liguei. Precisamos ir para a aula, porque já perdemos a de educação física.

– Emma. – Killian me chamou de um canto e me virei para olhá-lo. Regina não soltou minha mão. Ok Emma, repeti em minha cabeça.

– Oi Killian. – Falei sorrindo. – Essa é a Regina, Regina esse é Killian.

– Prazer. – Disseram juntos. Não pude deixar de notar a feição dos dois, se odiaram de cara.

– Precisamos conversar, tenho tanta coisa para te contar. E a Mary, que saudade! – Ele desatou a falar ignorando Regina. – Quando posso ir à sua casa?

– Killian, podemos conversar depois? Estamos atrasadas. – Falei vendo Regina me puxar.

– Ok, eu te ligo. – Ele disse com aquele sorriso de provocação.

– “Quando posso ir à sua casa” – Regina disse o imitando. – NUNCA. – Respondeu em seguida.

– Regina. – Falei advertindo.

– O que? – Falou me olhando.

– NADA. – Respondi entrando na sala.

Um ano inteiro assim? Não dá.

POV REGINA

Eu devo ter salgado a santa ceia, como assim esse garoto veio para cá? Pior que ele é todo dado, o odiei com todas as letras. Esse engomadinho deveria ter ficado na casa dele. As aulas terminaram e fui pra casa com o melhor dos humores.

– Credo Regina, engoliu um sapo? – Meu pai perguntou.

– Não. Mas gostaria de transformar alguém em sapo! – Respondi me jogando no sofá.

– O que houve? – Ele perguntou se sentando no sofá de frente ao meu.

– Quando eu penso que achei alguém legal, algo de ruim acontece. – Falei vendo as atualizações do facebook.

– Alguém legal vulgo Emma? – Ele disse e me sentei o olhando.

– O senhor sabe? – Perguntei com um pequeno nó na garganta.

– Não nasci ontem Regina, nem eu e muito menos sua mãe, você dá muito na cara. Acha que ela estava fazendo perguntas a Emma, por quê?

– Mas vocês aceitam?

– Por mim tudo bem. Você precisa conversar com sua mãe, na hora certa. – Ele disse se sentando ao meu lado.

– Nós sabemos tudo sobre Emma, Regina só tome cuidado. Mas e essa história de não dar certo?

– Ela tinha um “caso” e esse caso está estudando com a gente agora. – Falei deitando a cabeça em seu colo.

– Regina, você precisa confiar nela. Sinto que ela é boa. – Ele disse.

– O senhor a ama, não conta. – Falei brincando.

– Conta sim! Adoro ela, mas se magoar minha filha é outra coisa.

A campainha fez-nos parar a conversa. Granny atendeu.

– Olá! – Emma disse aparecendo na porta. – Você ainda está de uniforme Regina?

– Emma! – Falei sorrindo. – Você não disse que viria.

– Surpresa! – Falou.

– Vou me trocar. – Falei subindo voando.

– Olá Sr. Henry. – Disse sentando no sofá, do meu quarto conseguia ouvir os dois falando.

– Só Henry, que bom que está aqui Emma. – Falou. – Aceita alguma coisa?

– Não, obrigada! – Respondeu.

– Emma, cuidado com minha filha. Ela é, como posso dizer, difícil. – Ele disse e ri.

– Vou ter cuidado, ou melhor, cuidar dela. Nunca machucaria a Regina. – Ela disse.

– Voltei. – Falei tomando a atenção dos dois.

– Vou roubar ela um pouquinho, ok? – Falou para meu pai e ele assentiu.

– Aonde vamos? – Perguntei.

– Surpresa! – Disse, ela sabia que eu odiava essas coisas, acho que fazia de pirraça.


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