Ninguém é o que parece escrita por Emms


Capítulo 10
Capítulo 10




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POV EMMA

Não consigo chegar em uma palavra que expresse como foi estar com Regina, sentir ela literalmente em mim, se desfazendo e refazendo, gemendo, me apertando. Foi diferente de tudo que já fiz, de tudo que eu já quis. Foi mágico, intenso demais. E ela dizer “minha linda” me fez sorrir instantaneamente, meu coração fez festa, pulou, só não gritou porque ainda não dá.

Estávamos a quase meia hora deitadas, gosto disso de corpo no corpo, e era exatamente assim que estávamos, ela estava com a cabeça no vão do meu pescoço e eu estava fazendo carinho em seus cabelos.

– Acho que precisamos levantar sabe, seus pais estão ai.. – Falei fazendo ela me olhar, seus olhos estavam marejados . – Hei, que foi? – Perguntei passando o dedo em uma lágrima.

– E agora? E quando voltarmos para casa? Para a escola? – Perguntou me olhando, mas senti que não era exatamente esse o ponto.

– Se você me disser o que você quer.. – Tentei mas fui cortada.

– Você Emma, depois de hoje ainda tem duvida? – Ela disse fazendo carinho em meu rosto. – Mas isso parece tão errado, eu sinto que vai ser um desastre.

– Com certeza vai ser um desastre.. – Falei peando sua mão. – Mas eu vou estar com você e não vou te machucar, nem deixar ninguém te machucar.

– Meus pais.. – Ela disse e uma lágrima correu por seus olhos. Sabia que esse era o ponto. – E se eles não aceitarem?

– Não vamos contar agora, vamos deixar as coisas desenrolarem e ai pensamos em contar, tudo bem? Antes de querer falar a seus pais, você precisa dizer a si mesma. Você tem certeza que é isso que quer? Não responde agora, pensa nisso sozinha depois. – Falei dando um selinho em sua boca e sentei.

Coloquei minha roupa e ajudei-a a colocar a dela, dei um tapa em sua bunda brincando e ela riu, nesse momento finalmente me acalme, essa questão de aceitação é sempre complicada demais.

Saímos dos quartos feito duas bestas olhando para ver se havia alguém no corredor. Descemos a escada e os pais de Regina estavam na cozinha.

– Que bom às bonitas apareceram. – Meu pai disse e minha mãe nos estudou. – Tem bolo garotas e acho que já devemos voltar.

Comemos um bolo maravilhoso de chocolate, o pai de Regina não se cansou de repetir que ele iria me roubar da minha mãe, evoluímos de adotar, para roubar. Tomamos banho e nos trocamos, enquanto a água caia eu não conseguia pensar em outra coisa que não fosse eu e Regina a alguns momentos atrás.

Quando terminei de me trocar e peguei minha bolsa para sair do quarto eu escolhi pra tomar banho, Regina entrou fechando a porta atrás de si.

– Heeei. – Falei no susto e ela fez xiii com a boca me encostando-me na porta.

Me beijou colocando as mãos em volta do meu pescoço, segurei em sua cintura a apertando contra mim e dei beijinhos estalados em sua boca.

– Sua louca. – Falei sorrindo.

– Aproveitando as chances que tenho. – Ela disse mordendo os lábios.

– Continue assim. – Respondi tomando seus lábios novamente, nossas línguas se entendiam perfeitamente. – Vamos. – Falei soltando sua boca com uma mordidinha.

Saimos juntas, nem notamos, mas saímos de mãos dadas, só fui ver quando estávamos descendo as escadas e meu celular tocou. Soltei sua mão olhando se alguém havia visto.

– Vamos? – Cora disse nos olhando da porta. Assentimos e seguimos.

O caminho de volta foi silencioso, Killian me ligando repetidas vezes, Regina deve ter visto, porque olhou torto. Cora estava séria demais e Henry dirigindo e cantando. Peguei meu celular que estava no bolso e mandei uma mensagem para Regina.

“Obrigada e desfaz essa cara séria.” – Mandei e disfarçadamente a olhei, ela riu lendo a resposta.

“Não me faz rir que estou brava. Obrigada pelo que?” – Ela respondeu.

“Você fica linda sorrindo Regina. Obrigada pelo dia de hoje.” – Respondi e novamente ela riu. Balancei a cabeça negativamente e Henry estacionou em casa.

– Entregue dona moça, desculpe qualquer coisa. – Falou.

– Foi incrível, obrigada por terem me levado. Vejo você amanha, Regina. Tchau Cora. – Falei me despedindo de todos e entre em casa.

– MÃÃÃÃE. – Falei a assustando.

– Credo Emma, vai me matar menina. E essa cara feliz ai? Te deram muito o que comer lá? – Ela disse jogando a almofada em mim.

– Nossa mãe, você é tão legal. – Falei devolvendo a almofada.

– Conta logo, porque esta com essa cara? – Ela disse me chamando para o sofá onde ela estava. Me deitei no colo dela me apoderando do sorteve que ela estava tomando.

– Eu e Regina, nós ficamos. – Falei lembrando dos nossos momentos.

– Conta uma novidade Emma. – Ela disse revirando os olhos.

– Não ficar de beijar, sabe.. Foi a primeira vez dela. – Falei e ela ficou de boca aberta.

– Como você me conta isso assim menina? – Ela disse arregalando os olhos.

– Não tem outro jeito né. – Respondi zombeteira.

– Palhaça! Como ela reagiu? Sabe, eu gosto dela, mas acho que isso é arriscado.

– Chegamos a conclusão que é um desastre.. Mas quero tanto. – Falei sendo sincera com ela.

– E Killian? – Ela perguntou.

– O que tem ele? Nunca tivemos nada sério. – Falei.

– Não é isso Emma, quanto tempo você não fala com ele?

– Uns dias. O que está acontecendo?

– Ele vai começar a estudar no mesmo colégio que você. – Minha mãe disse e me sentei na hora.

PROBLEMAS. Só isso que consegui pensar.

POV REGINA

Quando vi Killian ligando para Emma, a realidade caiu me matando. Tive vontade de pegar o celular de Emma e jogar pela janela do carro. O dia que ver esse garoto na minha frente, não quero nem ver. Mas ai veio às mensagens dela e como ficar séria com aquela boba? Uma pena eu não poder nem abraça-la.

Não quero pensar em como vai ser contar a meus pais, alias, minha mãe. Nunca falamos sobre nenhum desses assuntos e eu temia a reação dela. Meu pai, acredito que acabaria aceitando, porque ele simplesmente ama a Emma.

Quando entrei em casa fui direto para meu quarto matar quem estava me matando no momento. A curiosidade. Abri meu notebook e procurei por esse Killian no facebook da Emma, talvez eu não devesse ter feito isso, facada, o garoto é muito bonito.

– Merda! – Falei fechando o notebook.

Deitei na cama e abri uma foto nossa que ela tirou o dia que eu estava super bêbada aqui na festa dos meus pais. Ela saiu sorrindo e minha cara de bêbada é a melhor coisa do mundo. Na vida só teve uma vez que senti algo por alguém, que foi um garoto do colegial que se mudou, mas só demos uns beijos e ele se mudou. Desde então nunca havia sentido nada por ninguém, mas quando vi Emma parece que deu um estalo em mim. Quanto mais eu me obrigava a ficar longe dela, mas perto estava.

Não sei em que momento eu parei de lutar contra, mas vou descobrir. Mesmo achando que somos um caos, como jeitos totalmente diferentes, não iria me importar de me machucar desde que pudesse sentir mais um pouquinho tudo que sinto quando estou com ela.

Senti meu celular vibrando e era ela ligando.

– Vai dormir melhor me ouvindo, tenho certeza! – Ela disse do outro lado.

– Convencida! – Rebati.

– Nem negou. Mas então, passa aqui amanha para irmos juntas? Tenho uma coisinha chata pra te falar. – Ela disse e minha curiosidade acordou.

– Quero saber, me conta! – Falei.

– Não, por telefone não. – Ela disse. – Vamos dormir.

– Chata.

– Linda, beijos, dorme bem. – Falou e desligou. QUE VONTADE DE MATÁ-LA, o que seria afinal?


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