Quem É Essa Garota? escrita por NerdCrazzy


Capítulo 2
Amigos.


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo, nem sei se alguém vai ler, mas o que vale é o esforço, rs!
Aí vai mais um capítulo!



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Armin sempre foi antissocial, preferia ficas sozinho com os seus jogos a sair com seus amigos, mas alguma coisa naquela garota sempre lhe chamou a atenção, desde a oitava série ela se mostrou misteriosa, tímida, e aos olhos do moreno, ela parecia esconder um passado doloroso. Não entendia bem o porquê, mas desejava saber mais sobre ela. Em algumas conversas entre ela e Violette, que escutara sem quer, descobriu um pouco mais sobre seus interesses e gosto, e percebeu que possuíam algumas coisas em comum: ela era fascinada pela cultura japonesa, e sempre quis aprender mais sobre o mundo gamer.

Após ganhar mais três batalhas no seu Street Fighter IV , ouviu a porta do seus quarto ser aberta, Alexy estava lá, o mesmo parou na frente da televisão, forçando Armin a pausar o jogo.

— Que foi, Alexy? — indagou irritado ao perceber que o azulado não ia sair da frente.

— Você tem que me explicar: como você consegue falar com a Jessie? Ela não deixa eu e a Rosa terminar uma frase!

— Vocês estão fazendo do jeito errado. Tão assustando ela! — respondeu como se fosse obvio.

— Ahn? Como assim?

— O jeito que vocês estão tentado se aproximar dela, estão fazendo errado. — Alexy se sentou ao lado do seu irmão, esperando com que ele continuasse, o mesmo deu play em seu jogo, e voltou a explicar. — Ela é tímida e fechada, e pelo que eu pude perceber, ela tem medo de socializar com os outros. Quando vocês vão falar com ela, já chegam fazendo festa. Ela não gosta disso. Tenta ser mais discreto, puxar conversa calmamente. Foi assim que eu fiz.

— Obrigada, maninho! Vou seguir o seu conselho. — o azulado saiu do quarto deixando Armin jogar em paz.

(...)

Jessie se viu numa condição de tristeza descomunal, não sabia direito o porquê daquilo agora, mas sabia que estava relacionado ao que acontecera 4 anos atrás. Ela sempre tentou esquecer o cara de olhos verdes, que conquistara se coração, mas não adiantava nada. Charlie sempre rondava seus pensamentos. Ela sabia que já não o amava mais, mas sempre que se lembrava de todas as promessas que um fez ao outro, tinha uma imensa vontade de chorar. Não era pelo fato de já ter gostado dele um dia, não só por isso, mas mesmo que eles não tivessem nada, ela se lembrava sempre das conversas jogadas fora, tudo aquilo era pelo fato de ela não entender porque ele simplesmente se foi, não entendia porque traíra ela daquela maneira. Parara de falar com a morena, mesmo por mensagens era ignorada.

Talvez toda aquela tristeza estivesse relacionada ao fato dos dois completarem 4 anos sem sequer mandarem uma mensagem um ao outro.

Ela se achava muito fraca, afinal, por que pensara todo aquele tempo nele, mesmo já não o conhecendo mais?

Talvez ela só não tivesse arrumado o jeito certo de fazer aquilo, de esquecê-lo.

Suspirou. Aquilo tudo era de mais para o coraçãozinho frágil que carregava.

Saiu na varanda de seu quarto, e pôde ver, na varanda vizinha, as portas de vidro com as cortinas entreabertas. Pulou para a varanda vizinha, que estava a menos de 2 metros de distância, e agradeceu mentalmente por não ter caído. Chegou perto das portas e bateu nas mesmas. Por uma fresta na cortina azul, viu o susto que Armin levara.

Isso mesmo, os dois eram vizinhos, os fundos separados apenas por uma cerca.

O garoto pausou o jogo, se levantou, e abriu as cortinas que o impediam de ver o que, ou quem, esta do outro lado. Surpresa: lá estava Jess. Abriu uma das portas.

— O-Oi , A-A-Armin — ela estava mais nervosa do que de costume, decidira dar uma chance a uma amizade com o moreno. — Os meus pais e os meus irmãos saíram ,e e-eu estava entediada lá. Vi v-você jogando pela minha varanda, e queria saber s-s-se eu não poderia jogar contigo. I-Isso se eu não for incomodar. — o moreno riu suavemente, mal podia acreditar o quanto a garota ficava fofa assim, tímida, nervosa.

— Mas é claro que você não incomoda! Pode entrar — abriu passagem para garota, que entrou acanhadamente. — Só não repara muito na bagunça, eu não costumo arrumar meu quarto. — sorriu envergonhado.

A garota adorou a decoração do quarto. Fora as roupas espalhadas pelo quarto, a ambientação era incrível. Logo ao lado das portas de vidro, que abriam para fora, estava um gabinete com um PC gamer, e uma cadeira estofada que parecia superconfortável , a alguns metros uma cama de casal com coxa azul, a frente da cama, um suporte para televisão na parede, com uma mini estante acoplada, uma televisão de 40 polegada, e um número gigantesco de consoles, tantos que Jessie chegou a se espantar, ao lado do suporte, um pequeno guarda-roupas marrrom.

Armin rapidamente recolheu todas as roupas jogada, e deixou tudo em cima da cadeira, sentou-se na cama, e fez um gesto para que a garota repetisse o movimento. E assim ela fez.

O moreno pegou um controle de Playstation 4 para amiga, e rapidamente escolheu um jogo que seria perfeito para virar a tarde com ela.

— Já que você não costuma jogar, quer dizer, eu acho, eu escolhi o jogo Little Big Planet. Comprei esse jogo pro meu irmão jogar comigo, mas ele nunca quis. É um jogo de plataforma, acho que você vai curtir. — a garota assentiu e pegou o controle, logo, Armin lhe explicara todos os comandos e eles começaram a jogar. Passaram a tarde toda assim, jogando e conversando.

Assim que deu 16:00 horas, Alexy preparou uma bandeja de sanduíches para levar ao irmão, mas ao passar perto do quarto, sentiu uma energia diferente do habitual. Abriu a porta com desconfiança, e viu os dois jogando.

— Olá, Jessie! — disse repentinamente, assustando a garota, e fazendo ela dar um pequeno pulo na cama. Os gêmeos riram.

— O-Oi, Alexy.

— Eu trouxe uns lanches pro Armin, mas não sabia que você estava aqui. Acho que eu vou ter fazer mais alguns.

— Não precisa, eu acho que já v-vou. Não quero incomodar.— afirmou se levantando.

— Imagina! — exclamou o azulado. — Você não incomoda em nada. Mas, afinal, como foi que você entrou aqui?

— E-Eu pulei a varanda. — sorriu envergonhada, como sempre.

— Esperem só um minuto vocês dois, eu vou trazer refrigerante pra nós. — e lá se foi Alexy.

Alguns minutos depois, ele voltou com uma garrafa de três litros de Coca-Cola, alguns copos, e uns pacotes de doces e guloseimas. Sentou-se no chão, e pensou no conselho do irmão “seja discreto, vá com calma, Alexy”. Começo a puxar conversa com a garotinha de olhos azuis, e em menos de meia hora, ela já sabia que poderia confiar neles, ela sentia isso, os considerava amigos.


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