Quem É Essa Garota? escrita por NerdCrazzy


Capítulo 14
Conta Comigo, Ok?


Notas iniciais do capítulo

Olá! Até que eu fui rápida, não?
Não vou enrolar muito. Mas eu sendo estressada como sou por natureza, fiquei nervosa pela Jessie.
Até as notas finais. '3'



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Jacqueline largou a coleira de Hoshi, que saiu correndo pela casa, e Tyler encarou Jessie por breves segundos.

As luzes da casa se apagaram, lâmpada por lâmpada foi queimando. E isso não aconteceu apenas na casa da família Smith, aconteceu no bairro todo, de pouco em pouco.

Quem visse de fora podia até achar que isso fosse assombração, mas Jacqueline, Tyler e Jessie sabiam que era algo diferente. Eletricidade. O poder de controle de Theodor era eletricidade. E pelo jeito, ver a irmãzinha, a qual ele sempre zelou e jurou proteger, nos braços de um cara, foi o fator decisivo pra ele ter um mini ataque de raiva. Seu dia fora estressante.

— Ah! Qual é, Theodor?! Ficou maluco, foi?! — Jacqueline reclamou enquanto fechava a porta.

Mas o loiro nada respondeu. Ele estava contando até dez mentalmente. Só naquele dia ele tinha caído da escada, quase foi atropelado, a internet caíra enquanto tentava fazer um trabalho da faculdade, colocara fogo no micro-ondas enquanto esquentava um pedaço de torta, teve que acompanhar os irmãos mais novos enquanto eles passeavam com a cachorra – algo que ele detesta, diga-se de passagem –, e, para ferrar tudo ainda mais, encontrara sua namorada e ela terminara com ele.

Jessie ainda estava nos braços Armin, que, ao tentar dar um paço para trás, tropeçou nos próprios pés e caíra de costas no cão. E consequentemente a morena caíra em cima dele, que soltou um gemido abafado de dor. Jessie abrira os olhos lentamente, e se deparara com a situação em que se encontrava. A ponta de seu nariz estava na curva do pescoço de Armin.

A morena corou bruscamente, ficando mais vermelha do que já estava, se é que isso era possível. Ela se afastou e se levantou rapidamente, e Armin repetiu o gesto.

As sete pessoas entraram em um consenso de que iriam ficar no quintal dos fundos, já que os vizinhos não queriam ir embora ainda, e ali era o local mais claro no momento. Jessie então começou a arrumar as coisas no quintal, Jacqueline e Tyler pegaram alguns salgadinhos nos armários, enquanto Armin e Alexy iam pegar alguma coisa pro povo todo beber, antes que as coisas descongelassem, já que a luminosidade da cozinha era pouca, mas existia.

Ao procurar o suco que Jessie pedira, Armin percebera que alguém tinha o cutucado, e ao virar, se deparou com um Theodor que tinha uma expressão psicótica. O loiro de olhos azuis apenas sussurrou “Eu estou de olho em você.”, e saiu da cozinha.

Armin se surpreendera com as palavras do irmão mais velho de sua amiga, e fingiu que nada havia acontecido ao voltar pro quintal. E assim foi por pelo menos duas horas. Todo mundo conversando. Mas, mesmo assim, o moreno podia jurar que Theodor o encarava às vezes.

O tempo foi passando, e de pouco em pouco as pessoas foram embora. Primeiro Ryan, depois os vizinhos. E parecia que tudo ia ficar bem.

A energia então foi voltando, casa por casa. E os garotos, Theodor e Tyler, foram trocar todas as lâmpadas da casa. Porém, Katherine e Samuel voltaram, e acabaram descobrindo o motivo do apagão repentino em todo o bairro. E lógico, foram repreender o filho, que alegou estar passando por um dia estressante.

O assunto não demorou para chegar em Jessie, que observava tudo à distancia.

— Mãe, ela estava se agarrando com um dos filhos dos vizinhos! — o loiro alegou.

Todos os olhares se voltaram para a morena, que até então lia uma revista.

— Ei, isso não é verdade! — rebateu.

Os irmãos começaram a discutir, e tiveram que ser separados pelos pais. Que pediram para os dois manterem o foco na conversa.

— Jacqueline, você pode vir aqui um minuto?! — Theodor chamou.

A loira apareceu no cômodo, mascando um chiclete e com um dos fones no ouvido. Então os dois começaram a conversar, e Jacqueline pareceu um pouco relutante, mas acabou concordando com o que quer que fosse. Então, Theo pegou a loira no colo, e pronunciou as seguintes palavras:

— Era assim que eles estavam.

E todos olharam para Jessie novamente.

— Jessie. Você, com plenos 16 ano de idade não vai começar a nos dar problemas logo agora, vai? — Samuel começou um discurso, mas foi cortado pela fala da filha.

— Ah, pai! Por favor! — protestou. — Isso foi totalmente fora de contesto!

— Fora de contesto como, querida? — Perguntou Katherine.

Jessie começou a explicar a história do Just Dance, que felizmente fora bem aceita pelos pais, mesmo que Samuel ainda olhasse com certa desconfiança.

— Agora vamos esquecer tudo isso. — a mãe dos dois pronunciou. — Vocês dois se abracem e façam as pazes.

E àquela altura, a morena já estava de saco cheio de toda a discussão.

— Não quero. Não sou obrigada. — e saiu do cômodo se direcionando ao seu quarto.   

A morena trancou a porta, para garantir que poderia ficar em paz, e se jogou em sua cama. Ficou assim por um tempo, mas nada adiantava, estava muito nervosa. O dia fora muito estranho, muito agitado. Era como se ela pudesse ter um infarto a qualquer momento, então, decidiu que ir à varanda e tomar um ar poderia ajudar.

(...)

— Armin, o que foi aquilo hoje? — Alexy perguntou. O azulado estava eufórico.

— “Aquilo”...? — gesticulou para que o irmão explicasse melhor.

— Tudo! O ciúmes que você teve de Ryan antes de saber que ele é gay, os olhares que você e a Jessie lançavam um ao outro, a química que existia entre vocês... Tudo isso é inegável.

— Ah, não viaja. — o moreno desviou o olhar, envergonhado.

— Armin...

— Anh?

— Você gosta dela?

Armin corou bruscamente com essa pergunta repentina. Silêncio. Apenas silêncio. Alexy entendeu a mensagem. Como não entenderia?

— Mudando de assunto... — Alexy começou para não constranger ainda mais o irmão — Ela parecia um pouco estressada hoje, não é?

— É... Eu acho que  ela estava mesmo.

— Porque você não aproveita que ela está na varanda e vai falar com ela?

(...)

A morena estava tão distraída, que nem percebera quando Armin pulara a varanda e chegara ao seu lado. Quase se assustou pra falar a verdade, mas continuara observando o céu estrelado, que naquela noite estava muito bonito. Armin imitou o gesto.

— Você parecia estar um pouco nervosa hoje. — o moreno quebrou o silêncio sem desviar os olhos do céu estrelado.

Jessie respirou fundo.

— Theodor me sufoca às vezes.

— Por falar nisso... Acho que o seu irmão me odeia. — desabafou.

— Por que diz isso? — se encararam.

— Ah... Ele meio que ficou me encarando o dia todo com uma expressão assustadora. E disse algo como “estou de olho em você”.

Jessie suspirou pesadamente.

— Ele realmente me sufoca. Não acredito que ele tenha feito isso. — encarou seus próprios pés.

Ela era uma garota bem calma, mas naquele dia era muita informação pra processar, muita coisa acontecendo, muita gente no seu pé, muita pressão. Sem perceber a garota começara a chorar de nervoso, até chegara a soluçar. E quando Armin percebeu, a garota ao seu lado estava em prantos silenciosamente.

Fui por impulso. Vontade de protegê-la. Ele não sabia ao certo. Só sabia que precisava fazer aquilo. Ele tomou a morena em seus braços, formando um abraço forte e reconfortante. Foi quando ele sussurrou ouvido da garota.

— Não se preocupe. Eu estou aqui com você. E prometo sempre estar aqui te apoiando.


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Notas finais do capítulo

Foi só isso, Sweets. E aí, gostaram? comentem, vou adorar ler e responder cada um de vocês! Sinto que vocês desanimaram, porque os comentários diminuíram bastante. Fiz algo de errado? Ofendi vocês de alguma forma? Podem me dizer.
Beijos.