Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 43
Capitulo 42 - Volta as aulas


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GENTE!!! Cheguei!!! Que tal voltarmos para as aulas??? Espero que gostem do retorno do nosso casal querido para a escola, espero que gostem do capitulo, maior, como prometi e não esqueçam das reviews!!! São mega importantes para mim...



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Volta as aulas

Eu estava meio receosa em voltar ás aulas, parecia que na escola as coisas sempre se tornavam mais difíceis entre Peeta e eu, mas eu estava decidida a insistir, não ia deixar mais que aqueles imbecis ficassem se metendo na nossa vida.

A única coisa boa em voltar ás aulas era que eu poderia ver Peeta todos os dias e todo o momento que eu quisesse, devo confessar que cada dia era mais difícil trata-lo como um amigo, mas agora depois de ganhar aquele urso da qual ele diz claramente que me ama, eu estava bem mais esperançosa de que as coisas iriam mudar.

Era bom também rever amigos que eu não vi no meu período de férias como a Madge, o Finnick, poderia também dizer o Gale, se ele não tivesse me ignorando, mas apenas vê-lo de longe já era bom. Agora em compensação eu também seria obrigada a ver pessoas das quais eu não fazia nem questão mais de rever na minha vida como a Gabbe, Lucius e todos aqueles grupos de populares insuportáveis.

Mas fazer o que? Por um lado era bom voltar para a escola.

— Ahhhh o seu cabelo está tão lindo! – Madge dizia enquanto me agarrava, depois passou a mão em meu cabelo. – Ficou bem legal mais loiro...

Estávamos na reunião de retorno das lideres de torcida, na verdade ela servia mais para gente se reencontrar, desde que cheguei á escola a única coisa que eu ouvia era comentários sobre eu ter clareado mais o cabelo.

Madge me deu mais um abraço e depois foi cumprimentar outra líder de torcida que até agora eu ainda não havia conversado.

— Agora sim seu cabelo está igual o meu... – eu ouvi Gabbe falar, revirei os olhos e então encarei-a com o olhar mais fuzilador possível. – Você está louca para ser igual a mim não é?

— Não querida eu não quero ser igual a você, eu sou bem melhor do que você, vê se você se enxerga, ridícula... – eu disse da forma mais grosseira o possível e depois me afastei. Era incrível, agora só porque pintei meu cabelo de loiro a criatura acha que quero me parecer com ela. Nem se eu nascesse de novo eu ia conseguir ter um coração tão cruel como o dela.

Bom, pelo menos era o que eu pensava. Até que tudo aconteceu...

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— Você não falou nada do meu cabelo até agora... Você não percebeu que eu clareei? – perguntei a Peeta, estávamos deitados na grama, já era de noite, a primeira noite na escola depois do retorno as aulas. E Peeta ainda não havia comentado nada sobre o urso, eu apenas tinha agradecido por ele, e pensei que no momento em que agradecesse Peeta falaria algo, mas não, ele disse que ficou feliz por eu ter gostado e não falou mais nada.

— Você é linda de todas as formas Katniss, só que você sabe que eu prefiro você morena... – Peeta disse, e então eu suspirei e voltei a olhar para as estrelas.

— É eu sei! Gabbe ficou falando que estou querendo me parecer com ela... – eu comentei.

— Espero que não esteja! – ele me respondeu, fazendo-me rir e voltar a olhá-lo.

— É claro que não, eu nunca iria querer parecer com a Gabbe, nunca, na minha vida... – eu respondi.

Peeta sorriu e se virou em minha direção, e então ele tocou sua mão em meu rosto, fazendo com que eu percebesse o quanto a mão dele estava gelada.

— Que bom porque você é única Katniss, espero que você sempre seja assim, inteligente, bondosa, prestativa... – ele dizia, fazendo-me sorrir. – Eu te admiro muito, assim do jeito que você é...

— E eu também admiro muito você Peeta... – eu respondi.

— Eu não tenho nada para você admirar... – ele começou e eu odiava quando ele fazia isso, ficava se menosprezando.

— Claro que tem! – eu disse. – Você é muito bom, é fofo, carinhoso, doce... – eu o elogiava e no mesmo minuto Peeta ficou vermelho. – E fica uma gracinha quando está com vergonha... – eu acrescentei, e nós dois demos risadas.

Peeta novamente se virou e voltou a olhar para o céu.

— Está chegando a final do campeonato... Estou nervoso! – ele disse, soltando um suspiro, parecia querer trocar de assunto.

— Vai dar tudo certo, eu tenho certeza que a nossa escola vai ganhar... – respondi, pegando a mão dele e segurando-a, ele sorriu.

— Eu espero Katniss... Seria terrível que acontecesse o desastre de perdemos em nosso ultimo ano de escola... – ele disse e realmente ele parecia preocupado.

Só que eu tinha certeza que tudo daria certo, Peeta era esforçado quando o assunto é jogar basquete, mas parecia que ele ainda tinha um problema de segurança, acho que eu também sou um pouco culpada por isso, pois contribui que um dos jogos de Peeta fosse um desastre, assim quando entrei para as lideres de torcida. Na verdade eu não fiz nada, mas eu sabia que só minha presença era o suficiente para deixar Peeta nervoso.

Agora era diferente, eu comecei assistir os treinos de Peeta para apoiá-lo, e minha presença não o deixava mais desconfortável, pelo contrario, quando ele me via ele lançava um sorriso, parecia mais calmo. E enquanto eu estava sentada nas arquibancadas observando Peeta jogar eu me lembrei da época de quando eu era namorada dele e fazia a mesma coisa, parecia realmente que estávamos voltando a fita. E isso era ótimo.

Mas a diferença em ver Peeta e eu tão próximos, é que as pessoas falam, comentam, ainda mais depois do escândalo que aconteceu. Foi o flagra no quarto, foram os múrmuros nos corredores e ainda foi aquele vídeo espalhado nos celulares de todos os alunos que frequentavam uma aula conosco. Realmente meu relacionamento com Peeta havia ficado muito exposto entre os alunos, e nos ver “quase” reatando era algo a se comentar.

Ainda mais na final do campeonato. Depois dela ai sim todos tinham o que comentar. Bom, eu tenho que confessar que esse dia foi incrível, primeiro porque eu tinha algumas coisas para contar para Peeta, coisas das quais me deixaram muito feliz.

Primeiro: Finalmente o manifesto dos vegetarianos havia dado certo! Sim Finnick veio me contar logo de manhã todo feliz que eles iam colocar mais verduras e legumes no cardápio da escola, e nós vegetarianos teríamos mais opções, é uma pena que eles demoraram tanto tempo para chegar a essa decisão, praticamente um ano depois que fizemos o abaixo assinado, muitos alunos que estavam no terceiro ano quando participaram, colocaram a camiseta e pediram assinaturas não estão mais na escola para ver isso acontecer. Mas sabemos que quando lutamos por algo corremos o risco de esperar muito para ter a resposta, isso quando ainda temos a chance de tê-la. Mas mesmo assim eu não fiquei menos feliz por isso, demorou mais fomos ouvidos e os futuros vegetarianos da escola terão a chance de se alimentarem melhor. E é ótimo saber que fizemos parte disso.

Mas ainda tinha algo a mais que me deixou também extremamente feliz: Agora sou monitora da escola. E isso é ótimo porque os monitores da escola são apenas os alunos do ultimo ano que seja os mais confiáveis para ter uma tarefa tão importante, afinal, eu vigiaria a escola como uma inspetora e eu tinha ainda a liberdade de aplicar até mesmo detenção nos alunos. E então eu me senti muito honrada em ser escolhida para tal função. Tudo bem que meus dias ficariam mais ocupados, eu agora tinha a equipe de lideres de torcida, tinha que estudar mais por ser o ultimo ano, tinha que escolher a faculdade para qual eu iria e ainda o que eu cursaria, eram muitas e muitas coisas. Trabalhar como monitora só deixaria meus dias ainda mais corridos, mas, era uma honra tão grande que eu não poderia dizer não. Acabei topando e não me arrependo nada por isso.

Mas eu sabia que para Peeta as coisas também estavam bem corridas, principalmente por causa do campeonato, com certeza eles são bem mais cobrados no basquete do que nós na equipe de lideres de torcida, a diferença é que eles não são obrigados a fazer dieta pelos capitães.

— Vai dar tudo certo, você é a estrela do time... – eu disse a ele, um pouco antes de ele entrar para entrar para jogar o ultimo jogo do campeonato, eu já estava com a roupa de líder de torcida, e lhe dei um rápido beijo na testa, na verdade eu queria dar em outro lugar.

Ele sorriu para mim, estávamos próximos a entrada da quadra. Eu ainda não tinha contado as novidades, mas eu esperaria a final do campeonato para que ele e eu pudéssemos conversar melhor.

— Eu vou ter que ir para o vestiário, se não o treinador vem aqui me buscar pelas orelhas... – ele disse.

— Madge já deve estar me procurando também, eu vou lá! – eu disse, eu já tinha me virado para sair, quando Peeta me puxou e me deu um abraço, no mesmo minuto senti todo meu corpo ficar quente, eu suspirei e apoiei minha cabeça no ombro dele, é incrível o sentimento bom que eu sentia por estar perto dele.

Eu não disse uma única palavra, depois de alguns segundos apenas nos soltamos e nos encaramos nos olhos, Acredito que nossas trocas de olhares já queriam dizer tudo. Sorrimos ao mesmo tempo e então eu me virei, fui até a minha equipe e Peeta foi para o vestiário.

Eu estava extremamente nervosa, mas não mais por causa da minha apresentação, eu já havia me acostumado com os passos de dança e nada daquilo mais é tão difícil para mim, eu estava preocupada mais com o jogo, era final do campeonato, era importante para Peeta, eu imagino quantos olheiros deverão ter nesse jogo, Peeta precisava se sair bem, era importante para ele e principalmente para o seu futuro, parecia que eu conseguia sentir todo nervoso que ele estava sentindo, eu conseguia sentir-me preocupada tanto quanto ele. Parecia que era eu que iria jogar e não Peeta.

Eu sabia que isso era uma ligação forte que nós dois temos, eu sempre iria me sentir assim quando o assunto for Peeta, isso eu já tinha certeza.

###

Realmente foi uma emoção incrível assistir a final do campeonato, eu nunca fui muito fã de basquete, mas dessa vez eu não conseguia nem mesmo desgrudar os meus olhos da quadra, eu me empolgava a cada cesta, a cada movimento do time de nossa escola, e até mesmo eu gritava quando Peeta conseguia fazer as cestas. E quando o jogo terminou e nosso time se saiu vencedor, eu não aguentei, todo mundo gritou, e começaram a se abraçar felizes, já eu corri até Peeta, pulei em cima dele e quando dei por mim, nossos rostos se aproximaram e nossos lábios se grudaram ao mesmo tempo, sim, nós estávamos nos beijando.

Tudo aconteceu naturalmente e rápido demais, mas a emoção era tão grande que eu podia afirmar com todas as letras que foi um dos nossos melhores beijos. Talvez porque foi tão desejado, esperado, parecia como o nosso primeiro.

O beijo durou poucos segundos, mas foi tão intenso que pareceu séculos. Quando separamos nossas bocas, nos olhamos com leves sorrisos, os olhos de Peeta brilhavam, o meu também deveria estar brilhando de tanta emoção, quando demos por nós já estávamos nos beijando de novo, parecia que havíamos esquecido que estávamos no meio da quadra, onde havia diversas pessoas, alunos, professores, todos, mas parecia que todos estavam felizes demais para reparar em nós, ou se tivesse reparando nós estávamos concentrados demais um com o outro para repararmos neles.

Parecia que tudo havia parado. Nossas bocas estavam grudadas e céus, eu nunca cansaria daquilo, nunca cansaria dessa boca suave e doce de Peeta trabalhando de encontro a minha, das mãos masculinas e fortes dele apertando meu corpo e esse calor, esse calor reconfortante e indescritível nos envolvendo.

Sim o mundo parou e só sobraram nós dois. E se eu pudesse eu ficaria ali para sempre, nunca mais eu pararia de beijá-lo.

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Depois daquele beijo não conseguimos conversar, assim que nos soltamos e nos olhamos por alguns segundos ainda digerindo a parte do beijo, demos conta que o mundo não havia parado. Peeta logo foi puxado pelos colegas de time e pelo treinador e a única coisa que me sobrou foi ficar olhando ele se afastar e ser levado para o vestiário. Mas mesmo que naquele momento nós não pudemos ter tido a nossa conversa “pós-beijo”, eu já estava feliz, pois já tínhamos nos beijado e isso já significava muita coisa.

Logo Madge me puxou também para me juntar com as demais lideres de torcida, e ela logo foi nos dar um feedback sobre a nossa apresentação. Enquanto eu a escutava falar, eu notava que Gabbe me olhava de uma forma estranha, e logo comecei a pensar se esses olhares eram por causa do beijo, será que ela tinha reparado que Peeta e eu estávamos nos beijando? Todos pareciam tão animados para ficarem reparando em dois adolescentes. Apesar de que o jeito que Gabbe parece ser obcecada pelo Peeta era capaz dela ter reparado mesmo.

Depois que Madge terminou de falar e finalmente começamos a sair da quadra, Gabbe me puxou, ela olhou para mim com um sorriso irônico no rosto e depois olhou-me dos pés a cabeça, com aquele olhar que se pudesse falar iria dizer: “Eu sou trezentas vezes melhor do que você”. Porém, eu ignorei totalmente o seu olhar, e tentei agir com superioridade também.

— Você deve estar se sentindo, não é? – ela perguntou, cruzando os braços.

Eu dei uma risada irônica.

— Do que você está falando querida? – perguntei, a parte “querida” foi totalmente irônico.

— Ah não finja que não entendeu... Você sabe muito bem do que eu estou falando, se você for um pouco inteligente, você vai se dá conta querida de que Peeta só voltou a falar com você e só está ficando com você de novo porque estava cansado de você ficar perseguindo ele, com esse seu joguinho de vingança... – ela disse e também falou a palavra “querida” num tom totalmente irônico.

Eu bufei.

— É claro que não, eu não acredito em nada do que você fala Gabbe! – eu disse irritada. Ela ainda acha que eu iria cair nos jogos dela?

— Você não consegue enxergar nada não é? Ele tá fingindo que gosta de você, pois você estava atrapalhando ele, ficava provocando-o e isso estava acabando com desempenho dele no basquete, que alias é a coisa mais importante para ele, então, é mais fácil fingir que te ama do que ficar te suportando, acorda para vida querida, você sempre, tanto na versão baranga quanto na versão arrumadinha, vai ser uma chata, insuportável, perseguidora, ele sempre, sempre, vai te ver assim...

Eu senti um embrulho no estomago, embora eu não acreditasse no que Gabbe falava, as palavras dela me deixaram abalada, ela sorriu maldosamente e depois se afastou, apesar de tudo aquilo até poderia fazer sentido, poderia, se eu não conhecesse Peeta tão bem, e soubesse que ele não está mentindo.

Depois que fui para o dormitório, eu tive dificuldades para dormir, fiquei toda hora pensando em Peeta e em nosso beijo e também no que Gabbe havia falado e ainda eu estava com raiva por não ter conseguido responde-la, eu olhei para Annie que dormia tranquilamente na cama ao lado, ela parecia não ter visto Peeta e eu nos beijando, e ainda eu não havia tido a oportunidade de contar sobre o beijo para ela.

Por sorte naquele ano mantiveram os mesmos colegas de quarto, era bom ter Annie como minha colega de quarto de novo, afinal, seria péssimo ter outra colega de quarto como a Mia, com certeza eu ia ficar no dormitório menos tempo possível.

Durante o café da manhã, eu preferi sentar com Finnick e Annie, eles estavam sentados um do lado do outro, e ás vezes davam selinhos e trocavam beijos no rosto, isso enquanto conversavam comigo, o assunto: lógico, o final do campeonato.          Era o único assunto que a escola estava falando. Eu tentava prestar atenção no assunto, mas quando dava por mim eu já estava olhando para Peeta, que estava sentado em outra mesa, um pouco distante, eu notei que ele também olhava para mim, e quando nossos olhos se encontravam sorriamos um para o outro.

Eu acreditava que de hoje não passaria, iriamos resolver nossa situação.

Depois do café, lá fui eu em direção a minha primeira aula, foi quando eu senti alguém tocar levemente no meu ombro, parei no mesmo minuto de andar, virei-me acreditando que era Peeta, mas fiquei surpresa ao ver que se tratava de Gale.

— Gale? – eu falei e não pude evitar sorrir, fazia muito tempo que ele sequer olhava para mim.

— Oi... – ele cumprimentou, e passou a mão no cabelo. – É desde que voltamos as aulas nem nos cumprimentamos...

— Isso não é por minha culpa, pois eu sempre te considerei um amigo Gale, você que me ignora a meses, desde que a escola toda descobriu sobre mim e Peeta... – eu disse.

— Eu fiquei muito chateado quando eu soube... – ele admitiu e desviou os olhos para o chão. – Eu fiquei imaginando essa cena varias e varias vezes, e quando eu vi o vídeo então...

Meu estomago embrulhou-se quando eu lembrei-me que aquele momento desagradável foi parar no celular de muitos e muitos alunos.

— Eu também fiquei mal, a escola toda zombou de mim, o Peeta se afastou e... – eu soltei um suspiro. – Eu precisei dos meus amigos e se não fosse por Annie e Finnick que ficaram do meu lado nesse tempo, eu não sei se eu iria conseguir me levantar, você é meu melhor amigo Gale, e não esteve do meu lado quando eu mais precisei... – eu disse a ele, sentindo meus olhos lagrimejarem quando me lembrei do quanto sofri nessa época e Gale simplesmente me ignorou, eu não queria jogar isso na cara dele, mas foi algo que me magoou. E quando dei por mim, eu acabei soltando.

Gale suspirou e desviou o olhar, parecia não querer me encarar.

— Você não entende Katniss... É difícil você gostar da sua melhor amiga e saber que ela não gosta de você... – ele confessou, fazendo com que eu o encarasse com os lábios entreabertos, ele então voltou a me olhar, os olhos dele estavam vermelhos. – Por muito tempo eu fiquei ouvindo você falar de Peeta, eu vi você sofrer por causa dele e eu nunca entendia o que você via nele, ele sempre corria de você, ele sempre te odiou, e mesmo assim você ficava atrás, atrás e atrás, ele sempre foi uma péssima pessoa, tanto a ponto de brincar com os seus sentimentos varias e varias vezes durante anos, e mesmo assim você vivia nesse ciclo, nunca tirou ele da sua cabeça, nunca deu chance sequer para nenhum outro garoto, porque você nunca conseguiu enxergar nada desde que você entrou nessa escola, você nunca viu outra pessoa que não fosse Peeta...

— Gale... – eu disse e a voz quase não saiu.

— Você até entrou na equipe de lideres de torcida por ele, você começou andar com pessoas que você sempre detestou apenas para chamar a atenção dele, você não vê Katniss o quanto o seu mundo gira em torno dele? Você não percebe que você está exagerando nesses seus sentimentos? Isso só está te machucando e te transformando em alguém que você não é, você sempre foi uma garota maravilhosa do jeito que você era Katniss, e uma hora ele vai te transformar em uma pessoa que você não vai mais se reconhecer, não deixa isso acontecer... – Gale então se aproximou de mim e meus olhos marejavam e marejavam tanto que eu quase não conseguia segurar as lágrimas. – Ele não te ama, é muito fácil ele chegar agora que você está do jeito que ele sempre quis e dizer que ama você e que sempre te amou, é fácil do jeito que ele é metido querer você agora, porque você está bonita na visão de todos, agora é popular e até mesmo virou líder de torcida, por que então ele não falou isso quando todo mundo estava zombando de você? É fácil você chegar em mim e me julgar dizendo que eu me afastei quando você mais precisava... E ele Katniss? Ele não fez pior? Ele não foi o culpado de toda escola te zoar e mesmo assim você o perdoou? Quantas vezes você vai perdoá-lo Katniss? Quantas vezes você vai acreditar em Peeta? – Gale colocou a mão em meu rosto, eu não conseguia nem me mexer. – Eu te amo e sempre te amei, você sabe disso, eu amava você do jeito que você era, e continuo amando você, sempre vou amar e a única coisa que eu queria, a única, era que você me desse uma chance... – e então ele não falou mais nada, apenas fechou os olhos, aproximou mais e então antes de eu poder ter qualquer reação, ele encostou os seus lábios nos meus.

Continua... 


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Notas finais do capítulo

N/A: Iai o que acharam? COMENTEM!!!