Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 3
Capitulo 2 - O Acidente


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Estou aqui mais uma quinta-feira postando um novo capitulo, e bem, quero agradecer quem comentou e pedir para quem não comentou, comentar mais, seus comentários serão muito importantes para mim.

Como disse, as postagens são dias de quinta-feira, mas amanhã será um dia corrido para mim, e como o cap. já tá pronto decidi adiantar para hoje, mas provavelmente na próxima semana será na quinta-feira mesmo. Jájá eu vou responder os comentários, agradeço novamente por eles.

Agora eu preciso falar algo importante, bom, essa fic conta toda a história de Peeta e Katniss e não só do momento em que ela muda de personalidade então... Estamos na fase em que eles se conhecerão e "são amigos" tenderam? A fic é meio longa, então tenham paciência hehe, não faz sentido ficar só dela e dele lá quando estão em guerra sem vocês saberem o que aconteceu antes não é? Então beleza e gente não odeiem muito o Peeta tá *.* beijos e espero que gostem...



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O Acidente

Katniss Everdeen, o maior problema da minha vida se resumia a esse nome, desde que a conheci eu posso afirmar com todas as letras que minha vida tornou-se um completo pesadelo, até hoje eu me lamento profundamente por ter entrado naquela maldita biblioteca. Isso porque parecia que alguma coisa que aconteceu ali dentro mexeu seriamente com os seus miolos, não sei se ela acabou se iludindo por termos trocado algumas palavras e eu ter tido a estupida ideia de limpar a sua boca, ou se ela leu tantos livros que começou a criar ilusões, acreditando que as coisas estupidas que acontecia nos romances que ela lia poderia acontecer também na vida real.

Eu não tinha certeza da razão para tanta insanidade, só sei que ela está mesmo acreditando que uma garota como ela poderia encontrar um príncipe encantado como acontece nos livros, bom, isso não seria problema meu se ela não acreditasse que eu sou esse tal príncipe encantado.

A única coisa que eu queria na minha vida é que Katniss Everdeen me deixasse em paz, mas parecia que por mais que eu tentasse demonstrar ou explicar para ela que não somos amigos, mas ela insistia e se mantinha por perto, parecia que ela estava mesmo disposta a me arrastar com ela para o fundo do poço.

Eu sabia que precisava tomar uma atitude rápida, mas a única solução que passou pela minha cabeça no primeiro momento foi fugir dela sempre quando possível, e por isso eu ficava todo o meu tempo livre enfurnado no dormitório, ou saia correndo toda vez que a encontrava nos corredores, não sei quantas vezes desisti de jantar, somente para não ter que arriscar encontra-la no refeitório e ela acabar se sentando na mesma mesa que eu.

E acredite muita das vezes essa tática funcionava, mas era só eu dar um pequeno descuido para que ela surgisse na minha frente, cheia de contato físico, me abraçando e dando beijos em meu rosto na frente de todo mundo, isso sem contar quando ela não gritava no corredor aquele apelido estupido que ela inventara. Não demorou muito tempo para que as pessoas começassem a rir e inventarem boatos sobre a gente: “Katniss e Peeta são namorados, Katniss e Peeta se amam, Katniss e Peeta vão acabar virando noivos”. E com essa calunia sobre minha pessoa, cada vez eu sentia menos vontade de sair de dentro do dormitório.

Eu juro que queria dizer para ela que não a suporto, que a acho uma chata, grudenta, nerd, inconveniente e principalmente que ela está acabando com minha vida social. Mas toda vez que a encontrava, e ela sorria daquela forma exagerada, e seus olhos brilhavam por trás daqueles óculos antiquado e fundo de garrafa, meu cérebro travava e eu não conseguia falar nada, mesmo que eu tenha ficado uma hora treinando todas as palavras no espelho.

Eu não sabia qual era o meu problema, eu não sabia o que aquela maluca fez comigo, eu só sabia que eu precisava fugir dela, pois ela significava um perigo para mim, principalmente porque eu não conseguia raciocinar direito com ela por perto, talvez o meu cérebro não aguentasse tanta poluição visual, ou eu ficava confuso quando ela começava a tagarelar rapidamente com aquela suas conversas nerds, parecendo mais uma metralhadora de palavras irritantes. Sim Katniss Everdeen estava me enlouquecendo!

— PEEPEE!!! – escutei o grito dela, parei de andar no mesmo momento, olhei para um lado e para o outro, e meu cérebro mandou o comando: corra! Mas antes disso ser possível, senti um enorme braço segurar-me por trás. A maluca tinha acabado de colocar os braços em volta do meu pescoço, me dando um demorado e longo beijo no rosto. Sim, ela havia me encurralado.

Rapidamente me desvencilhei, limpei a minha bochecha com a mão e olhei-a com a maior indiferença que consegui, mas ela pareceu sequer se importar com meu olhar, estava concentrada em outra coisa, acredito que na mente hiperativa e maluca dela.

— PEEPE, dessa vez você não vai resistir, eu encontrei o livro perfeito! – ela iniciou bastante animada, eu revirei os olhos, já era a terceira vez daquela semana que ela tentava arrumar um livro que eu gostasse, sim, aquela maluca estava tentando de toda as formas me transformar na raça esquisita dela. Isso porque ela achava que só pelo fato dela ser apaixonada por livros, todo o resto do mundo também deveria ser, inclusive eu.

— Katniss, quantas vezes eu tenho que te dizer para você não me agarrar dessa forma no corredor e nem me chamar de Peepe meu nome é Peeta... – eu disse, enquanto olhava para os lados e a puxava para uma parte mais discreta no corredor, uma que não passe ninguém. – P-E-E-T-A... – eu repeti bem devagar, letra por letra para ver se ela finalmente entendia.

— Eu prefiro Peepe, é um apelido carinhoso que só eu chamo... – ela insistiu.

— As pessoas me zombam por causa disso! – eu respondi.

— Você não deveria se preocupar tanto com o que as pessoas falam! – ela retrucou.

— Não é todo mundo que é igual a você, eu tenho uma reputação a zelar... – respondi meio irritado. Ela então revirou os olhos.

— Já sei, já sei, você quer entrar no time de basquete da escola e por isso precisa ter uma impecável reputação... – ela continuou, numa voz cansada.

“Reputação da qual você está estragando”. Eu pensei.

— Bom, mas você também não conseguirá entrar no time se continuar com essas notas baixas em literatura inglesa, então é muito importante a leitura mocinho, vem comigo! – ela continuou e então começou a puxar-me pelo braço.

— Perai, perai... – eu comecei a reclamar, puxando meu braço das mãos dela, é logico se alguém nos visse assim de mãos dadas falaria mais asneiras do que já falam. – Onde você está querendo me levar?

— No meu dormitório, ora bolas... – ela respondeu, virando-se para mim, eu arregalei os olhos.

— Perai! No teu dormitório? Olhe eu não acho uma boa ideia, eu... – eu iniciei, mas ela não me deixou terminar.

— Vamos logo, seu medroso! – ela me interrompeu, dando risada e me arrastando pelo braço.

Eu gemi, mas não consegui protestar, a segui em silencio, mas claro puxei meu braço da mão dela e andei numa longa distancia.

Ela entrou no dormitório primeiro e eu meio receoso entrei logo atrás, olhei em volta do dormitório, e agradeci mentalmente pela colega de quarto dela não estar dentro dele.

— Ok, o que você quer? – eu perguntei, encostando-me à parede de braços cruzados.

— Quero te mostrar uma coisa... – ela respondeu, enquanto abria seu guarda-roupa e tirava lá de dentro um livro. – Bom, eu lembro uma vez que você me disse que quando era criança gostava muito de histórias de piratas...

— Sim, faz muito tempo que falei isso, você se lembra? – eu perguntei meio surpreso, sorrindo ela concordou com a cabeça. – E bom às vezes é legal lembrarmos um pouco da nossa infância, por exemplo, quando eu era criança adorava fadas e de vez em quando adoro ler livros que tem essa criatura, sempre quando leio livros de fadas eu me lembro da minha infância... – ela suspirou enquanto mantinham os olhos distantes. – Eu adoro os encantadores de ferro!

— O-O-Oh... – eu fiz, sem saber muito que dizer. Fadas? É bem a cara dela gostar disso mesmo.

— E então, é para você! – ela me entregou um livro. Eu olhei para capa com as sobrancelhas franzidas, vi um barco e em cima escrito “Robin Hood” e embaixo do barco “Ship of Magic”.

— Você vai adorar, antes de dar a você, eu li ele só para saber se é bom mesmo e realmente ele é ótimo, acho que você vai gostar bastante...

Eu arqueei as sobrancelhas enquanto continuava observando o livro, depois a olhei. Qual era a dela? Ela achava que ia me comprar com um livro?

— Por que você faz tanta questão que eu leia? – perguntei, voltando a olhá-la.

— Bom, porque fará bem a você, você é inteligente só é meio preguiçoso e precisa se esforçar mais... – ela respondeu sorrindo para mim.

— Eu não sou preguiçoso! – reclamei, ficando meio emburrado.

— Então por que muita das vezes você me convence a fazer os seus trabalhos? – ela perguntou. É essa era a única coisa boa de ser amiga dela, ás vezes eu evitava o estresse de fazer os trabalhos escolares, e conseguia tirar notas ótimas pedindo para ela fazer. Mas ela não tinha que ficar jogando isso na minha cara.

— É que às vezes eu estou cheio e cansado e... – eu dizia até ela me interromper.

— É melhor você ficar quietinho, para não dizer nada que te comprometa... – ela me interrompeu, aproximando-se de mim e então apertou o meu nariz. Eu bufei e me afastei rapidamente, ela tinha essa péssima mania. – Você vai ler? – ela perguntou, arqueando as sobrancelhas, enquanto eu voltava a olhá-la.

Eu queria dizer que não, que odeio ler, e não é só por causa que ela me deu um livro estupido de piratas que eu ia mudar de ideia e começar a ler. Afinal, eu gostava de piratas quando era criança, hoje em dia nem “Piratas do Caribe” me interessou, e olha que é um filme. Imagina então um livro?

Mas não consegui dizer nada disso a ela, a única palavra que saiu da minha boca foi um “ok”, ela então pareceu ficar feliz com meu sim, pois logo em seguida sorriu de uma forma bem exagerada como costuma fazer e depois me abraçou forte, forte até demais.

— Está bem... Está bem... – eu pedi, tentando me soltar dela, mas que nada ela parecia um carrapato grudado em mim e já estava me deixando sem ar com tanto grude, foi quando a porta do dormitório se abriu de repente, virei o rosto assustado para ver quem abriu a porta e tomei um susto ao constatar que era a colega de quarto de Katniss. Eu não tinha muita certeza de qual é o seu nome, acho que é Lia ou Mia algo assim. Só sei que ela ficou nos olhando boquiaberta.

— EU SABIA! – ela disse, sorrindo de um jeito estranho, um sorriso muito maldoso em minha opinião.

Eu me soltei rapidamente de Katniss e continuei olhando para ela, completamente desesperado. Se ela começasse a espalhar o que ela viu pela escola, ai sim eu posso dar adeus a minha reputação.

Ela se virou e saiu rapidamente do quarto, assustado e sem conseguir raciocinar, eu sai correndo atrás dela.

— Mia, Lia, Mia, Lia!!! – eu a chamava pelos dois nomes, já que eu não sabia qual dos dois nomes era o dela mesmo.

— Peeta! Peeta! – escutava Katniss me chamar, enquanto me seguia. Mas eu nem a escutei, eu estava completamente desesperado, eu precisava falar com aquela garota e impedir que ela espalhasse boatos ridículos pela escola.

Ela chegou até a escada e começou a descê-la apressadamente, eu fiz o mesmo, agora estava mais próximo dela, bem próximo, eu olhava diretamente para ela, aumentei os meus passos quando de repente senti meu corpo esbarrar em um aluno que subia rapidamente a escada, parecia estar distraído como eu. O esbarrão foi tão forte que desequilibrei, caindo para frente e rolando pela escada. A ultima coisa que escutei foi um grito desesperado de Katniss.

A primeira coisa que escutei quando voltei em mim, foi à voz da enfermeira da escola dizendo: “Viu Katniss, não disse que ele esta bem!” e depois ao abrir os olhos, a primeira coisa que vi foi o rosto de Katniss, ao notar que acordei ela sorriu e em seguida me abraçou fortemente.

— Aiiii Peepee que bom que você está bem, fiquei tão preocupada... – ela comentou, apertando-me com força, me fazendo gemer alto.

— Katniss, não o abrace assim, ele sofreu uma queda feia, você está o machucando mais! – a enfermeira a repreendeu, e só então Katniss me soltou.

— Aiiiii desculpa, foi a emoção... – ela fez bico, enquanto voltava a me olhar.

Eu sentia fortes dores pelo corpo, mas nenhuma se comparava com a forte dor de cabeça, eu estava desconfiado que bati ela no momento da queda.

— AIII minha cabeça! – eu gemi, colocando a mão na testa, só então me dei conta que ela estava enfaixada.

— Eu vou pegar um remédio para tirar a dor, espera só um minutinho! – ela pediu.

Eu continuei calado e olhando para o teto, eu estava tentando evitar o máximo possível olhar para a criatura a minha frente, eu apenas torcia mentalmente para que ela fosse embora, mas parecia que ela estava longe de fazer isso.

— Ai Peepe, sério eu fiquei muito preocupada com você, você bateu feio a cabeça quando caiu da escada, terá que ficar a noite toda aqui de observação... – ela comentou, só então voltei a olhá-la, boquiaberto.

Só me faltava essa, ficar a noite toda preso numa cama, maldita hora que decidi entrar naquele dormitório.

— Mas pelo menos a enfermeira deixou que eu te fizesse companhia... Vou poder ficar a noite todinha aqui com você! – ela acrescentou me deixando ainda mais boquiaberto, e com os olhos brilhando ela me abraçou, novamente me apertando fazendo todo meu corpo doer mais do que já doía.

Mas que azar, é só me faltava essa...

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Iai que acharam? DEIXEM COMENTÁRIOS!