Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 2
Capitulo 1 - O primeiro contato


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAL! Atrasei-me um pouco, mas acho que ainda é quinta-feira, ai é que não tenho capitulos adiantados ainda dessa fic, diferente da maioria das outras que tenho, mas tentarei adiantar capitulos essa semana, se caso conseguir postarei mais cedo... Do que acabei postando hoje, eu espero que gostem do capitulo e quero agradecer todos os comentários, está meio corrido para mim, mas ainda tentarei responder todos antes de dormir. É que estou meio atrasada com as respostas dos comentários, mas não vou deixar de responder viu, obrigada e por favor, deixem comentários são importantíssimos para mim, e então ai vai o capitulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/660172/chapter/2

O primeiro contato

...Se eu tivesse apenas um desejo, eu faria tudo diferente por pelo menos mais um dia... Eu pensei que eu teria tempo para esperar, agora é tarde demais para dizer que sinto sua falta... Se eu tivesse apenas um desejo, eu iria querer um momento para dizer tudo o que eu deixei de dizer, eu pensei que teria tempo, agora eu sinto sua falta...

Nickelback – miss you (reescrito)

Peeta Mellark

— Qual é o seu problema? Não tem outros alunos na escola a não ser eu? Eu estou com a impressão de que você está me perseguindo, já é a terceira vez que você me coloca de detenção nesse mês! – eu reclamei a Katniss Everdeen, ela apenas deu aquele sorrisinho debochado que eu tanto odiava.

Katniss naquele ano havia se tornado monitora, e aproveitava da situação para me infernizar mais do que de costume, sempre quando podia falava que eu estava infligindo alguma regra e me colocava de detenção, e agora o motivo para tanta discussão era que eu estava andando pela escola em horários proibidos. Maldita hora em que esqueci meu ipod no meu armário e decidi busca-lo.

— Eu não tenho culpa se a única coisa que você sabe fazer nessa escola é infligir regras, eu só estou apenas cumprindo o meu dever... – ela respondeu naquele tom arrogante de sempre e depois revirou os olhos, me olhando com uma indiferença absurda. Até agora eu não entendia como ela conseguia fingir tão bem, pelo menos eu ainda acreditava que no fundo eu não era tão indiferente a ela assim. – Aliais como você é insuportável Peeta, mesmo passando os anos você ainda tem essa péssima mania de sempre achar que minha vida gira ao seu redor, eu já não te disse milhares de vezes que você não significa nada para mim? - ela acrescentou, cruzando os braços e erguendo uma de suas sobrancelhas, de um modo sedutor. Era incrível como ela conseguia ser sexy sem precisar fazer muito.

Eu ainda achava impossível eu ser tão indiferente a ela assim, ainda mais depois de tudo que aconteceu entre a gente, ela havia mudado muito isso eu concordo, era como se da água ela tivesse se tornado vinho, ou melhor, parecia que a antiga Katniss foi abduzida e uma nova alma entrou no corpo dela, uma muito maldosa, arrogante, sarcástica, que eu deveria odiar, mas por mais que tentasse, não conseguia. Mas embora toda essa mudança de aparência e comportamento que ela tivera, eu não acredito que sentimentos acabem tão rápido assim.

Eu queria falar alguma coisa, bolar alguma resposta, mas por mais que eu abrisse e fechasse a boca, não conseguia sair nenhum som dela. Respirei fundo, tentando não demonstrar nenhum sentimento para ela, tentar assim como ela ser indiferente, mas Katniss Everdeen não era indiferente a mim.

— O que foi Peeta? Vai ficar me olhando com essa cara de tacho? – ela perguntou-me num tom zombador, notei um sorriso de deboche em seu rosto. Respirei fundo e desviei o olhar para baixo, enquanto sentia meu sangue começar a ferver, ela queria me provocar, afinal, ela sabia o meu ponto fraco, ela sabia o quanto eu odiava quando ela fazia isso, quando fingia que eu não significava nada para ela, pelo menos para mim aquilo tudo era um fingimento, ela estava atuando, ou melhor, era o que eu queria acreditar.

Eu me aproximei dela sem conseguir raciocinar direito, deixei o sangue quente falar mais alto e que as minhas emoções tomassem conta de mim, meu cérebro não queria raciocinar, não naquele momento, parecia que ele parava com facilidade quando o assunto é Katniss, e mesmo sabendo o quanto minha atitude seria perigosa, assim mesmo eu fiz. Parei a frente dela e puxei-a pela cintura com força, achei que ela se assustaria com meu ato brusco, mas enganei-me completamente, ela continuou com a mesma expressão endurecida e sem emoção alguma em seu rosto.

Encarei aqueles olhos frios, que estavam muito próximos de mim, depois fui descendo o olhar até a boca dela, ela parecia ainda mais desejável assim de perto. Um rebuliço de emoções começou a tomar conta de mim e a vontade de tocar os lábios dela nos meus, estava cada vez mais

— Tem certeza que eu sou insignificante a você? – eu murmurei, e naquele momento eu desejei profundamente que ela mudasse de ideia, dentro de mim ainda havia uma esperança, mesmo que seja muito pequena, de que o contato físico entre nós pudesse quebrar um pouco aquela pedra de gelo que ela havia se tornado.

Mas isso não aconteceu...

— Completamente! – ela me respondeu com firmeza, enquanto encarava os meus olhos, sem quebrar nenhum segundo o contato visual.

Mesmo com sua resposta eu não hesitei, eu não queria desistir, ainda para mim ela estava fingindo, então aproximei o meu rosto com o dela, senti nossas respirações se misturarem até que a beijei levemente.

Era incrível como ela conseguia me desencadear um monte de emoções apenas com aquele toque de leve nos lábios. Eu senti um calor invadir meu corpo, tão intenso que fez o meu sangue ferver por inteiro, meu coração disparava tanto que era difícil até de recuperar o ar, mas embora a dificuldade para respirar, eu ainda apertava-a com força e queria continuar o beijo, ou melhor, aprofundá-lo. Eu teria feito isso, se eu não tivesse percebido que ela estava completamente imóvel em meus braços. Ela não correspondia, seus lábios sequer se mexeram. Parecia apenas um boneco sem vida.

Senti meu estomago despencar, enquanto a soltava e a olhava completamente impressionado. Não consegui disfarçar a confusão que senti, ela cruzou os braços e continuou me olhando com o mesmo semblante e seus olhos continuaram gelados.

— Então acabou a sua tentativa de demonstrar o quanto não é insignificante para mim? – ela perguntou enquanto levantava as sobrancelhas, eu completamente atordoado não sabia nem o que dizer. – Bom... – ela iniciou sem esperar minha resposta, tirou de dentro do bolso um pequeno bloco de papel, arrancou uma das páginas e entregou para mim. Era o bloco de detenção que os monitores utilizavam. – Como você já imagina está de detenção! – ela disse, e em seguida sorriu para mim, enquanto continuava com a mesma expressão de antes.

Sem dizer mais nenhuma palavra ela me deu as costas e foi embora me deixando para trás, completamente frustrado.

Enquanto observava ela se afastar com toda aquela sua pose de arrogância e superioridade, eu sentia os meus olhos marejarem, era para eu já estar acostumado. Afinal, não era a primeira vez que ela me humilhava, mas doía tanto, tanto, que eu sentia como se minha alma sangrasse. Uma mistura de dor, ódio, raiva, desespero me consumia por inteiro. E eu me sentia um completo idiota por isso.

Mais uma vez Katniss Everdeen conseguiu acabar comigo. E o pior, é que eu sentia que eu merecia tudo isso. Talvez eu só estava sentindo a mesma dor, que um dia ela sentiu por minha culpa.

Afinal nem sempre Katniss Everdeen foi assim... Quem tivesse conhecido Katniss alguns anos atrás não acreditaria que ela é a mesma Katniss da que eu estava discutindo há alguns minutos. Ás vezes até eu mesmo duvidava de tamanha mudança. A primeira vez que a vi eu tinha catorze anos de idade, eu estava na biblioteca procurando um livro de Literatura Inglesa para estudar. Não que eu amasse a matéria, fosse nerd ou algo do tipo, a razão para isso é que eu estava com graves problemas com essa disciplina e eu sabia que se eu não me dedicasse mais o mais provável é que eu levaria bomba naquele ano.

Eu estava olhando o nome de cada livro da estante quando sem perceber deparei-me com uma garota. Ela era branca, alta, magricela, estava com uma enorme mochila nas costas e abraçava alguns livros, mas o que mais chamava a atenção, não de forma positiva, é que ela usava óculos do século passado, e seus cabelos eram tão bagunçados que eu duvidava que ela havia o escovado ao acordar. Quando me viu ela sorriu tão abertamente que chegava até a ser ridículo, na realidade a garota era um tanto ridícula, por completo.

— Olá eu sou Katniss Everdeen... – ela se apresentou como se eu tivesse muito interessado em saber qual é o seu nome. – Sou aluna nova, acredito que você deva ser o Peeta Mellark! – ela acrescentou, com tanta empolgação que me dava preguiça só de olhar.

— Aham... – respondi, não tentando passar muita simpatia para aquela garota, ela tinha cara de garota chiclete, se der muita bola, ela gruda por completo.

— É eu ouvi falar de você... – ela explicou. Eu sorri, não podia evitar ficar satisfeito com minha tamanha popularidade. – Me perdoe à intromissão, mas você está procurando livro de que? Se quiser posso te ajudar!

— É... Literatura Inglesa! – respondi, até sem notar. Ok, eu não podia negar eu estava completamente perdido, não sabia por onde começar, e aquela garota tinha cara de nerd.

— Ah sim! Tem que ser um livro especifico ou só está estudando? – ela perguntou.

— É para estudo mesmo! – respondi.

— Ah então já sei qual pode te ajudar... – ela disse e então completamente animada, ela foi retirando alguns livros da estante rapidamente, em poucos segundos ela já havia me entregado uns quatro livros. Parecia já saber mais do que a própria bibliotecária.

Quando eu fui para mesa da biblioteca, eu achei que poderia aproveitar que o professor havia faltado para tentar aprender alguma coisa, mas para meu desespero a garota esquisita veio atrás de mim e se sentou na mesma mesa que eu. Eu não iria conseguir prestar atenção no livro com aquela poluição visual na minha frente.

— Você não me parece muito estudioso, se precisar de ajuda com Literatura Inglesa eu posso te ajudar com muito prazer, minhas nossas nessa disciplina sempre foram muito boas, na realidade Literatura Inglesa é minha disciplina favorita. – ela falava de forma muito rápida, parecia mais uma metralhadora de palavras que saiu soltando tão rápido as palavras que não parava nem para respirar. - Sabe eu estou meio nervosa! – ela disse, trocando completamente de assunto, agora retirava a enorme mochila de suas costas e colocava em cima da mesa, ela abriu o zíper do bolso de fora e começou a retirar um monte de bombons, bala de goma, chicletes, balas dali de dentro, em poucos segundos a mesa já estava repleta de doces. Franzi as sobrancelhas enquanto a observava começar a abrir o primeiro bombom. – Eu odeio ser aluna nova, é tão desesperador não conhecer ninguém, ai quando eu começo a ficar nervosa eu começo a comer muito doce, isso é péssimo porque começa a me dar um monte de espinhas...

Eu franzi as sobrancelhas enquanto continuava a olhá-la, agora ela comia o primeiro bombom, não comer, a palavra certa seria devorar, ela comia de uma forma nada educada, parecia uma esfomeada que não via um prato de comida há semanas.

— Eu também costumo falar muito quando estou nervosa... – ela dizia de boca cheia. – Isso não te incomoda não é? – ela perguntou, com a boca entreaberta discordei com a cabeça, enquanto olhava completamente abismado a forma em que ela comia.

Ela em poucos minutos já havia devorado quase todos os chocolates, aquilo parecia humanamente impossível, não sobrava duvidas que ela poderia tornar-se rapidamente diabética, ingerindo tanto açúcar de uma só vez, e ainda para piorar, ela comia de uma forma tão deselegante que eu acreditava que ficaria um bom tempo sem apetite. Até uma vaca mastigando capim conseguia ser mais agradável comendo do que o ser esquisito a minha frente.

— Está tudo bem com você? – ela perguntou sorrindo para mim, mostrando os dentes e a boca cheia de chocolate.

Eu fiz uma careta.

— Os seus dentes estão sujos! – eu avisei.

— Ah! – ela disse, e então começou a tentar limpar os dentes com a unha. – Saiu? – ela perguntou sorrindo novamente, havia saído um pouco mais ainda não tudo. Então discordei com a cabeça, e ela continuou a tentar tirar o chocolate dos dentes. – E agora? – perguntou sorrindo para mim novamente.

— A sua boca... Ela também está suja! – eu disse.

E então ela passou a mão na boca.

—Saiu? – ela perguntou. Bufando eu ergui meu corpo em direção a mesa, ficando com o rosto próximo ao dela, e eu mesmo retirei o chocolate que estava grudado em seu queixo. Notei que ela sorriu para mim de uma forma estranha e por alguns segundos fiquei paralisado, como se meu cérebro tivesse dado algum pane, eu me senti desconfortável em estar naquela situação, e quando voltei em mim afastei-me rapidamente, sentando-me novamente na cadeira.

Ela continuou sorrindo para mim e me olhando de uma forma tão estranha, que chegava a ser absurda.

— Eu acho que vamos ser bons amigos... – ela disse a mim.

Eu franzi as sobrancelhas, enquanto eu a encarava, definitivamente eu não concordava com ela.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Iai que acharam do capitulo? Deixem seus comentários!!!