Shikashi!! escrita por Uma Qualquer


Capítulo 22
Miku on Ice


Notas iniciais do capítulo

WE WERE BORN TO MAKE HISTORY!!



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Janeiro se arrastou feito uma lesma aleijada e em coma. As provas do último período seriam em março, mas os professores acharam justo começar o ano nos dando uma canseira com assuntos e revisões e trabalhos infinitos.

Assim, quando eu me dei conta, a aluna ao meu lado estava fazendo par comigo nas aulas de matemática e nas conversações de inglês.

Yay! A Gumi e eu estávamos nos falando outra vez!!!

Só que não, claro. Apenas o necessário pra levar uma vida minimamente produtiva naquela sala. Depois que se acabavam os trabalhos nós duas voltávamos ao silêncio de sempre. Ao menos não nos ignorávamos como antes (era difícil ignorar alguém que passou uma aula inteira tentando decorar verbos irregulares contigo), acenávamos quando uma passava pela outra, dávamos bom dia, essas coisas. Tudo na maior frieza, sem sorrisos, só pra dizer que a raiva tinha passado mesmo. Que agora, só restava a mágoa.

Mas não era resolvendo equações juntas que íamos acabar com aquilo. A Gumi e eu tínhamos uma grande barreira a vencer: nosso próprio orgulho. Quem de nós ia ser a primeira a chamar a outra pra conversar e acabar logo com aquela frescura toda?

Claro, não era ela. Nem eu. Engraçado, e eu achava que tinha pouco amor próprio... Mas tem detalhes sobre a nossa personalidade que a gente só descobre quando passa por certas situações, pelo jeito.

Enfim. Ficamos nessa até o final do mês, quando a rival me chamou pra patinar na pista de gelo.

 

 

 

Eu falei "rival"? Força do hábito, desculpa. Eu devia chamar logo ela de "vencedora", mas não é como se eu sequer tivesse entrado na competição. Afinal a Luka corria atrás do Gakupo enquanto eu ainda era uma pirralha do fundamental, claro que eu não tinha a menor chance. Duro de admitir, mas é isso.

Lamentações à parte, a Luka me chamou pra patinar, já que a primavera estava chegando e eles iam fechar a pista de gelo em breve. Lembrei que a gente tinha mesmo combinado de fazer algo do tipo no dia do programa de garotas, com a Gumi e o resto do pessoal. Mas dessa vez, só a Luka tinha me chamado? Aquilo era suspeito demais pra eu aceitar.

E como trouxa que sou, claro que eu aceitei.

A pista estava realmente lotada, mesmo sendo enorme. Ficava num parque público aberto, onde algumas cerejeiras se enchiam de folhas, se preparando pra ficarem cor de rosa dali a alguns meses. Tinha gente nas barraquinhas de lanches, nas lojas e nas áreas de lazer do parque. A temporada da neve tinha acabado, mas ainda estava bem frio mesmo sendo meio dia. Vesti um casaquinho e cachecol pra sair e me arrependi de ter deixado as luvas em casa. Era uma pista de gelo, como eu ia me apoiar se levasse uma queda? Ou melhor, quando levasse?

Estava pensando nessas questões práticas quando vi deslizando em minha direção o casal dos sonhos: Gakupo e aquela que não era eu. Os dois estavam agasalhados também, de mãos dadas, e por um segundo lembrei do sonho que tive na casa de banhos. Luka de véu de noiva, Gakupo indo atrás dela...

Vai ver eu era clarividente e não sabia.

— Que bom que veio – Luka se adiantou e agarrou minhas mãos. – Já calçou os patins, certo? Mas, por que não está usando luvas?

— Eh... Eu esqueci – falei, tentando não me sentir idiota (e falhando).

Gakupo e Luka se entreolharam de um jeito engraçado, como se estivessem achando aquela garota desajeitada a coisa mais bonitinha do mundo. Então, cada um tirou um lado das luvas que usavam.

— Mas e vocês? – exclamei quando eles me deram o par desigual.

— Vamos ficar bem – Luka entrelaçou a mão descoberta à do Gakupo.

Aquilo foi como um cortezinho de gilete no meu coração. Mas antes que eu pensasse em odiar a Luka ela me estendeu a outra mão, sorrindo.

— Vem, vamos patinar juntas. Eu adoro o esporte, mas sou péssima praticando!

— Por favor, me ajuda se ela desabar, Miku-chan – Gakupo pediu de bom humor.

Acabei sentindo o clima aliviar com aqueles dois. Ele ainda era o cara que eu gostava, e o fato de que eu estava usando uma luva dele me fazia pensar em nunca mais lavar aquela mão... Mas fora isso, até que foi divertido. Luka e eu conseguimos nos equilibrar e não cair nenhuma vez, e até demos umas voltas sozinhas, passeando entre os outros patinadores com um pouco de segurança.

O mais legal era que a Luka e o Gakupo não eram aquele tipo de casal grudento, que se agarra horrores e faz qualquer um que está perto se sentir desconfortável. Pelo contrário, só dava pra ver que eles eram namorados pelo modo como sorriam um pro outro, porque de resto nós três brincávamos e nos divertíamos normalmente, com o Gakupo anunciando a cada dez minutos quanto tempo a Luka tinha passado sem cair (e levando um belo cascudo dela em resposta).

Então, quando o Gakupo olhou pro relógio mais uma vez eu já estava me preparando pra rir, achando que ele ia dizer que a Luka tinha batido o recorde dela ou algo do tipo. Mas ele deu um sorriso leve, e eu me virei pra onde ele estava olhando agora.

Era pra Gumi, que tinha acabado de chegar na entrada da pista.

— Foi ideia minha, Miku-chan–  ele disse logo, num tom meio culpado. – Você não tem ideia de como é ter uma imouto deprimida em casa.

Lembrei da Gumi reclamando das sessões infinitas de Adele enquanto ele tava na fossa, e então pude ter uma ideia sim.

— Tudo bem – respondi tranquila. – Ia acontecer cedo ou tarde... Só não sei como vai acontecer.

O que vai acontecer? – Luka perguntou confusa.

— Elas duas precisam conversar sobre a briga delas no Natal – Gakupo explicou.

— Ah, você não me contou desse seu plano maquiavélico – ela deu um cascudinho leve nele, e então se voltou pra mim. – Olha, sei que não devo me meter, mas por mais que uma pista de gelo seja o melhor lugar pra conversar de cabeça fria, aqui não é bem um lugar pra conversar, certo? Você e a Gumi deviam ir se divertir e patinar juntas um pouco... O que foi, Gakupo?

Ela estreitou o olhar enquanto ele lhe lançou um risinho zombeteiro. – "Pista de gelo", "cabeça fria"... Você é a rainha dos trocadilhos mesmo, hein?

Enquanto ele fugia de uma nova chuva de cascudos da Luka, a Gumi se aproximou, sorrindo ao observá-los.

— Sorte que o nii-san é bem resistente – comentou.

Foi tão natural que não me contive em responder.

— Não pensei que a Luka-san fosse do tipo violento!

— Né? Toda feminina e cheia de classe... Mas o nii-san sabe despertar o ogro interior dela.

Olhamos uma pra outra e sorrimos, pela primeira vez em tempos, e aquilo fez meu coração pular de alegria! Como era bom simplesmente conversar com ela assim, espontaneamente. Claro que eu ainda sentia a tensão no ar; estávamos tentando consertar as coisas ali, e qualquer movimento em falso podia arruinar tudo.

— Oh, suas luvas – a Gumi apontou pras minhas mãos. – Essa é do nii-san. Esqueceu as suas também?

Então percebi que ela estava perfeitamente agasalhada, mas de mãos nuas.

— Pode pegar uma – eu ia tirando a do Gakupo, mas ela me interrompeu num aceno de mão.

— Não, fica com essa e me dá a outra. A da Luka combina mais com meu casaco.

A Gumi nunca foi do tipo que ligava pra combinações de roupas; pra ela, bastava parecer bacana e ser confortável. Não entendi o porquê de ela querer que eu ficasse com a luva do Gakupo, mas decidi apenas ignorar aquilo ou, no máximo, encarar como um gesto de gentileza da parte dela.

Afinal, ela sabia que aquilo era o mais próximo que eu chegaria do Gakupo.

Ela calçou a luva e olhou ao redor. – Então... Eu não tô a fim de dar uma de Meiko-hime, então vamos devagar, certo?

— Nossa, queria eu ser a Meiko-hime – exclamei. – Apesar de que nem dá pra fazer aqueles saltos todos com esse monte de gente aqui.

— Verdade. A pista vai fechar amanhã, então o pessoal veio em peso aproveitar. Nem eu lembrava que ela tava aberta, na verdade, com tanta coisa acontecend...

Ela parou de falar devagar, me encarando hesitante, mas eu sacudi a cabeça na mesma hora, concordando.

— É, o Natal, o Shougatsu, aquela quantidade ridícula de exercícios da escola...

— Ah, nem me fala – ela suspirou, aliviada por conversar sobre qualquer outra coisa. – Passei a noite vendo aulas na internet sobre aquelas fórmulas de física, porque francamente, aquele professor e nada...

Então usamos a pista exatamente como a Luka recomendou: pra nos divertir. Conversamos besteiras aleatórias e rimos das coisas mais sem graça, só pelo prazer de rir juntas. Ao longe podíamos ver o Gakupo tomar uma queda que fez a Luka se sentir totalmente vingada. Patinamos pela pista livremente, por horas que pareceram segundos. Era divertido deslizar pelo gelo com sua melhor amiga do lado. Ainda mais quando eu percebia que ela nunca deixou de ser a minha melhor amiga.

O céu foi escurecendo, as luzes do parque, das lojas e barraquinhas se acenderam e nosso tempo na pista acabou. Trocamos os patins por nossos calçados e fomos comer numa barraquinha de sobá. Então a Luka viu um anúncio de uma agência de viagens numa vitrine mais adiante e chamou o Gakupo pra darem uma olhada. Assim, a Gumi e eu ficamos comendo nosso macarrão sozinhas.

E os segundos se passavam... E eu começava a me desesperar.

Maldito climão! Pode ir embora, tá? Consegui te afastar a tarde inteira, não é agora que você vai arruinar meu dia.

Mas como fazer isso se eu fosse só ficar comendo sem falar nada? Ia parecer que eu tava esperando a Gumi falar alguma coisa.

Qualquer coisa.

Só tinha um jeito de resolver aquele impasse. Mandar meu orgulho pro cantinho.

— Estou feliz por eles – falei, tentando parecer natural (e quase conseguindo). – Eles merecem ficar juntos.

Gumi terminou de engolir e me olhou por um momento, e eu aguardei ansiosa, o coração na mão.

— Sei que está – ela sorriu com sinceridade. – Mesmo gostando do nii-san, você nunca fez nada pra atrapalhar a relação dele com a Megurine-san. E sempre se deu bem com ela também.

Ouvir ela reconhecer aquilo me deixou aliviada, mas com uma pontinha de mágoa também. Ela podia ter dito aquilo antes, né?

E quantas coisas eu não podia ter dito antes também?

Afff. Que complicado...

— Aquilo que eu falei antes – ela baixou o olhar pros hashis, que usava pra mexer os fiozinhos do sobá. – Sobre o mangá...

— Eu entendi – falei rapidamente. Não queria nem ouvir ela repetir aquilo. – Tudo bem.

— Sei que você gosta de me ajudar. E é por eu ter sido tão ingrata, que não posso pedir pra você voltar a desenhar pra mim.

Larguei os hashis, olhando pra ela meio sem reação.

— Por quê?

— Você agora é uma profissional, Miku-chan – ela disse. – É injusto você trabalhar de verdade pro Kaito-kun e fazer o mesmo serviço pra mim por amizade. Ainda mais quando eu fui uma idiota estourada que fez pouco do seu esforço assim que tive chance.

Ela voltou a me encarar, e pude ver o arrependimento estampado em seus olhos. Não precisava nem pedir desculpas. Eu sabia muito bem o que ela sentia.

— Obrigada – respondi, engolindo a voz meio embargada. – Por me respeitar. Como profissional, também...  Nem sei se sou isso. Tipo, eu só sou paga pra desenhar uns corredores de colégio, não é como se eu tivesse me formado numa faculdade de artes ou algo assim...

— Bom, o seu estilo de desenho no Cannonball é difícil de reproduzir. A Yukari bem que tentou, mas decidimos que era melhor falar com meu editor e arranjarmos um assistente. Yukari disse que você é criativa demais nos detalhes e nas composições das cenas. Só um profissional poderia acompanhar o seu estilo.

Eu nem sabia como reagir a um elogio daqueles. Fiquei meio boba olhando pra Gumi, enquanto ela tomava um golinho do suco e voltava pra mim.

— Falando nisso – ela pareceu mais séria, o que me alarmou. – Tem uma coisa que você precisa saber, Miku-chan.

E então, ela me contou que ia deixar a nossa escola.

Foi tão de repente que levei uns segundos pra registrar o que ela disse. A editora, em mais um de seus adicionais de salário, resolveu dar um bônus decente pra Gumi e ofereceu uma bolsa de dois anos numa das melhores escolas técnicas de arte do país. Ela ia inclusive se mudar pro dormitório do campus pra poder conciliar o trabalho e os estudos.

— Você... Tá indo embora...?

Foi só o que consegui dizer, numa vozinha fraca.

Ela assentiu. – Eu nem sonhava com uma oportunidade dessas, entende...

— Sim, claro – exclamei afobada. – Claro, vai ser ótimo pra sua profissão, e pro seu futuro e... E você merece muito, Gumi. Muito mesmo!

Ela me sorriu grata. – Ainda vou voltar pra casa nos fins de semana e nas férias, então vamos poder passar algum tempo juntas... Se você quiser, claro.

Revirei os olhos. – Claro que quero, sua boba. Vamos sair juntas sim. E a Yukari-senpai tem que vir também!

Ficamos tensas só por um momentinho. Mas eu senti que tinha que tocar naquele assunto.

— Na verdade, eu não me importo que você não tenha me contado antes – falei. – Você encontrou alguém de quem gosta de verdade, isso é mais importante do que eu ficar sabendo ou não. Além do mais... eu também não posso reclamar sobre segredos, certo?

Ela riu. – Você, gostando do nii-san... Que ideia maluca, Miku-chan! Se eu estivesse de cabeça fria naquela hora, era só o que eu ia pensar. Na verdade, se você tivesse me contado antes, eu ia rir muito da sua cara! Só a Megurine-san e o ogro interior dela são capazes de suportar o meu irmão, se quer saber. O que você tem na cabeça afinal?

— Não fala assim – eu pedi, morrendo de vergonha. –  Ele é tão bonito e maduro e responsável e...

— Maduro? Responsável? – ela deu uma gargalhada. – Olha Miku-chan, o nii-san até que é bonitão, mas nasceu com uns quinze parafusos a menos. Pode perguntar à Megurine-san!

— Mas e você? – tentei revidar. – Disse pro Len e pra Yukari-senpai que não queria nada além de desenhar, mas acabou ficando com ela. Por que mudou de ideia?

— Bom – ela deu um suspiro. – Eu realmente não sei. Acho que o Len não se esforçou tanto quanto a Yukari, foi isso.

— Se esforçar? Poxa, ele praticamente quebrou o braço por você!

— Como é?

Então contei a história do do acidente, e do desafio que o Len me fez. E assim como o Kaito, a Gumi ficou surpresa que eu tivesse aceitado aquela chantagem tão facilmente.

— Você devia estar morrendo de medo de mim–  ela disse, sem saber se ficava com pena ou ria um pouco mais da minha cara. – Era só ter me contado, oras. E que negócio é esse de se declarar pro nii-san? O Len é doido por acaso? Fazer não só você, mas o nii-san também, passar por um climão totalmente desnecessário... Eu, hein!

— Ah, quer saber – eu virei minha tigela de sobá de uma vez. – Acho que eu tava meio maluca mesmo ano passado. Achava que precisava me declarar pro Gakupo-san. Tipo, ele tá de boas com a mulher da vida dele, o que eu posso fazer além de lamentar e seguir em frente?

Gumi me deu um tapinha no ombro. – Se precisar se lamentar, pode contar comigo. Sempre vou ser sua amiga.

Aquilo quase me fez chorar, mas eu respirei fundo e sacudi a cabeça. – Eu também, Gumi. Mas acho que o tempo de lamentar já passou. Hora de seguir em frente. Se até a mangaká shonen secreta mais famosa do país consegue arrumar alguém mesmo sem querer, eu também consigo!

— Isso aí – ela e eu brindamos alegremente com nossos copinhos de suco.

— Mas então – perguntei. –  O que aconteceu com a Yukari-senpai afinal?

Pelo jeito, Yukari tinha realmente se esforçado mais que o Len. Ela era a presidente do clube que a Gumi estava, no fim das contas. Mesmo depois de ouvir um não, elas continuaram se vendo todos os dias. E a Yukari ainda deixou claro a determinação dela, quando contou pra Gumi que tinha dito ao Len pra não ir atrás dela. Mas parece que o golpe final foi mesmo na casa de banhos, quando a Yukari fez aquele retrato lindo da Gumi. Ela admitiu que nunca ia saber o que sentia se não tentasse, viu que a Yukari estava mais do que a fim dela e resolveu dar uma chance. E então...

— Estamos namorando há dois meses – ela contou timidamente, o rosto muito vermelho. – Sabe, agora entendo por que meu irmão age feito um idiota às vezes... Tem horas que me sinto do mesmo jeito. A Yukari me faz muito feliz.

Sorri pra ela, sem conseguir sentir nada além de alegria. Eu não tinha com o que me preocupar. A Gumi estava feliz de verdade.

— Oh – lembrei. – Não vai ser complicado pra vocês, agora que vão estudar em escolas diferentes?

— Pois é – ela franziu os lábios. – Vamos ter que dar nosso jeito. Mas é tudo por uma boa causa.

Segurei a mão dela, olhando bem firme em seus olhos.

— Gumi, se alguém, algum dia, pegar no pé de vocês duas só porque estão juntas, não esqueça de falar pra mim. Pode deixar que eu cuido da pessoa.

Ela pareceu admirada, e então vi gratidão no rosto dela. – Nossa. Espero que o Natal desse ano seja muito melhor que o último!

— Vai ser sim – assegurei.

Gakupo e Luka estavam de volta com folhetos de viagem nas mãos, e sorriram ao nos ver deixar a barraquinha juntas.

— Miku-chan – disse Luka. – Por que não vem conosco antes de ir pra casa?

— Pedi a Cul uma receita simples de cupcakes – a Gumi contou. – Megurine-san vai testar essa noite!

— É, vamos – Gakupo chamou, meio que implorando, e sussurrou no meu ouvido: – Não quero ter que ser a única cobaia dela!

Devagar aí, Gakupo-senpai! Tô tentando desapegar de você, não fica me sussurrando coisas e me deixando arrepiada assim do nada não! Ainda mais na frente da sua futura esposa!

A Gumi estava outra vez sentindo pena e se segurando pra não rir. Claro, só nós duas sabíamos o motivo. E enquanto pegávamos o trem pra casa dos Kamui, agradeci a ela outra vez por nunca ter contado nada ao Gakupo.

— Claro que eu não faria isso – ela respondeu, cúmplice. – É algo que só você pode fazer... E só se você quiser.

Melhor pessoa. Melhor amiga.

Sempre.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

*Pra quem não pegou a referência do título, assista o anime Yuri on Ice, mais novo anime de esporte com patinação no gelo feito pra fujoshis shipparem loucamente ♥
Você que leu até aqui, meu muito obrigada! Caso esteja a fim de deixar sua opinião, dúvida, sugestão, recomendação de anime ou quem é seu shipp favorito em YoI, fique à vontade! Se é sua primeira vez comentando, não precisa comentar tooodos os caps, basta deixar seu OLAR e eu vou amar trocar uma ideia contigo! ~
Só avisando que o próximo cap vai ser bem longo e com uma pequena supresa, então fiquem ligads!! Beijas e té maisinho :*****