Rose Weasley e o Regresso dos Orgulhosos escrita por Lorde


Capítulo 2
Primeiro ano Capítulo II - O Desafio




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A professora Patil enrolou o pergaminho e se sentou na mesa dos professores em frente ás quatro mesas das casas. Então uma mulher de cabelos pretos começando a ficar grisalhos presos em um coque, de rosto com um aspecto severo e vestes verde esmeralda, que estava sentada em uma cadeira mais alta que as demais e no centro da mesa, levantou-se e andou até a frente da mesa dos professores. Abriu os braços, e começou a falar.

– Bem vindos! Bem vindos á mais um ano em Hogwarts! Para os novos alunos, devo as apresentações. Sou Minerva McGonagall, a atual diretora desta escola. Então, como sempre, antes de iniciarmos o banquete, tenho os avisos de começo de ano para informá-los. Como sempre, o Sr.Filch pediu para alertá-los que não quer ver ninguém andando pelos corredores depois do horário de ir para cama, e, a Floresta Proibida, como já diz o nome, é proibida para qualquer aluno, a não ser que este queira consequências severas. Aos alunos novos, muitas boas vindas, esta escola é grandíssima na história dos bruxos, e já formou bruxos extraordinários, e com certeza continuará formando. Cuidem para serem extraordinários no bom sentido, e, é claro, lembrem-se de tomar boas decisões aqui dentro, e fora daqui também - Ao dar esses "conselhos", o olhar penetrante de Minerva pareceu ainda mais penetrante e sério. - Bom, que se inicie o banquete! - Disse ela perdendo um pouco da formalidade. A professore bateu palmas duas vezes, e nas mesas apareceram pratos com todo o tipo de comida que Rose mais gostava, coxas de frango, sopa de ervilha, bife, galinha assada, costeletas de porco, purê, docinhos, molho, couve-flores, e tantas outras coisas gostosas que Rose não podia nem contar.

– Isso é demais! - Disse Alvo - Mamãe tem que aprender a fazer isso, sério...

– Bom maninho - Começou Tiago - No ano passado eu e Fred também estávamos assim, impressionados, mas, no segundo ano há uma coisa ainda melhor, não é? Fred?

– É, pode crer priminho- Disse Fred - Esse ano, podemos fazer testes para entrar no time de quadribol! Eu e Tiago queríamos ser batedores, como meu pai e meu tio Fred eram, mas o Tiago é melhor como artilheiro então ainda temos de decidir...

– Meninas podem jogar? - perguntou Rose.

Infelizmente ninguém respondeu a pergunta de Rose, pois nessa hora fantasmas começaram á atravessar as paredes. Um fantasma de gola de rufos veio diretamente á mesa da Grifinória - Cabelos ruivos? Mais uma Weasley na Grifinória suponho? Sou o cavalheiro Nicholas de Mimsy - disse formalmente - Alunos novos na Grifinória, ah isso é sempre ótimo, e você, garoto? Muito parecido com um aluno que a Grifinória ganhou á uns 25 anos, você é um Potter, imagino, sim? Este é seu irmão Tiago?

– Sou, Alvo Potter, senhor Nicholas.

– Senhor Nicholas? - Disse um quartanista que estava ouvindo a conversa - Quanta formalidade! Este é o Nick-Quase-Sem-Cabeça!

– Como assim? - Perguntou Rose, quando Nick-Quase-Sem-Cabeça segurou sua orelha irritado e puxou, sua cabeça deitou em seu pescoço como se houvesse uma dobradiça ali. Os alunos, principalmente os mais novos, fizeram cara de horror.

– É esse o resultado de 45 machadadas... - Disse Nick-Quase-Sem-Cabeça triste.

Depois de apreciarem o banquete, e mais tarde a sobremesa, a diretora McGonagall levantou.

– Alunos já está tarde! Espero que todos tenham se alimentado bem - E, com mais duas palmas, a comida sumiu. - Vão para o seu dormitório, alunos do primeiro ano sigam o seus monitores!

– Grifinória? Eu sou a monitora! - Disse a lindíssima veela Victoire Weasley. - Me chamo Victoire Weasley! Sigam-me.

Os novos alunos seguiram Victoire. Os primeiranistas meninos pareciam vidrados ao ver Victoire, e Tiago, já segundanista, fulminava pelos olhos com ciúmes da prima. Ele tinha ciúmes de todas as meninas da família, parecia com Rony quando era mais novo. Os primeiranistas saíram do Salão Principal e subiram uma escadaria de mármore, nas paredes haviam centenas de pinturas murmurando e se mexendo. Andaram por breves minutos até que entraram em um corredor, no final do corredor havia um retrato com uma mulher gorda com um vestido rosa.

– Sua senha? - Disse ela

– Esquelesce! - Disse Victoire, enquanto o retrato girava, dando espaço para entrarem no Salão Comunal da Grifinória, era uma sala redonda cheia de poltronas fofas, tapetes e cortinas vermelhas, também uma lareira que parecia muito confortável - Não esqueçam da senha, é muito importante. Todos os alunos do primeiro ano entraram no salão comunal, e Victoire indicou o dormitório das meninas e dos meninos, cada um com uma escada espiral, o que fez Rose cogitar que os dormitórios ficassem em uma torre. Rose se despediu de Alvo, Tiago e Fred e subiu até o dormitório das garotas. Lá em cima, haviam várias portas com placas, e Rose entrou na que indicava ''Primeiro ano''. Dentro haviam sete camas com dosséis de veludo vermelho-vinho. Haviam também sete cômodas e um banheiro. Rose pôs um pijama e deitou. As camas de Hogwarts eram muito fofas e quentes, no momento em que deitou foi um alívio para suas pernas, fechou os olhos e quase imediatamente adormeceu.

Quando Rose acordou no dia seguinte, todas as outras calouras da Grifinória já tinham saído do dormitório. Rose desceu as escadas em espiral e encontrou Tiago jogando xadrez de bruxo com um garoto que Rose já tinha visto.

– Bom dia meninos. Você já tomou café Tiago? - Perguntou Rose

– Ah já, Alvo ainda está no Salão Principal. Acordou tarde também.

– Ei, já nos conhecemos? - Perguntou Rose para o garoto que estava com Tiago.

– Sim, sou André Corner... pegamos o barco juntos, lembra? - Disse André. Rose percebeu que o garoto falava com certa timidez.

– Ah sim... Bom, estou doida para receber meus horários, então vou tomar café.

Rose saiu pelo buraco retrato e seguiu para o Salão Principal, chegando lá correu para sentar ao lado de Alvo, o Salão estava quase cheio de pessoas tomando café. - Alvo, recebeu os horários?

– Sim, estou com o seu também, pegue - Rose pegou o horário das mãos de Alvo e leu.

– Bom, temos dois tempos de poções daqui á uma hora, com a turma da Sonserina, então é melhor eu comer.

Dois garotos da Corvinal, amigos de Rose, se sentaram na mesa com ela e Alvo. Eram Lorcan e Lysander Scamander, os gêmeos loiros filhos de Luna. Os dois simplesmente se sentaram na mesa e não falaram nada. Eles sempre faziam coisas do tipo.

– Err... Oi meninos - Disse Rose com a boca cheia de mingau.

– Bom dia - Os dois falaram em coro.

– O que estão achando de Hogwarts? - Perguntou Alvo.

– Sombria - Disse Lysander encarando os primos com aqueles olhos grandes e azuis. - Em um dia você chega, é alimentado e bem tratado, mas no dia seguinte de manhã... Você já tem aula...

– Devem ser os narguilés - Disse Lorcan. - Concorda irmão? - Lysander balançou a cabeça afirmando, e eles se levantaram e saíram. Rose e Alvo se entreolharam e riram. Rose comeu mingau de aveia com suco de abóbora, depois correu para o salão comunal da Grifinória, arrumou suas vestes e pôs na mochila suas novas penas e seu exemplar de Bebidas e Poções Mágicas. Depois foi para a sala de poções que ficava em uma masmorra, e foi a primeira a chegar na sala, depois do professor. Quando os outros alunos chegaram o professor começou a dividir a sala.

– Seu nome? - perguntou o professor á um garoto da Sonserina.

– Fiero Goyle - Respondeu o garoto mais corpulento da classe.

– Pode sentar com esse garota - Disse o professor indicando uma menina da Sonserina.

– Você, como chama garotinha? - perguntou para uma colega de quarto de Rose.

– Laís Cleanwater. - Disse a garota, então o professor indicou-lhe Alvo.

– Sente-se ao lado deste garoto - O professor foi dividindo a sala quando só sobrou Rose, Scorpius, e outras duas garotas - Você, de cabelo ruivo?

– Rose, senhor. Ros... - Ela não pode terminar de falar, pois o professor á interrompeu.

– Sim, já imagino... Rose Wesley, pelos cabelos... Ah filha dos que puseram ordem no mundo bruxo... - Rose identificou uma pontinha de desdém na frase do professor.

– Na verdade, é Rose Jean Weasley senhor, min.... - E foi interrompida de novo.

– Sente-se com esse garoto aqui - Disse o professor apontando para onde Scorpius Malfoy estava sentado. Ele parecia ligeiramente irritado, estava olhando diretamente para Rose. Ele era alto, magro e tinha a pele negra, além de um par de olhos negros brilhantes muito expressivos. Ele tinha um rosto... marcante. Rose olhou para Malfoy e viu a careta que ele fez perante a decisão do professor. Rose corou, o que seu pai diria se soubesse que sua filha teve de trabalhar ao lado de um Malfoy em uma aula de poções inteirinha? Sem pensar, Rose levantou a mão.

– Diga, Weasley? - Disse o professor.

– Senhor....?

– Zabini. Blásio Zabini.

– Senhor Zabini, eu vou ter de ficar essa aula inteira com o par que você impôs?

– Não, você terá de trabalhar junto do par que eu impus, até o final do ano, e, se eu quiser, ano que vem também - Rose corou.

– Sim senhor... - Disse triste. Rose olhou para trás e seu primo, Alvo ria e conversava com Laís Clearwater. Sentiu uma pontinha de inveja. Depois da sala ficar inteiramente organizada, o professor Zabini tornou a falar.

– Crianças, sou o professor Blásio, Blásio Zabini, e ensino o preparo de poções, como já sabem. Se... Conjurar um encantamento, é talento, preparar uma poção corretamente também é, certo? Pois bem, quem já folheou o livro deve saber responder essa, o que é uma poção? - Só Scorpius e Rose levantaram a mão. Ao mesmo tempo.

– Malfoy? - perguntou o professor Blásio - Diga?

– Poção, é um líquido precioso - Começou Scorpius - De cheiro, gosto, e coloração variado, e... - Rose se meteu, com certeza não ia ficar atrás de Malfoy nas aulas de poção, de jeito nenhum.

– E pode ser classificada em cura total, remédio, enfeitiçamento e... - Foi interrompida pelo professor.

– Será que você vai ser irritante igual a sua mãe era nas aulas de poções? Querida, só fale se eu lhe der a voz, obrigada. Agora, Malfoy, continue - Rose pode ver o sorrisinho de prazer que o garoto deu.

– Obrigado, professor. Como eu ia dizendo, Poção, é um líquido precioso de cheiro, gosto, e coloração variado, e pode ser classificada em cura total, remédio, enfeitiçamento e envenenamento.

– Obrigado, senhor Malfoy. Agora, vamos preparar uma poção bem simples, nada muito difícil para o primeiro dia - O professor fez um gesto com a varinha, e em cada mesa apareceram um pote com dentes de cobra, um com lesmas chifrudas, e um com espinhos de porco-espinho - Quero que abram na página sete do seu livro, cada um de vocês, e com esses ingredientes preparem uma Poção para curar furúnculos. - Rose ouviu Malfoy resmungar baixinho algo do tipo "Droga, esqueci o meu exemplar". – Cada um vai fazer a sua poção, porém, poderá ser ajudado pelo colega ao lado, até o final da aula, espero ver algum... progresso. Valendo.

– É... Malfoy - Disse Rose quando todos já estavam abrindo o seu livro - Pode ler comigo no meu livro, se quiser.

Eu posso fazer isso sozinho.– Disse Malfoy de um jeito grosseiro.

– Essa eu quero ver - Resmungou Rose baixinho, apanhando seu exemplar de Bebidas e Poções Mágicas e abrindo na página 7.

"Pegue seis dentes de cobra, e triture com um pilão até tomar consistência de um pó." Rose pegou os seis dentes, despejou-os em sua alfomatriz, e não pode deixar de perceber que Malfoy despejara em sua alfomatriz, sua tigela quase inteira de dentes de cobra.

– Scorpius, são seis dentes de cobra que tem de ser triturados, não a metade da sua vasilha! Olha, você não quer mesmo dividir o livro com...

– Me deixe em paz Weasley, eu já disse que não, como você pode querer ser tão sabe-tudo? - Rose corou de raiva.

Escuta aqui garoto, você é surdo ou o quê?– Disse Rose. - O Sr. Zabini acabou de dizer que as duplas podem se ajudar. Eu não quero ser a responsável por você fazer uma poção patética.

– Você é uma covarde mesmo. Como pode ser descendente daquele "trio de ouro" e ser tão medrosa? Cuide do seu - Scorpius revirou os olhos.

– Pra começar, eu nem queria sentar aqui com você, e além do mais, eu não sou medrosa!

– Prove - Malfoy riu desdenhosamente, apesar de sua fala soar indiferente.

– É claro que eu provo!

– Grande Weasley, quero ver você na Floresta Proibida á meia-noite então!

– Nunca! É proibido estar fora da cama essas horas! E a Floresta é perigosa! E proibida, você está louco?

– Covarde. - Cantarolou Malfoy voltando a atenção para sua poção. Rose voltou a atenção para a sua também. Triturou os dentes de cobra até virarem pó, como o livro pedia, e depois despejou três medidas do pó no caldeirão, vermelha de raiva, mais ao despejar a quarta, não aguentou aquela pressão sobre sua mente, a raiva e a vontade de se provar tomou conta dela.

– Ah, certo, nos encontramos no saguão de entrada a meia noite então. E por favor, não seja visto porque cara de idiota você já tem.

– Vamos ver se é Grifinória mesmo - disse Malfoy despejando umas oito medidas de pó de dente de cobra no caldeirão.

– Ah, e só para avisar, são quatro medidas que são adicionadas no caldeirão - Disse Rose encerrando a conversa.

Eram nove horas da noite e Rose estava muito aflita no Salão comunal da Grifinória, soava dês de a raiz dos cabelos ruivos. Estava sentada em uma poltrona fofa em frente á lareira do salão. Alvo e Fred estavam jogando snap explosivo. Rose levantou e foi até eles - Preciso falar com você, Alvo - Alvo levantou e foi com Rose até a poltrona frente á lareira. Alvo sentou e Rose ficou de pé.

– Pode falar - disse Alvo

– Bem, eu... queria saber se você me empresta sua capa da invisibilidade hoje á noite...

– O que?? PRA QUE? Pra fazer boa coisa não é, certo?

– Bom... Não quero ser uma menininha como mamãe era, certinha sabe, então... eu decidi que eu e Scorpius vamos para a Floresta Proi....

– VOCÊ E SCORPIUS? PRA FLORESTA PROIBIDA? E SE VOCÊS MORREREM LÁ?

– SCHHHHH! Fale mais baixo por favor! É que eu e ele nos desentendemos na aula de poção e....

– Nada mais provável! Olha com que dupla aquele professor te pôs! Aquele babaca. E por falar nisso, eu odiei aquele professor panaca... Falando dos nossos pais com desdém, é um invejoso, eu poderia pegá-lo pelo pescoço e...

– Tá bom tá bom - Disse Rose interrompendo - Você é muito irritado ás vezes, você sabia? Eu só preciso da capa Alvo! E o Mapa do Maroto seria ótimo também...

– Eu vou pegar no dormitório do segundo ano. Está com o Tiago... Não diga pra ele, ele não gostaria de saber que você vai a Floresta Proibida. Muito menos com aquele sonserino engravatado;

– Você acha que o papai se orgulharia? Ele disse que já foi até a Floresta quando ele estava no segundo ano....

– Ele iria surtar, sério. Espere aí eu já volto, pegue a sua mochila.

Enquanto Alvo subiu ao dormitório dos garotos, Rose subiu ao das garotas e apanhou sua mochila. Quando desceu, Alvo já estava a esperando.

– Abra sua mochila, Rosie.

Rose abriu a mochila, e de dentro do bolso de sua capa Alvo tirou a Capa da Invisibilidade e o Mapa do Maroto. Após tirá-los do bolso de suas vestes, enfiou muito rapidamente na mochila de Rose, para Tiago não ver.

– Algumas pessoas já estão em seus dormitórios, eu vou subir tomar um banho e ir dormir. Muito cuidado lá fora Rosie, se acontecer alguma coisa seu pai me mata por eu ter te emprestado minha capa e o mapa!

Rose sorriu como despedida. Subiu ao seu dormitório e vestiu uma roupa trouxa. Se trancou no banheiro do seu dormitório e abriu o mapa do maroto, puxou sua varinha, pigarreou, e disse - Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom - Apareceram no mapa todos os lugares de Hogwarts e em forma de pontinhos, as pessoas e onde estavam. Ficou procurando por Scorpius, e o achou no Salão Comunal da Sonserina, na frente de uma garota chamada Alice Greyback. Rose ficou chateada em pensar que ela já tinha aprontado tudo enquanto ele estava conversando. Rose saiu do banheiro e ficou em frente á lareira lendo seu exemplar de Animais Fantásticos e Onde Habitam até onze e quarenta e cinco da noite, guardou o exemplar na mochila, e tirou de dentro dela um espelho, olhou para sua imagem refletida e o guardou, então bocejou. Rose sempre dormia cedo. Olhou dentro de sua bolsa para ver se o mapa e a capa estavam mesmo ali. Saiu pelo buraco retrato, vestiu a capa da invisibilidade e correu para o Saguão de Entrada. Malfoy ainda não estava lá. Ficou lá por uns três minutos e escutou um barulho vindo de um armário de vassouras.

– Psiu!


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Notas finais do capítulo

Deixem opiniões. Beijos de luz :3