"Você luta. Você não desiste. E um dia, você simplesmente muda" – The Walking Dead.

Dia I

Acordo tarde, todos já estão de pé.

Droga...

Visto uma roupa – calça e camisa preta – e vou em direção ao pátio, todos estão reunidos ali há murmúrios vindos dos pequenos grupos. Coloquei nomes com Harley, Jake e Angel nos grupos formados. Nataniel e Mattew são os militares antigos Corvos segundo Angel; Rose Edwards com seu grupo de ninguém é chamada, solitária; Aydee e os outros são os desconhecidos, não vivem juntos. Sabemos que no final teremos que nos juntar e nos tornar uma equipe.

Esperamos em silencio, vejo o cabelo preto de Jake ao lado de Jessica, balancei a cabeça. O que era aquilo? Eu estava incomodada?

Um holograma aparece na nossa frente, é um homem alto com o corpo musculoso e com o cabelo raspado de forma militar, ele nos olhou rapidamente e balançou a cabeça.

– Vou poupar palavras, vocês tem dois dias de treinos para me provarem que são bons o suficiente para ir lá fora e sobreviver. – seus olhos negros faiscam em direção a Jake, Jessica agarra o braço do amigo e ele puxa rapidamente o braço para si e sussurra algo em seu ouvido.

– Se não provarmos o que acontece? – Savannah olha para ele desconfiada.

O homem abre um sorriso.

– Você não terá nenhuma serventia aqui. – ele sorri para ela de forma simpática.

– Você quer dizer que vamos morrer, você vai nos matar é isso? – vejo Savannah dar um passo para frente.

– Não será necessário senhorita, agora contenha-se ou irei puni-la! – o homem grita, seu holograma falha rapidamente e volta ao normal.

É algo recorrente falhas nos sistemas ultimamente, a tecnologia caiu bastante por conta desse maldito experimento. Hologramas de Razza são criados com uma programação padrão e universal para cientistas – que são pessoas equilibradas em maioria e não gritam como esse panaca – qualquer mudança no ambiente há uma queda de energia fazendo programação acionar o estado de segurança, poupando energia para a pequena base que ele se encontra.

– Muito bem, vocês que ficaram com força sigam-me. – seu holograma se duplicou, somente três pessoas o seguiram Aydee, Nathaniel e Harley. – Agora Sangue e em seguida Mente.

Notei que havia mais pessoas em mente, alguns ficavam desconfiados, eu sabia o que iria acontecer... Ele tentaria diminuir o numero de participantes.

FORÇA I

Confiança deixou de ser algo que Nathaniel dê para alguém de bom grado. Por algum motivo ele não deixa ninguém se aproximar dele a não ser o Mattew, talvez porque eles chegaram juntos e se conheceram no caminho. Mesmo assim não é motivo.

“As pessoas as vezes compartilham dores que as aproximam” ele disse para mim certa vez, fiquei em silencio pensando nisso... Será que vamos nos tornar parceiros? Pouco provável.

– Impressionante, poucas pessoas em Força. Na minha prancheta diz que vocês receberam as mesmas doses que Hanna Laurent, a primeira cobaia. Digamos que agora vocês são a defesa e a coragem do grupo, provavelmente por isso pararam em Força, ou simplesmente são fortes e habilidosos... Não poderemos fazer combates corpo a corpo com um grupo de três, então faremos assim, no final um de vocês lutará comigo e será o líder dentre os três.

Nathaniel olha para Aydee e em seguida para Harley e abre um sorriso, é notável o incomodo das duas garotas, homens são mais fortes que mulheres, mas somente músculos não fazem um vitorioso. Aydee tinha resistência e Harley habilidades com tecnologia, imaginei como foi a luta entre elas, apesar de saber que Nathaniel ganharia.

Uma cidade destruída é erguida em poucos minutos dentro da arena, o homem abre uma tela holográfica com um simples movimento e espelha pela cidade elementos que cada um precisaria para sobreviver, suprimentos, armas e pedaços de objetos tecnológicos úteis para construção de armas.

– Não será tão fácil, espalhei dentro da cidade criaturas que temos conhecimento de que vocês vão encontrar, se por um acaso vocês morrerem ai. Morrem de verdade. – ele desaparece.

Ouve-se um estrondo no meio da cidade onde eles se encontram, a primeira bomba havia sido acionada obrigando cada um correr para longe do centro.

Aydee havia sido atingida por pequenos estilhaços da bomba, mancava e havia muito sangue em sua perna esquerda, mas a mesma não abandona o sorriso de vitória dos lábios, ela estava sentindo o sabor da liberdade e da vitória. Entrou na primeira casa a procura de suprimentos médicos, ouviu um barulho vindo da cozinha e resolveu se esconder.

Harley havia corrido em direção ao lado sul, não fazia ideia do que fazer, havia passado a vida inteira fazendo e programando chips, mas não seria agora que iria desistir. Harley vê Nathaniel ao longe, ele já estava segurando uma faca e uma arma .22, ele lutava contra uma criatura que era idêntica a ele, porém a cada golpe que Nathaniel acertava a criatura perdia a aparência de pele humana.

Ela começa a correr em direção ao prédio, Nathaniel parece avista-la correndo, mas foi atacado com um golpe no rosto e parou longe batendo as costas na parede.

Aydee havia achado somente armas e tecnologia quebrada, havia encontrado pílulas pensou em tomar, mas não queria arriscar. Pensou logo em tentar criar algo, mas era inútil nisso. Olhou pela janela quebrada se escondendo atrás da cortina rasgada, viu Harley correr pela rua atenta e olhando para os lados, ela segurava alguns objetos tecnológicos, viu a garota dobrar a rua e se esconder, ela parecia estranhamente calma. Aydee aproveita e resolve acabar com tudo do jeito que sempre fez, com as mãos.

Correu pelas ruas ignorando a dor que sentia em sua perna, entrou na casa em que Harley havia entrando, mas se assustou ao ver Harley caída no chão com uma quantidade de sangue grande em sua barriga, ela respirava com dificuldade e parecia em choque. Aydee correu em direção a Harley e ajoelhou-se ao lado da garota.

Não entendo...

– Harley! Vai ficar tudo bem! – Aydee olhou para a ferida e sentiu vontade de vomitar, estava feio, estava queimado nas laterais, e jorrava sangue. Harley jorrava sangue, sua mão tremia, o tempo era inimigo delas.

– Ay...dee... e...ele esta a...aqui, c..orre... – a voz de Harley falhava, ela lutava para ficar calma.

– Ai meu Deus... O que eu faço? – Aydee coloca as mãos na ferida da garota e pressiona na tentativa de estancar o sangue. – Já sei!

– Por favor Aydee... – Harley segura o braço de Aydee fazendo-a olha-la.

Um barulho foi ouvido do andar superior da casa. Aydee enfiou a mão no bolso do short e retirou o frasco.

– Olha aqui eu não vou te deixar aqui assim, toma isso. – Aydee enfiou algumas pílulas na boca de Harley.

Aydee esperou alguns segundos pelo efeito das pílulas, Harley colocou a mão no ferimento, estava bem melhor havia parado de sangrar.

– Sua idiota porque não foi embora? – Harley olhou para Aydee.

– Ei! Eu salvei sua vida!

– Bom... Obrigado, mas ele está aqui, é cego, estava terminando de criar isso. – Harley foi silenciosamente até suprimentos tecnológicos que Aydee reconheceu somente como lixo. – Até aquilo entrar na casa e me atacar, precisamos encontrar um chip de força, eu projetei alguns devem estar espalhados por ali.

Aydee olhou para o pedaço de metal que parecia uma teia de aranha tecido num braço.

– Ah... “Tendi”, o que é isso?

– Uma arma, vamos usar contra Nathaniel e essa criatura. – Harley sorriu e estendeu a mão para Aydee. – Parceiras?

Aydee olhou para a mão e apertou sacudindo em seguida.

– Parceiras.