Memorias de Guerra - Interativa escrita por Capitu


Capítulo 10
X - Perigo Eminente


Notas iniciais do capítulo

Olá galera, hoje é finalização dos testes para iniciar a ida para fora de Razza, bom espero que gostem!



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O mistério gera curiosidade e a curiosidade é a base do desejo humano para compreender. - Neil Armstrong

Nathaniel cospe o sangue de sua boca, havia uma certa determinação nele que Aydee e Harley não entendiam, ele queria ganhar, talvez para passar por cima de tudo.

Esse é seu modo de esquecer.

Nathaniel puxa a arma e atira na criatura, sua pele falha revelando uma criatura sem rosto com pele de lagarto, a boca cheia de dentes afiados se abre e uma grande língua corta o ar. O sangue que jorra da ferida aberta pela .22 é curado em segundos. Nathaniel se levanta e corre em direção a criatura jogando seu corpo contra o dela, ele sabia que ela não morreria tão facilmente, teria que encontrar um modo de mata-la, mas como?

A criatura solta um grito agudo e recobra a força empurrando Nathaniel de volta, a criatura o encara e ataca rasgando o ar com suas unhas, mais uma vez a arma é usada atingindo o braço da criatura que fica inutilizado.

Nathaniel pega a faca com um movimento rápido e faz um corte no pescoço da criatura que cambaleia para trás, momento certo para uma fuga. Precisava encontrar Harley e Aydee e acabar com aquilo o mais rapido possível.

Harley estava apoiada no ombro de Aydee enquanto caminhavam pela rua, sempre andando pelas sombras para se camuflar, Harley não havia dito nenhuma palavra para Aydee desde que saiam somente apontava para lugares que deveriam ir. Ela parecia conhecer aquele lugar.

– Espera Harley. Você sabe onde estamos? – Aydee tira o braço de Harley de seu ombro.

– Sim, estamos nas Runas ou Ruínas... Meu pai costumava vir aqui comigo para encontrar peças e essa é uma replica perfeita do local. Se formos para prefeitura iremos provavelmente conseguir, vamos ter que entrar em um dos prédios. O único problema é...

– Qual?

– Iremos chegar próximo onde Nathaniel está. Nem eu, nem você temos condições de ganhar dele a julgar pela sua perna e pela minha barriga.

O maior problema de Harley era sua falta de fé nas pessoas, tinha pena dela por causa disso.

– Certo, certo... Onde é a prefeitura?

Harley aponta para um prédio deteriorado ao longe.

As duas tomam mais uma pílula e recomeçam a andar, tentando sempre não fazer barulho. Era possível ver Nathaniel correr e lutar com uma criatura lagarto isso as deixou agoniadas, a chegada ao prédio custou um encontro inesperado entre Nathaniel e as garotas, porém a cada momento as ruas se enchiam de mais de mais criaturas, Nathaniel analisou rapidamente os estados das garotas. Ele não era um monstro, não iria mata-las ou deixa-las. Ele já havia vencido, ele era o líder.

Uma criatura com a pele queimada corre para atacar Aydee, Harley a empurra para o lado recebendo o impacto.

Nunca entendi porque Harley fez aquilo, ela disse que havia visto o chip que tanto precisava na criatura e que assim era o único modo de se livrar daquela prova.

Harley bate as costas e cospe um pouco de sangue, a criatura volta a se concentrar em Aydee, Nathaniel luta contra outras criaturas. Harley enfia um pequeno chip elétrico no equipamento improvisado e abre a mão apontando para a criatura que segura Aydee pelo pescoço e uma rajada de raios saem da sua mão atingindo a criatura sem parar que solta Aydee, Harley segura o braço e fecha a mão. Havia se queimado, Aydee coloca a mão no pescoço tentando recobrar o fôlego, Harley se levanta e atinge mais algumas.

Nathaniel enfia a faca na criatura de olhos brancos, parecia indestrutível, seu corpo se regenerava a cada golpe que o rapaz dava, o cansaço já estava tomando conta de seu corpo, não havia tempo para se preocupar com as outras vidas. A sua estava em jogo.

A criatura jogou seu corpo contra Nathaniel o fazendo ir para trás e em seguida expeliu uma grande quantidade de ácido na direção do rapaz, que se esquivou rapidamente do ataque, não havia jeito de derrotar aquela criatura sozinho, olhou para as garotas e viu Harley atirando rajadas de eletricidade por um equipamento improvisado.

– Harley! – Gritou. – Atinge aqui.

– Abaixa! – Harley gritou.

Harley focou na criatura focando a energia toda em uma só criatura.

FIM DO DIA I – TESTE FINALIZADO – NÍVEL DE APROVAÇÃO DESCONHECIDO.

DIA II

INTELIGÊNCIA/SANGUE

Não havia visto Harley, Aydee ou Nathaniel desde ontem. O clarão branco dentro da pequena arena assustou a todos, a cúpula ficou sem energia por algumas horas e o sistema falhava a todo o momento, os cientistas se reunião tentando religar as câmeras e hologramas.

O sistema ligou no final da manhã e o segundo grupo se reuniu esperando o holograma se projetar novamente.

– Tenho que me desculpar com vocês, o primeiro grupo fritou o sistema e tivemos que improvisar até a chegada da assistência, mas não podemos perder tempo. Quero que se dividam em pequenos subgrupos. Sejam espertos e não escolham por amizade e sim por atributos. É uma dica... Serão largados nas florestas escuros além dos muros de Razza. O objetivo principal de vocês é vencer o outro grupo. – o holograma falhou novamente. – Quero dizer que o primeiro grupo saiu fodido. Boa sorte.

Ouço alguns murmurinhos e vejo alguns grupos começarem a se formar, não procuro formar nenhuma equipe, vejo Willian vir em minha direção acenando de forma amigável, aceno de volta, ele vem acompanhado de Savannah e Jake.

– Kaori você vem com a gente? – perguntou.

Olhei para ele me perguntando se era seu jeito de me convidar para me juntar a eles.

– Sim, sim.

Minutos depois uma grande cidade velha e tomada por arvores é erguida na cúpula, não há nenhum traço de iluminação artificial vindo de cima, era quase impossível de ver. Todos tinham dificuldades de enxergar e muitas vezes se batiam nas arvores ou nas paredes da casa, menos Mattew que guiava sua equipe para longe com segurança.

– Qual o nosso objetivo? – Savannah perguntou ainda parada.

– Acabar com o outro grupo. – Jake respondeu ansioso.

– Não Jake, precisamos encontrar luz. Parece que a habilidade que Mattew tem é visão. Se não encontrarmos logo uma lanterna em uma dessas casas...

Seguimos um caminho até a casa tomando cuidado com as armadilhas espalhadas. Hoje era dia de caça. A casa estava abarrotada de papeis velhos e latas de cerveja, ouço Jake chutar uma caixa e papeis voam e caem que nem folhas secas.

– Droga! Não tem porra nenhuma aqui! – Jake chuta uma segunda caixa vazia.

– Calma Jake. – Toco no seu ombro na tentativa de acalma-lo.

Ele me olha franzindo a sobrancelha, penso por um momento que ele vai gritar comigo, mas ele respira fundo e solta o ar se controlando.

– Savannah parece que encontrou uns fósforos, vai nos dar um tempo até encontrarmos uma lanterna. – Willian entrega uma caixa a Jake. – Faça tochas.

Jake segura e resmunga e começa a preparar.

– Qual o problema com Jake, Kaori? – Savannah se abaixa e começa a vasculhar uma gaveta de papéis.

– Hm... Não sei, ele esta longe de Jessica, talvez preocupação. – vasculho os papeis com calma.

Olho para Savannah, ela esta distraída mexendo nos papeis, parece bastante interessada em alguns papeis, ela parecia saber onde estávamos.

– Savy, você sabe onde estamos não é?

– Sim... Estamos em uma das pequenas cidades dentro das Runas. – ela pega um papel e lê – Projeto Laurent.

– O que é isso?

Ela franze a sobrancelha e começa a ler para si, olha para mim assustada.

– Estamos na casa de um dos cientistas do projeto. Nós não somos o primeiro grupo Kaori.

– O que diz ai Savy? – me aproximo dela e olho o papel com a insígnia de Razza.

Ela me olha e começa a ler.

“A Primeira equipe do experimento de Razza teve uma ótima aceitação com o soro, não houve mortos. A expectativa para o grupo numero 1 foi grande, a porcentagem de sucesso estava quase 100% segundo nossos cientistas George Grant, Alinna Mickelson e Rose Edwards (que também participou do experimento). Porém ao sair além dos muros de Razza para encontrar cidades habitadas e elementos que podemos usar a favor de nossa tecnologia, foi perdido o áudio a partir da terceira semana. Foi relatado por Rose Edwards que os grupos não conseguiam manter a união e estava cada vez mais arriscado dentro do grupo.

A estrutura da equipe não duraria mais do que uns dias depois do ultimo relatório de Rose Edwards, o grupo começou a sofrer ataques de alguma coisa e os companheiros de grupo começaram a questionar a liderança de James Daring, julgando o mesmo pensar somente em interesses que o beneficie e não ao grupo.

Mudanças de personalidades é perceptível por parte dos participantes, algo estava acontecendo com o grupo. Doenças estavam se espalhando pelo corpo dos participantes, fotos mandadas por Rose mostrou queimaduras por radioatividade e algum elemento estranho formando uma camada preta.

O ultimo estagio do experimento foi o mais estranho, somente Rose Edwards voltou a mesma estava esquelética e com machucados, entrava em pânico com o toque de qualquer um e se recusou a falar sobre o que aconteceu. Conectamos a mesma a nossos aparelho para ver o que ela viu, mas não há nada. Sua mente se tornou um cofre blindado a prova de Hackers.

Por isso requisitamos você senhor Joseph Morgan que compareça a um hospital e centro científico para nos contatar.

Atenciosamente, Unknow.”

Savannah me olha um pouco assustada e em seguida dobra o papel e coloca no bolso.

– Temos que ir ao hospital. – ela se levanta.


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