Memorias de Guerra - Interativa escrita por Capitu


Capítulo 8
VIII - Perigo Eminente


Notas iniciais do capítulo

Bom galera queria pedir desculpa a quem eu não respondi os comentários, mas agr eu juro de dedinho que vou responder todos, todos! Então perdoem essa Capitu esquecida :I.
Espero que gostem desse capitulo, hoje provavelmente sai mais dois, como forma de perdão.



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"As vezes precisamos passar dos limites. – The Walking Dead"

Comecei a odiar os padrões de segurança de Razza, não é como se nós fôssemos fugir daqui... Para onde nós iríamos? Teríamos um lugar para ficar depois das mudanças ocorridas? Aberrações é o que nos chamariam, somos melhores e por isso vamos ser mandados para longe. Comecei a entender o experimento nas noites em que passei internada no hospital, meu subconsciente virou minha casa, uma quarto antigo que as vezes tinha uma parede quebrada.

Porque?

[...]

Não sei.

Talvez seja uma daquelas coisas que você não sabe responder só sabe que acontece.

Sigo os guardas e os hologramas na minha frente, entramos num elevador prateado quase não sinto-o descer, entramos nos carros negros, dois corvos me observam ouço sua respiração pesada abaixo da mascara. Ouço o barulho de um "bip" vindo de um deles, ele coloca a mão no ouvido.

– Sim, senhor. Esta tudo de acordo com a numero 11, não há previsão de atraso. – ouço sua voz abafada e grossa pela mascara, era um homem.

Ele retira um pequeno aplicador com sonífero de uma maleta preta que estava ao seu lado. O seu colega segura meu braço e puxa a manga marrom do meu capote.

– Ei! – puxo o braço, mas o Corvo aperta ele com mais força.

– Não precisa machuca-la Adam. Ela vai cooperar. – ele toma meu braço do Corvo e segura com delicadeza, em seguida aperta o gatilho do aplicador.

Não acredito que existam Corvos bons, mas aquele me deixou confusa.

Caio lentamente no sono, acordo duas horas depois, estou nos braços de um dos Corvos, o andar mecânico dele foi o motivo de eu ter acordado, ele olha para baixo rapidamente para se certificar que esta tudo bem e em seguida para e me coloca no chão.

Ele espera alguns instantes esperando que eu ande, começo então aos tropeços. Os dois homens não olham a minha falta de amparo para conseguir andar, vejo os outros reunidos perto de uma grande entrada. Tento andar mais rapidamente, mas tropeço e caio no chão, levanto-me rapidamente com ajuda.

A porta se abre e todos nós entramos, a cúpula esta extremamente quente, o clima se parece muito com o do Deserto de Ossos seria difícil a maioria se adequar ao clima.

Uma garota se espreguiça e tira o capote e a camisa ficando só de top, ela amarra os dois em volta da cintura e coloca a mão na cintura fina.

– Bom, a melhor cama é minha. – a garota joga o cabelo longo para trás e começa a caminhar.

– Vai descobrir que aqui não tem camas. – a garota cujo pai foi ameaçado falou. – Você é Aydee Lamartine, corajosa...Mas burra, você não sabe o inferno que é além dos muros da Cúpula de Myrth.

– O que? Eu devia levar isso como um elogio ou não? – ela olha com raiva para a garota.

– De qualquer modo não tiraria a camisa Aydee.

– Aydee, ela esta certa... – um rapaz se aproxima. – Só espero que sua camisa proteja sua pele, o clima daqui é o de além da Cupula de Myrth, Deserto de Ossos... Já ouviu falar?

– Chega pessoal. Meu nome é Savannah eu sugiro que coloque a roupa, o sol apesar de criado por meio da tecnologia foi feito para imitar o clima do Deserto de Ossos, causando queima na sua pele.

Olhei para Savannah, era perceptível seu conhecimento biológico. Será que havia adquirido depois do experimento?

Aydee olha para a camisa e parece ignorar todos menos a garota que havia falado primeiro.

– O primeiro passo para sobrevivência é não ignorar o que os outros falam Aydee. – a garota fala sorrindo.

– Eu não pedi a opinião de ninguém, principalmente de uma garota arrogante e que esconde o medo como você. É eu sei. O sol não me afeta. – Ela olha para a pele branca. – Não mais.

Todos nós esperamos uma resposta da garota, mas ela apenas abre um sorriso e acena um sim.

Aydee sai caminhando para longe em direção as barracas, alguns vão juntos, talvez gostaram de sua atitude. Os que ficaram se espalham pela cúpula.

Ouço meu estomago roncar, estou acostumada com a fome, mas parece que estou a semanas sem comer, resolvo ir em direção a área de alimentação, uma grande tenda havia sido erguida. Pego uma ração e leio a embalagem de algumas e escolho a com saber de lebre e feijão, esquento no micro-ondas e sento-me numa mesa sozinha.

A carne dura da lebre tinha um gosto horrível, era notável que a comida era artificial, vejo um rapaz se aproximar e se senta com uma bandeja. Não consigo identificar o que ele pegou, mas parece ser bom. Ele me olha por alguns segundos antes de falar algo.

– Você não foi muito inteligente em pegar lebre... – ele corta um pedaço do pão com os dedos e molha no que parece ser uma sopa.

Engasgo com o alimento.

– Ãn? O que disse?

– Sou Jake, prazer. – ele oferece a mão.

Fico receosa em segurar, aperto o garfo.

– Você é péssimo em escolher aliados. – uma garota vem caminhando e se senta ao lado de Jake, ele revira os olhos. – Somente pelo fato dela não segurar sua mão isso a torna insegura.

O que ela estava dizendo? Estava na cara quem era insegura... Respiro fundo para evitar brigas.

– Isso não é insegurança, é desconfiança. Eu não apertaria a mão de um desconhecido. – a garota se senta ao meu lado. – Sou Harley.

– Então... Você fala... Sou Jessica, pode me chamar de Jess. – ela abre um sorriso falso.

– Somente quando for necessário, sou o tipo que observa.

Abro um sorriso para Harley, gosto dela. Ela está comendo carne com salada de legumes.

– Então... Você faz alguma ideia do que esta acontecendo? – Jake olha para mim e para Harley.

– Não... Parece que vão nos treinar e depois nos soltar além das muralhas. – Jess enrola o garfo no macarrão, parece entediada.

– Não é isso que ele quer dizer. – Harley olha para Jake. – Eles estão testando nossas habilidades em grupo, se não nos unirmos eles vão nos matar.

Olhei para Harley, ela parece saber bastante. Olho para suas mãos estão tremulas... Talvez por conta do seu nervosismo, mas ela não me parece nervosa.

– Sua atitude em brigar com Aydee pareceu desunir o grupo. – Jess olha para Harley sorrindo.

Percebo as atitudes infantis vinda de Jess, Harley não parece se importar ela parece saber o que esta acontecendo com Jess. Ciúmes.

– Sim. – Harley abaixa e come um pouco dos legumes.

– Porque tem sempre que instigar brigas Jessica? Esse assunto é passado, não quero agir feito seu irmão aqui. – Há um certo tom de reprovação na voz de Jake.

– Cuidar de duas vidas é mais difícil para onde vamos. – digo.

Jess olha para mim e depois para Jake, com um misto de raiva e decepção. Ela se levanta e vai em direção as barracas deixando quase todo o macarrão no prato.

Jake não parece se importar, ele é frio. Me incomoda pessoas sem sentimentos e ele não tem nenhum. Harley não parece se incomodar com o que esta acontecendo, parece pensativa.

XX

Não demora muito para escurecer, resolvo passar o dia com Harley e Jake, percebo que Harley conhece uma garota dali chamada Angel, ela parece incomodada por ser chamada assim e fica vermelha de raiva, fazendo Harley rir - esse é um dos poucos momentos que a mesma abre um sorriso. Jake não faz questão de se manter na conversa, mas parece ficar incomodado quando ignoram o que ele fala.

– Parece que estão adiantando o dia, esta anoitecendo mais rápido... – Angel fala olhando.

– Sim... Querem nos testar logo. – Harley olha para o céu artificial escuro e sem estrelas.

Era verdade, me levanto e vou em direção as barracas, querem nos testar. Façam suas apostas, os dados vão rolar...


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Notas finais do capítulo

Então pessoal é isso. Sei que estão ansiosos para a saida do grupo, peço somente um pouquinho de paciência (sério, até amanha apenas :x).
Pessoal, por favor. Me mandem o nome do personagem de vocês. Vou ficar agradecida