POVs Remus

E quando pensamos que nada poderia acabar com a nossa paz, descobrimos que houve uma fuga em Askaban. Assim que soubemos disso fui buscar Jacob e Harry, para que eles ficassem conosco, já que James iria à procura dos fugitivos com os demais Aurores.

– Isso é impossível, ninguém nunca fugiu de lá. – Lilly falou sentada no sofá ao lado do filho.

– Com certeza eles tiverem ajuda. – falei calmo.

Por fora eu parecia o homem mais calmo do mundo, mas por dentro meus nervos estavam em desespero, estava preocupado com minha família. Já era tarde quando James e Sirius voltaram, e sem nenhuma novidade sobre os fugitivos. Todos já tinham ido embora, Jacob já tinha ido para seu quarto, enquanto em nosso quarto, nem eu ou Jasmine conseguíamos dormir.

– Eu pensei que poderíamos ser felizes agora. – Jas falou com a cabeça deitada em meu peito. Apenas a abracei forte e a beijei sua testa.

– Mãe? Pai? – Jacob falou abrindo a porta. – Posso dormir com vocês? – perguntou manhoso.

– Pode sim. – falei rindo. Nem tivemos chances de nos arrumarmos, pois ele correu em direção à cama e pulou, ajeitando-se entre nós.

Jacob se aconchegou em meus braços, Jasmine mexia em seu cabelo.

– Não contamos a novidade para ele. – Jas falou sorrindo.

– Vou poder andar de moto com o Tio Sirius? – Jacob disse alegre.

– NÃO! – falamos eu e Jasmine juntos.

Nossa resposta fez com Jacob cruzasse os braços e ficasse de bico, uma copiava perfeita da mãe.

– Seremos seus professores esse ano. – disse mexendo em seu cabelo.

Jake olhou para Jas que concordou, depois ficou me encarando.

– Isso vai ser incrível papai, você vai ser meu professor! – falou abraçando-me forte.

– Com certeza vai ser. – falei sorrindo feito um bobo.

SEMANAS DEPOIS

Já estávamos na Estação de King Cross, Jacob estava animado de uma forma que nunca vi.

– Pelo menos ficarei mais tranqüilo com vocês dois lá. - Elliot falou ao meu lado despedindo-se da Cindy.

– Ela vai fica tirando pontos nosso. - Cindy falou cruzando os braços gesticulando com a cabeça para a irmã.

– Vou mesmo, sou professora, posso fazer o que quiser. - Jasmine falou fazendo uma careta.

As duas começaram a discutir algo que já acontecia nos últimos dias, desde a notícia que Jasmine seria professora. Elliot bufou pegando as duas pela orelha.

– Jasmine você já é adulta para de fazer pirraça. - falou sério. - E Cindy, não provoca. - completou soltando as duas.

– Vou ficar de olho nelas, pode ficar tranqüilo. - falei puxando Jas pra mim.

– Mamãe vai ficar tudo bem. - ouvimos Harry falar as nossas costas.

Desde que houve a fuga, James e Lílian tem medo de que Bellatrix vá atrás de Harry, já que ela o culpa pela queda de ser Lorde. James sofreu bastante para convencer Lilly a deixar Harry ir para Hogwarts.

– Vamos está na hora! - Jacob falou nos puxando para o trem.

Despedimo-nos de todos, e já nos últimos minutos, Benjamin e Sirius chegaram para se despedir. Assim que o trem partiu Jacob andava alegre pelos corredores a procura de um vagão livre.

– Vamos ficar em outro vagão amor, vá ficar com seus amigos. - Jasmine falou sorrindo, Jake concordou por fim, nos abraçamos e ele seguiu os amigos.

Demoramos a encontrar um vagão livre, por fim finalmente achamos um ao final do trem.

– Estava com saudades desse trem. - falei sentando-me no banco. - Boas lembranças. - completei sorrindo.

– Verdade, foi ali naquele canto que fiquei com o Régulos. - Jasmine disse marota olhando para o corredor.

Bufei de raiva, como ela poderia falar que aquela lembrança era boa? Jas começou a rir, com sua risada mais engraçada possível.

– Meu leãozinho, estou brincando. - falou sentando em meu colo. - Podíamos reviver outra lembranças né.- completou mordendo minha orelha.

– Jas, somos professores. - falei mordendo os lábios.

– E isso não te deixa excitado? - falou rindo.

Acariciei sua bochecha e sorri, não iria importar quantos anos se passassem, eu iria amar aquela mulher. Juntei nossos lábios e durante o beijo podia sentir seu sorriso.

POVs Jacob

Nunca vi meus pais tão preocupados como estavam nesses últimos dias, até mesmo tio Sirius e o tio Ben que sempre estão fazendo bagunça estavam diferentes. Na real todos estavam diferentes, mas eu no fundo estava feliz, meus pais serão meus professores.

– Vocês vão se dar bem, a mana vai ajudar um monte a Grifinória. – Cindy falou ao meu lado ainda emburrada.

– Isso é inveja porque somos melhores do que todos os Sonserinos juntos. – Sam falou rindo, estendendo a mão para que Harry a cumprimenta-se.

Cindy levantou-se do banco e saiu do vagão irritada.

– Cindy espera! – corri para a porta mais ela já estava longe no corredor. – Porque você sempre tem que fazer isso Sam? – perguntei voltando para meu lugar.

– Ela só falou a verdade. – Harry falou orgulhoso, defendendo-a.

Sempre era assim, os dois quase sempre estavam se matando, mas sempre se defendendo no fim. Tio Ben dizia que os dois no fim iriam ficar juntos, algo que tio Sirius sempre concordou, “Ela é ruiva, está no sangue dos Potter’s, todos amam ruivas”, ele disse-me numa noite. A porta do vagão foi aberta com força nos assustando.

– O que você fez com a Cindy? – mamãe falou olhando séria para Sam.

– Não acredito que aquela chorona foi correndo pra você. – Sam falou levantando-se. – Ela que começou não fiz nada. – completou fazendo voz de vitima.

Harry logo concordou rindo, mamãe ainda ficou encarando os dois, e virou-se para mim.

– Jacob o que aconteceu? – perguntou calma.

As costas dela, Sam e Harry faziam sinal para que eu ficasse quieto, mamãe ainda continuava me encarando. Quando de repente o trem parou, dando um grande solavanco, mamãe foi até a porta e olhou preocupada.

– Fiquem aqui, vou ver o que está acontecendo. – falou séria, saindo do vagão e fechando a porta.

Logo em seguida papai entrou de mãos dadas com Cindy, vindo do lado oposto ao qual mamãe foi.

– Cadê sua mãe? – perguntou preocupado.

– Foi pra lá. – respondi apontando.

E assim ele saiu nos deixando sozinhos, Cindy e Sam ainda se olhavam com raiva, sorri para Cindy e ela logo sentou ao meu lado, e segurou minha mão.

– Será que aconteceu algo? – perguntou baixinho.

– Só deve ter quebrado o trem. – respondi tentando confortá-la.

Cindy era minha tia, mas éramos como irmãos, ela sendo um ano mais nova, acabava sempre a protegendo, diferente de Sam, que abusava do fato de ser minha tia, e acreditava que tinha poderes para mandar em mim.

– Está ficando frio ou é impressão minha? – Harry falou passando a mão pelo braço para se esquentar.

No corredor alguma coisa se movimentava, um vulto negro. E o frio ali só aumentou. A porta foi aberta, e uma mão apodrecida surgiu, parecia um humano, com aproximadamente três metros de altura, mas coberto por uma capa escura e encapuzado que só revelam mãos e rostos cinza e deteriorados. Ele se aproximou de Harry, que ficou estático.

– Hey! – ouvimos a voz do papai vindo as suas costas. Expecto Patronum! – ele gritou, e uma figura prateada na forma loba, que é a forma animaga da mamãe, o atingiu em cheio, o afugentando para longe.

Mamãe correu até Harry que ficou meio zonzo.

– Ele vai ficar bem não vai? – Sam perguntava preocupada. Mamãe apenas concordou com um aceno, e continuou dando atenção para o Harry.

– Todos estão bem? – papai perguntou voltando para o vagão.

– O que era aquilo? – Cindy perguntou ainda assustada.

– Um dementador, são os guardas de Askaban. – respondi tentando parecer calmo.

– Devem estar procurando os fugitivos. – papai falou ajudando Harry a se sentar.

Logo o trem voltou a se locomover, e não demorou muito para chegarmos em Hogwarts, papai e mamãe se despediram, e fomos pegar a carruagem, Cindy foi com suas amigas, enquanto dividi a carruagem com Sam, Harry, Rony e Hermione que também eram da Grifinória.

– Olha, agora tenho um rato. O encontrei perto de casa. – Rony falou mostrando o animal. – Ele já está um pouco velho, o nome dele é Perebas. – completou sorrindo.

– Ele é encantador. – falei tentando não rir.

– Você mente muito mal Jake. – Harry falou fazendo todos rirem.

Chegamos ao castelo e fomos para nossa mesa, a maioria já tinha chegado, conversávamos animados.

– Jake alguém não tira os olhos de você. – Harry falou maroto apontando para Miranda, uma garota do mesmo ano que nós, mas da Sonserina.

Abaixei a cabeça e corei.

– Hahaha, deixa só a mana saber que sua namorada é da Sonserina. – Sam falou mexendo em meu cabelo.

– Ela não é minha namorada. – falei baixinho.

Comentei baixinho ainda corado, olhei rapidamente para Miranda, e ela sorriu, e meu coração parou naquele momento, balancei a cabeça, tentando não pensar nela.

– É tão bom revê-los mais uma vez! – A professora Minerva falou, ao lado do Chapéu Seletor, e assim se iniciou seleção para as casas.

Mas uma vez o Chapéu Seletor fez seu enorme discurso, olhei para mesa dos professores, a mamãe fingia dormir, enquanto era repreendida pelo papai.

– Aquela não é Jasmine Stark? – Fred perguntou, mas acho que era o Jorge.

– Ela mesma. – concordei sorrindo.

– Ela pode nos ensinar uns lances de quadribol. – Jorge falou animado, ou seria o Fred?

Professor Dumbledore então se levantou, e o silêncio dominou o grande salão, olhou ao redor, e sorriu.

– Antes de iniciarmos o delicioso banquete tenho alguns anúncios a fazer. – falou calmamente. – Tivemos algumas mudanças com relação aos nossos professores. Como o professor Snape teve que se ausentar. – completou logo em seguida.

Nisso as mesas da Grifinória, Corvinal e Lufa-Lufa começaram a comemorar mesmo com todo o barulho que era feito, consegui identificar a risada da mamãe.

– Sim sim, mas ano que vem ele irá voltar. – Professor Dumbledore falou rindo. – E para substitui-lo teremos a professora Jasmine Lupin. – completou gesticulando para mamãe que se ergueu sorrindo e cumprimentando os alunos.

– Linda, eu te amo! – Harry gritou entre as palmas.

Pude ver papai corado, enquanto mamãe mandava beijos em nossa direção, fazendo todos rirem.

– E como novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, o professor Remus Lupin.

Assim como mamãe, papai se ergueu e cumprimentou todos que aplaudiam, alguns cochichavam baixinho, e a grande maioria vinha da mesa da Sonserina.

– E esse ano a matéria de Trato das Criaturas Mágicas será lecionada por ninguém menos que o nosso querido Rubeo Hagrid. – Dumbledore prosseguiu apontando para o meio gigante que sorria envergonhado da mesa.

A professora Minerva o cutucou para que ele se levantasse o que acabou fazendo com que ele quase derrubasse a mesa, todos aplaudiram.

– E por fim, devido aos últimos acontecimentos, esse ano teremos como hospedes, os Dementadores de Askaban. – assim que ele terminou essa fala se iniciou um falatório. – O Ministério me garantiu que eles não iram interferir em nosso cotidiano. – completou calmo.

Ainda era possível ouvir alguns cochichos, mas assim que Dumbledore voltou a falar todos se calaram.

– Lembrem-se a felicidade pode ser encontrada mesmo nas horas mais difíceis, se você se lembrar de acender a luz. – falou sorrindo. E nesse instante como de costume a comida surgiu em nossa frente.

Todos se deliciavam com o banquete, até mesmo mamãe e papai, que conversavam animados com a professora Sprout. De lá mamãe sorriu, e mostrou à língua, esse com certeza será o melhor ano em Hogwarts.