Sirius, eu ainda amo o Remus! escrita por Kayla Black Lupin, Agent Kenway Lupin


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Quem sentiu minha falta levanta a mão O/

Desculpem pela demora, mas fiquei sem tempo, é final do semestre, tenho muita coisa para estudar.

Dica da Tia Kayla: Não façam faculdade de Direito, e tentem escrever fanfics, é muito dificil hahahaha

Mas enfim, finalmente mais um capitulo, ei sei ficou grande, mas eu me empolguei, sim a cena final é exatamente a cena do livro "Prisioneiro de Askaban", é meu livro preferido, então vou usar muito ele, como gosto desse trecho não pude deixar de colocá-lo, mas fiz algumas mudanças, espero que gostem, e desculpe qualquer erro. terminei o capitulo no serviço, pode ter passado algum errinho despercebido :D

Espero que gostem *-*



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POVs Jasmine

Caminhava pelos corredores, e em cada canto uma lembrança vinha em minha mente, cheguei diante do quadro da Mulher Gorda, que logo me reconheceu.

– Como você cresceu Jasmine, ficou linda. – ela disse sorrindo.

– Sempre fui. – falei convencida. - Fortuna Major! – completei falando a senha para que pudesse entrar no salão da Grifinória.

E assim que passei pela porta, os alunos que faziam festa, ficaram em silêncio, e ficaram me encarando. Olhei ao redor e sorri.

– Mãe? Quer dizer professora? – Jacob falou aproximando-se. – Aconteceu alguma coisa? – completou puxando-me para um canto.

– Pensei que poderia estar rolando uma festa. – falei olhando ao redor. – Mas percebo que vocês não são animados. – completei cabisbaixa.

Alguns alunos me olhavam incrédulos outros gargalhavam.

– Com licença. – um par de gêmeos ruivos se aproximou.

– Sou Fred, e esse é o meu irmão Jorge, somos os batedores do time de quadribol. – falou calmo.

– Gostaríamos de saber se você não pode nos dar umas dicas. – o outro completou baixinho.

– Para bater em sonserinos? Eu posso até jogar no lugar de vocês. – falei animada sentando-se numa poltrona. – Quem é o contrabandista daqui? – completei olhando para os alunos que me encaravam.

Alguns fingiram nem ouvir minha pergunta, até que uma garota de cabelos cacheados se aproximou.

– Sou Hermione Granger, e eu sei quem são os contrabandistas. – falou cruzando os braços.

– Pode me falar. – disse ajeitando-me na poltrona.

– O Jacob e o Harry. – ela falou séria.

Olhei na direção dos dois, Harry continuava com o seu olhar maroto, o qual herdou de James, já Jacob estava de cabeça baixa super corado.

– Porque vocês não me contaram isso? – perguntei me levantando, alguns alunos me olharam com medo. – Eu quero duas garrafas de uísque de fogo. – completei antes que Jacob pudesse se defender.

Harry caiu na gargalhada, assim como todos na sala, enquanto Jacob ainda me olhava desconfiado.

– A senhora não vai contar para o papai? – perguntou baixinho.

– É claro que não meu mini lobinho. – respondi o abraçando. – Os dois, me procurem amanhã no fim da aula. – falei diretamente para os gêmeos que concordaram.

Despedi-me de Jacob, e sai do salão, voltando para minha sala, ao fundo ficava meu dormitório, e lá chegando encontrei Remus me esperando.

– Onde você estava? – perguntou encarando-me.

– Fui visitar o salão da Grifinória. – respondi sorrindo.

Caminhei lentamente, e sentei-me ao lado dele na cama, Remus continuou em silêncio, até que por fim se virou para mim e juntou nossos lábios. O mordi levemente, ouvindo um gemido baixinho. Remus logo tirou minha camisa.

– Ei espera. – falei parando o beijo, fazendo com que ele me olhasse confuso. – Você disse que deveríamos nos comportar. – completei rindo.

– Isso não quer dizer que não podemos fazer nada. – ele disse dando selinhos em meu pescoço.

– A, mas eu quero me comportar. – falei tentando segurar o riso.

Remus me olhou sério, mas concordou, dando-me um beijo e caminhando em direção à porta, eu ri, depois de anos ele ainda caía nas minhas brincadeiras. Corri em sua direção e pulei em suas costas.

– Poderíamos reviver algumas lembranças né? – falei marota mordendo sua orelha.

– Que tipo de lembranças? – Remus perguntou, pegando-me no colo e fazendo com que entrelaçasse minhas pernas em sua cintura.

– Aquelas na sala precisa. – respondi mordendo os lábios.

Remus ficou pensando por um tempo, enquanto andava comigo em seu colo pela minha sala.

– Feito. – falou maroto. – Mas a gente tem que estar de volta antes que todos acordem. – completou sério.

Concordei sorrindo, e juntei nossos lábios, e Remus me levou para reviver nossas lembranças.

POVs Jacob

Todos no salão falavam a respeito do que tinha acabado de acontecer.

– Jake sua mãe é incrível. – uma garota no sétimo ano falou sorrindo.

– Acho que assim, você consegue umas gatas. – Harry falou me cutucando.

Samantha ria ao lado dela, achei estranho já fazia três horas que os dois não discutiam, conversamos mais um pouco até que lembrei-me de algo que precisava falar com os dois, fiz um sinal para que eles me seguissem até nosso dormitório.

– O que houve Jake? – Sam perguntou sentando-se na cama de Rony, que dividia o dormitório comigo e Harry.

–Tive um plano para atacar os sonserinos. – falei orgulhoso.

No rosto de Harry um enorme sorriso nasceu, desde o inicio sempre tivemos uma disputa contra a Sonserina, sempre atacávamos um ao outro, e esse ano atacaríamos primeiro.

– E qual é o plano? – Harry falou ainda sorrindo, um sorriso que mamãe dizia que mesmo ele não sendo filho de Sirius, herdou dele.

– Bomba de fedor. – falei rapidamente.

– Você ficou maluco? Você não sabe fazer isso. – Sam falou cruzando as pernas na cama. – O quarto de hospedes do Tio Remus ainda está fedendo. – completou rindo.

Fiz uma careta lembrando-me da ocasião, estávamos tentando fazer uma bomba de fedor, na realidade, eu estava. Já que Harry e Sam são péssimos em poções. Mas a bomba deu totalmente errado, já fazia quase um ano que isso aconteceu, e o quarto lá em casa ainda permanecia com o mau cheiro.

– Eu sei disso. – falei baixinho.

– Então gênio como vamos fazer isso? – Sam falou acertando um tapa em minha cabeça como sempre fazia.

– Por que conheço alguém que vai nos ajudar. – respondi a olhando sério, assim como ela, Harry me olhava confuso. – Alguém que não suporta a Sonserina, e é campeã em ganhar detenções assim como nós. – completei rindo.

Não demorou muito para que eles entendessem de quem falava, e assim gargalhamos juntos, esse ano a Sonserina irá sofrer em nossas mãos. Ficamos decidindo os detalhes sobre o plano até tarde, e nem vimos o tempo passar, o que dificultou muito acordar para as aulas.

– Harry. – falei cutucando meu amigo. Suspirei fundo. – ACORDAAA!!! – gritei o fazendo finalmente se levantar.

– Feliz agora? – ele disse se arrumando.

E logo fomos para o Grande Salão, encontrando Sam e os outros na mesa da Grifinória, todos conversavam animados, Cindy passou por mim e bagunçou meu cabelo, ela ia em direção a mesa da Sonserina junto de Miranda, que me olhou e sorriu.

– Ele ficou corado de novo. – Sam disse baixinho para Harry, que riram.

– Estranho, o papai e a mamãe ainda não estão aqui. – falei tentando mudar de assunto, olhando para a mesa dos professores, onde, apenas os dois faltavam.

– Agora a culpa é minha? – ouvimos a voz da mamãe vindo do corredor.

Logo em seguida papai entrou no salão, ajeitando a roupa com um olhar sério, mamãe tentava andar e vestir os sapatos.

– Eu falei que tínhamos que voltar antes que todos acordassem. – papai sussurrou.

Mamãe apenas olhou para ele e começou a rir, o fazendo ficar mais zangado, ele passou por nós e assim como Cindy bagunçou meu cabelo e foi em direção a mesa dos professores.

– Seu pai é confuso. – mamãe falou se aproximando.

Não importasse quantos anos passassem, mamãe sempre seria marota, era a frase que meu pai mais usava para descrevê-la. Harry me cutucou, fazendo sinal para que eu já falasse com ela sobre nosso plano.

– Precisamos da sua ajuda. – falei antes que ela fosse encontrar o papai.

– Em que? – perguntou calma.

– Um plano de ataque contra a Sonserina. – Harry falou baixinho.

A principio mamãe nos olhou séria, mas logo um sorriso maníaco brotou em seus lábios.

– O que querem fazer? – perguntou olhando para ver se papai se aproximava.

– Uma bomba de fedor. – Sam falou baixo, já que alguns sonserinos passavam.

– Eu ajudo. – mamãe falou marota. – Mas vocês tem que me garantir que a Cindy não estará lá. – falou agora séria.

Concordamos rapidamente, nunca vi mamãe sorrindo daquela forma, e ela estava linda, agora entendo quando papai dizia que mesmo não aprovando as brincadeiras dela, adorava quando ela as fazia, pois amava ver como mamãe ficava feliz.

– Você tem que dar aula. – papai falou ao nosso lado, nem tínhamos percebido que ele se aproximava.

– Ainda está cedo, vou tomar meu café. – mamãe falou fazendo uma careta.

Mas papai a segurou e mostrar a hora, a fazendo bufar, ele sorriu e entregou um pedaço de bolo de chocolate.

– Não se atrase Lynce. – ele falou dando um selinho nela e saindo.

– Sou professora posso me atrasar. – ela falou dando um piscada para nós e seguindo o papai.

POVs Remus

O primeiro dia de aula tinha chegado ao fim, até que não foi tão difícil assim, eu podia ver alguns alunos cochichando baixinho, mas eu tentava não me importar.

– Adivinha quantos pontos tirei da Sonserina hoje? – Jasmine falou entrando na minha sala alegre.

– Jas, já conversamos sobre isso, você não pode tirar pontos deles toda hora. – falei rindo.

– Mas eles mereceram. – ela falou fazendo bico e cruzando os braços.

– Fizeram o que? – perguntei sério.

Ela resmungou alguma coisa que não pude entender.

– Jasmine? – falei num tom mais alto.

– Eles não me deram bom dia. – Jas falou baixinho. – Não vou fazer de novo. – completou fazendo bico.

Não pude deixar de rir, pois sabia que ela iria fazer de novo.

– E as suas aulas como foram? – ela perguntou entrelaçando os braços em meu pescoço.

– Foram boas, só tive aulas com as turmas dos últimos anos. – respondi baixinho.

– Amanhã você vai dar aula para o Jake. – Jasmine falou apertando minhas bochechas. – Você está animado? – completou sorrindo.

Fiquei pensando por alguns segundos, no fundo estava com medo, de decepcionar meu filho, de não ser um bom professor, que a turma me detestasse e todos o zoassem, além do que já podem falar por ele ser filho de um lobisomem.

– Ai! – falei colocando a mão na testa.

Jasmine gargalhava, pois tinha me acertado um tapa.

– Pensei que você tinha desligado. – ela falou fazendo uma careta. – Posso assistir sua aula amanhã? – completou falando manhosa.

– Você tem que dar aula. – falei acariciando seu rosto.

– Na realidade tenho o primeiro tempo da tarde é livre. – Jas respondeu alegre.

Eu sabia que não poderia negar nada a ela, mesmo depois de anos, ela ainda tinha vários métodos que me fariam aceitar qualquer uma de suas ideias.

– É claro que pode. – falei sorrindo.

Jasmine se jogou em meus braços, fazendo com que caíssemos no chão da sala, ela gargalhava, e ainda rindo, juntou nossos lábios. Fomos para a cama e parecia que não queria amanhecer, estava nervoso, com a aula que iria dar para a turma do terceiro ano.

– Vai dar tudo certo. – Jas falou dando-me um beijo no café da manhã e seguindo para sua sala.

As aulas da manhã foram interessantes, para as turmas do quinto ano expliquei sobre o Feitiço do Patrono, já para os do segundo ano que era a turma da Cindy, trouxe para sala de aula alguns pequenos duendes de jardim, que Lilly retirou de seu quintal para mim. E quando percebi já estava na hora do almoço.

– Quem está animado? – Jasmine falou assim que cheguei para almoçar.

– Você está me deixando mais preocupado. – falei baixinho.

– Você vai se sair bem meu lobisomem. – Jas falou me beijando.

– Hmmmmm. – Os gemêos Weasley falaram passando por nós.

O que me fez corar, e abaixar a cabeça.

– Trinta e dois anos nas costas e ainda fica corado. – Jas falou mordendo os lábios.

– Não tem graça. – falei baixinho.

– Oi. – Jacob falou aparecendo ao nosso lado com Harry e Sam.

– Como será a aula hoje tio? Quer dizer, professor. – Harry falou sorrindo.

– Pior que a do Ranhoso. – Jasmine falou rindo.

– Vocês vão gostar. – respondi calmo.

Eles sorriram e caminharam em direção ao Salão Principal, exceto Jacob que ainda ficou nos olhando.

– Todos do castelo estão falando das aulas de vocês, as melhores que já tiveram. – Jake falou sorrindo.

– É claro, eu sou ótima. – Jas quase gritou.

– Estou muito feliz de vocês serem meus professores. – Jake falou nos abraçando.

– Também estamos filhote. – falei animado.

Já estava na hora da aula, estava na minha sala apenas esperando que todos chegassem, sentei em minha mesa e fiquei aguardando, eles logo chegaram e começaram a se acomodar nas mesas.

– Boa-tarde – cumprimentei a todos. – Por favor guardem todos os livros de volta nas mochilas. Hoje teremos uma aula prática. Os senhores só vão precisar das varinhas

Alguns alunos se entreolharam, curiosos, enquanto guardavam os livros.

– Certo, então – falei sorrindo, quando todos estavam prontos. – Queiram me seguir.

Intrigados, mas interessados, os alunos se levantaram e me seguiram para fora da sala. Os levei por um corredor deserto e virei num canto, onde a primeira coisa que encontramos foi o Pirraça, o poltergeist, flutuando no ar de cabeça para baixo, e entupindo com chicles o buraco da fechadura mais próxima.

Pirraça não ergueu os olhos até que cheguei a mais ou menos meio metro; então, agitou os dedos dos pés e começou a cantar.

– Louco, lobo, Lupin – entoou ele. – Louco, lobo, Lupin...

Grosseiro e intratável como era quase sempre, todos me olharam para ver qual seria a minha reação àquilo; mas apenas continuei a sorrir.

– Eu tiraria o chicle do buraco da fechadura se fosse você, Pirraça – falei gentilmente. – O Sr. Filch não vai poder apanhar as vassouras dele.

Mas o poltergeist não deu a mínima atenção às minhas palavras a não ser para respondê-las com um ruído ofensivo e alto feito com a boca. Dei um breve suspiro e tirei a varinha.

– Este é um feitiçozinho útil – falei à turma por cima do ombro. – Por favor observem com atenção.

Ergui a varinha até a altura do ombro e disse:

– Uediuósi! – e apontei para Pirraça.

Com a força de uma bala, a pelota de chicle disparou do buraco da fechadura e foi bater certeira na narina esquerda de Pirraça; o poltergeist virou de cabeça para cima e fugiu a grande velocidade, xingando.

– Maneiro, professor! – exclamou Rony Weasley admirado.

– Obrigado, Rony – falei tornando a guardar a varinha. – Vamos prosseguir?

Recomeçamos a caminhada, os conduzi por um segundo corredor e parei bem à porta da sala de professores.

– Entrem, por favor – disse, abrindo a porta e me afastando para os alunos passarem.

A sala dos professores, uma sala comprida, revestida com painéis de madeira e mobiliada com cadeiras velhas e desaparelhadas, estava vazia, exceto por uma ocupante. Jasmine estava sentada em uma poltrona baixa e ergueu os olhos para os alunos que entravam, e sorriu.

– Se não se importam, a Prof Jasmine assistirá nossa aula. – falei olhando para todos que concordaram.

– Se ela não tirar nenhum ponto nosso. – Draco Malfoy falou ao fundo da sala.

Jasmine já estava ao meu lado, e antes que ela pudesse falar alguma coisa, tapei a sua boca, a levando para se sentar ao lado da vitrola.

– Agora, então – falei, chamando, com um gesto, a turma para o fundo da sala, onde não havia nada exceto um velho armário em que os professores guardavam mudas limpas de vestes. Quando fiquei ao lado do armário, ele subitamente se sacudiu, batendo na parede.

Todos me em seus rostos tinham um olhar preocupado, enquanto no canto da sala Jasmine olhava marota para mim.

– Não se preocupem. - falei calmamente porque alguns alunos tinham pulado para trás, assustados. - Há um bicho-papão aí dentro. – completei sorrindo.

Tenho certeza que a maioria dos garotos achou que isso era uma coisa com o que se preocupar. Neville lançou ao professor um olhar de absoluto terror e Simas Finnigan mirou o puxador, que agora sacudia barulhentamente, com apreensão.

– Bichos-papões gostam de lugares escuros e fechados – informei. – Guarda roupas, o vão embaixo das camas, os armários sob as pias... Eu já encontrei um alojado dentro de um relógio de parede antigo. Este aí se mudou para cá ontem à tarde e perguntei ao diretor se os professores poderiam deixá-lo para eu dar uma aula prática aos meus alunos do terceiro ano.

Devido ao sacolejo do armário, os alunos ainda continuavam se afastando.

– Então, a primeira pergunta que devemos nos fazer é, o que é um bicho-papão?

Hermione levantou a mão.

– É um transformista – respondeu ela. – É capaz de assumir a forma do que achar que pode nos assustar mais.

– Exatamente. – falei sorrindo. - Ninguém sabe qual é a aparência de um bicho-papão quando está sozinho, mas quando eu o deixar sair, ele imediatamente se transformará naquilo que cada um de nós mais teme. – completei calmo.

– Isto significa. – continuei. - Que temos uma enorme vantagem sobre o bicho-papão para começar. Você já sabe qual é, Harry?. – completei direção meu olhar para ele, que me olhou surpreso.

– Hum... porque somos muitos, ele não vai saber que forma tomar. – Harry respondeu um tanto nervo.

Sorri com sua resposta, e caminhei para perto dos alunos.

– Isso mesmo. – falei ao lado de Jasmine. - O feitiço que repele um bicho-papão é simples, mas exige concentração. Vejam, a coisa que realmente acaba com um bicho-papão é o riso. Então o que precisam fazer é forçá-lo a assumir uma forma que vocês achem engraçada. Vamos praticar o feitiço com as varinhas primeiro. Repitam comigo, por favor... riddikulus.

– Riddikulus! – repetiu a turma.

– Ótimo – aprovou o Prof. Lupin. – Muito bem. Mas receio que esta seja a parte mais fácil. Sabem, a palavra sozinha não basta. E é aqui que você vai me ajudar Neville. – completei olhando para o garoto que quase teve um ataque ao ouvir seu nome.

O guarda-roupa recomeçou a tremer, embora não tanto quanto Neville, que se dirigiu para o móvel como se estivesse indo para a forca.

– Certo, Neville – disse-me aproximando do garoto. – Vamos começar pelo começo: qual, você diria, que é a coisa que pode assustá-lo mais neste mundo?

Os lábios de Neville se mexeram mas não emitiram som algum.

– Não ouvi o que você disse, Neville, me desculpe – falei animado.

Neville olhou para os lados meio desesperado, como que suplicando a alguém que o ajudasse, depois disse, num sussurro quase inaudível:

– O Prof. Snape.

Quase todo mundo riu. Até Neville sorriu como se pedisse desculpas.

– Também, com aquele nariz, ele mete medo em qualquer um. – Jasmine falou gargalhando de onde estava sentada.

Todos os alunos caíram no riso, até mesmo alguns da Soserina, encarei Jasmine sério, a fazendo se calar e pedir desculpas baixinho.

– Prof. Snape... hummm... Neville, eu creio que você mora com a sua avó?

– Hum... moro – disse Neville, nervoso. – Mas também não quero que o bicho-papão se transforme na minha avó.

– Não claro que não. – falei sorrindo, me aproximei ainda mais dele, e sussurrei em seu ouvido. – Quero que você imagine o Professor Snape usando as roupas da sua avó. – completei sorrindo.

Neville me olhou surpreso com o que tinha acabado de lhe dizer.

– Quando o bicho-papão irromper daquele guarda-roupa, Neville, e vir você, ele vai assumir a forma do Prof. Snape. E você vai erguer a varinha... assim... e gritar “Riddikulus”. E se concentrar com toda a sua força na imagem que lhe falei, ok? – falei rindo.

Neville por fim concordou, e ficou encarando o guarda-roupa que sacudiu com maior violência.

– Se Neville acertar, o bicho-papão provavelmente vai voltar à atenção para cada um de nós individualmente. Eu gostaria que todos gastassem algum tempo, agora, para pensar na coisa de que têm mais medo e imaginar como poderia fazê-la parecer cômica...

A sala ficou silenciosa. Todos olhavam estáticos para o guarda-roupa.

– Todos prontos? – perguntou calmo.

– Neville, nós vamos recuar – falei. – Assim você fica com o campo livre, está bem? Vou chamar o próximo a vir para frente... Todos para trás, agora, de modo que Neville tenha espaço para agitar a varinha...

Todos recuaram, encostaram-se nas paredes, deixando Neville sozinho ao lado do guarda-roupa. Ele parecia pálido e assustado, mas enrolara as mangas das vestes e segurava a varinha em posição.

– Quando eu contar três, Neville – avisei, apontando minha varinha para o puxador do armário. – Um... dois... três... agora!

Um jorro de faíscas saltou da ponta da varinha e bateu no puxador. O guarda-roupa se abriu com violência. Com o nariz curvo e ameaçador, o Prof. Snape saiu, os olhos faiscando para Neville.

Neville recuou, de varinha no ar, balbuciando silenciosamente. Snape avançou para ele, apanhando alguma coisa dentro das vestes.

– R... r... riddikulus! – esganiçou-se Neville.

Ouviu-se um ruído que lembrava o estalido de um chicote. Snape tropeçou; usava um vestido longo, enfeitado de rendas e um imenso chapéu de bruxo com um urubu carcomido de traças no alto, e sacudia uma enorme bolsa vermelho vivo.

Houve uma explosão de risos; o bicho-papão parou, confuso.

– Parvati! Avante! – gritei para que o próximo fosse diante do bicho papão.

E assim se foi, o bicho papão se tornou uma múmia, depois um espírito agourento, um rato, uma cascavel, e assim se foi quando cada aluno ia diante do bicho papão, ele assumia a forma da qual o aluno mais temia, e depois se tornava motivo do riso de todos. Jasmine ao meu lado se divertia gargalhando e fazendo brincadeiras com os alunos.

Mas de repente Jasmine saiu do meu lado e entrou na frente do bicho papão. Que assumiu a forma de Jacob morto na frente de todos.

– R... r... riddikulus! – ela falou tentando se acalmar. Mas ele apenas mudou para a minha forma morta. - – R... r... riddikulus! – Jasmine gritou agora mais forte.

E nesse momento o bicho papão assumiu a forma de um balão, ao qual saindo flutuando pela sala, e com um aceno de varinha Jasmine fez com que ele voltasse para o guarda-roupa.

Todos permaneciam em silêncio, Jasmine estava de costas para os alunos com a cabeça baixa. Harry ainda estava parado atrás dela, foi então que percebi que ele seria o próximo, e assim compreendi o porque de Jasmine não ter deixado que ele ficasse diante do bicho papão.

– Por hoje é só pessoal. – falei chamando a atenção de todos. – Nos vemos na próxima aula. – completei sorrindo.

Os alunos concordaram, e saíram da sala lentamente.

– Mamãe? – Jacob falou aproximando-se de Jas que se afastou.

– Da um tempo pra ela Jake. – Sam falou o puxou assim como Harry.

– Eu falo com ela. – disse baixinho para os três que ainda a olhavam preocupados.

Assim que todos os alunos saíram da sala, caminhei para perto de Jasmine, ela estava sentada na poltrona, com a cabeça apoiada nos joelhos. Fiquei ajoelhado em sua frente, e ergui seu rosto, ela chorava. Algo que a muito tempo eu não via.

– Pensei que o bicho papão poderia se transformar no.. – Jas tentou falar, mas começou a soluçar devido ao choro.

– Eu sei. – falei a puxando para um abraço, tentando acalmá-la.

– Foi terrível ver meu próprio medo. – Jasmine falou com a cabeça apoiada em meu ombro.

A abracei ainda mais forte, eu sabia do que ela dizia, eu também estaria da mesma forma se eu tivesse diante do bicho papão, pois ele iria mostrar ela e Jacob mortos.


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Notas finais do capítulo

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