Lens escrita por A Demigod 1D


Capítulo 17
Capítulo dezessete


Notas iniciais do capítulo

Oi :)
Eu adoro esse cap !



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Cameron estava encostada no balcão da cozinha enquanto esperava seu chá ficar pronto. Sentia seu rosto inchado e os olhos queimando depois de tanto choro. Não dormira nada na última noite, seus pensamentos não a deixavam.

Sabia que tinha que fazer alguma coisa logo, a essa altura Cuddy já devia ter comentado com alguém e logo House viria atrás dela para ver o que estava acontecendo. Checou o relógio, tinha mais três horas até o final do expediente dele.

Ela pensou que ir para casa dos pais seria a melhor opção, House não sabia exatamente onde era e não poderia sair da cidade atrás dela. Cuddy não deixaria. Mas e quando Cuddy o impediu de fazer alguma loucura na vida pessoal?

Mas ela desistira da ideia já que ir até seus pais implicaria em lhes contar o motivo e ela não tinha coragem. Sabia o que sua mãe iria dizer.

Seu celular estava tocando novamente, o visor mostrava que era House de novo. Ela deixou escapar um sorriso, ele devia estar morrendo de curiosidade em saber o que ela tinha.

Ela já tinha decidido o que faria, não queria a opinião de ninguém. Era a vida dela.

Mas Alisson Cameron teria mesmo coragem de fazer o que pretendia? O que ela via como a única solução?

Depois de tomar seu chá, se decidiu. Sabia com quem queria falar, sabia quem iria ajuda-la.

Pegou seu carro e dirigiu até um lugar em que ela não ia há um ano. Se manteve calma e sem derramar nenhuma lágrima até chegar lá. Estacionou o carro e entrou no cemitério.

Andou sem pressa entre as lápides muito bem alinhadas e seus pés já tão acostumados com o caminho a levaram aonde queria ir.

Quando leu os nomes, deixou que seus joelhos fossem de encontro ao chão. O chão que agora guardava o que a vida tirou dela.

Dean Forrester. Joshua Forrester.

As lágrimas vieram com força e ela apenas se deixou levar. Ficou muito tempo ali, não notou as horas passando, precisava do consolo que isso lhe trazia.

Quando notou que o céu já não brilhava com uma luz diurna, decidiu encerrar a visita. Secou o rosto e voltou pro seu carro. Dirigiu mais de uma hora e estava em seu prédio novamente.

Mas não estava sozinha.

MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD.

–Conseguiu falar com ela? – Cuddy perguntou para Wilson.

–Ainda não. House está preocupado, eu estou preocupado. – ele disse se sentando em uma cadeira na sala dela.

–Ela nunca fez isso. Mas me pareceu tão estranha ao telefone. Será algum problema familiar? – a diretora questionou.

–Não sei, se fosse ela teria falado. O que ela te disse exatamente?

–Disse que não estava passando bem e que precisava de um dia para se reestabelecer. Como ela nunca falta e eu percebi que ela precisava mesmo, deixei. Mas um dia. Se não tivermos noticias amanhã terei que ir atrás dela. – ela disse já pensando nas possibilidades. –Eles brigaram por acaso?

–House e Cameron? Não. Nós jogamos ontem porque ela não estava na casa dele e ele me falou a mesma coisa, que ela tinha saído com uma amiga. A única coisa que eu vi foi ela pegando alguns exames e saindo apressada. Não me deu nem tchau. – o oncologista disse mais uma vez.

–Sinceramente, eu até pensei em mandar ele pra casa procurar por ela. – Cuddy disse visivelmente preocupada.

–Calma Cuddy, não deve ser nada além de um mal estar mesmo. E se o próprio House não surtou e não foi atrás dela ainda, quer dizer que ele também acha isso.

–Certo. Vamos esperar então. – ela disse encerrando o assunto.

MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD.

House chegou ao prédio e perguntou ao porteiro se Cameron estava.

–A doutora saiu tem algumas horas. Fique a vontade pra esperar.

–Certo. – House disse pegando o elevador e subindo, ele tinha a chave do apartamento dela. Assim como ela tinha uma chave da casa dele. – Relacionamentos têm suas vantagens.

Entrou no apartamento com calma e logo percebeu que ela realmente não estava ali. Ele tinha pensado que talvez ela não quisesse vê-lo e mandado o porteiro mentir. Mas ele tinha a chave, não fazia sentido.

Começou a vasculhar as coisas que estavam recentemente usadas, percebeu que ela não comera nada na última noite e só tomara um pouco de chá.

Não encontrou nada de relevante na sala também, então decidiu olhar o quarto. A maneira que a cama se encontrava indicava que ela tinha ficado um bom tempo ali então House se aproximou e se sentou.

–Alisson, Alisson o que está acontecendo? – ele perguntou em voz alta, como se a cama dela fosse magicamente lhe responder.

Depois de bater a bengala ansiosamente no chão do quarto, House abaixou os olhos e percebeu algumas folhas de papel caídas.

Pegou-as e percebeu que eram exames feitos no Hospital no dia anterior. Seriam sobre esses que Wilson falara? Que deixaram Cameron tão abalada?

Então o doutor começou a lê-los, era o mesmo teste, feito três vezes.

Então tudo se esclareceu. House guardou os exames no bolso e voltou para a sala. Como que numa combinação, a porta fez barulho e foi aberta. E quando Cameron entrou, ele teve um susto com o que viu.

Ela estava acabada, ficava claro que chorara demais nas últimas horas. Seu cabelo estava desgrenhado e ainda usava a mesma roupa do dia anterior. Quando percebeu que ele estava ali não disse nada.

Ficou parada depois de fechar a porta e não o olhou nos olhos. House deu alguns passos até ela e perguntou se ela iria contar o que estava acontecendo. Quando ela negou com a cabeça, ele se obrigou a mostrar os exames a ela.

–Isto é o motivo do seu estado? – ouvindo isso ela ergueu os olhos e quando percebeu que ele já sabia, não conseguiu segurar. Desabou na frente dele.

House não sabia exatamente o que dizer, o que fazer. Mas sabia o quanto era difícil pra ela, então apenas a abraçou. Cameron retribuiu se agarrando a ele, como se ele fosse sua única esperança. E no caso, ele realmente era.


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Notas finais do capítulo

Acho que é pelo desespero dela que eu amei escrever isso. Sério, melhor capítulo talvez? Qual foi o melhor pra vocês até agora? haha

Beijos, até mais!

#Faltam3Caps



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