Harry Potter e o Orbe dos Universos escrita por RedHead


Capítulo 60
A Queda


Notas iniciais do capítulo

E aí, amores? Queria agradecer de novo pelo amor de vocês, e dizer que só não respondi os comentários por falta de tempo (consultas médicas, faculdade voltando, problemas em conseguir me concentrar... a lista tá grande). Mas que li TODOS, e quero respondê-los assim que puder.
E eu sei que tecnicamente não é terça... Espero que me perdoem por isso.

Boa leitura ♥



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De todos os animais mágicos, o dragão é provavelmente o mais conhecido, seja por sua força, tamanho, beleza ou poder mágico. Seu sangue, couro, coração, fígado e chifre tem propriedades mágicas conhecidas e muito utilizadas para inúmeros usos, entretanto o comércio de seus ovos foi proibido e hoje é considerado um crime inafiançável.

Imensos, os dragões são seres incrivelmente difíceis de se esconder, pois até mesmo a menor das raças supera o tamanho de um elefante adulto. A fêmea é costumeiramente mais agressiva e forte que o macho, mas ninguém além de bruxos altamente treinados deve se aproximar de nenhum dos dois gêneros.

— Isso não vai dar certo – disse Tonks, olhando preocupada enquanto Carlinhos passava uma imensa quantidade de uma pasta verde-musgo nas feridas quase cicatrizadas da besta – Esse dragão esteve preso a vida inteira! Carlinhos está louco se acha que realmente a domou.

— Domar monstros selvagens não é tão difícil quando se sabe o que faz – defendeu Sirius, com um sorriso de canto de boca – Domar o Aluado só levou alguns meses depois que eu descobri que ele faz o que você quer em troca de um pedaço de chocolate.

— Chocolate? – perguntou Tonks, incrédula.

— Mais eficaz que qualquer maldição Imperius... Ou quase. OI! – exclamou Sirius, pulando para trás quando o calor sufocante de uma labareda de fogo escarlate o alcançou – Cuidado com a mira aí, Carlinhos!

— Não a culpe! Dragões só comem comida carbonizada, e os chemilys foram o mais próximo de veados que consegui achar – Gritou Carlinhos, mais perto do dragão do que Sirius considerava ser seguro – Mas são bem menores, então faça as contas!

Quando a figura da besta apareceu no horizonte dos céus de Hogsmeade, o vilarejo entrou em um pequeno frenesi, ainda mais quando ele deu uma curva fechada e pousou no meio da Floresta Proibida, distante apenas poucos quilômetros da maioria das casas e de Hogwarts.

Carlinhos usou de todo seu poder de persuasão para que deixassem que ele terminasse de cuidar da fera nos terrenos protegidos do castelo, mas não havia mais ninguém, além dele mesmo, contente com a ideia de uma besta fera morando no quintal de suas casas; mas como não havia mais nenhum bruxo com mínima capacidade de se aproximar do dragão sem ser queimado vivo, ficou decidido que ela ficaria na Floresta o tempo suficiente para se recuperar de suas feridas.

— Carlinhos passou muito tempo com Hagrid para acreditar que ele poderia domesticar um dragão – disse Sirius, apagando com o pé um pequeno foco de fogo na sua frente.

— Logo você dando lições de moral sobre segurança, primo? – perguntou Tonks, com um sorriso maroto nos lábios que arrancou uma risada rouca do homem, muito parecida com um latido de cachorro – Além disso, eu acho que o entendo... Ela pode ser perigosa, mas é magnífica!

Com um misto de horror e curiosidade quase infantil, Sirius observou o dragão comer com calma a terceira ou quarta carcaça carbonizada de chemily. Ele estava procurando meios de poder ocupar sua mente devido a preocupação de como Lottie, Harry e os recém-chegados pudessem estar, e ajudar a alimentar a besta parecia uma ideia tão boa quanto correr atrás de gatos.

— A maioria das criaturas perigosas é – concordou Sirius, observando com mais atenção as profundas feridas no couro castigado do dragão – Deve ter algo a ver com...

— O que é aquilo? – Tonks o interrompeu já com a varinha em punho, apontando para um ponto no horizonte.

Se Sirius não tivesse encostado em nenhuma gota de álcool nos últimos meses, ele poderia se convencer que estava bêbado, pois o horizonte parecia estar se mexendo, se aproximando, ficando tão próximo a ponto de ele finalmente perceber o que estava acontecendo.

Gigantes.

Acompanhados de agulhas, pequenos com um enxame de abelhas raivosas, as varinhas em riste como se fossem ferrões. No instante em que o primeiro ataque sincronizado bateu na redoma de proteção mágica a sirene tocou.

Sirius não precisou gritar para que Tonks e Carlinhos o seguissem, eles já estavam em seus calcanhares muito antes de alcançarem a orla da floresta. Ele nunca tinha visto um ataque tão agressivo com tantos agulhas em uma só vez. Seus ataques também pareciam mais precisos, e a cada investida, a proteção mágica do castelo tremia a ponto de vibrações serem sentidas.

— Carlinhos, vá até a Toca! – gritou Sirius sobre os ombros – Reúna seus irmãos e diga para eles juntarem todos os membros da Ordem que residem no vilarejo.

— E os civis? – perguntou Tonks, correndo o mais rápido que podia, mas suas pernas sensivelmente menores a deixavam um pouco para trás – Evacuação para o castelo?

— Você sabe o procedimento! – ele concordou – Vão!

Separando-se dos dois, Sirius se lançou a toda velocidade em direção ao castelo, mas no lugar de seus pés tocarem a grama verde que o levaria à Hogwarts, suas quatro patas impulsionaram o chão, deixando Hogsmeade cada vez mais para trás. Ele sabia que seu pensamento crítico seria gravemente prejudicado em sua forma animaga, mas ele cobriria muito mais terreno.

— Almofadinhas, aqui! – a voz de James alcançou os ouvidos sensíveis de cachorro muito antes que ouvidos humanos seriam capazes, e Sirius usou mais esse estímulo somado ao cheiro de James para encontra-lo ao lado de Lily, McGonagall e alguns outros membros da Ordem, que corriam até o exterior do castelo para observar melhor o tumulto que começou a se criar do lado de fora da barreira.

O cheiro do medo era tanto que mesmo depois de tomar sua forma humana novamente, Sirius conseguia senti-lo.

— Nunca vi tantos gigantes juntos – disse Remus, agarrado a sua nova varinha e com o rosto sério exibindo cada cicatriz com clareza sob o sol poente.

— Também nunca vi tantos agulhas de uma só vez – admirou-se Flitwick – São trezentos, talvez trezentos e cinquenta...

— Acredito serem mais do que isso, Fílio – respondeu Dumbledore, surgindo das portas do castelo com sua capa azul escura enfeitada de bolinhas cor de rosa esvoaçando atrás de si – Se preparem, nunca enfrentamos um ataque assim. Onde está sendo o ataque principal?

— O primeiro ataque foi sobre a Floresta Proibida – informou Sirius – Mas eles se espalharam, e parece que outros estão vindo ajuda-los.

— Ou seja, não poderemos nos dar ao luxo de proteger apenas um local já que existem mais de um ponto de perfuração – completou James.

— Já sabíamos que isso aconteceria um dia – suspirou Dumbledore, sacando a própria varinha.

— Então o que estão esperando? – disse McGonagall no mesmo tom altivo com quem ralhava com um aluno incompetente – A seus postos!

Sem precisar de uma segunda ordem, Sirius convocou uma vassoura para si, que veio voando junto com tantas outras. Em um movimento quase gêmeo ao de James e tantos outros, ele passou a perna por cima da vassoura e impulsionou o chão, deixando-o para trás junto com McGonagall, Flitwick e outros, que se encarregaram em reforçar ainda mais a proteção do castelo.

Do alto, Sirius viu grupos menores de membros da Ordem seguirem em direção aos seus postos nas fronteiras da barreira protetora e a evacuação dos moradores de Hogsmeade para o castelo. Em vinte anos, aquela havia sido a terceira vez que eles fizeram essa desocupação do vilarejo, então era aceitável que os moradores estivessem claramente assustados e agitados.

Os olhares de Sirius e James se cruzaram algumas vezes no caminho até o ponto onde ele, Lily e Remus deveriam ficar para guardar a barreira, e em todas as vezes que isso aconteceu, Sirius viu refletido nos olhos do amigo o misto de angústia e determinação que ele sentia borbulhar dentro de si. Os gigantes venciam a distância até a barreira protetora mais depressa que ele poderia imaginar, mas, pensando que cada um deles tinha uma média de 5 metros de altura, não era de surpreender que eles alcançaram a fronteira rapidamente.

Quando Sirius viu as mãozorras em punhos se dirigirem com velocidade à barreira, ele se segurou com força na vassoura, mas nada poderia tê-lo preparado para o impacto. Como se estivesse dentro de um sino, Sirius gritou ao sentir a vibração do ar machucando os ouvidos por estarem tão perto da fronteira.

Remus gritou alguma coisa, mas o barulho ensurdecedor do ataque mágico dos agulhas combinado com o grito de guerra e socos dos gigantes impediu que ele entendesse o que amigo estava dizendo.

Ele estava girando a vassoura para se aproximar de Remus quando ele ouviu o barulho que fez seu coração parar. O barulho alto e claro de algo como cristal se trincando, e então ele a viu. Pequena e tímida, mas crescendo a cada golpe bruto, a trinca aumentou, e vendo que conseguiram um ponto fraco, os gigantes mais próximos se aglomeraram, querendo ser os primeiros a quebrarem a enorme proteção.

Sentindo uma mistura de nervoso e coragem fluir em suas veias, Sirius voou até o lado de James, Lily e Remus, onde os quatro ficaram pairando no ar com as varinhas em posição de ataque esperando o inevitável, que não demorou a acontecer.

Com um último golpe combinado entre os punhos dos gigantes e feitiços dos agulhas próximos, a barreira mágica protetora ruiu. Como se fosse corroída por algum fogo invisível, a proteção que mantinha o vilarejo e o castelo seguros consumiu-se nela mesma, deixando cair pequenas cinzas no céu avermelhado.

Sirius sentiu o gosto salgado das próprias lágrimas quando um urro primitivo saiu de seu peito quando ele atacou. Ele, James, Lily e Remus avançaram em conjunto, rodeando-se, protegendo um ao outro com eficiência e com a mesma raiva que ele sentia em si. Por mais de uma vez um feitiço passou raspando por ele, mas em um conjunto de sorte de habilidade, os quatro bruxos derrubavam agulhas sem serem derrubados, mas ainda assim eles estavam perdendo terreno.

Os gigantes forçavam que eles recuassem metro a metro, e os gritos desesperados que vinham dos aldeões debaixo deles apenas fazia crescer a angústia no ar.

Duelos aconteciam em todos os lugares. No ar, no chão, um oponente em cada local. Membros da ordem tentavam conter os gigantes, mas eles caiam em velocidade muito menor do que o desejado. Por relances, Sirius reconhecia amigos e conhecidos lutarem não somente por suas casas, mas por suas vidas enquanto capuzes cada vez mais escuros aparatavam no local.

Nem em seus sonhos mais mirabolantes, Sirius seria capaz de criar tal cena de guerra. McGonagall cavalgava em um cavalo de pedra, liderando um exército composto das armaduras e estátuas do castelo, que tomaram vida para proteger Hogwarts. Os fantasmas também lutavam do jeito deles, procurando atrapalhar ao máximo o inimigo enquanto Pirraça atirava-lhes uma miríade de objetos pontiagudos.

Parte da floresta encontrava-se em um inferno, graças às chamas do dragão que lutava bravamente para manter seu território e nova casa. A besta, mesmo cega, matou seis dos quase vinte gigantes que vieram ao cerco ao castelo, mordendo, furando e queimando todos que ousavam chegar perto. Somente quando um sétimo gigante particularmente grande quebrou o longo pescoço escamoso ao arremessá-lo contra os joelhos que o dragão parou de se mexer. Não obstante, os ferimentos que a fera fez no gigante estavam tão extensos que o ele também padeceu.

Eles estavam lutando com todas as suas garras e forças para manter suas vidas e o castelo que chamaram de lar por mais de vinte anos, mas seus esforços pareciam inúteis. A cada segundo, mas moradores e membros da Ordem eram mortos, incapacitados ou rendidos, transformando a grama verde em um lamaçal cor de tijolo, quase gêmeo a cor do céu poente.

Pelo canto do Olho, Sirius viu a vassoura de Remus ser atingida por um feitiço explosivo, e James e Lily mal tiveram tempo para resgatar o amigo que caiu no abismo em queda livre.

— Estão todos inteiros? – perguntou Sirius aos berros quando pousaram em uma parte da floresta.

— Meu pulso está quebrado e minha vassoura foi destruída – informou Remus, pondo-se de pé – Mas consigo duelar com a mão esquerda.

Sirius não teve tempo de formular uma frase, uma horda de comensais capuzes grafite surgiram da floresta, atacando-os de todos os lados. Com gritos de dor, Sirius sentiu a lateral esquerda do seu corpo ser atingida por um feitiço que quebrou ao menos uma de suas costelas. Com forças que ele não sabia de onde vinham, ele esbravejava maldições e feitiços que atingiam e derrubavam os comensais na sua frente até que os que sobraram bateram em retirada, procurando alvos mais fáceis.

Tropeçando em seus próprios pés enquanto corriam de volta para o caminho que levava a vila ao castelo, Sirius percebeu que James tinha um corte profundo em sua bochecha, e Lily parecia decididamente mais pálida que o costume enquanto uma mancha escura se espalhava aos poucos em sua perna.

Sabendo que ele e seus amigos estavam em péssimas condições, Sirius forçou-se a continuar. Ele tinha noção que uma verdadeira batalha estava sendo travada, mas a única coisa que ele conseguia ouvir no momento eram seus pés batendo contra a grama fofa.

Quando eles finalmente atingiram a orla da Floresta, alguma coisa atingiu Sirius com força nas costas, derrubando-o com força no chão e ele sentiu o sangue espirrar de uma de suas narinas. Nauseado demais pela força do encontrão com o dedo mindinho do gigante, Sirius deixou que James, Lily e Remus o arrastassem de volta para um local um pouco mais seguro para que ele pudesse recuperar o fôlego.

Ainda sentindo dores excruciantes nas costas, Sirius levantou-se com determinação assim que seus pulmões lembraram como funcionar. Nesses poucos segundos ele reconheceu vários rostos lutando na multidão, os irmãos Weasley formando um cordão em volta de Molly, que soltava feitiços mortais sobre os braços dos filhos; Tonks e Madame Pomfrey estavam sozinhas, o que significava que se separaram do resto de seu grupo ou que eles estavam mortos; alunos e alunas desesperados, pondo em prática tudo o que aprenderam em seus anos no castelo.

Ele também viu a silhueta de Dumbledore lutar sem esforço contra seis comensais diferentes, enquanto dava assistência a outros duelos que aconteciam perto de si. A cena em si era de cair o queixo, o modo como o velho se esquivava de ataques furtivos e revidava, rodopiando em seus tornozelos finos.

Mas foi somente quando, à luz da lua crescente, ele viu a figura imponente de Voldemort aparatar no meio do campo de batalha, que Sirius se deu conta da extensão de seus ferimentos, ao mesmo tempo em que toda a batalha pareceu entrar em um torpor.

A multidão, independente de qual lado estivesse se aquietou e o silêncio caiu brusca e totalmente quando Voldemort e Dumbledore se viram frente a frente.

— O filho pródigo à casa retorna – disse Voldemort, com desdém na voz enquanto se aproximava alguns passos do velho.

— Não esperava vê-lo tão cedo, Tom – rebateu Dumbledore, e os olhos vermelhos do outro homem faiscaram de ira em menção ao nome – Até onde sei, você não costuma aparecer no meio da batalha... Onde estão seus generais?

— Snape está ocupado com Bela e Lucius – respondeu Voldemort, praticamente em um sibilo – Ciça não tem se sentido... ela mesma, ultimamente.

— Quanta gentileza sua, Tom, permitir que cuidem dela.

— Você ficaria surpreso com o quão misericordioso eu sou com meus servos – disse Voldemort – Se você se curvasse, descobriria.

— Oh, minhas costas de velho já não me permitem que eu me curve – riu Dumbledore, como se tivesse ouvido uma anedota.

— Zomba de mim, velho? – disse Voldemort pelos lábios encrespado – Pois não percebe a posição que se encontra? Meus comensais superam os seus em número, e embora tenham derrubado alguns, ainda tenho 3 gigantes em pé, que poderiam varrer todos vocês com apenas um gesto caso tivessem um mínimo de inteligência. Você está em um beco sem saída, Dumbledore. Admita, acabou.

— Jamais zombaria de você, Tom – respondeu Dumbledore, cansando – Mas você tem razão em dizer que nossas forças estão prejudicadas nessa batalha – com um movimento florido, Sirius observou curioso Dumbledore levantar a própria varinha até a garganta e dizer, com a voz amplificada – Essa batalha acabou. É hora de recuar para lutarem outro dia. Vão.

Sirius não foi capaz de acreditar em seus próprios ouvidos, assim como todos no campo de batalha, incluindo Voldemort, que foi pego de surpresa de tal modo pelas palavras de Dumbledore que deu tempo suficiente para que, nos próximos poucos segundos seguintes, bruxos e bruxas sobreviventes fugissem aparatando.

Sentindo como se seu corpo tivesse aos poucos saindo de um estado de dormência, Sirius agarrou as blusas de James e Lily com uma mão e o pulso de Remus com a outra, usando toda a força que ainda o sobrava.

— Almofadinhas, o que foi? – perguntou James, surpreso, olhando para o amigo com os olhos arregalados.

Sirius, no entanto, nada respondeu. Apenas retorceu o corpo em seu próprio eixo, aparatando para o primeiro local seguro que sua mente conseguiu pensar; mas não antes de ver a alta e magra figura de Dumbledore largando a própria varinha, que caiu sem fazer nenhum barulho no chão a sua frente.


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Notas finais do capítulo

Só parei aqui pra dizer que esse foi o capítulo mais desafiador de escrever até agora. E se alguém ficar confuso... Na cronologia, esse capítulo se encaixa depois que Ron, Mione, Hermione e Lottie saem para resgatar o Harry, logo depois da Narcisa libertar o Dobby.

Até os comentários! :*



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