Harry Potter e o Orbe dos Universos escrita por RedHead


Capítulo 5
Os Granger, Os Longbottom e A primeira noite


Notas iniciais do capítulo

Terça-feira, finalmente! Demorou, não é? hahahha

Mas agora, sobre o capítulo de hoje. Lá pro final, tem umas cenas mais, hmm, calientes. Eu marquei em itálico, pra quem não gosta muito de ler cenas mais "hot". Não perde nada na história, embora não tenha NADA explícito, ou de mal gosto. Espero que curtam. Boa leitura!



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Mione não apareceu na toca nos próximos dias. Ela estava com os pais no Saint Mungus ajudando no que podia com a recuperação deles. Foi na manhã do quarto dia que Gina decidiu que não agüentava mais ficar sem notícias, e que iria procura-la. Harry e Ron a acompanharam até a entrada do hospital, e foram informados pela recepcionista que os Granger estavam no quarto andar.

O senhor e a senhora Granger, embora internados, não estavam deitados. Os dois estavam sentados em volta de uma mesa, acompanhados de Mione e uma mulher de meia idade que trajava o uniforme do hospital.

— Ora se não é aquele belo rapaz que te acompanhava, Mione! – A senhora Granger foi a primeira a ver o grupo se aproximar. Ela estava com um aparente bom um humor, ao contrário do marido que parecia bastante melancólico. – Nós já conhecemos algum desses jovens, minha filha?

— Todos os três, mamãe. Esses são Harry, Gina, e o ruivo você se lembra da Austrália, ele estava comigo. – Hermione estava cansada, mas feliz. Um enorme sorriso enfeitava seu rosto, feliz de estar reunida com os pais, por mais que eles ainda não se lembrassem de alguns detalhes que envolviam sua infância e adolescência, mas o progresso foi grande.

Eles se juntaram aos Granger e passaram a tarde contando histórias, fazia parte do tratamento que o casal tivesse o máximo de contato com suas memórias, para que elas pudessem afluir naturalmente. As horas passaram muito depressa e, quando o sol começou a se pôr, decidiram ir embora para a Toca, a senhora Weasley deveria estar ficando nervosa.

— Mas antes de ir, eu gostaria de fazer um pedido ao senhor Granger. – Ron estava pálido, as mãos suavam lentamente – Eu sei que o senhor ainda não tem todas as suas memórias de volta, mas eu posso te garantir que Hermione é uma mulher incrível. Se não fosse por ela, eu e Harry não teríamos durando dois dias durante a guerra. E com o tempo essa admiração se transformou em algo mais. Eu me apaixonei. Eu gostaria da sua permissão para namorar a sua filha.

Por mais que Rony tivesse ensaiado as palavras por dias, o nervosismo o deixou meio trêmulo, ainda mais quando o senhor Granger demorou para responder. Harry e Gina estavam boquiabertos com a situação, mas não mais que Hermione, que olhava fixamente para ele. Apenas a senhora Granger parecia achar a tudo incrivelmente normal, talvez levemente engraçado, até. A tensão entre Ron e o senhor Granger era palpável, e só se aliviou quando o homem mais velho deu uma leve risada.

— Acho que essa pergunta deveria ser feita à minha filha, e não a mim.

— Ron, eu... Isso foi lindo! – Mione se jogou nos braços dele, em um abraço apertado.

— Sempre o tom de surpresa... – Ron tinha a voz abafada pelos cabelos rebeldes e castanhos, mas seu sorriso era nítido mesmo atrás deles. – Eu acho que isso foi um “sim”.

Depois de se despedirem propriamente, os quatro jovens estavam no corredor em direção aos elevadores quando Gina parou de andar de repente. Estranhando o seu comportamento, os outros a olharam com um olhar interrogativo.

— Hey, aquele não é o Neville? – Gina apontava para dentro de um quarto, onde um menino alto e de rosto redondo conversava com duas pessoas, um homem de cabelos pretos e óculos deitado na cama e uma mulher de cabelos brancos apensar do rosto redondo e jovem.

— Pessoal! – Neville havia percebido a súbita movimentação de dentro do quarto e reconheceu os amigos que o olhavam do outro lado da porta. – Eu vim visitar meus pais, contar das novidades do mundo... Eles não saem realmente daqui. Gostariam de entrar?

Todos eles já sabiam do estado de saúde dos Longbottom, então não houve nenhum choque em relação isso. Neville não parecia mais sem graça na frente dos amigos, inclusive, se mostrava muito satisfeito que eles tivessem aceitado o convite para entrarem e conversarem um pouco.

Eles conversavam baixo para não atrapalhar o casal enfermo, mas Neville fazia questão de explicar para os pais cada comentário ou piada interna que fizeram. Eles estavam se preparando para sair quando primeiras estrelas apareceram no céu pela janela, mas antes que se levantassem, Alice Longbottom saiu de sua cama, de onde observava Gina fixamente, e andou em direção à garota. Gina ficou terrivelmente sem graça quando a mãe de Neville estendeu os finos braços, puxando-a para sentar na cama com ela.

— Vermelho... – ela falou com dificuldade e passou as mãos de leve nos cabelos de Gina, que relaxou assim que a mulher sorriu para ela. – Bonita.

— Obrigada, senhora Longbottom. – Gina retribuiu o toque assim que a avó de Neville entrava no quarto, surpresa pela quantidade de visitantes do filho e da nora. – Neville é um dos melhores bruxos que eu conheço, sabe? Sem ele a vitória da guerra nunca teria sido possível – Alice Longbottom ainda mexia sorridente nos longos cabelos ruivos, sem dar nenhum sinal se estava realmente escutando, mas mesmo assim Gina continuou a falar, depois de observar com o canto de olho Neville incentiva-la – E agora ele e Harry tiveram a maravilhosa idéia de um orfanato para as crianças da guerra, vocês devem estar muito felizes por ele.

Surpreendendo todos, Alice largou os cabelos ruivos, olhou diretamente para Neville e disse apenas uma palavra:

— Orgulhosa.

***

A senhora Weasley não podia ter ficado mais feliz quando viu que Ron e Mione chegaram na Toca de mãos dadas. E embora tenha ficado para jantar, Mione não passou a noite lá, ela foi preparar a casa dos pais que deveria estar bastante empoeirada depois de meses fechada. Ron chegou a se oferecer para ajudá-la, mas ela prontamente negou.

— Vai ser um trabalho chato, Ron. Eu realmente agradeço a oferta, mas acho que preciso de um tempo sozinha naquela casa.

Mesmo contrariado, Ron aceitou a resposta de Mione por mais que ele quisesse passar seu tempo com ela antes de começar a Academia de Aurores (ele se inscreveu no mesmo dia que Harry, apenas algumas horas depois).

— Mione estava querendo voltar para Hogwarts. – Gina disse despreocupadamente deitada no sofá enquanto brincava com Arnaldo, o mini puff, que decidiu que a cabeça de Harry (que estava sentado no chão) era um lugar perfeitamente confortável para ficar. Ela, Harry e Ron haviam ficado na sala depois do jantar, enquanto a senhora Weasley arrumava a cozinha - Ela me disse que queria terminar os estudos e fazer os NIEM’s. Ela tem medo que você surte, Ronald.

— E porque, em sete infernos, eu surtaria com isso? – Ron parecia realmente ofendido, tanto que Harry preferiu não comentar que o medo de Mione era bem racional, se tratando de experiências passadas com o gênio dele. – É claro que ela vai voltar para Hogwarts, nunca pensei o contrário! Enquanto há alguma coisa para ser estudada ela não descansa.

— Então talvez você pudesse falar sobre isso com ela. – Harry estava fazendo o possível para se manter reto o suficiente para que Arnoldo não caísse de sua cabeça. – Sabe... Falar que você apóia ela, e tudo mais, essas coisas femininas...

— Coisas femininas? – Gina parou na mesma hora para tirar Arnaldo da cabeça de Harry. O mini puff pareceu ficar bastante desapontado. – Talvez queira me explicar melhor sobre essas “coisas femininas”.

— Acho que eu vou dormir – Ron praticamente pulou da poltrona onde estava – Não to a fim que a briga de vocês sobre para mim.

— Então, não vai me explicar sobre essas “coisas”, Harry? – Depois de alguns segundos observando um Harry visivelmente nervoso, Gina deu uma risada enquanto acomodava Arnoldo de volta na cabeça de Harry. – Se não sabe, acho que eu posso te explicar essas tais coisas femininas. O que você vai fazer amanhã?

— A-amanhã? – Harry soltou todo o ar dos pulmões com alívio pela mudança de rumo da conversa. – De manhã preciso supervisionar algumas coisas do projeto com Neville, ele vai até lá pela primeira vez. Mas estou livre antes da hora do almoço. O que tem em mente?

— Você. – Gina se inclinou e roubou um selinho dele – Poderíamos almoçar juntos. Quero curtir minhas férias com meu namorado enquanto ainda posso.

— Poderíamos ir ao cinema. Eles passam filmes lá... São tipo histórias de várias fotos juntas... É difícil explicar, mas você vai adorar.

— Teremos um encontro trouxa? Eu gostei! – Gina pulou onde estava no sofá, assustando Arnoldo. – Onde te encontro?

— Eu te pego aqui na Toca. Passo aqui por volta de meio dia.

Poucas vezes Harry viu Gina ficar tão animada. Quando se despediu e aparatou em seu novo flat, começou a pensar em tudo o que poderiam fazer. Harry nunca teve um encontro trouxa, mas sabia a teoria de como as coisas funcionavam. Só foi dormir muito mais tarde, montando em sua mente o itinerário do dia seguinte.

***

Neville ficou simplesmente maravilhado com o rumo que o projeto dele e de Harry estava tomando. Desde o dia em que a mãe havia dito que se orgulhava dele, ele sentia que estava com mais energia, mais vontade de fazer coisas boas. A antiga casa dos Potter ficava localizada no vilarejo de Godric’s Hollow, em um terreno grande de uma rua sem saída. Costumava ser uma casa bonita de três quartos, mas após a noite de 31 de outubro ela ficou em pedaços. Agora, depois da reforma, ela foi ampliada magicamente para que apenas olhos mágicos a vissem em seu atual tamanho. Ela passou a ter quinze quartos grandes equipados com beliches, banheiros confortáveis, uma enorme sala de brincadeiras e uma biblioteca que deixara Hermione orgulhosa de ajudar a montar. Tinha também um grande escritório onde a parte burocrática seria feita.

Enquanto estavam visitando o local, Neville reparou no enorme jardim e como estava mal aproveitado, então perguntou a Harry se não seria interessante plantarem algumas árvores para dar sombra durante o calor do verão. E flores, para alegrar o ambiente. Ele explicou animadamente que existem algumas flores mágicas que são inofensivas e atraem Dillios Alados, uma espécie de vagalume cujo pó – quando recolhido – é capaz de fazer um adulto flutuar alguns milímetros.

— Porque você não ajuda com isso Neville? Você sempre foi o melhor aluno no nosso ano em Herbologia – Neville corou furiosamente com o elogio de Harry, ele nunca foi acostumado a recebe-los. – Poderia até ter uma estufa... ou uma horta.

Neville começou a organizar sua idéias no mesmo dia. Ele, assim como Harry e Ron, também havia se inscrito para a Academia de Aurores (por influência da avó), mas não parecia realmente animado.

Harry e Neville se despediram por volta das onze horas, o que deu tempo para Harry voltar ao seu flat para se arrumar com calma. Faltando cinco minutos para o meio dia ele aparatou nos terrenos da Toca. A senhora Weasley estava em casa, junto com Gina - que estava se arrumando - e George, ainda deprimido demais para sair do quarto.

Ele e a senhora Weasley ficaram conversando amenidades por uns dez minutos, até que ouviram Gina descendo pelas escadas. O dia estava ensolarado e ameno, então Gina escolheu um vestido de alças com um casaco a tira-colo. A roupa era extremamente simples, parecendo priorizar o conforto à elegância, mas Harry não conseguia parar de pensar em como nunca havia visto nada tão puro e belo como aquela menina-mulher. Nem tão sexy. Os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo simples, liberando a nuca para sentir qualquer brisa que houvesse. Harry sempre teve um estranho fascínio pelas sardas que Gina tinha pelo pescoço.

Foram primeiro a um cinema em Londres. Harry tinha em mente assistir um filme de romance que estava em cartaz havia algumas semanas, mas Gina ficou tão impressionada com o cartaz de Godzilla (*) que os dois acabaram assistindo o filme com o grande réptil. Gina ficou encantada com o cinema. A sala escura, cadeiras confortáveis, a tela gigante e como os trouxas conseguiam fazer aquelas coisas incríveis sem magia. Ela custou a acreditar que o monstro não existia, que era tudo efeito de bonecos e computadores. Mas sua parte favorita foi a pipoca amanteigada. Ela gostou tanto que Harry saiu no meio do filme só para comprar mais um saco para ela.

Quando o filme acabou, ela não conseguia parar de falar do filme, dizendo que finalmente entendia o fascínio do pai pelos trouxas. Harry ria da animação da garota, e a levou para dar uma volta em um daqueles ônibus de dois andares, na parte descoberta para aproveitar a vista e a brisa.

Depois do passeio pela cidade, Gina contou que nunca havia ido em um shopping, então foram almoçar lá, apesar de já ser quase três horas da tarde. Eles comeram em uma rede de fast-food e andaram em algumas lojas, onde Harry fez questão de comprar uma pulseira que Gina havia gostado. Mas o melhor Harry guardou para o final. Havia um parque de diversões na cidade, e Harry a arrastou para lá quando o crepúsculo se anunciou.

Gina já tinha ouvido o pai falar sobre esses parques, mas nunca tinha ido em um desses. Ela quis ir em todos os brinquedos, no carrossel, montanha russa, casa mal-assombrada, ganhou até mesmo um ursinho de pelúcia no jogo de derrubar latinhas, que ela deu para uma menininha trouxa que ficou olhando sonhadoramente para o bichinho. Comeu algodão doce e mais pipoca. Harry deixou a roda gigante para o final, de propósito. Ela era alta, e quando se parava no seu ponto máximo, a vista de Londres era de tirar o fôlego. Quando chegou a vez de eles andarem, ele lançou um pequeno feitiço na máquina para que ela parasse exatamente quando eles estivessem no ponto mais alto. Harry não sabia como Gina não estava com dor nas bochechas de tanto sorrir.

— Aquele é o castelo de Buckingham?

— É sim, dá para ver quase toda Londres daqui. Está vendo, logo ali? – Harry apontou para uma rua transversal bem iluminada – Dá para ver o Caldeirão Furado.

— Nossa! E onde é seu flat? – Gina espremia os olhos castanhos tentando ver melhor os detalhes – Lembro que você me disse que é perto, mas ainda não me levou lá.

Harry sentiu o sangue subir até seu rosto, envergonhado de não ter lembrado de levar a namorada para conhecer sua nova casa. Mas ele estava tão envolvido com o projeto do orfanato e logo depois ele costumava ir para a Toca, não era como se ele mesmo estivesse passando tempo no flat.

— Acho que ainda temos um tempo... Podemos ir lá antes de voltar para a Toca. – Harry passou os braços em volta de Gina que mesmo com o casaco estava toda encolhida de frio. Quando a roda gigante voltou a descer, ele viu Gina dar uma última olhada no horizonte da cidade, maravilhada.

O flat de Harry não estava nem a cinco minutos andando de onde estavam. Ele ficava na esquina de duas ruas não muito movimentadas, no último andar. O flat em si não era glamoroso, mas tinha tudo o que Harry precisava no momento. Era um grande ambiente, com divisões apenas para o closet e para o banheiro. A cozinha era do estilo americana e do outro lado do ambiente, ao lado da cama, portas francesas se abriam para uma pequena sacada, grande o suficiente apenas para uma espreguiçadeira e uma mesinha pequena ao lado dela.

— Lar doce lar – Harry riu nervosamente e passava as mãos no cabelo inconscientemente – Eu nunca recebi muitas visitas, principalmente quando morava nos Dursley. Na verdade, eu nunca recebi visitas... Então não sei muito bem o que fazer.

— Bem, geralmente se oferece alguma coisa para beber – Gina, que antes estava debruçada nas grades da varanda para observar a vista, se virou para encarar Harry – Depois oferece algum lugar para a pessoa sentar. E por último começa uma conversa agradável, sobre como foi seu dia ou algo assim.

— Sobre beber... Tenho água, suco de laranja e cerveja amanteigada. Mas receio só ter a cama para sentar, não tive tempo de comprar um sofá, ou uma mesa de jantar.

— Uma cerveja amanteigada e a cama estão ótimos. – Gina tirou o casaco e os sapatos antes de sentar cama, esperando Harry voltar com duas garrafas de cerveja amanteigada.

— E agora falamos sobre o nosso dia? – Assim que Harry se sentou ele se tornou altamente consciente que estava sozinho em uma cama com Gina. Ele precisou usar bastante da sua força de vontade para ignorar os pensamentos que sua imaginação cismava em criar.

Eles beberam uma, duas, três garrafas cada um, a conversa fluindo leve, divertida, as vezes interrompida por beijos, até o ponto que Gina sentou no colo de Harry para ficar mais confortável. Foi como se um alarme tocasse na cabeça dele, dizendo que ele deveria tirar ela de lá para não avançar mais do que deveria.

— Gina – Foi preciso toda força de vontade de Harry para interromper aquele beijo – Eu acho melhor pararmos por aqui, eu não quero que você faça o que não quer, por pressão, ou...

— Harry. – Ela parecia ligeiramente divertida com o cavalheirismo do namorado – Eu nunca faço nada que não quero. Então, por favor, cala a boca e me beija. – E Harry obedeceu. Uma coisa que ele aprendeu com a convivência com Gina foi que não se deve contrariá-la, a não ser que tenha uma ótima justificativa. E tudo o que Harry menos queria agora era desobedecer essa ordem da namorada.

Gina tinha mãos macias e pequenas, e naquela hora seus dedos estavam frios pelo nervosismo. Quando ajudou Harry tirar a blusa, eles roçaram de leve no abdomem dele, ele sentiu um arrepio que não tinha nada a ver com o frio. Ele se sentia fervendo, e podia apostar que Gina também se sentia assim.

Quando ela se afastou por um segundo, reparou em um detalhe que não se lembrava da época de Hogwarts. No peitoral de Harry, do lado esquerdo logo em cima do coração, estava uma cicatriz em forma de raio. Gina passou os dedos contornando a cicatriz, surpresa.

— Foi onde a maldição da morte atingiu. – Harry estava se controlando para não agarrar Gina e explicar só depois. – Naquela noite, na floresta.

Gina não falou nada. Só se inclinou e depositou um beijo na base mais baixa da cicatriz, contornando-a e subindo até chegar a clavícula, pescoço, mandíbula. Harry suspirou quando ela mordeu seu lóbulo, e ouviu-a sussurrar:

— Parece que seu coração vai sair pela boca. – Os olhos dela brilhavam e ela sorria.

— Não é só meu coração que quer sair de onde está. – Harry observou Gina jogar a cabeça para trás dando uma gostosa gargalhada com a piada de duplo sentido. Harry aproveitou esse momento para beijar seu pescoço, arrancando um gemido sufocado.

— Gina... – Harry tentou de novo falar com a namorada, a voz rouca. Se ela quisesse parar naquele momento ele entenderia, mas seria uma tremenda maldade. Eles já tiveram amassos mais calientes em outros momentos em Hogwarts, mas nunca foram tão longe assim. Ele nunca fazia nada que ela não quisesse.

Mas naquela noite, ela queria. E ela fez. Tomando a iniciativa, ela desceu as mãos até o cós da calça de Harry, abrindo o botão com certa dificuldade. Os segundos necessários para abrir o botão roçaram os dedos dela no volume apertado na calça. Quando ela acariciou, mesmo por cima do tecido, estava extremamente corada, e Harry não reprimiu um fraco gemido. Harry passou as mãos pelas coxas dela, até chegar a barra do vestido. Ela levantou os braços para ajudá-lo a tirar a peça, deixando-a apenas com a peças íntimas. Aos olhos de Harry, Gina era linda, perfeita. Ele adorava as sardas dela, e sorriu ao perceber que ela os tinha em todo o corpo. Ele a tirou do seu colo por um segundo e a recostou na cabeceira da cama enquanto tirava suas calças entre beijos e sorrisos.

Assim que ele se debruçou sobre ela, liberto das calças e meias, os beijos deixaram de ser doces, divertidos. Seus beijos e toques ficaram mais fortes, apaixonados, urgentes. Eles nunca ficaram tão juntos, tão íntimos. Logo as poucas roupas que sobraram foram jogadas em algum lugar do flat. Harry estava beijando cada pedaço de pele que conseguia alcançar, mas quando a mão de Gina alcançou a sua ereção ele perdeu a concentração do que estava fazendo. Eles já haviam feito coisas, mas dessa vez Harry tinha a consciência que seria algo mais. Sabendo que não poderia apenas ficar parado, ele dirigiu a mão até a intimidade dela, que gemeu alto. Ela era quente, úmida, só seu cheiro inebriava seus sentidos.

— Harry... – era um meio caminho entre o suspiro e o gemido. O som mais sexy que ele já ouviu na vida. – Senta.

Novamente ele obedeceu. Quando ela colocou uma perna de cada lado do seu corpo ele achou que seu coração ia parar. Ele levou a mão rapidamente à mesinha de cabeceira tirando uma camisinha da gaveta e a colocou. Sua respiração estava pesada, mas nem perto de como estava a de Gina. Ela levantou-se de joelhos e chegou mais perto, encaixando Harry em si. Cuidadosamente, ela relaxou o corpo. Ela era incrivelmente decidida e toda dona de si. E ele amava isso. Ela mantinha os olhos fechados, concentrada, e Harry não conseguia tirar os olhos dela. Ela era quente, perfeita para ele. Ele ficou um pouco preocupado quando a viu morder os lábios, com medo que pudesse estar sentindo dor voltou a estimulá-la. Foi só quando ela o puxou para um beijo que ele percebeu que os gemidos que ela estava dando era de prazer e não de dor. Aquela foi a hora dele relaxar e curtir sem se preocupar. Ele a levantou pela cintura e a deitou no colchão, sem nunca deixar de beijá-la.

Os dois estavam totalmente entregues, curtindo o momento ao máximo. Harry não sabia como uma experiência poderia ser tão boa. Até mesmo os arranhões e mordidas que Gina davam eram prazerosos, ainda mais quando ela começou a falar algumas coisas desconexas. Depois de um tempo, somente morder e arranhar não era mais suficiente para Gina, com certa violência ela empurrou Harry para que ela pudesse voltar a ficar por cima. Ela tinha os olhos fechados e as costas arqueadas e suadas. Suas unhas arranhavam o peito de Harry que não sabia mais o quanto ia aguentar, e quando ele achou que fosse explodir sentiu Gina relaxar em cima dele e desacelerar. Só então ele se permitiu se liberar. A sensação era muito mais forte de quando estava sozinho. Imediatamente perdeu as forças nos braços e precisou se desviar para que Gina não se machucasse caso ele não conseguisse segurá-la.

Quando finalmente abriu os olhos, viu que Gina o encarava carinhosamente. Quando ele se inclinou para beijá-la, reparou na mancha de sangue nos lençóis. Ela já havia lhe dito que era virgem, mas ver a prova que ela só havia sido assim com ele era uma sensação que fazia o monstro no peito dele ronronar satisfeito. Assim que ele voltou a olhar em seus olhos, ele percebeu o olhar divertido que ela lhe lançava.

— Eu realmente fui sua primeira, não fui?

— Eu te disse aquela vez que nunca tinha... – um pensamento assustador passou pela cabeça dele – Porque? Você não gostou?

— Foi maravilhoso para mim. – Ela ria, os braços e pernas ainda moles – é que você estava mais nervoso do que eu.

— Eu não queria te machucar, ou te forçar a alguma coisa. – Com a varinha ele conjurou cobertas e se aconchegou com ela embaixo delas. – Quis que fosse mágico.

— Foi com você. É claro que seria mágico. – Ela recostou no peito dele, fechando os olhos. – Além disso Mione me disse que eu não deveria me preocupar. Se eu tinha mesmo certeza do que...

— Mione? – Ele teve que interromper. – Desde quando Mione tem experiência em... Espera. Ela e Ron? Quando?

— Austrália – Gina riu com a indignação do amigo – Por favor, não vá tirar satisfações com ela... E nem me peça detalhes. Você só precisa saber que foi uma experiência que ela não se arrepende. E que eles se cuidaram.

Harry não estava bravo, como Gina temia, estava surpreso. Sempre imaginou que Mione fizesse do tipo mais romântico, que precisava de um relacionamento estável e um lugar especial e planejado por ela. Mas, o que ele sabia? Nunca havia percebido bem as nuances dos relacionamentos, a própria senhora Weasley brincava que ele precisava limpar os óculos com mais frequência.

Com esse pensamento o coração de Harry parou.

— A sua mãe. Gina, já está tarde, eu devia ter te levado de volta... – Harry estava desesperado, a última coisa que queria fazer na vida era decepcionar a mulher que o acolheu com tanto amor.

— Harry, calma. Me empreste sua coruja. – Athena era uma grande coruja das torres, os olhos dourados e astutos. Ela conjurou pena e pergaminho e ele viu ela escrever os seguintes dizeres:

“Luna, se alguém perguntar – o que duvido muito – fui te visitar e acabei dormindo aí. Amanhã eu te explico melhor. G,”

— Resolvido. Agora podemos voltar para o quentinho do cobertor. – Harry olhava admirado para a namorada. Achava incrível o pensamento rápido que ela tinha.

Estavam deitados abraçados falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo quando Athena voltou. Um pequeno pedaço de pergaminho amarrado na perna que dizia apenas:

“Tudo bem, quando puder venha me visitar. Luna. P.S.: Olá Harry, também está convidado para me visitar quando puder. “

Agora foi a vez de Harry soltar uma gostosa gargalhada. Nada escapava à Luna. Ela era definitivamente uma das suas pessoas favoritas.


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Notas finais do capítulo

(*) O remake saiu em julho de 1998.

Ai, ai, minha gente :3 Então, o que acharam? Espero de verdade que estejam gostando, tanto quem acompanha e comenta quanto os leitores fantasma.

Maaaas, é isso! Se não tivermos seis comentários nesse meio tempo, até terça que vem! :)



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