Harry Potter e o Orbe dos Universos escrita por RedHead


Capítulo 6
Amor, Charlotte e O Primeiro Teste


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeee, terça feira chegou!!! Saudades de vocês ;)

E, assim como no outro capítulo, tem cenas que algumas pessoas podem não curtir ler. NÃO É NADA EXPLICITO, mas enfim. Quem ler, espero que gostem, quem preferir não ler, não há nenhuma informação crucial para o resto da história, é só que eu realmente preciso fazer vocês entenderem o quanto esse casal nasceu um pro outro.Agora, sem melação! Boa leitura.

Ah! E não deixem de ler as notas finais, heinnnnn



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Harry acordou com o barulho de um trovão e o coração acelerado. O relógio marcava 07:32 AM e o céu estava cinza chumbo, pesadas gotas de chuva batiam contra os vidros da janela. Ele estava sonhando novamente com o corredor dos retratos onde ficava aquele estranho orbe negro quando acordou; esse estava sendo um sonho recorrente. Pensou em se levantar e tomar um copo d’água, mas quando se moveu um peso em seu braço o impediu de continuar. Gina estava deitada com a cabeça recostada em seu ombro, os cabelos espalhados por cima de seu travesseiro.

— Pare de me encarar assim. – Gina murmurou, os olhos ainda fechados.

— Achei que estivesse dormindo. – Harry voltou a se deitar completamente, passando os braços em volta da namorada, trazendo-a mais para si – E como sabe como eu estava te olhando, se está com os olhos fechados?

— Eu sinto seu olhar. Você sempre me olha com essa carinha de menino apaixonado. – Ela riu baixo, e ainda sonolenta buscou os lábios dele. – Mais ou menos a mesma expressão que eu tenho quando olho para você. Que horas são?

— Sete e meia. – Gina soltou um muxoxo com a resposta – Hey, Gina...

— Hum?

— Eu te amo.

Os olhos da garota, antes fechados se arregalaram. Ela se levantou, apoiando-se no cotovelo para poder olhar Harry nos olhos. Ele estava levemente corado, mas não desviou o olhar.

— Você não precisa dizer nada. – Ele recomeçou a falar depois que alguns segundos se arrastaram sem resposta da parte dela. Ele não estava usando os óculos naquele momento, por isso o rosto dela parecia um borrão, mas ele sabia que ela o encarava com os olhos castanhos muito abertos e a boca entreaberta de surpresa. – E não quero que se sinta pressionada a falar alguma coisa de volta. Mas é uma coisa que eu sei que sinto já faz algum tempo, e achei que você deveria saber.

Parecia que voz não saia da garganta de Gina, por mais que ela tentasse. Então finalmente desistiu de tentar fazer com que sons que fizessem sentido saíssem da sua boca e o beijou, tentando passar naquele beijo que ela também o amava, lógico que o amava. E bem no fundo do seu coração ela teve a certeza de que ele entendeu.

***

Os dois só voltaram à Toca depois das dez da manhã pois não conseguiam tirar as mãos um do outro. A chuva ainda persistia forte em Londres, mas o sol brilhava fraco no vilarejo de Ottery St. Catchpole. O Senhor Weasley e Percy (que havia voltado para casa após a batalha) já tinham saído para o Ministério, mas Ron, George e a senhora Weasley ainda estavam lá.

Foram recepcionados pela senhora Weasley, que quis saber de tudo o que Harry mostrou do mundo dos trouxas para Gina. Ela também os informou que Ron estava quase saindo de casa para buscar Gina quando receberam uma coruja de Luna avisando que a amiga apareceu por lá e que talvez dormisse com ela, para não se preocuparem. Harry fez uma anotação mental para comprar um presente para Luna, eles se esqueceram de mandar uma coruja para os Weasley na noite anterior.

Já era hora do almoço quando Ron voltou para casa todo suado e ofegante. Ele havia começado a correr até o vilarejo e voltar todas as manhãs para se preparar – pelo menos fisicamente – para a Academia de Aurores que começava em menos de três semanas. Assim como Hogwarts.

Harry e Gina começaram a passar todos os momentos que podiam juntos, sozinhos ou acompanhados, e em muitas das noites Gina ia dormir com Harry em seu flat, mas só Mione e Luna sabiam disso além deles próprios, se bem que Harry tivesse uma grande desconfiança que a senhora Weasley os encobertava.

***

— Eu realmente preciso ir – Harry falou ofegante deitado em seu sofá recém comprado.

— Mas ainda não estreamos sua nova mesa de jantar – Gina ria enquanto se acomodava melhor em seus braços.

— Se eu soubesse que você gosta de estrear móveis, isso aqui já estaria mobiliado há muito tempo. – Ele riu alto, feliz. – Mas eu realmente preciso ir, Neville e eu temos que ir até o orfanato, ele vai inaugurar logo.

— Eu sei... – Gina se espreguiçava preguiçosamente enquanto levantava – Eu combinei de ir com Mione e Luna comprar nossos materiais hoje também... Mas ainda é cedo, acho que ainda tenho tempo para um banho. – Ela andou rebolando até a porta do banheiro enquanto falava, Harry acompanhando seus passos com o olhar – Me acompanha?

Gina já estava dentro do box com a água ligada quando Harry fechou a porta do banheiro. Ele nunca cansava de observá-la, suas sardas, os olhos castanhos e como os cabelos ruivos molhados ficavam mais escuros e grudavam na sua pele. Ela era significativamente mais baixa que ele, então para ficarem confortáveis ele a levantava pelas coxas e apoiava parte do peso da menina na parede. Os beijos dela, e o jeito como ela as vezes perdia o ar quando ele a apertava mais o deixavam mais excitado, e quando ela começava a murmurar coisas sem sentido e arranhá-lo o faziam sorrir abertamente. Ele adorava saber que os dois se encaixavam tão perfeitamente, como se fossem feitos um para o outro.

***

Agosto passou muito mais rápido do que Harry gostaria. Ele e Ron não puderam levar Gina e Mione até a estação porque deveriam estar no Ministério às oito horas da manhã, mas se despediram como puderam no jantar da noite anterior. Harry tinha levado os espelhos que Sirius lhe deu quando ele fez quinze anos até um restaurador, e os deu de presente para Gina, para que eles pudessem conversar sempre que quisessem. Novamente, ela o fez prometer que iria visita-la em Hogsmeade sempre que houvesse uma visita. Ela estava voltando para o castelo deixando a senhora Weasley em lágrimas de orgulho de sua menina, além desse ser seu último ano, ela havia sido nominada Monitora-Chefe e Capitã do Time de Quadribol.

Como sempre, a manhã do dia primeiro de setembro foi corrido. Harry e Ron acordaram cedo, então às oito horas da manhã em ponto estavam em uma grande sala de paredes de pedra nos níveis inferiores do ministério. Neville também estava lá, assim como Padma Patil, Simas Finnigan, e vários outros conhecidos de Harry da época da escola. No total, deviam haver uns 60 bruxos e bruxas no local.

Depois de percorrer os olhos pelos presentes, Harry reparou que uma mulher de aparentemente seus 40 anos estava sentada em uma mesa posta na frente de várias outras mesas menores enfileiradas, olhando muito cuidadosamente para pastas a sua frente. Ela tinha cabelos loiro escuros curtos muito cacheados e um nariz maior do que deveria ser para que fosse proporcional, mas isso não a fazia feia. O que mais chamava atenção em si era uma cicatriz que exibia na face, começava escondida pelos cachos dourados e descia pelo rosto, deixando um de seus olhos cego, passando pelos lábios. Harry quase deu um passo para trás quando ela levantou o olhar e achou seus olhos por alguns segundos.

— Espero que da próxima vez cheguem todos no horário. – Ela se levantou, sua voz era forte e altiva, lembrava Harry um pouco da professora McGonagall. – O que quer dizer que os senhores devem estar devidamente instalados em suas mesas quinze minutos antes de mim, e eu nunca me atraso. O meu nome, não que importe a vocês, é Charlotte Olsen, e tenho mais tempo de profissão do que muitos de vocês têm de vida. Sou o primeiro desafio que vocês terão de encarar aqui na Academia de Aurores Bretã. Espero que todos tenham certeza do que estão fazendo, mas se chegar um momento que perceberem que não é isso que querem da sua vida, não hesitem em vir até mim e falarem que vão sair. Não há vergonha em desistir, esse é um curso altamente perigoso, e só os melhores o concluem. Vocês serão educados nos próximos três anos como pensar, agir, como serem os melhores aurores do mundo. Não esperem facilidade em nossas aulas e testes, não temos o melhor curso de aurores no mundo à toa. Eu garanto que antes da primeira semana acabar metade de vocês terão ido para casa. Mas hoje, meus queridos, quero que se dividam em duplas, vamos. – A sala se dividiu rapidamente, Harry e Ron ficaram juntos e viram Neville fazer dupla com Ana Abbott, uma ex-lufana do mesmo ano de quando frequentavam Hogwarts. – Quero que saibam que nunca tive tantos alunos assim, geralmente nunca tive mais de 20 pessoas no total no primeiro dia, por isso, programei um primeiro dia diferente. Agora, sigam-me, teremos um teste em campo. – Todos a seguiram até uma enorme porta de carvalho que havia no fim de um dos corredores adjacentes – O objetivo aqui é chegar até uma outra porta que há do outro lado. Entre as duas portas vocês encontraram uma floresta escura, e talvez alguns animais perigosos. Vocês devem chegar vivos, eu os encontrarei do outro lado. – Charlotte abriu a porta com um aceno de varinha e só então se virou teatralmente para encará-los novamente. – Ah, e só mais um detalhe. A porta do outro lado se fecha após vinte minutos, os que não conseguirem passar nesses vinte minutos deverão ir para casa.

A floresta entre as duas portas era quente, úmida e silenciosa. Harry e Ron decidiram seguir lado a lado no escuro, não queriam atrair nenhum animal pela luz em suas varinhas. Tiveram apenas um incidente quando Harry foi pego por um arbusto de visgo do diabo, e um espécime desconhecido de animal de três pernas e escamoso foi rapidamente estuporado por Harry enquanto Ron livrava o amigo dos cipós. Foram a terceira dupla a chegar do outro lado da porta, levando doze minutos. Neville e Ana chegaram pouco antes deles, levaram quase onze minutos, eles estavam conversando com mais duas meninas desconhecidas de Harry que foram as primeiras a chegar.

— Senhor Potter, estou certa? Poderia me acompanhar? – Charlotte Olsen levou Harry alguns metros separados dos outros, mas ainda na mesma sala. Ela passou alguns poucos segundos o estudando antes de voltar a falar – É incrível pensar que tenha passado por tudo que passou, tão jovem. Lílian seria a mãe mais orgulhosa do mundo se estivesse viva.

— A senhora conheceu minha mãe? – Harry estava realmente surpreso, nunca a havia visto em nenhuma das fotos que tinha no álbum que Hagrid o havia dado.

— Éramos boas amigas, por mais que não fossemos do mesmo ano. – Ela tinha um sorriso estranho, como se o rosto tivesse desaprendido a sorrir nos últimos anos. – Mas ainda éramos próximas. Lembro que fui a primeira a saber que Lily estava considerando aceitar sair com seu pai, ela estava com medo do que nossas outras amigas pudessem dizer... Mas não foi por isso que te chamei. Eu gostaria de te entregar isso, trouxe comigo quando vi seu nome matriculado na minha turma – Ela tirou um longo e fino cordão de ouro do bolso, com uma pequena chave pendurada(*). – Era da sua mãe, ela nunca me explicou o que era, mas ela o perdeu em uma missão pela Ordem. Não pude devolver porque depois ela sumiu com seu pai. Espero que um dia descubra o que é, era muito importante para ela.

— Eu agradeço muito. – Harry pendurou a chave no pescoço e a escondeu dentro do casaco que usava – É muito bom conhecer um pouco mais da minha mãe. Já conheci amigos do meu pai, mas nunca amigas dela.

— A guerra matou muitos de nossos amigos mais próximos, senhor Potter. Do nosso grupo de amigas mais próximas apenas eu sobrevivi.

Harry não teve tempo de responder, pois em um grande barulho de trovão, a porta de madeira se trancou. Estavam dezesseis pessoas ao total no ambiente, dezessete, se contasse com Charlotte.

— Ora, ora, então conseguiram passar pelo primeiro teste. Os parabenizo, e quem precisar, peço que vão até aquela sala, medibruxos cuidaram de seus ferimentos. Hoje é só. – Charlotte se dirigiu até escadas em caracol que tinha em um dos cantos do aposento em que estavam, os saltos ecoando pelo chão de pedra, os cachos em sua cabeça balançando enquanto andava. Quando estava no meio da escada ela parou e olhou para baixo, olhando os jovens. – Espero realmente que sobrevivam ao treinamento, ou que pelo menos mantenham todos seus membros.


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Notas finais do capítulo

(*) Genteeeee guardem essa chavinha na memória de vocês. Ela vai aparecer bem pouco no decorrer da história, mas é crucial que vocês lembrem dela. Ela será MUITO importante no final :B

Ahhhh, meus amores, mais uma terça mais um capítulo. E esse é muito, muito especial para mim, finalmente apresentei a Charlotte para vocês, uma personagem totalmente minha. Espero que a amem tanto quanto eu. Hahahaha

Até terça que vem, galera! Ou até seis comentários nesse capítulo, o que vier primeiro :*



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