Entropia escrita por Reyna Voronova


Capítulo 13
XII - A Fortaleza de Areia




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XII

A Fortaleza de Areia


Uma tempestade de areia escondia a Fortaleza como um véu que esconde o belíssimo rosto de uma mulher. Era, assim como véu, de toque suave como a seda que fora usada para confeccioná-lo.

A tempestade era o caos. Areias voando em torvelinho, areias agindo como guardas naturais, indo de encontro com o corpo inerte de Adam, areias que se moviam para os lados e desapareciam, areias fugindo para todos os lugares, dançando todas as valsas ou combatendo aqueles que tentavam transpô-las — como o Bardo.

Agora sabia por que ninguém jamais tentara ir por aqueles rincões do deserto: porque as areias dali não eram amigáveis; eram ariscas, beligerantes, ousadas e arrogantes.

Adam, no entanto, se comprometera em encontrar Jenny na Fortaleza de Areia, mas ela parecia ser inexpugnável. Como iria adentrá-la sendo que nem conseguia alcançar a porta de entrada?

Porém, seus tempos na Legião lhe ensinaram que nada era inexpugnável. Sempre havia algum jeito. Talvez fossem as ordens dos Césares¹, Ca'esarva, que lhe ensinaram a ser persistente daquela forma. Eles sempre tinham uma ideia para uma invasão, mesmo que o local fosse uma montanha com quilômetros de quilômetros de altura e mesmo que a tática utilizada fosse escalar durante dias e noites ou cavar um buraco como uma toupeira.

Logo a salvação para Adam chegou, desfazendo a tempestade e o véu, rasgando a seda sem o mínimo de pena, mas sim, de altivez.

Um cavalo tão negro quando a matéria escura que compõe o universo trotou por entre a areia rodopiante, quebrando o ritmo da dança delas feito vidro fino. Ele parou de lado, à frente de Adam, como se fizesse uma mesura indicando o dorso para o Bardo subir.

E ele assim o fez; montou no cavalo. Leu seu nome na crina, narinas, na pelagem e nas orelhas: era Crepúsculo.

— A'ue, Adam, ah Ba'rden — Saudações, Adam, o Bardo, disse o cavalo Crepúsculo. — Ou eu deveria dizer Vütergutt?

— A'ue — respondeu timidamente. Saudações e palavras eram complicadas para uma mente que pensava em notas e acordes. — E esse nome já não me pertence mais.

— Huh — o som que fez indicava uma leve arrogância. — Foi o que imaginei. Seu kra'vstan já não tem gosto nem traz nenhum sentimento. Está morto.

— Assim como eu estive — a resposta saiu automática. Na verdade, não pretendia responder daquela forma. Mas era a explicação que dava quando os olhares permaneciam demais sobre ele. Não que essa resposta ajudasse muito, na verdade. Eh… aprendera certas coisas com Annik.

O cavalo apenas mudou de assunto, praticamente ignorando o último comentário de Adam. Ou talvez não sabendo como responder. Nem mesmo Adam saberia como. Na verdade, ele nunca sabia responder a ninguém. Por isso gostava de Annik; ela não falava nada, portanto não precisava abrir a boca para respondê-la.

— Irei levar o mae'ster para a presença de Ans Masson — Nossa Majestade. O cavalo realmente gostava da língua incomum, o que também significava que ele tinha uma sensibilidade muito grande para as palavras. Com Adam, isso era exatamente o contrário. Falar o kra'vstan demandava muita sensibilidade, coisa que ele não tinha nem com a língua comum.

— Vejo que você gosta muito da língua incomum — comentou despreocupadamente.

— A língua incomum me agrada. É necessária muita percepção para dizê-la, e isso é agradável. — Ele realmente parecia um cavalo um pouco presunçoso. — O que o mae'ster pensa?

— Bem… — Deu um sorriso tímido, ajeitando-se na sela. Apesar de achar Crepúsculo bastante pedante no que se tratava da língua comum, Adam era humilde e sabia que perguntas deveriam ser respondidas não importasse a quem. — Não sou muito sensível para essas coisas. Nem para a língua comum eu me dou muito bem.

— Vejo que o senhor fica um pouco desconfortável sobre esse assunto. Nesse caso, praja'niya — desculpe-me. Desculpas formais, no entanto. Verdadeiras, mas mesmo assim, formais e com pouca profundidade. Diferente das desculpas que Annik dava. Elas eram pesadas, não tinham toda essa suavidade e formalidade desnecessárias: eram cruas, como desculpas sinceras deveriam ser.

— Tudo bem, tudo bem… Apesar de eu não ser tão bom com as palavras, consigo me virar com elas, assim como eu o saudei quando você chegou.

O cavalo deu uma risadinha, talvez apenas para não deixá-lo falando sozinho.

Logo já estavam diante da Fortaleza. Por fortaleza, Adam entendia algo grande, vasto e luxuoso. Aquilo não tinha nada do que pensava. Era uma casa, apenas. Devia ter uns dois andares, feita de pedra com cor de areia. A porta de entrada era meramente uma portinha de madeira. Apesar de ser simples como Adam, ela era bem cuidada.

— Não posso prosseguir daqui em diante, mae'ster, mas o conselheiro da Tsa'riya — Rainha. Era uma mulher — irá guiá-lo a partir daqui. — E o cavalo afastou-se um pouco, indo beber água num pequeno poço que havia ali perto. Um micro-oásis no meio do deserto.

— A'ue, mae'ster — outra voz, esta idosa, apareceu, assustando Adam, que se virou abruptamente. Ah, de novo não, outra pessoa para ter que trocar palavras? — Sou o conselheiro da Rainha. Acredito que Dusq deve ter avisado sobre mim.

Aquilo era informação demais para alguém que havia acabado de chegar. Só conseguiu perguntar uma coisa:

— Dusq?

— O cavalo — o velho conselheiro levantou levemente a cabeça em direção de Crepúsculo bebendo água na poça rasa. — Ele gosta que o tratem pelo nome na língua incomum.

— Pude perceber que ele prefere o kra'vstan. — Um pouco arrogantemente, até, ele teria dito se não fosse sua educação.

— Sim, sim… Entre, por favor, mae'ster Adam. – Abriu a portinha de madeira para o Bardo, indicando com a mão para ele entrar primeiro. Não era certo recusar gentilezas, portanto foi em frente.

Estava bem claro lá dentro; a casa tinha várias janelas que permitiam a entrada do longo sol do deserto, o sol que demorava uma eternidade para se pôr. Uma eternidade para terminar um dia. E outra eternidade para começar um novo.

O conselheiro, cujo nome pôde ler como sendo Aaron, logo tomou a dianteira e guiou Adam pela Fortaleza, que mais parecia uma casa, pois era bem simples. Entraram numa cozinha. Havia uma mesa com pães e bolos sobre. Logo subiram dois lances de escada à direita e chegaram a uma espécie de quarto e escritório.

E assim que subiu, ele deparou-se com Sua Majestade, a Rainha.

Ela olhou diretamente para Adam, esquecendo-se da papelada que lia e colocando-a de lado. Aaron, por sua vez, assentiu levemente e desceu, já tendo cumprido seu trabalho.

— Veja quem finalmente chegou — a voz da Rainha era um pouco ácida, mas agradável. Agradável apenas no som, porque a sensação que transmitia era de pura falsidade e cinismo. — Adam, o Bardo. Vejo que resolveu aceitar o meu pedido.

Adam estava ainda mais acanhado do que nunca. Estava falando com uma Rainha! Tudo bem, não era uma verdadeira Rainha. O Mundo ainda era praticamente comandado pelo Faraó. No entanto, aquelas areias tempestuosas eram dela e exclusivamente dela. Nem mesmo o Faraó, cauteloso como era, teria coragem de enfrentar as areias torvelinhantes daquela região. É óbvio que ele, principalmente, iria se sentir tímido diante de uma figura de peso como ela. Havia ficado assim diante do Faraó, nos tempos em que ele ainda era o Adam tolo e presunçoso. Aquela sensação por si própria o envergonhava. Era basicamente ter vergonha de sentir vergonha. Que ridículo, um ex-Legionário tendo aquelas sensações completamente sem sentido. Mas não podia fazer nada para impedir aquilo e ele mesmo nem se importava muito, logo dava de ombros para aquela insegurança atrás de outra.

— Seu pedido? — Era ela. Era ela. A invasora. Como ela podia…? O nome que ele lia ali era outro, totalmente diferente de Jenny. Como? Como, me responda?! — Era você… você no meu sonho… Jenny. Ust Jenny — ele falou em kra'vstan. Nunca sentiu tanto o gosto das palavras na vida. E elas não tinham gosto algum. Insossas. Contudo, ele pôde sentir a textura. Ásperas.

— Sim, pode-se dizer que eu sou Jenny. Ou fui. Isso não faz diferença agora — pensando bem, até que a voz dela lembrava a do sonho. Era fria, não tanto como no sonho, mas parecia deixar a atmosfera ao redor de si refrescante. Além disso, o timbre realmente era parecido. Era ela, não havia dúvidas. Mas como…? Como?! ¿¡Ous?! Aquela pergunta fazia explodir sua cabeça.

— O que você quer?

— Uma proposta, Adam. Sente-se e então eu lhe contarei — ela apontou uma cadeira à frente da mesa onde estava sua papelada.

Ele obedeceu meio a contragosto, meio surpreso, meio totalmente sem saber o que fazer, meio entorpecido com aquele fato. Mas como?!

— Adam — ela começou. Olhava bem nos seus olhos, como havia prometido no sonho, e não desviava a visão deles —, eu tenho uma proposta que certamente irá lhe interessar. Claro que, como você bem sabe, aqui no Deserto, nada vem sem algo a ser feito em troca.

— O que você quer que eu faça?

Ela sorriu, provavelmente gostando da rapidez de Adam e pelo fato de ele ser um homem direto.

— Há, no deserto, algo que eu quero. E quero que você o pegue para mim. Simples, não? — sorriu mais uma vez, um sorriso de cinismo.

— E o que é esse algo?

— É algo que concerne a você. Pense, Adam.

— A Música do Deserto — ele imediatamente lembrou-se, a voz sussurrante ao lembrar-se das lendas sobre aquilo e na sua ambição por achá-lo. Lembrou-se dos velhos tempos. Ele e Annik. Ele e ela procurando por coisas que jamais achariam. Como eram jovens tolos… Sussurrou por causa da saudade, da nostalgia, de Annik ainda com ele. Por que tudo aquilo tinha de ter acontecido? Ele sentia vontade de chorar quando se lembrava, mas não poderia fazer aquilo na frente da Rainha. — O que você irá me dar em troca? — Ir atrás da Música era um desejo muito ambicioso. Ele necessitava de algo muito bom em troca. Algo que ele queria muito.

— O que você mais quer, Adam?

— A morte à Organização. — Na verdade, estava pouco se lixando para eles. Eles já haviam destruído tudo, não havia mais como lutar. Houve um tempo que Adam os odiava, mas aquilo era idiotice. Ele fora um homem muito idiota e burro no passado. Ele não odiava com raiva, mas com ironia. Ironia e piadas sem graça que hoje nem mesmo se conseguia imaginar fazendo. Ele fora estúpido porque odiou pessoas que nem sequer conhecia e teve sonhos totalmente irrealizáveis.

— Ha! — a Rainha deu uma gargalhada. — Fale a verdade, Adam. Não sabia que você era mentiroso.

E não era. Mas tinha medo de dizer a verdade. Se todos pensavam que ele era burro no passado, provavelmente iriam imaginar que ele teria ficado louco no presente.

— A Legião de volta. — Também estava pouco se lixando para a Legião. Ela já estava morta. Enterrada. Acabou o tempo dela e ele não queria mais lutar por ninguém nem contra ninguém. Ele era um servo do Deserto e unicamente Dele, não de um César ou de um Imperador, um Augu'stus.

— Outra mentira. Vamos, Adam, todo mundo sabe que você quer outra coisa.

E ele queria.

— Annik — disse, curto e grosso. O nome dela também soava sem gosto. Depois de tanto tempo, era assim que ele deveria saborear. Um nome que, antigamente, fora azedo, salgado, doce e, por fim, amargo. Hoje ele era insosso porque ele mesmo não sabia o que pensar. Talvez, depois que ele a reencontrasse, o nome dela pudesse adquirir outro sabor. Esperava que fosse doce, mas tudo indicava que seria amargo ou, no mínimo, azedo.

A Rainha olhou-o de cima a baixo, analisando aquela estranha resposta. Pobre Adam. Ninguém em sã consciência iria pedir para ter de volta a pessoa que a matara. Estava louco, de fato, e ele mesmo não duvidava de que os tempos longos no deserto tivessem fritado sua cabeça.

— Ótimo — ela respondeu, assentindo com a cabeça. — Você irá tê-la quando cumprir o trato.

— Pensei que fosse me achar um idiota.

— Você não veio aqui para ser julgado, Adam. E, mesmo se tivesse vindo, saiba que entendo por que a quer de volta. Você quer respostas.

Ele assentiu de modo quase doentio e psicopata. Respostas. Era exatamente isso o que ele procurava. Exatamente do que precisava e então poderia voltar a dormir em paz.

— Mas eu não posso deixá-lo partir sozinho. Uma jornada longa como essa exige companhia. Leve Dusq com você. E não pense que ele é arrogante; ele é bastante servil. Apenas… entusiasmado demais com sua sensibilidade à língua incomum.

— Ah… Entendo — uma desculpa plausível. É. Podia ser mesmo.

— Não é apenas ele que eu gostaria que fosse com você na sua busca. — Adam levantou uma sobrancelha. Mais alguém? — Há mais uma… uma velha amiga que eu gostaria de lhe apresentar. Ou melhor, reapresentar — Quê? Velha amiga? Reapresentar? Apenas perguntas e mais perguntas que explodiam sua mente. Dúvida. Estranheza.

A Rainha levantou-se, Adam a acompanhando em seguida. Adentraram por uma porta. A mente de Adam, vazia. Oca. Não conseguia pensar em mais nada porque a cabeça já tinha parecido se desintegrar — ou já tinha se desintegrado há muito tempo, exposta ao sol do deserto. Só ouvia os próprios passos.

E então ele pôde ouvir um sibilo muito familiar.

— Aqui está ela — a Rainha apontou para dentro de um quarto, a porta ainda fechada. Adam pôde imaginar quem, o que era. — Demoramos um bom tempo para achá-la no deserto. Estava tão perdida quanto você.

Não. Nir.

— Eu nunca me perco, Rainha — foi frio com ela. Porém, a voz de Adam não era fria. Nunca seria, nunca fora. Nem mesmo após o tiro. A sua primeira morte. E, aparentemente, estava indo ao encontro da segunda. Se seria a última, entretanto, não sabia. Provavelmente.

Ela o ignorou.

— De qualquer forma, acredito que seria melhor se eu os deixasse a sós. Devem ter muito para conversar após muitos tempos sem se ver. Estarei no andar de baixo caso precisar. Por agora, me despeço de você, Adam. — Ela assentiu a cabeça e desceu as escadas as quais Adam havia subido anteriormente, segurando o longo vestido vermelho. Adam, sem saber o que fazer, apenas a assistiu-a sair.

A porta ainda estava fechada e Adam a encarava. Ele sabia quem estava ali. Apenas uma pessoa, um ser, poderia sibilar daquela forma ofídia.

Ele a abriu.

Ele a viu.

Mas ele não esboçou reação; estava paralisado, chocado, descrente demais para pensar em algo que não fosse o nada.

Ela tomou seu lugar e esboçou a reação que ele deveria ter feito.

— Adam. — A Serpente enrolava-se sobre uma cama. Quem raios colocaria uma cobra para dormir numa cama?!, foi a única coisa que pensou antes ficar completamente sem raciocínio, sem nem conseguir pensar. Estava tão inerte que não conseguiu nem mesmo digerir o nome dela ou reconhecê-la.

A reação dele era indescritível. Apenas “paralisado” não seria possível descrever. Pensando em nada talvez se aproximasse. Um êxtase seria uma palavra quase perfeita. Quase. O tempo também tinha parecido parar. Mas quando ela chamou seu nome, ele se deu conta da sua própria existência.

— S-Serpente — ele sussurrou.

Imagine algo como rever sua família após muitos e muitos anos. Essa sensação se assemelha um pouco com a que Adam sentia. A Serpente era uma espécie de mãe, Annik e os outros Legionários eram seus irmãos. Talvez ele chorasse. Todas as memórias da Legião foram enfiadas à força na sua cabeça, como uma mão tentando empurrá-las contra o crânio de Adam para que elas entrassem. Era por isso que doíam tanto. Mas por quê?!

Não chorou. Seu transe não o permitiu sentir as emoções. Não sentia os membros. Mal sentia o cérebro.

— Você está viva — foi o máximo que ele conseguiu balbuciar. Uma fala quase automática, programada feito um robô ou um computador.

— Você também está — mesmo a Serpente sendo o que era, ela não falava como todos imaginariam. Nada de ssssssss ou voz raspando na garganta. A voz dela era bastante firme e decidida, quase a de uma mulher. – Está na hora de partirmos, não acha?

Ele assentiu languidamente.

— Estamos — conseguiu dizer, e, livrando-se do torpor em que se encontrava, prosseguiu: — Será como antigamente, Serpente — era bom falar seu nome de novo. Havia muito tempo que sua língua e lábios não pronunciavam o nome de um amigo. Diferente do nome de Annik, o gosto do nome da Serpente era doce. Um doce fraco, mas que parecia ficar forte como chocolate ao leite à medida que sua mente o repetia. Serpente, Serpente. Sentia-se acolhido, confortável, mesmo sabendo que iriam enfrentar uma jornada da qual poderiam jamais voltar. Havia alívio em saber que não estaria mais sozinho. Que não morreria sozinho. — Dois ex-Legionários vagando pelo deserto, caçando uma lenda e sendo caçados pela morte.

A Serpente sorriu em resposta.

— Parece que as coisas realmente não mudaram muito… Caçar e ainda ser caçados. Tempos se passam e as coisas continuam iguais… — Era verdade. De novo, procurar por coisas que mal sabiam que existiam, como a Legião procurava pelo Kra'vstanlas. E, da mesma forma, serem caçados pela Organização. Nesse ponto, realmente nada mudou.

Ver a Serpente era como ver a um fantasma. Os mortos andavam pelo Mundo agora. Primeiro ele, depois Annik e agora a Serpente. A Legião, dizia-se, estava enterrada. Mas pelo visto, nem mesmo estava morta. Estava dando seus últimos suspiros, mas ainda estava viva. Viva como a Serpente. Viva como Annik.

Viva como Adam.


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Notas finais do capítulo

¹César, nesse caso, não se refere ao nome, mas ao título romano.



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