Ter o apoio da minha mãe era algo que eu nunca imaginaria ter, mas com ela, a dor diminuiu consideravelmente. Não precisava mais chorar só. Após um dia, eu decidi que iria para a escola. Pus o uniforme, fui.

Todos olhavam-me, mas eu não me importei. Entrei na sala e o que mais me chamara a atenção fora o olhar de Katie. Ela estava preocupada, sem maquiagem, com grandes olheiras. Os olhos vermelhos e, mais importante, estava isolada.

Fez menção de se levantar, mas, envergonhada, sentou.

Suspirei e fui até ela.

— Bom dia, Katie.

— Claire, me des-

— Não. O que você fez foi imperdoável. E tudo para quê? Para se sentir superior? Francamente, achei que você era mais do que isso.

— Claire. Faz um tempo que eu estou nessa imersão de sentimentos que eu não consigo controlar e só consegui entendê-los recentemente. Eu acho que estou apaixonada por você.

Olhei para ela, estupefata.

— Tá de brincadeira? Você acha que quando alguém está apaixonado faz isso?! Como assim?!

Sentia raiva, desprezo, e começaria a gritar. Mas, isso não me faria melhor que ela. Respirei fundo e disse:

— A gente conversa mais tarde.

Sentei-me e a aula começou.

Lírio não estava aqui.