Eu sou aquele que segue das solitárias planícies ao cume das mais altas montanhas. Sou quem faz dançar os grãos de areia e as folhagens das florestas.

Sou bendito e sou maldito.

Incomparavelmente leve, carrego os dizeres alheios comigo, tanto a me elogiar como a me difamar. Vou até onde faço a curva. Retorno pelos mesmos caminhos, tão iguais e também tão mutáveis.

Assim como o são os seres humanos. Nada me fascina mais do que estas criaturas metamorfoseadas por natureza.

Eu sou o vento: carrego comigo palavras, histórias escondidas na melodia de meu canto.

E agora hei de contá-las.