Lifeline é uma fanfic que já está em sua segunda temporada, e em meros oito capítulos eu já me sinto na OBRIGAÇÃO de recomendar esta história. Eu fiz questão de esperar algum tempo para ter mais material base da segunda parte para recomendar, mas depois de ler esse oitavo capítulo não precisei de mais nada. A trama fala por si só.
Lifeline é a história de uma vida, ou melhor dizendo, de duas vidas: de Natalie Cooper e Daryl Dixon. Evolui desde suas adolescências, quando seus conflitos externos e internos, dramas e sofrimentos não envolviam um mundo aterrorizado pela praga dos errantes. Desde essa época, porém, são personagens incrivelmente bem trabalhados, tanto no que diz respeito a OC, quanto a fidelidade com que o jovem Daryl Dixon é retratado em relação ao material base da AMC. É tudo muito crível, emocionante, envolvente.
Nessa segunda parte, temos um Daryl amargurado por tudo o que vivenciou, um Daryl adulto, mas não menos frágil emocionalmente. E temos também uma Natalie de aço. Uma mulher que cresceu a duras penas, que deixou de ser uma jovem mimada e ingênua para se tornar uma jogadora política, capacidade a qual lhe permitiu sobreviver dentro do Santuário, sem se dobrar a Negan ou desistir. Além do casal principal, somos apresentados a diversos personagens originais fascinantes (Kane já é meu favorito da fic, oi), que funcionariam perfeitamente dentro da própria série The Walking Dead. Com intrigas políticas, tramóias mirabolantes, reviravoltas, drama na medida certa e uma escrita crua e emocionante, ouso dizer que Lifeline é um roteiro melhorado da série, mais focado, claro, em Daryl Dixon.
Recomendo essa história para todo e qualquer fã de TWD, especialmente para os que, assim como eu, andam desacreditados da série, que piorou visivelmente. Essa fanfic é, sem dúvidas, superior ao material original.

Depois de terminar de assistir 13 Reasons Why, eu fiquei com aquele gostinho de quero mais, especialmente pelo final em aberto da primeira temporada. Por isso a leitura dessa fanfic escrita pela Kori foi tão viciante. Em poucos capítulos, tivemos uma versão totalmente realista e in character de como seria o Clay tentando seguir a vida depois de todos os traumas relacionados ao suicídio da Hannah. Uma leitura excelente, fidedigna e bem elaborada sobre o personagem. Acreditamos em tudo o que a Kori escreve como sendo, de fato, gravações feitas pelo Clay, tentando trabalhar seus problemas e seguir em frente. Ótima fanfic, recomendo para todos os fãs de 13 Reasons Why!

Amores en Alhambra merece ser recomendada porque, antes de qualquer qualificação, é uma história de fato diferente do que costumamos encontrar neste site. É uma verdadeira história original, destacada em inúmeros sentidos. E isso não vem só pela qualidade incontestável da autora em suas pesquisas, com verdadeiros glossários destrinchados sobre a cultura moura, espanhola e muçulmana. É também por conta de todo o trabalho da Sofi em criar uma ambientação tão cuidadosa que de fato viajamos para a Espanha da Idade Média, para acompanhar os desdobramentos de jornadas trágicas, controversas, intensas e, portanto, reais — a realidade é caótica, ainda mais em tempos de guerra —, de personagens desenvolvidos com defeitos e qualidades, resguardado todo o respeito aos seus próprios costumes e tradições. Personagens que por si só são, também, reais. Ao ler Amores en Alhambra, sentimos que estamos lendo, na verdade, um livro. Não uma fic. É muito mais do que isso. É uma história que comove, envolve, surpreende e encanta, e, portanto, merece ser recomendada com todo o carinho. Espero que muitos leitores continuem acompanhando esta obra que, se um dia fosse vendida em formato de livro, eu certamente compraria e guardaria muito feliz na minha estante.

É com muita alegria e honra que eu venho aqui fazer o que talvez seja a primeira recomendação de Lifeline — Before the End. A história tem apenas doze capítulos, mas muito já foi contado, sentido e experimentado pelos leitores e leitoras, graças as mãos e mente tão habilidosas da Dixon Girl. Ela é uma autora como raras que eu tive a chance de conhecer aqui no nyah — e fora dele também — com uma exímia capacidade de transmitir emoções e desenvolver personagens, o que considero o grande diferencial de sua escrita. E Lifeline está cheio disso, dos personagens canon que tão bem conhecemos, como Daryl e Merle, aos personagens canon que não tem tanta visibilidade (pai dos Dixon), até os personagens originais tão bem criados, pensados e trabalhados por ela. Natalie Cooper, Bochechas, ou Chechas, como eu gosto de chamar, é sem dúvidas uma das melhores O.Cs que eu já tive a chance de ler sobre, e é minha favorita das já criadas por essa ficwriter sensacional! Dixon Girl é uma escritora de mão cheia, que não tropeça em erros técnicos e se atém a uma escrita que não é nem simples demais, nem enfadonha, sabendo dosar os momentos mais densos com as quebras de narrativa mais leves. Fora os elogios ao seu trabalho e esforço como escritora, agora é o momento de elogiar a trama em si e seus personagens. Não é tão fácil trabalhar com enredos mais diretos e concisos como o caso dessa história, que é literalmente focada em desenvolver personagens e suas histórias de vida, suas "lifelines". Muitas vezes, uma história pode passar bem e conseguir fãs com personagens nem tão bem escritos, mais rasos e superficiais, quando se tem um enredo complexo. Mas a simplicidade da trama de Lifeline é também profunda por si só, e por isso tão carismática.
Dixon Girl se dedica a escrever a história de uma personagem realista, verossímil, o tipo de O.C. que eu particularmente acho muito difícil de encontrar: alguém humana. Natalie é tão humana quanto os personagens de The Walking Dead utilizados aqui nessa história, e, eu diria, tão encantadora quanto por sua verossimilhança. Uma garota nova, com seus próprios dramas, com um passado nas costas, mas que — como todo e qualquer ser humano —, tenta seguir, aos tropeços ou em uma linha mais harmônica, tenta ir adiante na própria vida, sempre disposta a aprender. Algo similar pode ser dito de Daryl, trabalhado com primoroso zelo aqui, mantendo integralmente as características do personagem, ao mesmo tempo que usando de liberdades criativas que se encaixam ao que conhecemos dele. Um personagem que também se sente desencaixado, que também se sente perdido, e apenas quer descobrir sua trajetória, conseguir sua própria independência e liberdade, tanto quanto a personagem principal. Os dois são de mundos diferentes, mas igualmente humanos, e, principalmente por isso, são personagens tão fascinantes, podendo se compreender apesar da distância em muitos sentidos. Eu poderia resumir o mais especial de Lifeline em uma frase de meu filósofo favorito: "conhece-te a ti mesmo, e torna-te quem tu és". Confio que Dixon Girl trará aqui, por tudo o que já fez nesses dozes capítulos, uma jornada que continuará nos encantando, movendo e emocionando até o final.

Consigo pensar em muitas razões para recomendar Origins, que é com certeza uma das melhores fanfics já escritas do fandom de TWD. Mas a principal, na minha opinião é: profundidade. Essa é uma das fanfics mais densas que eu já li, e passar por essa experiência foi realmente algo maravilhoso. As pessoas que conhecem minhas preferências para fanfics pode até achar isso contraditório, porque: "Menta, você sempre disse que não gosta de fanfics focadas em romance ou um ship específico". Sim, eu sempre disse isso, e sigo dizendo. Mas Origins é muito mais do que um romance, embora o foco seja o romance. É muito mais do que um ship, embora a história gire em torno desse ship. Origins é uma história de uma jornada. De auto-conhecimento, de auto-superação, de relações humanas, do que é comum ao humano, suas falhas, suas virtudes, o que nos faz sermos o que somos. É uma história que não só nos traz os personagens que conhecemos tão bem em The Walking Dead com uma verossimilhança que poderia ser parte do roteiro oficial da série, quanto nos introduz novos igualmente cativantes. Eu terminei essa história emocionada e apaixonada por toda a jornada de Charlotte Walsh, a irmã mais nova de Shane, pensando em, se por um lado o irmão mais velho foi o exemplo trágico da família, a caçula simbolizou a redenção de ambos. Charlotte é uma personagem real. E trazer personagens reais nunca é uma tarefa fácil. Charlotte e o Alex são pessoas comuns, e encantadoras por isso. Aliás, acho que provavelmente Alex é o garoto carisma de Origins ahusuhshu! Criar personagens que tenham defeitos além de virtudes, que tenham densidade, que tenham um passado, que tenham sofrimentos e não só sorrisos no rosto, que tenham visceralidade não é simples. Porque dói. E dói MUITO. Porque a gente, como autor e autoras, vivencia na pele o sentimento e tudo o que eles sofrem, porque escrever é isso. É sentir o que o personagem sente, e se desdobrar o melhor que podemos para transmitir em palavras. Para que os leitores possam sentir com a gente, se emocionar com a gente, e amar os personagens com a gente. E isso demanda esforço, dedicação, e um carinho particular que jamais faltou a Dixon Girl. Ela é uma excelente escritora, que esmiuça não só os sentimentos dos personagens da série com toda a fidelidade imprescindível a profundidade emocional de TWD, que é uma série, acima de tudo, de drama, como insere nesse contexto personagens que poderiam sim fazer parte do seriado, inclusive mais bem desenvolvidos e redigidos, ouso dizer, que metade do cast principal. Leia e se apaixone comigo pela Charlotte, pelo Alex e novamente por todos os personagens da série, nessa aventura pelo que faz de todos nós humanos. Uma história de dor, de amor, de auto-superação e de esperança.

Para fazer um começo justo de recomendação, é preciso dizer simplesmente que: essa é uma das melhores fanfics já postadas em todo o site Nyah Fanfiction. Eu sei que esse é um clichê dito em inúmeras recomendações, mas eu falo com toda a honestidade possível que, dentro da minha experiência como leitora de fics nesse site desde 2012, poucas histórias me envolveram, emocionaram, surpreenderam, e, em suma, foram tão impactantes para mim quanto essa. Repleta de simbolismos, significados muito bem elaborados e elencados, Arrriba, uma escritora que eu conheço já há algum tempo e sei ser autora de obras brilhantes postadas em seu perfil — até recomendei a maioria delas —, nos traz uma história composta de aventura, ação, comédia e uma dose de drama verossímil, real, redigida com cuidado perceptível por qualquer um que decidir ler essas verdadeiras páginas de livro. Livro, sim, porque a escrita, a trama, os personagens e todo o roteiro do que poderia ser um filme dos X-Men — melhor do que a maioria deles, na minha opinião —, é de um profissionalismo, zelo, beleza e meiguice que certamente irão encantar todo leitor que der a esta história uma chance para ter um lugar de destaque, carinho, fascínio e apreço em suas leituras diversas. Para mim, não há par melhor para Wolverine do que Eve, não há história da categoria X-Men que melhor trate o tema de opressão e preconceito contra minorias tão bem trabalhados neste fandom, e, em suma, é uma fanfic que merece ser lida, favoritada, comentada e recomendada por todos que a leram. Eu realmente cheguei a ficar de olhos marejados no final, que apenas compõe parte de um todo completamente apaixonante que é a história de Immortal. Deixe que a fanfic te emocione, e tenho certeza que irá concordar com tudo o que digo nesta recomendação mais do que merecida. Justa, apenas. Porque quando se encontram autoras com a sensibilidade, o carinho, o esforço e a dedicação da Arrriba, eu me sinto mais do que na necessidade de reconhecer o que lhes é devido, e tentar, o melhor que posso, retribuir com muito afeto a generosidade que estes autores e autoras têm de compartilhar conosco histórias tão enriquecedoras, lindas, capazes de nos emocionar a cada página, como aquele tipo de livro que você termina e se sente agradecido pelo encontro mágico de lê-lo, bem como triste por ter finalizado essa experiência incrível. Immortal é assim, como os livros que nos encantam e nos fazem amá-los, lembrar de suas histórias, ter catarses e relacioná-los com a nossa vida, com a nossa sociedade, e com a nossa realidade. Meus parabéns a autora Arrriba, que é não só uma escritora admirável como uma excelente pessoa, tão sensível quanto seus escritos, e igualmente merecedora de apreço, reconhecimento, afeto e gentilezas.

Esta original certamente é o tipo de história que merece ser recomendada! Mary cria uma história passada em um contexto tão "na moda" na ficção atual, o de um mundo permeado de zumbis, mas o conta por meio de personagens que realmente te cativam. Podemos ver inspirações nas séries The Walking Dead e Orange is the New Black, mas tudo isso adaptado para o cenário brasileiro, se irrompesse uma contaminação caótica por aqui. Acompanhamos a sobrevivência de quatro detentas, as personagens principais, bem como outros que surgem pelo caminho, junto a flashbacks que mostram mais de quem são, suas motivações, seu emocional, e, enfim, nos conectam com eles, como pessoas que se tornam pouco a pouco importantes para nós. O grande trunfo da história e da escrita de Mary, para mim, é como a autora formou personagens realistas, cada um com sua personalidade e histórias de vida que vão nos conquistando gradualmente. O ritmo da história é equilibrado, nem superficial nem pesado demais, leve, a escrita é fluida, e com certeza é uma leitura muito agradável. Passa, inclusive, mensagens de auto-aceitação, sororidade e uma tentativa de buscar a vida no meio do colapso da sociedade, o que há de bom no ser humano mesmo em meio a tanta tragédia. Adoro a história, e acho que vale a leitura de qualquer um interessado em boa escrita, bons personagens, boas tramas, das que te emocionam sem pressa, te ganhando suavemente. Em resumo: uma ótima história original!