Teus Olhos Meus escrita por Felipe Perdigão


Capítulo 10
IX — Café, Whiskey e Menta.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, olha quem voltou!
Aqui está o capítulo novo!!!! Confesso eu que este é de longe um dos meus capítulos favoritos e espero que possam curtir ele o quão eu curti.
Espero que este capítulo de Teus Olhos Meus possa alegrar o dia de vocês.
Quero agradecer mais uma vez o alcance que a história ta tendo e isso é por causa de vocês que não deixam de comentar sempre e favoritaram. MUITO OBRIGADO, MESMO.
Vejo vocês no próximo sábado!
Não deixem de comentar, favoritar, recomendar pro papai, pra mamãe, pra titia, pro primo, pra empregada, pro patrão... É sério mesmo! Vocês não sabem como isso é importante para nós escritores e não custa nem dois minutos.



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MARCOS

A vida é bela e eu fui feito pra ela.

Depois de alguns dias repousando por causa da lesão no tornozelo, eu finalmente vou poder sair. Os calouros de todas as engenharias do meu campus estão organizando uma baita de uma festa.

Como a festa era aberta ao público resolvi convidar o meu professor de Mineralogia e sem hesitar, ele aceitou.

Eu estava acabando de vestir uma blusa polo azul quando recebi uma mensagem de texto de Antônio falando que estava saindo de casa naquele momento. Para meu alívio, eu não estava atrasado.

Acabei de arrumar o meu cabelo e desci para a sala onde meus pais e meu irmão mais novo conversavam sobre seu rendimento escolar.

Aquele assunto me deixava extremamente irritado, pois eu não queria que alguém que eu amasse tanto cometesse os mesmos erros que eu cometi. Não que eu tenha sido um aluno arteiro e tudo mais, mas se eu pudesse voltar ao tempo do ensino médio, me esforçaria muito mais, pois assim minha vida não seria este atraso.

Para não perder a cabeça e me intrometer no assunto, resolvi esperar na cozinha. Assim que coloquei meus pés no ambiente, dei-me de cara com uma enorme travessa de alfajores que minha mãe havia feito horas atrás. Acabara eu de embrulhar um em um plástico verde e escutara Antônio buzinar três vezes.

A gente havia combinado que ele buzinaria daquela forma toda vez que chegasse, já que ele me fez um grande favor me levando e trazendo da faculdade todos os dias enquanto um dos meus pés estava impossibilitado de qualquer movimento.

Verifiquei se estava tudo certo e tomei meu rumo.

Já na escada que levava até o portão não resisti de provocar a meu irmão.

Afinal, esse é o papel dos irmãos mais velhos, certo?

— Miguel, se você não melhorar essas notas vai se vir comigo. E o senhor sabe muito bem do que estou falando. — Gritei em tom de deboche acelerando o passo para que minha mãe não tivesse tempo de vir atrás me enchendo de perguntas.

Entrei no carro com um enorme sorriso estampado no rosto.

Ele estendeu a mão para me cumprimentar me dando um sorriso amarelo e logo o puxei para um abraço, afinal, já podemos nos considerar camaradas, não é mesmo?

— E aí, está animado para voltar a frequentar calouradas? — Perguntei ainda antes de ele acelerar o carro.

— Eu mal ia às minhas. — Ele respondeu seco.

— Quem diria na dos outros né? — Confesso que fiquei desapontado.

— É, algo parecido com isto daí. — Ele pausou a fala para voltar à atenção para um morador de rua que estava a vender doces no semáforo. — E você está ansioso, para a sua primeira vez?

— Minha primeira vez foi com catorze. — Debochei.

— Que? — Ele franziu o cenho. — Nossa...

O que estava acontecendo com Antônio que ele estava tão seco?

— Foi só uma piada cara, relaxe.

— Eu já estou.

— E quem te deixou relaxado? — Ele me fitou com os olhos de uma forma que desejei nunca ter nem se quer pensado em fazer aquela brincadeira. — Desculpa, vou parar com as piadas.

— Obrigado.

—­ Você precisa beber logo pra descontrair.

— É, mas quem vai dirigir na volta?

— A gente da um jeito. Se você está irritado por causa disso, a gente poderia dividir um táxi.

— Não. Não é isso.

— Então o que é Antônio?

— Nada, só não estou no clima, ok?

— Então por que você veio?

— Por você.

Senti meu coração gelar.

Eu nunca tinha tido uma amizade assim com outro cara a não ser, é claro, com meu primo Caio.

Não sei lidar com essas homo afetividades.

Eu nem se quer me dei o trabalho de respondê-lo.

Se não fosse o som do carro que tocava uma playlist, o silêncio havia teria tomado conta do carro até chegarmos.

Desci do carro e entreguei a meu professor o seu convite. Ele me disse que eu poderia entrar na frente, pois tragaria um cigarro antes.

Como eu estava extremamente ansioso, nem passou pela minha cabeça em espera-lo.

Se minha mãe me visse no lugar que eu acabara de adentrar, eu não saberia dizer se ela me bateria até a morte ou se começaria a chorar por toda eternidade por tamanho desgosto.

A antiga fábrica de cimento que agora abrigava aquele evento tinha luzes espalhadas por todos os cantos. Isso no primeiro andar da fábrica, é claro. Olhei para cima e pude ver mais dois ambientes. O segundo andar tinha uma iluminação verde e o último estava todo escarlate.

Já que até então eu estava sozinho, eu precisava me enturmar.

Fui até o bar e comprei uma long neck de porter, um tipo de cerveja escura de teor alcoólico alto e comecei a reparar em todo ambiente procurando por alguma gatinha, mas ninguém ali me interessava.

Assim que acabei de dar uma volta completa pela pista de dança decidi ir para o segundo andar. Talvez o que eu estava procurando estivesse lá em cima.

Mas fora em vão.

Única coisa que eu vi foi inúmeros jovens tomando bala, fumando maconha, injetando heroína e cheirando cocaína.

Eu já estava em direção à escada quando de longe avistei Caio cheirando uma carreira que estava alinhada sobre o peito de uma mulher.

Paralisei.

Não sabia o que fazer. O que pensar. Muito menos o que dizer.

Não sabia que meu primo ia tão fundo.

Depois de vários segundos o encarando, ele olhou em minha direção e eu desci as escadas o mais rápido que pude. Rezei para que ele não tivesse me seguido.

Já no térreo voltei ao bar para comprar mais uma cerveja quando dei de cara com Antônio sussurrando alguma coisa no ouvido de Alexandra.

Claro que ele só estava fazendo isso por causa da altura do som.

Eu espero.

Eu espero nada, claro que é isso a explicação.

E não!

Eu não estou com ciúmes.

Só não quero ver o Antônio com alguém como a Alexandra.

Não por ela ser transexual, é que...

Ah, deixa pra lá.

E eu nem sei o que ela esta fazendo na festa!

Super inconveniente.

Por que diabos eu estou com o rosto vermelho?

Merda.

Eles me viram e acenaram. Não tive como não ir em direção aos dois.

Cumprimentei Alexandra com um sorriso, mas para meu espanto ela colocou a mão no meu ombro puxando assunto.

Entrosada!

— Marcos! Que bom que o tornozelo está melhor! — Ela disse com um sorriso largo.

— É, está sim. — Retribui o sorriso por educação. — Graças ao Antônio.

— Este homem é um anjo. — Ela disse trocando um olhar estranho com o meu professor.

ALGUÉM PODE ME EXPLICAR QUE OLHAR FOI ESSE?

— Pelo visto vocês estão se dando bem agora né?! — Bem até demais para o meu gosto.

— Estamos sim. Alexandra é um amor de pessoa e eu estava errado sobre ela. — Antônio disse dando um gole seja lá o que fosse aquilo que ele estava bebendo.

— Ah claro. Evidentemente.

Antes que alguém dissesse qualquer coisa, Antônio solicitou um barman mais uma dose de Whisky. Agora eu tinha a confirmação do que ele estava bebendo. Já era de se esperar, já que ele bebe isso como se fosse água.

— Essa é pra você. — Ele estendeu o copo em minha direção.

— Você está maluco? — Eu ri de desespero. — Tenho como pagar isso não.

— É um presente meu.

— Eu não posso aceitar. — Disse, convicto.

— Se você não aceitar, eu aceito. — Alexandra se intrometeu.

Eu NUNCA nessa vida que a deixaria roubar o meu presente.

Presente dado por Antônio!

Tomei de suas mãos o copo e logo dei dois golos.

E ali ficamos por alguns minutos, talvez horas.

Quem sabe?

Quando me dei conta já estávamos na pista de dança ao som de uma versão de uma música remixada com uma batida de reggae.

Eu havia esquecido completamente do mundo.

Tudo que importava naquele momento era como meu corpo estava leve e o quão meus problemas pareciam tão distantes.

Tudo estava desbotando e eu sentia que logo tudo iria desaparecer.

Infelizmente, meu estado de alfa – eu só fiquei sabendo o que é estado alfa porque o super renomado e intelectual Doutor Antônio Scodelario me contou o que era – fora interrompido pelo meu professor dando um berro.

— Já volto! — Ele disse em meio um soluço.

— Onde você pensa que vai? — Questionei.

— Mijar, posso? — Ele deu de ombros me encarando com o cenho franzido.

— Quem é você e o que fez com meu professor todo educado que falaria que está indo AO banheiro? — Rebati.

Ele ficou me encarando com seus olhos negros como a noite me fazendo bambear.

Esse humor é coisa de um rapaz que sem ter proteção foi se esconder atrás da cara de vilão... Então, não faz assim rapaz, não bota esse cartaz! A gente não cai não. — Alexandra cantarolou encenando estar com um pandeiro nas mãos.

Ê! Ê! Ele não é de nada... — Antes que eu pudesse acabar de completar a frase Antônio nos pediu licença e seguiu o caminho para o banheiro. Pelo menos eu esperava que ele realmente estivesse indo ao banheiro.

Alexandra arregalou os olhos inclinando a cabeça para frente em minha direção e me estapeou o braço.

— Marcos! O que está esperando para ir atrás daquele homem?!

Nem perdi tempo em responder e cerrei os olhos me esquivando dos corpos que dançavam freneticamente. Eu não queria perder meu professor de vista.

Depois de muita dificuldade consegui atravessar a pista de dança. Ela parecia encher cada vez mais e a julgar pela quantidade de Whisky que ingeri, era justificável os passos que troquei.

Ao entrar no banheiro, deparei com um ambiente com um odor terrível, com o chão molhado e o azulejo que outrora fora branco, completamente negro por causa das pegadas.

Não demorou muito e encontrei Antônio molhando o rosto na última pia daquele banheiro enorme.

O chamei, mas fui ignorando. Então tentando não cambalear, pelo menos não muito, caminhei até ele.

— O que está acontecendo? — Questionei.

— Nada.

— Está passando mal né? — coloquei as mãos em seu ombro.

— Qual é Marcos?! Está tudo bem. Só quero retornar um pouco da sobriedade antes de irmos embora.

— Tem certeza? — cerrei os dentes. — Você sabe que pode contar comigo pra tudo né?!

— Então você se importa de ir comprar uma água gaseificada para mim? Eu vou ta lá atrás da fábrica, perto do lago.

— Ah, claro! — Não entendi a dele. — Não vá se afogar.

— Eu sou campeão estadual de natação e você me vem com esse papo de afogar? Vai-te a merda... — Ele deu de ombros.

Não dei trabalho de responder e saímos ao mesmo tempo do banheiro.

Corri até o bar para buscar a bebida que Antônio me pediu e quando estava prestes a ir a busca do lago lembrei-me da pobre da Alexandra que havia ficado sozinha na pista de dança.

Tentei procura-la com os olhos, e depois de muito esforço a vi aos beijos com um rapaz que eu nunca havia visto no campus antes.

Bem, ela deve que não estava sentindo nossa falta. Mais tarde eu mandaria uma mensagem de texto explicando o que aconteceu só pra que ela não ficasse preocupada com o Antônio.

Mesmo assim era só por educação mesmo.

Os dois não tem nada, não tem porque ficar dando satisfação da vida.

E então, segui meu rumo até atrás da fábrica.

Havia iluminação alguma.

O som de dentro da antiga fábrica estava sendo abafado pelas paredes grossas e janelas de vidros.

Segui o som das águas.

A priori, eu estranhei ouvir barulho de água, afinal, era um lago! A água era pra estar parada.

Para não correr o risco de me acidentar, acendi a lanterna do celular e vi que eram duas lagoas e uma despencava na outra formando uma queda de alguns metros.

A luz do celular não me ajudara a achar meu professor.

O ato primordial para que eu o encontrasse fora seu cigarro que tinha um tom intenso no meio de toda aquela escuridão.

Gritei pelo seu nome para eu não ter o risco de estar indo em direção a um espirito, ou sei lá, maníaco estuprador e ele – para o meu alívio – acenou de volta.

O entreguei a água e ele agradeceu com um sorriso.

Ficamos ali no silêncio.

Havia algo no barulho da água corrente e no cheiro de seu cigarro de menta que me excitava.

Eu levei um susto quando escutei a voz aguda do meu professor rasgando o breu.

— Está frio, né?

— Sim. Bastante! — Respondi baixo. — Deve ser pela hora e por estarmos perto da água.

— E acho que porque bebemos.

— Quem bebeu? Eu fiquei só na água a noite inteira. — Brinquei.

— Sei.

E o silêncio voltou a reinar.

Estava tudo tão quieto.

Eu conseguia ouvir o meu professor bater queixo.

Sem pensar, o abracei pela cintura.

— O que é isso? — Ele questionou.

— Pra trocarmos temperatura. — Disse, sem perceber a malicia.

Aquele cheiro de Menta e Whisky estava me deixando louco.

Eu conseguia sentir o pulsar em meu sexo.

— Eu acho que não deveríamos estar fazendo isso. — Ele tentou me empurrar com o corpo, mas o apertei cada vez mais forte.

— Por quê? — Questionei.

— Por que? — Ele repetiu incrédulo.

— É, porque acha que não deveríamos estar abraçados?

— Porque eu estou perdidamente apaixonado por você. — Antônio admitiu.

E então, mais rápido a que adormecer, eu inclinei meu rosto e o beijei.

Para o meu espanto e, talvez felicidade, ele contribuiu. Mas quando percebi a merda que estava a fazer me soltei de seus braços.

Ficamos os dois ali, em silêncio, competindo por qual se perdia mais em pensamentos.

Fui surpreendido com o professor Antônio tentando me beijar novamente.

Me afastei, é claro.

Eu não sou gay.

É claro que eu não sou.

Aquele sonho que tive em que estávamos juntos na mesma cama não passou de... um sonho. Nada mais a que isso. Isso é culpa do estresse, pode pesquisar na internet. Muito comum em quem trabalha e estuda ao mesmo tempo. E bem, em relação a ter acordado enrijecido... ISSO ACONTECE COM TODO HOMEM.

E olha, com tanto homem no mundo, por que eu me interessaria por alguém apático à Antônio.

Não quero mais ficar na presença desse doente.

—Me leve para casa. — Ordenei.

Sem dizer nada ele começou a caminhar em direção do estacionamento.

Eu queria o agradecer pelo silêncio, mas eu estaria o quebrando e eu precisava dele naquele momento.

Assim que adentramos no carro ele ligou o rádio e escorou o peso do seu corpo nas costas do assento.

Toda hora ele mexia a boca como se fosse dizer algo, mas não saia nada.

— Por favor, me leve pra casa. — Pedi.

— Não quer falar sobre isso que aconteceu? — Ele perguntou com a voz falha.

— Isso o que? — Fingi que nada havia acontecido, mas tudo que eu conseguia fazer era pensar em seu cheiro e... beijo. Café, Whiskey e Menta.

Ele não persistiu no assunto e acelerou o carro. Estava tocando Society, do Eddie Vedder no som. A mesma música do dia em que ele me atropelou por incidente.

Naquele momento, senti que o mundo estava rodando por conta da quantidade de álcool ingerido na festa há minutos atrás.

Sobre efeito da adrenalina, temi o que estava prestes a acontecer.

— Para este carro. — Ordenei a Antônio

Ele hesitou sem entender muito bem o que eu pretendia.

— Para esse carro. — respirei fundo. — AGORA!

— Você está vendo a chuva que acabou de começar cair? — Ele debochou. — Quer que um caminhão de quinhentas toneladas colida contra a gente?

— Você espera que eu diga que se eu morrer ao seu lado devo ficar com todos os prazeres e me sentir privilegiado?

— É. Acho que Deus, no caso, Morrissey, ficaria bem contente se isso acontecesse. — Ele riu amarelo.

— Não vou pedir de novo. — Entonei a voz de uma forma sedutora que o deixaria no mínimo com um zilhão de pulgas atrás da orelha.

Meu professor revirou os olhos, chegou pelo retrovisor se havia algum carro atrás de nós e pegou a faixa do encostamento.

Assim que o carro estava completamente parado eu respirei fundo.

Como provavelmente eu não me lembrarei de nada, soltei meu sinto e joguei meu corpo em direção a do meu professor e o agarrei pelo pescoço dando-lhe o beijo mais excitante da minha vida.

O gosto do cigarro de menta se misturava com o de whisky que havíamos bebido fazendo com que minha libido se despertasse cada vez mais. E Mais.

Ele passou a mão pela minha cintura me puxando para mais perto dele retribuindo o beijo. Enquanto mordia seus lábios, senti minhas nádegas sendo apertadas por aquelas mãos grossas e pesadas. Não senti incomodo algum, pelo contrário, aquilo me deixava cada vez mais excitado.

Nos soltamos do beijo e fui em direção a sua orelha e a lambi em meio de uma tentativa de recuperar o fôlego, mas sua boca agarrou meu pescoço fazendo com que sentisse arrepios por todo o corpo e perdendo assim mais uma vez o fôlego.

Isso não podia estar acontecendo. Eu estava morrendo de tesão em outro homem.

Eu conseguia sentir meu sexo cada vez mais enrijecido pulsar dentro das minhas vestes.

Foi então que Antônio me surpreendeu com outro beijo. Retribui levando a minha mão suavemente a seu sexo.

Estava eu prestes a abrir a braguilha de sua calça quando fomos surpreendidos por uma buzina que cortou o barulho da chuva fazendo que nossos corações continuassem palpitando.

— Puta merda! — Ele disse com o cenho franzido tentando entender tudo aquilo que estava acontecendo.

— Acho melhor irmos embora. — Me acomodei em meu acento e mantive os olhos fixos na estrada. Não era capaz de encara-lo.

“Não vou lembrar.”. Eu pensei enquanto encostava o rosto no vidro da janela. ”Ou pelo menos, espero que não lembre.”. Eu certamente ficaria traumatizado com essa boiolagem caso eu lembrasse.

Como ainda faltava um ótimo pedaço de chão, acabei adormecendo por conta do álcool. Acordei com ele chamando meu nome pra avisar que chegamos.

— Quer ligar para seu irmão para ele ajudar você subir as escadas? — Ele sugeriu sem demonstrar se quer alguma expressão.

— Não. Eu consigo. — Apesar da enorme dor de cabeça, eu estava bem.

— Se você está dizendo.

Enquanto tirava o sinto ele desceu do com um guarda chuva nas mãos e atravessou o carro. Ao abrir a porta ele me ordenou que descesse.

— Venha, vai ficar resfriado se tomar uma chuva dessas com o corpo quente.

Sem malicia alguma, não hesitei e o agarrei pela cintura enquanto ele me guiou até a porta de casa.

Adieu. — Ele disse abrindo um sorriso amarelo.

Antes que eu pudesse me dar conta, já estava em minha cama apenas de cueca e meias sonhando com o gosto daquele beijo.


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Notas finais do capítulo

PAPAPUM! Conte-me o que vocês estão pensando que irá acontecer a partir de agora! Superaram suas expectativas? Esperavam mais do momento dos dois juntos?

Me contem o que vocês estão achando sobre a história, me deem dicas, sugestões e falem sobre o que não tão gostando de ver.
Beijinhos e até o próximo capítulo!

Comentar em uma fic é mostrar para o autor o quanto
você respeita e gosta da historia. Não custa nada e não
demora dois minutos, então por que não comentar?

Com certeza todos que leêm essa nota já escreveram algo
e viram como é ruim escrever para as paredes. Muitos desistem,
outros desanimam.

Então faça uma forcinha, nem que seja para dizer que amou
ou odiou. Com toda certeza o autor se sentira melhor.



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