Humor Negro escrita por letter, Joke


Capítulo 2
Two


Notas iniciais do capítulo

Hola, chicos, como estão?
Aqui é a Harley com mais um capítulo procês de HN... O que estão achando até agora? Confesso que no começo eu não tinha ideia de como ficaria essa mistureba entre Batman e HP, mas, com a minha Twin, tudo funfou bem até haha.
Enfim, esperamos que gostem!
Boa Leitura



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O2

Harley! O que pensa que está fazendo?! - O sombrio palhaço inquiriu, observando a jovem loira admirar a máquina interdimensional que acabara de roubar da Liga da Justiça.

Dando um risinho meigo e infantil, Harley Quinn arrumou a postura, colocando ambos o braços para trás.

ㅡ Nada, pudinzinho! Estava apenas admirando nosso novo móvel de decoração - ela estudou a enorme estrutura metálica por alguns instantes; seus olhos azuis vivos e frenéticos pareciam encantados com a mesma. ㅡ Acho melhor manter essa coisa longe dos bebês. - Comentou, referindo-se às duas hienas de estimação do casal: Bud e Lou.

Joker preferiu ignorar Harley. Sempre o fazia quando ela começava a tagarelar sem parar sobre assuntos irrelevantes para sua mente ocupada. A verdade é que estava focado em outra coisa: uma nova piada para a cidade de Gotham, e essa era de matar.

O que será que o Batman diria se ele utilizasse aquela máquina interdimensional para trazer alguns… Visitantes para alegrar a tão acinzentada Gotham?

Isso traria um enorme sorriso àquele rosto sério e carrancudo, Joker tinha certeza que sim.

Tudo o que precisava fazer então era esperar o Cavaleiro das Trevas aparecer, iniciando, assim, o espetáculo da noite. Joker sentia a adrenalina tomar conta de seu corpo aos poucos, crescendo junto com sua ansiedade.

Será que ele iria demorar? Detestava esperar, ainda mais quando tinha uma excelente piada para contar para seu velho amigo morcego.

“Vamos, Bats, venha me dar um ‘olá’!”

De repente, um barulho vindo do corredor tirou Joker de seus devaneios, introduzindo uma Harley correndo desesperadamente atrás das hienas de estimação. Os bichos avançavam rapidamente para a sala, mostrando que a estupidez de Harley Quinn mais uma vez prevalecera sobre seu intelecto pouco avançado.

ㅡ O QUE É ISSO?! - Urrou Joker, observando sem acreditar as hienas destruírem um dos manequins que trajava o terno rosa e verde do palhaço; um dos seu favoritos. ㅡ HARLEY! CONTENHA ESSAS COISAS AGORA!! - Ordenou ele, fuzilando sua ex-psiquiatra com verdadeiro ódio.

ㅡ Os bebês não são “coisas”, Mr. J! - A loira rebateu, indignada com o termo que o amado usara para descrever Bud e Lou. ㅡ Eles queriam apenas passear um pouco…

ㅡ Então levasse eles pra fora, sua pirralha imbecil! - Joker às vezes se perguntava como que Harley Quinn já fora uma renomada psiquiatra no Arkham. Pelas suas trapalhadas, ela não teria condições para exercer a simples função de um faxineiro do lugar. ㅡ Trate de pegar esses dois, e rápido!

Porém, seu comando foi abafado por um barulho extremamente alto. Tentando capturar as duas pestes, Harley saltou para cima dos animais. Todavia, provando serem mais inteligentes que a palhaça, Bud e Lou desviaram, e Quinn acabou aterrissando na atração da noite: a máquina interdimensional.

ㅡ NÃO! - Joker correu para perto do objeto, que encontrava-se arrebentado no chão, soltando faíscas e uma esquisita fumaça azul do painel principal.

A raiva do palhaço era tamanha, que até mesmo as hienas pararam de correr de um lado para o outro e se encolheram no canto mais distante que encontraram. Harley também estava quieta e, sorrateiramente, afastou-se do local do incidente.

ㅡ Aonde você pensa que vai, Pooh? - Perguntou Joker, não retirando os olhos da máquina destroçada.

O rosto de Harley Quinn perdeu a cor, e, junto com ela, o sorriso que sempre exibia nos lábios.

ㅡ P-pudinzinho, e-eu… - As palavras entalaram na garganta de Harley; o medo e ansiedade pela reação do Príncipe do Crime eram extremos, sempre esperando o pior.

ㅡ Quando eu falo para não trazer as hienas, minha querida - ele começou num tom calmo, contudo, assim que se virou para Quinn, uma arma estava em suas mãos; o cano voltado para a cabeça da mulher. - É PRA VOCÊ OBEDECER A PORRA DA ORDEM! - Rapidamente, Joker pegou Harley pelo colarinho da fantasia, puxando-a contra seu peito, enquanto mudava a posição da arma, colocando-a logo embaixo do queixo da loira ㅡ Entendeu, amorzinho?

Antes que Harley Quinn pudesse se manifestar sobre, a máquina emitiu um estranho barulho que acabou atraindo novamente a atenção do palhaço.

ㅡ O que está acontecendo? - Questionou, sem ter um alguém certo para responder sua dúvida.

ㅡ Ela ainda está funcionando, pudinzinho! Veja! - Harley Quinn apontava freneticamente para as luzes que reacendiam, tentando ao máximo disfarçar seu alívio.

“Será que a pirralha tem razão?”, ponderava Joker, recuperando um pouco da animação.

O palhaço se abaixou para perto da máquina, querendo verificar se o palpite da loira era mesmo verídico: e era a última coisa que se lembrava de ter feito antes de acordar dentro do mar.

O corpo do palhaço se debateu por um momento até que conseguisse ter noção de onde estava. Não estava no mar. Os olhos de Joker demoraram a se adaptar à luz, mas, quando o fizeram, o palhaço notou que estava sentado dentro de uma espécie de cachoeira. A coisa, que na verdade devia ser uma fonte, era adornada por um grupo de estátuas de ouro. A maior delas era de um homem com um graveto voltado para o ar, rodeado por a estátua de uma mulher pequena demasiadamente estranha; um homem meio cavalo; o anão da branca de neve e um bicho, muito, muito esquisito. Todos olhavam para um casal de pessoas, aparentemente as únicas estátuas que pareciam normais naquele bizarro grupo.

ㅡ Será que o Chapeleiro colocou algo no meu café hoje? - Murmurou Joker, rindo da própria piada enquanto se levantava, notando as várias moedas imersas sobre seus pés.

Estudou o ambiente e deduziu que nada em volta lhe era familiar.

De fato estava em uma fonte, mas o local envolta dessa era fechado, com centenas de lareiras, uma ao lado da outra da outra, que de segundo em segundo lançavam chamas verdes, introduzindo pessoas e mais pessoas.

Mulheres e homens andando com vassouras e gravetos nas mãos passavam pela fonte lançando olhares carrancudas para Joker.

“Agora entendo como Jervis vê o mundo… Mas acho que esse lugar ainda está muito sério! Onde estão os sorrisos? Será que vim parar num cemitério?”

ㅡ Senhor? - chamou uma voz desconhecida, fazendo Joker se virar. O homem que o chamava poderia ser confundido com um guarda se não estivesse com um graveto apontando para Joker ㅡ É proibido entrar na fonte dos Irmãos Mágicos. Tenho que pedir que se retire e apresente sua varinha e crachá, por favor.

ㅡ Acredite meu caro, não fiz por vontade própria - respondeu o palhaço, pensando em Harley Quinn.

"Ah, minha querida, reze para eu não voltar pra casa tão cedo."

Joker soltou uma gargalhada ao ver as feições do “guarda” se tornarem incrédulas, como se ele tivesse dito qualquer absurdo.

ㅡ O senhor… estava… está sobre a Maldição Imperius? - balbuciou o guarda.

Joker sentiu aos poucos o sorriso sempre presente em seu rosto atrofiar. Aquela piada estava ficando cada vez mais sem graça.

ㅡ Eu preciso de aurores aqui! - Berrou o guarda para ninguém em específico, sem tirar os olhos do palhaço, com o graveto apontando para seu peito indicando uma clara ameaça.

Aurores? Maldição Imperius? Irmãos Mágicos? Nada disso faria sentido nem em um sonho absurdo. E se o sujeito pensava que poderia deter o Príncipe do Crime com um graveto, aquela pobre alma teria muito o que aprender.

E não seriam lições bonitas de se ter.

Como se fosse por mágica, meia dúzia de homens vestido de capas e com mais gravetos em mãos se materializaram em volta da fonte.

ㅡ Senhor, por favor, saía daí de dentro. Queremos lhe ajudar - falou novamente o tal guarda.

Joker avaliou por um momento a situação. Aqueles caras realmente pareciam achar que apontar o pedaço de madeira pra ele o assustava,como se fosse algo sério. Suas feições não pareciam nada amigas. Com certeza fora parar num lugar importante.

Gozado, se fosse mesmo tão importante, Joker já teria tentado explodir o lugar. Por que nunca ouvira falar dali?

ㅡ Dizem em Arkham que eu que sou o louco - falou Joker rindo, colocando disfarçadamente a mão dentro do bolso, até sentir sua arma ali. Conhecia bem demais as pessoas desvairadas para saber que elas podiam machucar quando queriam. - E também sempre falavam que iriam me ajudar, sabia?

ㅡ Não pediremos novamente - disse uma voz nada compassiva, agitando o graveto e fazendo com que saísse dele um jato de luz vermelha que desequilibrou na hora o palhaço. Suas pernas estavam presas, mas não havia nada sólido as segurando propriamente. Elas não mexiam quando ele caiu sentado sobre a fonte.

Dois dos rapazes adentraram a fonte, as feições duras e ameaçadoras fitavam o palhaço.

ㅡ Você vem conosco - anunciou um deles.

ㅡ É mesmo? Mas você nem me levou pra jantar ainda! - Desdenhou o palhaço; a perna ainda presa por algo que ele não via. Joker fechou a mão direita sobre a arma dentro do bolso ㅡ Oras, é assim? - perguntou ele abrindo um sorriso que mostrava de canino a canino. - Por acaso, têm ideia de quem eu sou, senhores?

ㅡ Uma porcaria de um Comensal da Morte, imagino - respondeu um dos homens de capa apertando o braço de Joker e o forçando a se levantar, mesmo com as pernas presas.

O palhaço fez uma careta, parecendo realmente se divertir com as palavras do homem.

“Se o pessoal do Arkham soubesse que esses caras existem, eu já estaria diagnosticado como são!”

ㅡ Sinto muito, meu caro - e disparou, acertando o olho do desafortunado homem que lhe lançara o feitiço com a bala. - Foi um erro muito rude. Sério mesmo que a minha aparência não dá alguma dica?

Assim que o homem caiu morto dentro da fonte, Joker sentiu suas pernas se desprenderem do que quer que as tenha prendido.

ㅡ Ele tem uma arma trouxa! - Um dos rapazes que estava dentro da fonte berrou, atraindo a atenção do restante do salão.

O Príncipe do Crime jogou a arma na água e, rapidamente, sacou do bolso interno do paletó uma faca. Com movimentos ágeis e precisos, ele envolveu o pescoço da próxima vítima com os braços, apertando a garganta com vontade.

ㅡ Qual é o problema desse pessoal? Por que estão todos sérios? - A lâmina percorreu a bochecha do rapaz devagar, traçando um fino caminho de sangue até que foi parar na boca, adentrando forçadamente a cavidade bucal. - É proibido sorrir aqui? - O palhaço questionou, não estando realmente interessando em ouvir uma resposta.

Rasgou o rosto devagar, aproveitando cada momento com verdadeira euforia. A verdade é que amava sentir a derme se desfazer conforme a lâmina traçava seu percurso, destroçando a fina camada rosada sem grandes dificuldades. Tudo o que deixava para trás era uma incrível obra de arte.

Joker não queria se gabar, mas era um inigualável artista nesse ramo.

Expelliarmus! – Joker ouviu e sua mente entrou em foco novamente quanto a situação. A faca saiu de suas mãos e o berro de sua vítima preenchia todo o ambiente.

Petrificus Totalus! – berrou outra voz, e dessa vez não só as pernas de Joker ficaram presas por algo invisível, mas seu corpo todo.

ㅡ Pelas Lei Bruxa você irá diretamente para Azkaban, sem direito a uma audiência, inquérito ou justificativa - Joker não via quem se dirigia a ele; não conseguia virar o rosto para ver. Sabia que seu sorriso estava petrificado em seu rosto, mas pela primeira vez desde que chegara ali, a última coisa que queria era sorrir. Sentia um ódio imenso querendo rasgar o seu peito por se sentir tão imponente como estava. Preso, sem ao menos poder piscar.

“Perto deles, Zatanna parece ridícula com aqueles truques de mágica amadores!”

Foi a última coisa que pensou antes de adormecer e despertar dentro de uma cela.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Esse provavelmente é o penúltimo cap da fic, então para todos os fantasminhas de plantão: apareçam antes que seja tarde!
Beijocas procês e até o próximo cap ;)



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