A Seleção de Arendelle escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 9
Fragile


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIII!!!!!! Sério, mais duas recomendações? Eu to com 6 recomendações? Vcs tão querendo me matar, já cheguei nessa conclusão!!
Então, agora eu to no terceiro ano e como eu vou lidar com duas fics? Pois é, eu sei que vcs devem estar se perguntando. E a resposta é simples:
Not so Different, After All entrou em Hiatus. ODEIO DIZER ISSO, MAS É A VERDADE. Gente, por favor, não me matem, é o primeiro e único Hiatus que eu faço e a fic já tá com mais de 86 capítulos uahauhauhauhauhauah JURO que voltarei em breve com a outra fic, juro juro juro!!!
Já essa fic, por enquanto, eu to conseguindo organizar os horários dela na minha agenda, assim eu não deixo de escrevê-la e nem de postá-la!
Espero que quem tá lendo a outra fic, me entenda. Eu prometo que não vou demorar a tirar do Hiatus, é só enquanto eu estou atolada de coisa para fazer! Inclusive vi que deixaram mais uma recomendação na minha outra fic e fiquei tãããããão feliz! 33 recomendações gente, meu Deus do céu!!!
Amo vocês e boa leituraaa!! (IREI RESPONDER OS COMENTÁRIOS PASSADOS) Ps: Vcs sabem que eu sempre acabo postando o capítulo antes de responder os comentários, né? Não fiquem com raiva pq eu leio todos e rio com a maioria e às vezes até chego a chorar... Responderei todos em breve.
Beijos geladossssss!!



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Tenho vontade de fechar a porta e fingir que ela simplesmente não está ali, mas isso não é uma coisa plausível a se fazer.

Ela me olha como se eu tivesse quebrado todos os ossos do corpo. 

—Majestade. – Faço uma reverência.

—Na verdade mesmo o termo correto é Alteza, pois ainda não sou Rainha. Mas eu estou deixando passar várias coisas ultimamente. – A frieza em sua voz me dá calafrios.

—Desculpe, Alteza. – Corrijo rapidamente.

—Não há problema. – Ela afirma. Passa a mão por sobre seu cabelo de um loiro quase branco, um pouco sem jeito.

—Você quer dizer algo? – Pergunto, com o olhar sobre seus cílios enormes.

Ela suspira fundo. Sua respiração é quase uma obra de arte.

—Eu vi acontecer. – Diz, calmamente.

—O que? – Pisco algumas vezes.

—Eu vi você pular e ficar lá embaixo. – Droga. – Vi as pessoas sem perceberem você ali dentro. Eu mesma não percebi até se passarem muitos minutos. Vi que, ao perceberem, ninguém fez nada. O que aconteceu? Não minta para mim.

—Não foi nada, eu só gosto de ficar dentro da água.

—Você está mentindo. – Sua boca se encurva em indignação. Minha boca está com um gosto ruim de metal.

—Com todo o respeito do mundo, Alteza, eu não te conheço o suficiente para falar qualquer coisa.

Seu olhar crava-se sobre o meu, um olhar duro feito diamante. Um diamante que ninguém jamais foi capaz de lapidar.

—Nem eu te conhecia o suficiente ontem, quando perguntou como os minha mãe morreu. Não acha que está me devendo uma?

Ela tem razão. Fecho meus olhos enquanto ela passa por mim. Não consigo me mover, estou plantado no chão. Perto demais, perto, perto, perto. Parece me levar junto com os seus passos, mas é só impressão minha. Consigo sentir o seu aroma daqui, e tal aroma leva-me a imaginar campos inteiros de rosas brancas.

Viro-me e acabo me sentando na beirada da cama, de frente para ela, que está sentada na cadeira perto da mesa onde o meu jantar me espera. Mas não estou com fome alguma.

Olho pela janela atrás da princesa. A lua já estava no céu e as estrelas podiam ser vistas daqui.

Impressiono-me pela milésima vez com a beleza da Elsa. Céus, o que há comigo?

—Eu estou bem. – Tento contornar a situação.

—Graças ao resto de juízo que ainda tem na sua cabeça. – Ela arqueia as duas sobrancelhas.

—O que a senhorita quer que eu diga? – Controlo o tom de voz.

—Quero que me explique o porquê de ter ficado tanto tempo lá embaixo. No que estava pensando? – Vasculha meu rosto por completo com o olhar.

—Na morte. – Admito, me sentindo um completo idiota. – Feliz agora?

Idiota. Idiota. Idiota. Que garota em sã consciência gostaria de um garoto que falasse tal coisa?

Ela fica sem expressão alguma no rosto. Está preocupada, claro que está, mas eu não queria que ela ficasse preocupada ou sentisse pena de mim, eu não vim aqui para ser o fraco. Fico esperando ela fazer milhões de perguntas, mas não é isso que ela fala.

—Todos pensam na morte às vezes, não precisa ficar assim. – Sua voz dá uma pequena falhada, coisa que é difícil de acontecer com ela. – Não é fácil perder as pessoas que você ama.

—Não, não é. – Seu rosto está fechado. Há paredes construídas ao redor dela. Paredes difíceis, mas não impossíveis de se derrubar. Paredes que eu conheço bem, pois também tenho-as.

—Como Finch morreu? – Ela lembrou do nome dele, e ouvi-la falar sobre isso faz meu coração se quebrar em milhões de pedaços.

Demoro tanto tempo antes de responder que quase esqueço-me da sua pergunta.

—Ele se matou. – Falo de uma vez – Foi, de propósito, até um lago congelado. Finch sabia que não estava congelado o suficiente. Eu vi o momento em que ele caiu, mas não pude fazer nada.

—Eu lamento.

—Tudo bem.

—Ele disse algo para você, antes de ir?

—Deixou uma carta perto do varal.

—Ah. – Posso ver que ela quer saber o que havia na carta. Mas eu não estou preparado para falar sobre essa carta no momento. E em momento algum.

—É. – Digo, simplesmente.

—Você queria se matar também? Você sabe, hoje, estava pensando em fazer isso?

—Talvez. Mas eu pensei melhor, tenho muito o que viver ainda. Tenho por quem viver.

—Sua família. – Ela afirma.

—Minha família.

—Não diga a ninguém que eu vim aqui hoje, está certo? Estou meio que fugindo dos guardas e do meu pai nesse momento.

—Do seu pai?

—Ele é uma ótima pessoa, mas às vezes pode ficar um pouco bravo. Principalmente se alguém tenta se afogar dentro da piscina dele.

Meu rosto fecha-se completamente em pura preocupação.

—Eu vou ser eliminado?

Só a chance de isso acontecer já me deixa no chão. Não posso ir embora agora.

Ela me estuda. Parece querer me ler como lê seus livros.

—Bem... – Ela abaixa o olhar. – ele quer que você vá embora.

—E você, quer? – Pergunto. Seu sorriso se ergue aos poucos. Como se, finalmente, janelas houvessem sido construídas em suas paredes.

—Eu... – Ela para, de súbito, franzindo o cenho. Levanta-se e vem devagar até mim, seus dedos cobertos pela luva encostam em minha pele e eu arrepio-me com seu toque. Percebo somente agora que eu estava sem camisa.

—O que é isso? – Desencosta o dedo de um dos hematomas.

—Não é nada. – Levanto-me rapidamente e vou até o meu armário, colocar uma camisa.

—Você é cheio de segredos. – Diz, me observando, não sei dizer se ela sorriu pois estou de costas para o seu rosto, mas não acho que tenha sorrido. Seu tom de voz era sério demais.

—Acredite, não é uma coisa boa. – Digo, já a encarando.

—Nunca é. – Seus cílios são enormes, consigo ver isso com a luz da lua batendo diretamente nela. Ela não permite que eu a encare por muito tempo. – Eu vou deixar você jantar agora, já estou indo.

Vira-se e coloca uma mão na maçaneta da porta.

—Espere. – Seguro seu braço, mas ela desvencilha-se na mesma hora.

—Não encoste em mim. – Elsa não foi grossa, apesar da frase ter sido rude. Ela tinha dito tal frase como se tentasse me proteger. Foi estranho. Era o braço mais gelado que eu já havia tocado na vida. Finjo não ter percebido.

—Desculpe. Eu só preciso perguntar uma coisa.

—Tudo bem, pergunte.

—Por que você me deixou ficar no castelo, mesmo depois de eu ter feito uma pergunta pessoal daquela? E, depois, me deixou ficar mesmo com seu pai me odiando. Por que?

Ela parece pensar, comprime um lábio no outro e me olha.

—Eu também não sei, sinto que você vai acabar me surpreendendo. – Sorri de canto. – Não me decepcione, Jack Frost.

Ela sai do quarto, olhando para os lados antes de olhar novamente para mim. Lanço-lhe um sorriso, mas ela sequer esboça reação.

—Jamais, Alteza. – Sussurro, para mim mesmo.

Talvez seja impressão minha, mas, toda vez que ela vai embora, o ambiente fica mais quente.

***


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Notas finais do capítulo

Ai. Que. Dor. Esses dois ainda vão passar por taaaaaaanta coisa. Quem lê a minha outra fic sabe o quanto eu amo treta, então se preparem psicologicamente para essa fic. Se quiserem comentar, favoritar, recomendar fiquem à vontade, tá? TUDO LIBERADO!!! amo vcssss



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