A Seleção de Arendelle escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 10
Dollhouse


Notas iniciais do capítulo

Entãaaaaaaaooooooo Olha eu aqui de novo!!!!!! Disseram-me que recomendariam se eu postasse outro capítulo então eu aceitei a chantagem emocional UHAUSIAHSUIAHUSHUAS Vocês também devem agradecer a Lia por ficar no meu pé para eu postar esse capítulo também. ♥ INCLUSIVE: Lia é uma leitora minha que postou uma história chamada The Guardians of the keys. LEIAMMMM é uma história original!!
Boa leitura e bom final de semana meus amores!!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/649048/chapter/10

Há várias pessoas indo para um lado e para o outro. Ocupadas com os preparativos. Quatro dias já se passaram desde tudo que aconteceu na piscina. O ocorrido foi informado ao Rei e abafado pelo mesmo, que agora olha para mim como se me culpasse por tudo o tempo inteiro.

Ninguém falou nada para mídia alguma, o que eu agradeci imensamente.

Há cadeiras na plateia e no palco. Um palco imenso. Há pessoas com câmeras profissionais em mãos, uma dessas câmeras que eu sempre quis ter. Todos os selecionados estavam muito bem arrumados, inclusive eu.

Fiquei sabendo que a princesa veio visitando alguns dos participantes nesses quatro dias, mas ela nunca mais apareceu na porta do meu quarto.

Os hematomas da minha pele já começaram a desaparecer. Alguns continuam tão roxos como antes, alguns se tornaram azuis. Um azul bonito que me lembra o céu. Ou o fogo, quando já está tão quente quanto o possível.

Só vi a princesa nas horas do café, do almoço e do jantar. E no jardim.

A minha janela do quarto dá diretamente para o Jardim, uma ala privada que somente a princesa e o Rei podem ir. Não que eu seja um desses caras estranhos e Stalkers, mas eu a observava às vezes.

Descobri que Elsa ia todo dia, no mesmo horário de sempre. Tudo bem, talvez eu seja um pouco Stalker.

Nunca mais entrei na piscina, porém continuei indo ao Squash e acabei levantando alguns pesos na academia. Que hipocrisia, não?

Hoje é o dia em que a televisão vai conhecer quem ficou desde a eliminação que ocorreu, quinze selecionados serem eliminados é algo de televisão mesmo.

E outra, era o dia em que teríamos que fazer a plateia gostar da gente, pois um de nós vai se tornar Rei (Ou, no caso, Príncipe-Console) de Arendelle e, querendo ou não, é o povo quem vai incentivar qualquer coisa. Tanto na eliminação quanto em manter alguém.

Astrid não estava por perto, na verdade nesses últimos quatro dias ela vem ficando cada vez menos comigo. Já perguntei o que está acontecendo, mas ela sempre desconversa.

Estamos todos sentados em uma arquibancada que havia sido instalada no próprio palco. Palco imenso, não?

O apresentador começa apresentando o Rei, a Princesa Anna e a Princesa Elsa, que estava sentada logo ao seu lado. Anna estava estonteante, porém Elsa com certeza roubava toda a cena. Eu nunca havia visto uma garota tão linda quanto ela. Seu vestido era azul e descia esparramado pelo chão, cercando o próprio trono dourado e vermelho. Seu cabelo estava preso em uma trança lateral e a sua expressão mostrava uma mulher forte e decidida.

Ela nunca mais falou comigo. Por que?

O apresentador vai chamando de um em um os selecionados, fazendo perguntas e tentando de toda forma extrair algum segredo. Sem êxito.

As perguntas são relacionadas aos encontros que ela vem tendo com cada um dos selecionados. A maioria responde que ela é uma ótima pessoa, que é engraçada e linda. Ninguém fala a verdade mesmo.

A verdade é que ela é misteriosa. Que ela sabe quando você está mentindo. A verdade é que ela é triste. Que é sozinha. A verdade mesmo, é que ela não precisa de um rei para governar. E ela sabe disso.

A irmã dela continua ao seu lado, e está sorrindo mais do que sempre, porém é um sorriso forçado, preocupado. Olha o tempo inteiro para a Elsa, como se tentasse saber o que ela está pensando. Duvido que saiba.

Atenho-me a apenas assistir os próximos selecionados falarem. Não estavam na ordem das castas, e sim misturados. Eu podia ser chamado a qualquer momento. Nesse instante, era o cara do Sete quem estava sendo entrevistado. 

—Então, Flynn Ryder, conte-nos um pouco sobre você. – Alguém lhe deu um microfone no mesmo instante da pergunta.

Ele limpou a garganta, nervoso. O que era estranho, porque ele é um dos caras que mais bagunça no salão dos homens e no Salão de Jogos. Ele não é tão certinho como quer aparentar ser na televisão.

—Bem, eu venho do Sete, onde eu costumava trabalhar nas minas. Moro com meu pai apenas, minha mãe nos deixou alguns anos depois de eu nascer. Sou filho único.

—Entendo... – O apresentador não entendia, claro que não. – E como está sendo a sua estadia no castelo?

—Muito confortável, estou muito agradecido por tudo. – As palavras eram polidas, estudadas, de ambas as partes da conversa. Era assim com todos os Selecionados, porque, querendo ou não, um de nós seria da nobreza e isso não era brincadeira.

—Já teve algum encontro marcado com a Vossa Alteza? – Um sorriso formou-se no canto de sua boca antes de ele perguntar.

—Ainda não, mas espero ter alguma oportunidade em breve. – Ele olhou para a Princesa, que apenas sorria para as câmeras e tentava não ser atingida por nenhuma palavra.

O apresentador passou o microfone para outro participante.

—Sr. Watt. – Ele lê o nome no papel. – Como tem aproveitado o palácio?

—Ah, eu nunca tinha me deparado com tanta coisa legal para fazer. Tudo muito massa. – Ele parece não ter papas na língua. Fala o que bem entende. 

A plateia automaticamente gostou dele.

—Ah, é? Conte-nos mais. Gostamos de detalhes.

—Por exemplo, o salão de jogos tem uma sala de Squash. Eu nunca tinha visto uma sala de Squash. É tipo tênis, mas dentro de uma sala de vidro. E o vidro não quebra!

A plateia riu com a animação de Watt. Elsa riu, mesmo que de modo contido, e tentei não ser pego olhando para ela.

Watt possuía mesmo um rosto meio cômico, seu cabelo castanho estava sempre despenteado e ele era o único usando um terno laranja. Que eu achei muito legal, diga-se de passagem.

—E já teve algum encontro com a Princesa?

—Sim, sim. – Ele sorriu.

O apresentador se animou, junto com a plateia inteira.

—E como foi?

—A princesa é calada na maior parte do tempo, mas eu consegui fazer ela rir às vezes. Ficamos conversando enquanto tomávamos chá.

—Então você acha que pode ter alguma chance entre os Selecionados?

—Acho que só a Princesa pode dizer algo assim. – Resposta inteligente.

—Então, falando na Princesa... – Ele sorri na direção da Elsa, estendendo a mão para ajudá-la a se levantar, e ela se levanta harmoniosamente arrancando suspiros de toda a plateia. E de toda a arquibancada. E de mim, involuntariamente.

—Ora, William, não assuste os Selecionados com tantas perguntas. – Ela diz enquanto lhe dá um abraço.

—Princesa Elsa, lembro de quando era apenas uma garotinha e olhe só, aqui estou eu entrevistando possíveis futuros maridos seus. – Ele vira-se para a plateia e dá uma piscada. – Como você se sente em relação à Seleção, meu bem?

—Will, terei que ser sincera, estava com um pouco de receio no começo, com tantos garotos vindo morar no castelo. Mas acho que a Seleção será, no final de tudo, algo positivo para toda nossa província.

—E você já tem alguém em mente?

—Em apenas cinco dias? – Ela sorri enquanto o apresentador dá de ombros. – Não, William, ainda preciso marcar mais alguns encontros para estabelecer algum vínculo, e isso virá conforme a Seleção caminha. Muitos poderão deixar o castelo nos próximos meses.

—E falando nisso, como foi essa eliminação que teve, há quatro dias atrás? 

Suas mãos a denunciam. Ela fica segurando-as em forma de concha toda vez que fica preocupada. Isso eu já notei.

—Eu eliminei os que achava que realmente não dariam certo. Não fiz nada por mal. Os que me desrespeitaram de certo modo ou os que simplesmente não pareciam ter química alguma, e até os que me perguntaram quando receberiam os seus pagamentos... Bom, tiveram motivo para sair.

—Entendo, Alteza. - Ele afirma vagarosamente com a cabeça. - Agora, prevejo alguns gritos da plateia, mas... Uma das nossas câmeras tirou a seguinte foto.

E é isso, no imenso telão, lá está. Uma foto da princesa na porta do meu quarto, a porta aberta, eu encarando-a. Perto demais. A foto tirada no mesmo dia em que eu quase me afoguei. No mesmo dia em que ela apareceu para ver se eu estava bem.

Uma foto que faria o Rei ficar enfurecido. E a plateia faminta por qualquer resquício de amor.

Mas Elsa não ama. E nem quer amar. Ela finge para a câmera, porque tudo ali é falso. As coisas, as pessoas. Tudo falso.

E eu percebo, de súbito, que todos nós estamos vivendo em uma casinha de boneca.

Onde você tem que ser perfeito, ou aceitar as consequências.

***


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

EITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!! O que que vai acontecer agora hein?????? VISHHHHHHHH Deu ruim.
Prevejo pessoas surtando nos comentários hihihihihihihihi
Calma gente, as personalidades e vidas de cada participante da Seleção será mostrada aos pouquinhos...
HEHEHEHEHHEHEHEE quero só ver a reação de vocês