A Seleção de Arendelle escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 11
Almost Is Never Enough


Notas iniciais do capítulo

GENTE, EU JURO QUE QUERIA TER RESPONDIDO TODOS OS COMENTÁRIOS ANTES DE POSTAR ESSE CAPÍTULO AQUI! Massssss, sempre há um Mas... Para vocês terem uma ideia eu to postando essa hora da manhã de Carnaval pq vou viajar daqui a pouco e ainda nem fiz a mala. Talvez tenha internet para onde estou indo, então eu conseguirei responder os comentários de vcs, levarei até o pc se for preciso! SIM, EU AMO MELANIE MARTINEZ!!!! Teve um comentário que me perguntaram e eu quis ter respondido na hora mas eu estava no meio da aula quando li uahuahuahuahuaha ENFIM!
8 RECOMENDAÇÕES????? Mano, vamos parar um minuto para entender a minha emoção ao entrar na minha página e descobrir que tenho duas fics que muita gente gosta, mano é um sonho! Uma tem 33 reocmendações e a outra tem 8!! EU AMO VCS!!!!! DUAS RECOMENDAÇÕES NO MESMO DIA? É PARA MATAR UM MESMO!
Enfim boa leitura e espero que gostem pq, sinceramente, eu fiz de coração!



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Ela ficou sem fala por um segundo, afagou suas mãos uma na outra e piscou algumas vezes, tentando não demonstrar absolutamente nada.

—O que tem de tão especial? – Ela sorri enquanto arqueia as sobrancelhas. Posso ver que o Rei não está nem um pouco satisfeito. Olho mais uma vez para a imagem. Eu sem camisa. Os hematomas, graças aos céus, não estavam daquele lado do corpo, e sim na minha outra lateral. Havia apenas um pequeno ponto roxo logo abaixo da clavícula.

—Eu gostaria que o Selecionado nos dissesse. – Ele procura-me pela arquibancada e rapidamente lê o meu nome em uma ficha. – Sr. Jack Frost. Por que não desce até aqui? – Por um momento, esqueço o meu próprio nome, mas esse momento passa muito rápido e eu me levanto, fazendo uma reverência para o Rei e para as princesas. Meu coração parece querer sair pela boca. Os flashes das câmeras me cegam por um instante e as palmas me ensurdecem.

Recomponho-me e sorrio o meu melhor sorriso. Há várias garotas na plateia, todas elas gritam e aplaudem. Fizeram isso para alguns dos candidatos, não todos. Fizeram para o North, para o Jamie, Adam, Hiccup e para um tal de Sand.

—Acalmem-se, acalmem-se. – O apresentador sorri, seu sorriso parece de mentira de tão exagerado. Seu cabelo é cinza escuro e bem armado. – Lembrem-se que ele é um dos selecionados da princesa.

A maioria ri, parando depois de alguns segundos.

—Então, Jack Frost, conte-nos o que aconteceu nessa noite. – Ele aponta para o telão.

—Na verdade, não foi nada demais. – Eu sorrio, convencendo mais a mim mesmo do que qualquer outra pessoa. – Eu havia escorregado perto da piscina e a Princesa foi ver se eu tinha me machucado sério. – Minto.

—Ah, é? – Ele parece um pouco decepcionado.

—Sim. – Elsa diz logo ao meu lado. Posso quase sentir novamente como ela é gelada.  

—Que pena, esperávamos por um Romance. Até porque não é sempre que a Princesa bate à porta de algum selecionado e esse selecionado está sem camisa.

—Desculpe-me, foi uma surpresa. Eu não estaria sem camisa se soubesse que ela apareceria.

—Então não há romance algum acontecendo entre vocês?

—Não fique decepcionado, Will. Ainda há muito tempo pela frente. – Ela sorri friamente.

—Tudo bem, tudo bem, eu me rendo. Então, Sr. Frost, já que está aqui, deixe-me lhe entrevistar. – Ele olha para a princesa e ela afirma com a cabeça, como se permitisse que ele prosseguisse. – Explique-nos, Jack, você é do Seis. Há muitas coisas que você nunca tinha visto em lugar nenhum, mas que há no castelo?

Que pergunta estúpida.

—Sim. – Respondo, posso lembrar que meus pais e minha irmã estarão me assistindo, mas resisto a tentação de mandar um tchau para a câmera. Eu tenho que impressionar o povo.

—Tipo o quê?

—O chuveiro.

Todo mundo ri. Até eu solto uma risadinha.

—O chuveiro? – Ele ainda está rindo. – Você nunca viu um chuveiro na vida?

—Claro que já vi. Mas nenhum era tão grande quanto o do castelo.

—E a piscina?

—Escorregadia, obrigado por perguntar.

Mais risadas. Eu estava tentando conquistá-los, com certo êxito.

Posso sentir os olhos da princesa me perfurando a nuca. Posso sentir até mesmo os olhos do Rei.

—Realmente. – William fecha as risadas. – Porém quero fazer umas últimas perguntas e será sobre você e a princesa.

Posso ouvir um “Uuuuhh” da plateia, como se eu estivesse encrencado.

Eu rio.

—Tudo bem. – Respondo, para que ele comece as perguntas.

—Pergunta número um! – Ele faz um suspense. – Quantas vezes vocês já se encontraram sem ser nas horas marcadas?

—Como assim?

—Quantas vezes vocês já se viram sem ser no café, almoço, etc.? Não vale mentir, nós sabemos quando você está mentindo.

—Não sei, sinceramente. Acho que umas três vezes.

—Três? Ninguém até agora tinha tido mais do que dois encontros. Me conte sobre seu outro encontro com ela.

—Teve o encontro em que ela chamou cada um de nós para nos conhecer melhor, e foi antes da eliminação.

—Se você ainda está aqui então deve ter sido um bom encontro.

—Sim, foi sim. – Minto mais uma vez. – E o segundo encontro, que na verdade foi o primeiro, aconteceu no dia em que ficamos enfileirados para conhecer a Princesa. Não foi programado, eu sem querer esbarrei nela pelo corredor enquanto estava correndo para colocar uma roupa decente.

—Conte-nos mais. – Ele se interessa rapidamente.

—Ela havia remarcado para uma hora antes do combinado, mas eu estava com fome então sai do quarto do jeito que eu estava mesmo, que era de moletom azul e uma calça marrom surrada, mas, quando cheguei no salão para passar para a cozinha, havia uma fila enorme de caras com blazer.

Risos da plateia.

—E o que ela disse quando esbarrou em você? O que você fez? Você fez reverência?

—Na verdade, eu não sabia que ela era a princesa. Estava um pouco escuro, porque estávamos em um corredor então ela disse algo do tipo “Você está louco? ” E foi meio o que já vinham me perguntando a manhã inteira.

A plateia não parava de rir e cochichar.

—E como isso acabou?

—Ela disse que ia pedir para a princesa esperar um pouco enquanto eu colocava uma roupa decente.

Um “Awnnnnn” gigante foi ouvido e eu fiquei confuso. Como isso podia ser algo considerado “Romântico”?

Dou uma olhada de canto de olho para a Elsa, e sua expressão é incompreensível. Sei de pelo menos uma coisa, ela está aliviada.

Não sei como eu explicaria o fato de quase ter me afogado de propósito.

—Pergunta número dois! – Todos se calam. Percebo que ele toma o encontro da piscina como o terceiro encontro. – Se você pudesse descrever a Princesa com apenas três adjetivos, quais seriam?

Essa pergunta ele havia feito para quase todos.

—Bondosa... – Todo mundo ri, eu também rio, pois havia sido uma piada relacionada ao fato de ela ter deixado eu ir me arrumar. – Não, brincadeira. Quer dizer, ela é bondosa, claro, mas não é esse adjetivo que eu gostaria de usar. Eu acho que... – Encaro-a, por apenas um segundo, não sei dizer se ela espera a minha resposta com certa ansiedade ou se está apenas cansada de ficar em pé. – Forte. Inteligente... e misteriosa.

—Misteriosa? Como assim? – Ele franze o cenho. Mantenho meu olhar longe do olhar da Princesa. Longe do olhar do Rei.

—Nenhum de nós jamais vai saber o que exatamente se passa na cabeça dela.

As pessoas estão caladas. A plateia inteira está calada. Quase consigo escutar a respiração de Elsa. Acelerada. Não a olho, não consigo. Não acho que ela esteja me olhando.

—E o que você acha disso?

—Eu acho que é uma qualidade que poucos têm.

Então, todos começam a falar ao mesmo tempo. Ninguém havia dito algo assim da princesa até agora. Eram sempre os mesmos adjetivos.

Eu fui o único sincero.

O apresentador quebra as palavras da plateia:

—Jack Frost, você me parece ser um forte concorrente, o que vocês acham pessoal?

Vários gritos e aplausos e afirmações e assovios.

—Obrigado. – Eu digo, não sei para quem.

—Tem algo que queira dizer à sua família no Seis?

Eu faço que sim. Meu coração se aperta e fica minúsculo. Tenho que fazer força para a minha garganta funcionar. Olho diretamente para a câmera, sabendo que ela estaria me assistindo.

—Eu estou com saudades, maninha.

Quase posso ouvi-la dizer “Eu também maninho, vença por mim e pela mamãe. ”

Quase posso ouvir minha mãe gritar com o meu pai. Minha mãe. Quase posso ouvi-la chorar. Quase posso sentir seu medo.

Quase posso vê-la se esconder com minha irmã dentro da casa da nossa vizinha.

Quase escapando, quase.

Mais aplausos enquanto eu saio do palco.

***


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Notas finais do capítulo

EEEEEEEEEITAAAAAA!! Começou as tretas Dona Ana? Não consegue mesmo ficar sem treta né? UAHUUAUAUAHUAHUAH Vocês já conseguem imaginar o que acontecia na casa do Jack? Nas minhas fics (para quem lê a outra) vcs sabem como que eu gosto de escrever, indo devagar e devagar, descobrindo coisas novas e desvendando mistérios atrás de mistérios... Qual será meu próximo passo? MUAWAHAHAHAHAHAHHA