Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 7
Uma nova vida


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente desculpa mesmo por não ter postado ontem. Mas explico melhor nas notas finais. Boa leitura!



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Acordei atrasada para a aula da manhã e corri pelo quarto atrás de uma roupa qualquer, decidindo por uma saia de cintura alta rodada, uma camiseta e um tênis. Peguei meu material e já estava a caminho da porta quando vi uma imagem que me chamou a atenção. Virei em direção ao sofá e dei um pulo ao constatar que Ryan dormia ali. Até esse momento não lembrava que ele havia dormido ali e fiquei hipnotizada ao ver como ele ficava ainda mais lindo enquanto dormia (especialmente sem camisa). Levei um susto quando Ryan abriu os olhos e me flagrou observando-o. Desviei o olhar rapidamente.

– Bom dia – murmurei.

– Bom dia – sorriu abertamente – apreciando a vista?

– Não tenho tempo pra brincadeiras, estou... – olhei para o relógio – droga, já perdi metade da aula.

– Essa aula era muito importante? – perguntou sério.

– Sim, eu tinha que entregar um artigo para a professora – suspirei – ela não vai gostar de me ver chegando tão tarde.

– Eu não devia fazer isto, mas eu posso lhe ajudar – me olhou no fundo dos olhos – teoricamente eu só posso fazer isto em circunstâncias graves, no entanto me sinto culpado por você ter ido dormir tarde e se atrasar.

Observei-o atentamente enquanto ele se levantava, colocava sua camisa e abria suas asas. Ele me olhou, pegou em minha mão e disse:

– Fique bem parada agora.

Tudo pareceu girar após o que ele falou e logo me vi parada no mesmo lugar de frente a um Ryan adormecido...

– Espera – exclamei – como você pode estar ali e...?

– Eu voltei o tempo, mas tudo o que ocorreu ainda está presente. Nós não podemos ser vistos – sussurrou.

Saímos silenciosamente da casa e ele recolheu suas asas. Fomos andando até a faculdade em um silêncio incômodo, eu simplesmente não sabia o que falar com ele. Assim que chegamos na frente do campus Cindy nos viu.

– Sophie! E esse gato aqui deve ser o Ryan – disse sorrindo sedutora.

– Muito prazer – lhe sorriu igualmente galanteador.

– Ahm, Ryan esta é minha melhor amiga Cindy e Cindy, por favor, modos – repreendi-a.

– Aff Soph – ela sabia que eu odiava esse apelido – Ryan, você estuda aqui?

Eu ia responder, mas fui interrompida por Ryan:

– Eu acabei de ser transferido de Columbia – sorriu – eu curso cinema.

– Nossa, que coincidência! Dois artistas! – agora definitivamente Cindy aprovou o meu “namorado”.

– Ótimo, vocês já se conheceram. Tenho que ir ou vou me atrasar – puxei Cindy pelo braço, mas ela ficou parada no mesmo lugar.

– Não vai se despedir do seu namorado Sophie? – sorriu maliciosa.

Me virei para Ryan sem saber o que fazer até que ele se aproximou e me beijou na testa.

– Boa aula, linda – dito isto ele sorriu e foi para sua “aula”, vulgo me observar sem que ninguém veja.

– Ai meu Deus! – ela exclamou espantada – além de lindo ele é atencioso! Como você pôde pensar antes de respondê-lo?

– Eu tenho mesmo que ir pra aula – desviei o assunto, envergonhada.

Fomos para a sala e, felizmente, chegamos antes da professora. Separei meu artigo e, assim que a professora chegou, me encaminhei até sua mesa.

– Sra. Martinez, aqui está o artigo que a senhora pediu – sorri cínica.

Ela pareceu espantada por um instante, mas logo se recompôs.

– Muito bem Srta. Sognare, vamos ver se você aprende a chegar no horário para as minhas aulas de agora em diante. Pode se sentar.

Me afastei resmungando de sua mesa e, ao chegar em meu lugar, não pude deixar de reparar na presença de Ryan no canto da sala (sem ninguém o ver) rindo silenciosamente. Fuzilei-o com o olhar e ele sorriu cada vez mais. Assim que a professora começou a aula afastei meus olhos do anjo e me foquei na matéria até que ele começou a me chamar a atenção. Bufei irritada e dei a desculpa de ir ao banheiro para poder falar com Ryan.

– O que houve? – perguntei irritada assim que saí da sala.

– Você pretende ficar muito tempo na faculdade hoje? – ele perguntou olhando para os lados.

Estranhei a pergunta, mas respondi:

– Sim, hoje almoço aqui e tenho aulas até o fim da tarde. Por quê? – perguntei curiosa.

– Tenho que resolver alguns assuntos, pedi para Faith ficar cuidando de você – ele sorriu de repente.

– Eu não preciso de babá! – exclamei.

– Também te amo Sophie – ouvi uma voz atrás de mim dizer cínica.

Me virei curiosa e dei de cara com Faith e seu jeito angelical.

– Me desculpa! Não foi o que quis dizer – fiquei envergonhada.

– Tudo bem, acho que também me sentiria assim se fosse você – sorriu amigável.

– Bom, eu tenho que ir indo. Venho lhe buscar no fim da sua aula – disse Ryan e abriu suas asas saindo dali.

Suspirei e me virei para Faith:

– Ele é sempre bipolar assim? – perguntei.

– Geralmente, mas com o tempo você se acostuma – respondeu.

– Vou voltar pra sala antes que a professora note – disse a ela.

– Tudo bem, vou tentar não lhe incomodar – sorriu e me seguiu até a sala.

Depois disso a aula da sra. Martinez passou rapidamente em virtude do meu pensamento estar longe. Quando fomos para o intervalo Cindy já começou o interrogatório:

– Agora que o gato não está por perto e eu não estou sonolenta pode ir falando: de onde ele é, idade, se tem um irmão.

Não consegui evitar e comecei a rir da última pergunta dela, o que me rendeu um soco no braço. Fiquei séria e não sabia o que responder, olhei para Faith e ela, como num passe de mágica (literalmente) me mostrou uma placa com as respostas que eu precisava.

– Ahm, ele é de Nova York mesmo, tem 23 anos e não, não tem irmãos – tive que rir da cara de frustrada dela.

– Infelizmente ninguém é perfeito – suspirou – ele foi te buscar em casa ou ele passou a noite lá? – perguntou maliciosa.

– Ele me buscou hoje de manhã. Algum plano para o fim de semana? – desconversei.

– Vai ter uma festa organizada pelo pessoal do cinema, mas não fui convidada... Hey, espera, seu namorado está fazendo cinema – sorriu sugestiva – Alguma chance de ele nos arranjar ingressos?

Ia dizer que não, quando vi Faith pulando animada e afirmando que sim, então não tive outra escolha a não ser repetir a resposta para a Cindy. A aula da tarde foi muito proveitosa, fiz um quadro de natureza morta que ficou muito bom e, por terminar mais cedo, saí para conversar com Faith enquanto Cindy ainda trabalhava.

– Faith – chamei-a – posso fazer uma pergunta um pouco indiscreta?

– Claro – me olhou curiosa.

– Você não deveria estar fazendo as suas funções de anjo da guarda ao invés de ficar aqui cuidando de mim? – perguntei insegura.

– Não se preocupe com isso, eu não andava com muitos afazeres mesmo – deu de ombros – e Ryan tinha que resolver um conflito...

Não ouvi o resto da sua frase, pois, assim que ela mencionou o conflito que Ryan tinha que resolver, desmaiei.

“Ryan estava lutando com 3 anjos Caídos e parecia estar ganhando até que um quarto Caído se aproximou sorrateiramente por trás dele e fez um corte em suas costas”.

Acordei gritando assustada e Faith logo estava ao meu lado vendo se eu estava bem. Fiquei confusa ao ver tudo parado ao meu redor e a loirinha logo explicou:

– Eu paralisei o tempo assim que você desmaiou, não podia correr o risco de algo acontecer enquanto você estava desmaiada.

– Certo, nós temos que ir – apressei-a.

– Por quê? – perguntou já me acompanhando em direção à saída.

– Ryan está machucado, um Caído acertou-o nas costas – falei correndo.

– Como você sabe disso? – perguntou espantada.

– Eu só sei, nós temos que chegar aonde ele caiu.

Corremos mais um pouco e logo cheguei ao local onde Ryan estava caído de bruços. Faith se aproximou dele e fez algo que não entendi e o ferimento nas costas do anjo desmaiado se curou rapidamente.

– Ryan? – perguntei quando ele abriu os olhos.

– Sophie? Faith? Como vocês sabiam onde me encontrar?

Antes mesmo que eu pudesse responder Faith se adiantou e disse:

– Sophie desmaiou e, pelo que eu entendi, sonhou com o momento em que você foi atingido. Saímos correndo na direção que ela me disse e cá estamos – terminou sorrindo.

– Pelo visto você está cada vez mais consciente do que eu faço – ele sorriu amargamente – mas obrigado por vocês duas terem me salvado.

– Não foi nada, mas é melhor sairmos daqui – olhei nervosa para os lados – alguém pode nos ver.

– Não se preocupe – Faith se pronunciou – ninguém pode nos ver agora.

– Faith – Ryan repreendeu-a – nós não podemos usar nossos poderes por qualquer motivo. Sophie tem razão, é melhor irmos – ele olhou pra mim e indagou – Suas aulas terminaram?

Assenti e nos dirigimos para a minha casa. Chegando lá, convidei ambos a entrar e Ryan falou um monte de coisas que não entendi à Faith. Me distraí e notei que a loira acenava na minha frente.

– Sophie, eu já vou indo. Tenho alguns assuntos pra resolver – falou sem me olhar diretamente nos olhos.

– Você vai conosco na festa amanhã né? – lembrei-me que ela parecera animada quando Cindy mencionou-a.

– Se o Ryan deixar – olhou pra ele com olhos pidões.

– Você pode ir – bufou – ainda tenho que dar um jeito de conseguir os ingressos.

– Bem, você resolve isso. Eu venho aqui amanhã para irmos juntos – sorriu e foi embora.

Obriguei Ryan a tomar um banho pra limpar todo aquele sangue e depois passamos o resto da noite conversando. Acabei adormecendo no sofá ao lado dele e, depois de um tempo, me senti sendo carregada até o quarto.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu tenho uma ótima desculpa para não ter postado ontem: eu faço faculdade e o meu odiado professor avisou ontem que eu teria prova hoje, então foi impossível arranjar tempo para postar. Bom, o que acharam dos novos acontecimentos? Pouco a pouco vamos conhecendo mais um pouco do Ryan, mas o que vocês acham dele? Olhando minhas estatísticas agora, vi que tenho 5 pessoas acompanhando a minha história (e uma que marcou como favorita), mas só duas pessoas estão comentando. Cade vocês? Gosto de saber opiniões, quero saber o que estão achando. Até semana que vem :)



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