Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 6
Meu (quase) namorado


Notas iniciais do capítulo

Primeira vez que posto nesse horário, mas é o único horário em que eu tenho tempo o dia inteiro :S Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/648990/chapter/6

Acordei na minha cama um pouco tonta e, ao olhar para o lado, vi Ryan me observando atentamente.

– O que aconteceu? – perguntei incerta.

– Eu estava lhe falando que eu vou passar um longo tempo ao seu lado de agora em diante e você de repente desmaiou – falou simplesmente.

– Então não era um sonho – murmurei para mim mesma.

– Já pensou no que você vai falar para suas amigas? – perguntou cínico.

– Você não é nem um pouco parecido comigo – comentei e suspirei – acho que não restam muitas escolhas...

– Acho que não nos resta outra opção a não ser você passar a me chamar de seu namorado – e riu de mim.

Fuzilei-o com os olhos e respondi:

– Você está achando tudo isto muito engraçado, não? Por que você não pode simplesmente criar algum outro objeto encantado e me deixar em paz – eu estava muito irritada.

– Eu já lhe falei antes – suspirou – Eu não posso deixar Philip se aproximar de você sem que saibamos qual será a sua importância na guerra – parou por um momento e continuou – E nenhuma mágica será capaz de impedi-lo de persegui-la se ele assim quiser; a minha presença aqui é a única chance de mantê-lo afastado de você.

– Eu-eu preciso pensar – disse enfim – foi muita informação em um dia só. Podemos conversar melhor depois?

Ele me analisou atentamente antes de responder:

– Tudo bem, mas hoje mesmo antes de você dormir estarei aqui, Philip já lhe observou em sonhos antes, não sei o que mais ele poderá fazer.

Ele simplesmente se virou e saiu do meu quarto. Um segundo depois ouvi a porta da minha casa ser aberta e respirei aliviada. O que eu iria fazer?

Decidi ligar para Cindy para me distrair um pouco e dois toques depois sua voz cansada atendeu:

– Alô? Sophie? – bocejou – por que está me ligando a esta hora?

Estranhei a pergunta e olhei no meu relógio de cabeceira: 23:00h.

– Você nunca dorme cedo, desculpa por te acordar – falei.

– Sem problemas, mas amanhã tenho aula cedo. O que houve pra você me ligar nesse horário? – Cindy era sempre perspicaz, não dava pra esconder nada dela.

– Problemas, como sempre – não podia contar a ela sobre o fato de Ryan ser um anjo, mas eu precisava dos conselhos da minha melhor amiga – Você se lembra do garoto que eu ajudei? O Ryan?

– O gatinho, claro que lembro! Viu ele de novo? – perguntou já bem desperta.

– Hoje nós conversamos muito e... ele me pediu em namoro – encurtei a história.

– O QUÊ??? – ela gritou do outro lado da linha – explica isso agora!

– Eu estava vindo da faculdade hoje e ele me viu e veio conversar comigo, – e agora começa a maior mentira que já contei na minha vida – me convidou para tomar um sorvete com ele e eu aceitei. Passamos um longo tempo conversando e, quando ele veio me deixar em casa, ele me perguntou se eu queria ser sua namorada.

– Nossa, ele é bem direto. Nem um beijinho nem nada? – perguntou desconfiada.

– Não, ele é muito cavalheiro e conservador – desconversei – Mas eu não dei uma resposta definitiva a ele e não sei o que fazer – desabafei – prometi que lhe responderia até amanhã.

– Amiga, ele é gato, gentil, cavalheiro. Sinceramente? Eu não pensava duas vezes e aceitava. – nem sei porque perguntei a Cindy – Você não namora alguém desde que entrou na faculdade e olha que isso já vai fazer 2 anos.

– Eu sei, mas não o conheço direito – era difícil arranjar desculpas que não envolvessem o tópico “anjo”.

– Vai conhecer depois que vocês começarem a namorar. Agora liga pra ele e me deixa dormir. Beijos e não me liga – brincou.

– Tudo bem, boa noite – desliguei.

Achei que Cindy fosse me falar algo que me ajudasse a decidir o que fazer, mas ela só me fez ficar mais confusa ainda! Tudo bem, Ryan é legal, bonito, mas ele voa! E eu mal o conheço! Olhei para o filtro dos sonhos agora largado no chão do meu quarto.

– Acho que não tenho escolha – murmurei pra mim mesma.

Resolvi parar de pensar nisso e tomar um banho e, logo que sai do banheiro enrolada na toalha, estanquei na porta:

– Ryan! – falei assustada.

Ele estava despreocupadamente olhando os esboços que mantenho ao lado da cama.

– Você não atendia à porta, então resolvi entrar, já que você poderia estar dormindo – disse sem me olhar ainda – o que você... – ele se virou, me viu e arregalou os olhos – desculpa, eu não imaginei que você estaria... eu vou deixar você se trocar – disse envergonhado e saiu do meu quarto.

Tranquei rapidamente a porta, me encostei nela e pensei: “como vou me acostumar com isto”? Me vendo sem opções, peguei o primeiro pijama que vi e me arrumei, pronta para abrir a porta o quanto antes.

– Ryan – disse tímida – pode entrar agora.

Ele veio silenciosamente até o meu quarto, evitando me olhar nos olhos. Ele nunca havia visto uma mulher de toalha?

– Me desculpe pela intromissão, não podia deixar que você dormisse sem que eu estivesse aqui para impedir Philip de chegar até você – explicou.

– Você vai dormir aqui sempre? - perguntei assustada a primeira coisa que me ocorreu.

Ele deu uma risadinha sem graça e disse:

– Basicamente sim. O momento em que sua alma se desprende do seu corpo e entra em contato com os anjos é durante o seu sono, esse é o momento em que você está mais vulnerável e, portanto, eu preciso estar aqui para protegê-la.

– Isso vai ser ainda mais difícil de explicar aos outros do que eu imaginei – disse frustrada – achei que você só estaria comigo enquanto eu estivesse na rua – pensei por um momento – como você vai fazer para me proteger enquanto eu estiver na faculdade?

– Na sua casa é ainda mais perigoso, pois aqui você fica muitas vezes sozinha. E não se preocupe quanto à faculdade, eu já dei um jeito nisto – sorriu galanteador.

– Você não pretende ficar aqui quando minhas amigas vierem me visitar, não é?

– Eu pretendia – vendo minha cara furiosa ele logo emendou – elas não precisam saber que eu estou aqui, os humanos só me veem quando eu quero que eles me vejam.

– Você já fez isto comigo alguma vez? – perguntei alarmada.

– Já tentei, mas, como eu disse, você é diferente de qualquer outra pessoa.

– Quando? – interrompi-o.

– Quando você voltou depois de procurar sua vizinha Anne, eu queria que você pensasse que eu já tinha ido, o que obviamente não ocorreu e eu ainda me pergunto por quê.

Fiquei sem palavras por um momento. Ryan realmente sabia o que falar pra me surpreender. Sem perceber bocejei um pouco.

– Acho melhor você dormir – disse Ryan – este foi um longo dia.

– E onde você vai dormir? – perguntei olhando pra minha cama.

– Não se preocupe comigo, posso dormir no sofá quando precisar. A menos que você me convide a dividir a cama com você – sorriu torto.

– Você dorme no sofá – falei envergonhada – mas... o que você quis dizer com “quando precisar”?

– Nós anjos não precisamos de tantas horas de sono quanto os mortais – sorriu e se dirigiu à sala – boa noite Sophie.

– Boa noite Ryan – disse e logo me deitei, adormecendo imediatamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Gostaram da notícia? E da aparência do nosso anjo preferido? Até semana que vem. Bjs.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.