Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 4
Tentando voltar a realidade


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que já é quase meia noite, mas teoricamente ainda é segunda rsrs Confesso que esqueci que dia era hoje e acabei esquecendo que tinha que atualizar a história. Boa leitura.



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Acordei atrasada para a aula e coloquei a primeira roupa que vi na minha frente, saindo o mais rápido possível de casa e somente pegando uma maçã no caminho. Cheguei na faculdade e entrei sorrateiramente na sala, na esperança de a professora não me ver. Infelizmente isto não aconteceu e logo a sra. Martinez me fuzilou com seus acusadores olhos:

– Srta. Sognare, a aula começou há mais de 10 minutos, posso saber o motivo de seu atraso?

– Desculpe professora, não ouvi meu alarme tocar hoje – falei já me encaminhando ao meu lugar ao lado de Cindy.

Antes de atingir meu objetivo, porém, a professora disse:

– Por seu atraso quero um artigo de 20 páginas sobre a arte no antigo Egito.

– Mas, professora, esse é o tema do semestre inteiro – falei indignada.

– Eu sei – ela sorriu cínica – voltando à aula...

E assim a professora mais chata que eu já tive prosseguiu com a aula. Quando ela finalmente terminou a sua explicação e liberou a turma, saí o mais rápido possível dali e Cindy correu para me alcançar:

– O que aconteceu com você? – ela perguntou preocupada – quando eu saí da sua casa ainda estava cedo – ela parou e pensou – espera, foram aqueles sonhos estranhos novamente?

– Não... na verdade, acho que hoje foi a primeira vez em que não sonhei com nada.

Isso nunca havia acontecido comigo, em todos esses anos não teve um dia em que eu não sonhasse com aquelas pessoas que agora sei serem anjos. Fiquei tão perdida em pensamentos que não percebi que Cindy ainda falava comigo:

– Sophie, você está aí? Eu perguntei por que isso deveria estar errado.

– Desculpa, mas é que é tão estranho, eu meio que estava habituada com aqueles sonhos.

– Você é estranha – ela afirmou – mas o que você pretende fazer a respeito do artigo da Martinez?

– Que escolha eu tenho? Vou passar a semana toda trabalhando nele, não posso reprovar nesta matéria – falei resignada.

Fomos para a próxima aula e assim que terminaram as aulas do dia fui direto para casa. No caminho de casa uma garota alta, magra, loira de olhos azuis e aparentemente mais nova que eu (devia ter uns 17 anos no máximo) não parava de me encarar, mas toda vez que eu a olhava ela desviava o olhar. Resolvi me aproximar:

– Hey, por que você estava me observando? – perguntei, curiosa.

– Desculpe, mas é que não se fala de outra coisa a não ser em você. Você é a garota que tem sonhos com as batalhas que ocorrem no céu de quem Ryan comentou? – ela perguntou me analisando.

– A-acho que que sim – falei confusa.

– Nossa, achei que fosse mentira, mas eu percebi algo diferente em você assim que a vi, a sua aura, ela é... uau.

– Minha aura? Do que você está falando? – olhei em volta – venha comigo.

Levei-a rapidamente até minha casa, já que estávamos perto, pois não podia correr o risco de alguém ouvir a garota dizendo estas coisas.

– Tudo bem, agora me responda – pedi.

– Bem, todos os humanos têm uma aura que reflete o seu humor no momento, com cores como azul, rosa, verde. Porém, a sua não é assim, ela é... brilhante, resplandecente, quase sobrenatural – falou encantada.

– Como isso é possível? Ryan não me disse isso – falei confusa.

– Ah, isso é porque ele não pode ver auras – vendo a minha expressão confusa ela continuou – eu sou responsável por manter a paz e a harmonia entre os humanos, o que vocês costumam chamar de anjo-da-guarda, por isso sou capaz de ver o que eles estão sentindo.

– Cada anjo tem algum dom específico? – perguntei incerta.

– Bem, não exatamente. Existe uma hierarquia celestial, cada anjo tem a sua posição e, de acordo com ela, alguns dons especiais são concedidos – explicou.

– Certo. Ryan me disse que era o designado para cuidar dos Caídos, o que isso significa?

Me surpreendi ao ouvi-la rindo.

– Essa seria uma definição bem simplista. Ryan na verdade é o líder dos anjos, o escolhido por Ele para manter a paz entre os anjos e para punir aqueles que se desviaram do caminho do Senhor. Ele é o anjo mais poderoso do céu e ele, junto com uma pequena equipe, é quem está tentando manter os Caídos longe do céu.

– Espera, então você está me dizendo que nem todos os anjos lutam? Eu vi tantos anjos lutando em meus sonhos... – parei no meio da frase, incerta do que deveria falar.

– Então é verdade mesmo – sorriu – todos os anjos têm capacidade para defender o céu e muitos auxiliam a equipe de Ryan na manutenção da paz, mas esse não é o dever primário deles e, por isso, eles não são tão fortes quanto os Caídos e acabam... – ela desviou o olhar.

– Isso é tudo tão complicado – falei indo em direção à cozinha para pegar um copo d’água – por que eu tinha que me meter nisso – perguntei pra mim mesma.

– Ryan irá querer me matar quando souber que lhe falei tudo isto, mas confie em mim, você ainda ouvirá falar muito de nós no futuro – dito isto, ela simplesmente abriu suas asas.

– Hey! Você não me disse o seu nome!

Ela sorriu e respondeu:

– Meu nome é Faith – mal pisquei os olhos e a loirinha já não estava mais na minha frente.

Decidi esquecer o que Faith havia me falado e fui tomar um banho antes de começar a trabalhar no meu artigo. Tomei um banho demorado e coloquei uma roupa confortável para trabalhar. Passei o resto do dia pesquisando sobre o tema, mas infelizmente o que achei não me rendeu mais do que 5 páginas. Decidi acordar cedo no outro dia para ir à biblioteca antes do almoço, já que no outro dia só teria aulas no turno da tarde.

Como ainda estava um pouco cedo, resolvi ligar para Cindy para me distrair um pouco:

– Olá, como vão as coisas?

– Desde que nos separamos há algumas horas não fiz muita coisa além da minha tarefa atrasada de história do antigo Egito.

– Que tarefa atrasada? – perguntei alarmada.

– A pesquisa sobre o significado dos hieróglifos – falou constrangida.

– Cindy! Mas essa tarefa era pra semana retrasada! – disse chocada.

– Eu sei, por isso fiquei meio mal por ser você a ter que escrever o artigo, afinal você é a melhor aluna da turma e eu não faço nada – ela riu sem-graça.

– Não é verdade, seus trabalhos são lindos! Você só é meio preguiçosa – ri um pouco.

– Isso não tem graça alguma. É difícil para mim, fazer todas as tarefas da casa sozinha – choramingou.

– Tudo bem, tudo bem. Você ainda não conseguiu fazer com que a sua mãe mandasse algum dos empregados dela lhe ajudar?

– Não! Isso é tão injusto! Quer dizer, eu sei que ela paga a minha faculdade e a minha casa, mas ela é muito rica! E nós temos tantos funcionários que um não faria falta – ela realmente era muito mimada.

– Cindy, só você pra me fazer rir depois de passar um tempão pesquisando na internet – não me controlei e tive que rir dela.

– Fazer o quê, eu sou uma diva – ela mesma riu do que disse.

– Tá bom diva, acho melhor eu desligar, afinal amanhã pretendo ir de manhã cedo pesquisar na biblioteca da faculdade – falei desanimada.

– Boa noite sua chata – ela disse e desligou.

Depois disso, somente me deitei na cama, liguei o alarme e logo adormeci, o dia havia sido muito cansativo.


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Notas finais do capítulo

O que será que a Faith representará na vida de Sophie? boa pergunta. Tenho uma pergunta: fiz um dream cast que ainda não postei e uma lista com os significados dos nomes dos personagens, posto junto ao próximo capítulo? Até semana que vem.



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