Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 33
O fim da guerra


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Em primeiro lugar me desculpem por todo o tempo que fiquei sem postar, mas agora eu garanto que vou fazer o possível para postar o epílogo semana que vem. Em segundo lugar eu queria dizer que estou ansiosa pelas reações de vocês hehe. Quero saber depois! Boa leitura.



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Após a declaração de Ryan, Philip veio em sua direção correndo com sua espada em punho. Eles começaram a lutar imediatamente e logo suas espadas se encontravam ferozmente, o barulho das lâminas sobrepujava tudo o que ocorria além da luta. Por vários minutos nenhum deles conseguiu atingir seu alvo e eu estava impressionada com a habilidade dos dois homens à minha frente. Era como se eles estivessem fazendo uma dança mortal, em que somente um sobreviveria para contar a história.

No meio de tantos rodopios e piruetas para se manter à frente de seu adversário os machucados começaram a surgir. Pequenos cortes agora permeavam os corpos celestiais dos lutadores. Eles suavam e se encaravam, tentando prever os movimentos do inimigo, porém sem sucesso. Na visão de alguém que não entendia de lutas como eu, a luta parecia equilibrada. Ambos os combatentes estavam começando a ficar cansados e seus movimentos ficaram mais rígidos e lentos. Com um olhar de raiva nos olhos, a luta persistiu sem maiores avanços por um longo tempo até que, quando eu estava começando a achar que Ryan poderia vencer, Philip fez uma investida que pegou Ryan desprevenido e ele não conseguiu revidar a tempo. Ryan agora se encontrava com um corte feio em todo o lado direito de seu rosto. Era um machucado profundo, parecido com o que eu vi quando o conheci. Gritei em desespero ao ver meu amado tão machucado por tentar me salvar.

Estava completamente focada na luta que se desenrolava a minha frente e mal percebi quando braços fortes me puxaram para trás com força, me levando na direção dos anjos. Tentei me desvencilhar de todos os modos possíveis, mas mesmo com minha força sobre-humana não fui páreo para vencer a pessoa que me segurava. Em uma de minhas tentativas, entretanto, fui capaz de virar o rosto e fiquei surpresa em ver quem me segurava: Miguel. Ele estava me levando ao sacrifício. Ciente disso, chorei sem saber o que fazer para impedi-lo e sussurrei o nome de Ryan, sem forças. O anjo parecia estar totalmente consciente de minha presença - apesar da distância, pois imediatamente se virou em minha direção. Ele me encarava com dor e impotência, baixando sua espada e ficando vulnerável aos ataques de Philip.

O Caído aproveitou a oportunidade para dar um golpe certeiro no estômago de Ryan, que caiu de quatro no chão cuspindo sangue. Philip olhou na minha direção, rindo ao ver o desfecho da cena. Senti meu coração na boca ao ver o meu amado tão indefeso nas mãos de um inimigo, especialmente sendo minha culpa. Assim, parei de oferecer resistência ao puxão de Miguel e me deixei ser carregada como uma boneca esfarrapada. Eu estava destruída por dentro.

Chegando ao lado dos anjos depois de me arrastar pelo campo de batalha, Miguel imediatamente começou a me explicar o que pensava:

— Sophie, você é nossa única esperança. Mesmo se Ryan se sacrificar em seu lugar Philip continuará atacando. Ele não irá parar até dominar todo o Céu e você será um alvo dele para sempre. Ele nunca irá parar de persegui-la. Nós precisamos seguir em frente com a profecia.

Faith o interrompeu, empurrando-o para ficar ao meu lado:

— Nós vamos dar um jeito de resolver tudo, Soph. Eu sei que iremos. Eu já procurei por milhares de soluções e procurarei até minhas mãos caírem se for preciso. Por favor, não faça isso. Você é muito importante para mim.

A loirinha começou a chorar e me puxou para um abraço. Me joguei em seus braços, procurando conforto em suas palavras e gestos. Eu estava perdida e sem saber o que pensar. A minha vida poderia resultar na morte de todos os anjos pelo impiedoso Philip, porém a minha morte resultaria no sofrimento de todos que eu mais amava. Chorei em seus braços e ponderei o que fazer.

Era muito difícil ter que decidir todo o futuro. Eu, uma garota que somente queria estudar arte, me tornei a parte mais vital de uma guerra. Me dava vontade de rir da minha desgraça. Quem diria que a garota atormentada por sonhos um dia daria de cara com o amor de sua vida e fosse a responsável por milhões de vidas.

Cansada de minha autocomiseração, olhei para Ryan em busca de respostas. O anjo me encarava atentamente, não prestando atenção em Philip e muito menos se defendendo, dando chance ao Caído de acertá-lo repetidamente com sua espada e rir de sua desgraça. Derramei uma lágrima. Eu não podia suportar ver sua morte.

Aquela cena me fez ter certeza de minha decisão. Murmurei um “me desculpe” e puxei uma adaga presa ao cinto de Faith, empurrando-a em seguida e secando minhas lágrimas. Ryan não iria mais sofrer por minha causa. Encarei-o pela última vez e sussurrei um “eu te amo” antes de penetrar a adaga com toda a força em meu coração. Estava feito. A profecia havia se cumprido.

Arquejei com a dor imensa que percorria o meu corpo e logo senti milhares de luzes saindo de todos os lados do meu corpo. A sensação era relaxante. A luz se espalhava na direção dos anjos, derramando um poder de cura sobre eles, e dos Caídos, expulsando-os do Céu em queda livre. Sorri ao ver o que eu tinha causado, agora todos estavam bem. Fechei os olhos e deixei a escuridão me consumir. Antes de repousar no sono eterno ouvi vozes me chamando, mas eu estava em paz com meu destino. Encarei a morte como uma amiga e me deixei levar pela escuridão eterna.


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Notas finais do capítulo

Muitas emoções nesse capítulo, mas, por favor, NÃO ME MATEM! Não está tudo acabado, ainda tem o epílogo e muita coisa pode acontecer. Mas eu quero muito saber tudo o que vocês sentiram ao ler essa história, até mesmo nos capítulos anteriores. Sinto a falta de vocês comentando, dá até uma tristeza entrar e não ver nada novo. Não façam isso comigo, eu gosto de conversar com vocês. Então eu espero os ver nos comentários. Até mais, bjs.