Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 25
Dia de preguiça


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpa não postar antes, mas estava com alguns probleminhas de dor de cabeça e não deu pra mexer no pc. Boa leitura!



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Acordei muito tonta com uma claridade insuportável vindo da janela. Tapei meus olhos com minhas mãos e tentei me virar para dormir novamente até ouvir uma voz do meu lado:

— Não é mais hora de dormir, dorminhoca – disse no meu ouvido.

— Mais cinco minutos – resmunguei e virei para o outro lado.

— A culpa não é minha se você bebeu demais ontem – murmurou.

Desisti de dormir, vendo que Ryan não desistiria, e tentei abrir os olhos.

— Fecha as janelas – pedi com uma voz meio grogue.

O anjo bufou e fechou as cortinas, retornando para o meu lado em seguida.

— Melhorou? – perguntou cínico – agora tome esse remédio aqui.

— Remédio? Para quê? – reclamei – você não pode simplesmente fazer a dor desaparecer?

— Eu poderia, mas desse modo não veria você de ressaca – riu de mim – depois que você engolir venha para a cozinha, eu preparei o café da manhã.

Ryan me deixou sozinha no quarto e afundei minha cabeça na cama antes de levantar e tomar uma ducha, vestindo um shorts de um tecido qualquer e uma regata antes de ir para a cozinha.

— Aqui está a sua comida – disse o anjo se controlando para não rir.

Provei a bebida na minha frente e quase cuspi ao sentir um gosto amargo na minha boca:

— O que é isso? – perguntei.

— Café preto sem açúcar – sorriu – li em algum lugar que é bom para pessoas com ressaca.

Bufei e resolvi deixar Ryan se divertir um pouco, pois ele iria me pagar caro por isso depois. Terminei de comer e deixei a mesa, indo em direção ao sofá e colocando em um canal qualquer na televisão.

— Quando você pintou esse quadro? – perguntou Ryan alguns minutos depois de eu ter ligado a televisão.

— Ontem, quis pintar algo diferente – dei de ombros – será que você pode fazer essa dor de cabeça idiota passar?

Depois de considerar pelo que pareceu uma eternidade Ryan finalmente se aproximou e tocou minha testa. Suspirei de felicidade ao sentir minha cabeça voltar ao normal.

— Melhorou agora, minha pequena bebum – riu o anjo.

Não resisti e comecei a estapear ele, mesmo sabendo que não adiantaria de nada. Menos de um minuto depois minhas mãos foram imobilizadas.

— Será que agora nós podemos ter uma trégua?

Bufei e concordei com um meneio de cabeça.

— Pelo menos eu posso saber o motivo de você ter bebido tanto? – perguntou visivelmente preocupado.

— Eu, aparentemente, sou um “espírito criado para reestabelecer o equilíbrio”. Não existem muitas informações, mas pelo menos agora eu sei para que eu sirvo – suspirei.

— E o que isso significa exatamente?

— Você não sabia disso? – o anjo negou com a cabeça – significa que até a hora chegar eu não sei o que fazer.

— Faith descobriu isso? – surpreendeu-se ele.

— Sim, pelo jeito ela ficou receosa que tivéssemos... – fiquei sem palavras – tido um momento mais íntimo.

Fiquei vermelha imediatamente, o que fez Ryan apertar minhas bochechas e falar com voz de criança:

— Ela ficou vermelhinha, que coisa fofa.

— Para com isso – ri e me esquivei de suas mãos.

— Eu paro com uma condição – encarou meus olhos – você vai passar o dia inteiro deitada nesse sofá vendo filmes comigo.

— Parece um bom plano – sorri e dei um selinho nele – eu aceito.

Nos deitamos no sofá e escolhemos um filme qualquer que distraísse nossas mentes de todos os problemas que nos circundavam, porém mal o filme tinha começado e eu já tinha caído no sofá.

Acordei assustada com um barulho de mensagem no meu celular, mas antes que pudesse pensar em pegar o aparelho Ryan já estava lendo a mensagem:

— “Você ainda não me deu uma resposta. Você sente algo por mim?” – o anjo leu lentamente, me encarando com uma expressão interrogativa.

Levantei-me rapidamente e peguei o celular de suas mãos, teclando uma rápida mensagem (“sinto: nojo”) para meu correspondente.

— Isso é uma estratégia da Cindy para deixar você com ciúmes – inventei a primeira mentira que me passou pela cabeça – já mandei-a parar.

— E você não tem o número dela em seu celular? – desconfiou.

Ri nervosamente antes de responder:

— E você acha que ela faria algo assim com o próprio celular?

Isso pareceu acalmar Ryan por um momento, mas eu ainda precisava distraí-lo. Me aproximei do seu corpo e beijei-o lentamente, tentando dissipar qualquer dúvida que ele ainda tivesse.

— O que acha de irmos a algum lugar? – sugeri interrompendo o beijo.

— Hum… eu acho uma boa… - o anjo foi interrompido por um barulho súbito na sala.

— Ryan, eu preciso que você venha comigo agora. É urgente – disse Miguel rapidamente.

— Como você…? – comecei a perguntar.

— Cindy me disse a localização da sua casa – me respondeu o arcanjo sem se abalar.

— O que houve? – questionou Ryan em um tom de voz muito sério.

— Philip e um pequeno exército de Caídos invadiram o Céu novamente. Muitos anjos estão feridos – explicou Miguel.

Isso pareceu atingir o lado líder de Ryan, que começou a fazer várias perguntas a Miguel e a dar ordens. Poucos minutos depois os dois se foram e minha casa ficou silenciosa novamente.

Bufei e me joguei no sofá. Por que isso tinha que acontecer agora? Olhei para o meu celular e uma raiva imensa de Philip me atingiu: o que aquele idiota pensava que estava fazendo me enviando uma mensagem?

Quando dei por mim meu celular estava atirado no outro lado da sala, completamente destruído. Eu tenho que aprender a controlar meus sentimentos. Peguei os destroços do celular do chão e resolvi ir até a casa de Anne para pedir que ela fosse comigo comprar outro, afinal eu não poderia ficar incomunicável.

— Anne, você está ocupada? – perguntei logo que minha amiga abriu a porta.

— Na verdade não – disse – o que você quer fazer?

Mostrei os destroços do aparelho na minha mão e disse:

— Aconteceu um pequeno acidente – sorri sem graça – daí pensei em irmos ao shopping.

— Eu topo, só me deixe pegar minha bolsa.

Esperei poucos minutos e logo Anne saiu da casa - ela era bem prática em relação a roupas. Caminhamos sem pressa até o shopping mais próximo e, depois de uma parada na loja de celulares, ficamos admirando e provando roupas, sapatos e acessórios. Nos divertimos muito e acabamos gastando muito também. Enquanto Anne saiu do shopping carregando três sacolas, eu saí com cinco.

Voltamos muitas horas depois para casa e eu me sentia mais leve depois do tempo com Anne. Eram esses momentos que me impediam de enlouquecer com todo esse drama de anjos, Caídos e guerra. Suspirei e entrei em casa.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam da Sophie de ressaca? Eu adorei essa cena! Mas eu tenho uma notícia um pouco ruim para dar para vocês: meu banco de capítulos chegou ao fim e eu vou fazer meu máximo para a inspiração bater e eu escrever mais pra postar na segunda, mas não posso prometer. Porém até quarta-feira no máximo postarei, então fiquem de olho. Bom, espero por vocês nos comentários, até mais.



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